Cause I don't wanna lose you now / I'm lookin' right at the other half of me / The vacancy that sat in my heart / Is a space that now you hold

Estava saindo de mais um dia no hospital, depois de passar a tarde toda ao lado de Percy nem parecia que eu tinha saído de lá, já estava de noite e eu estava com fome, tinha dinheiro suficiente para comer e para pagar o táxi pra voltar pra casa. Passava o maior tempo possível fora de casa, o clima era insuportável a família se reunia sempre acho que era pra cada um apoiar o outro, mas isso era horrível, pelo menos para mim. Conversava com Ginger, visitava Percy, ia pra casa de Silena, Rachel, Hazel com Thalia, voltava pra casa, lia um pouco do livro, dormia. Minha vida estava extremamente tediosa, nossos pais falaram com o diretor para ficarmos afastados da escola por um tempo. Preferia que não tivessem feito isso, minha vida estava totalmente vazia. Nem as piadas de Ginger me ajudavam.

Entrei em uma lanchonete não estava tão cheia e estava quentinho, me sentei no balcão e pedi um sanduíche natural com suco de laranja, estava passando uma música que eu não reconhecia, ouvi o sininho da porta se abrindo e um vento frio chegou em mim. Me encolhi, devia ter pedido um café, um garoto se sentou do meu lado me virei era bonito, cabelos escuros e olhos escuros, olhou para mim e deu um sorriso, na mesma hora me esquentei, não era do tipo um calor: “Nossa que gato!” , o que ele realmente era, era um calor do tipo acolhedor.

– Hey, sou Peter. – ele me estendeu a mão.

– Annabeth. – peguei a mão dele e a apertei.

– Dia frio né? – nossa que falta de papo.

– É.

O meu lanche chegou e dei uma mordida no sanduíche, Richard me olhou e disse:

– Eu quero o mesmo da moça! – o garçom acenou com a cabeça e foi para a cozinha.

– Então, você é daqui de Nova Iorque?

– Não, sou de Frisco.

– Ah, lugar legal.

– É, você já foi lá?

– Minha tia mora lá, a gente sempre passa o Natal na casa dela. Mas porque você saiu de lá?

– Problemas familiares.

– Ah. – não me leve a mal é só que o cara estava fazendo muitas perguntas e eu nem o conheço. Engoli o sanduíche e o suco, paguei e me levantei.

– Bom, foi ótimo conversar com você, mas tenho que ir.

– Ok. – ele sorriu e se levantou e me deu um beijo na bochecha. – Nos vemos por aí.

– Nova Iorque é gigante. – Não esperei sua resposta e fui embora. Grossa? Arrogante? Ignorante? Sim, e não faria diferente, tem muita coisa na minha cabeça pra eu pensar em flertes de garotos. Flertes ninguém mais fala flerte. Assoviei e um táxi parou na minha frente, pedi para ele esperar e liguei para Thalia, ela falou que ia para a casa de Silena se ela tivesse lá voltávamos juntas para casa.

– Hey Thalia você ainda está na casa da Silena?

– Sim.

– Tá, vou passar aí pra te buscar.

– De que?

– De táxi.

– Tá.

Dei o endereço pro taxista e fomos para a Upper East Side fomos para lá e Thalia estava esperando do lado de fora, ela deu tchau pra Silena e dei um tchau com a mão pelo carro. Thalia entrou e fomos para casa.

– E aí? Alguma melhora no Percy?

– Não.

– Hum.

– Mas eu conheci uma pessoa hoje. – Não tenho muitas pessoas aqui, Thalia é minha prima então posso falar isso pra ela. Ela ficou animada e me encarou com malícia.

– Huuuum, quem?

– Peter.

– Pegou o número dele? – fiquei escandalizada, porque Percy e eu estávamos ficando, mas aí me lembrei de que ela não sabia que nós tínhamos nos beijado.

– Não.

– Por quê?

– Porque sei lá, eu não quis.

– Ele era feio?

– Não ele era bonito, mas...

– Então porque você não... – Um brilho de compreensão estava em seus olhos. – Ah, você tem um namorado em Frisco né?

– O quê? Não!

– Então porque...

– Ai Thalia eu não quis pegar o número dele não fiquei interessada.

– Nossa Annabeth o mínimo que você devia fazer é tentar se soltar, porque o clima de tristeza que está lá em casa é horrível.

Nesse momento paramos em frente a minha casa, acho que já posso chama-la de minha só não sei por quanto tempo já que tenho evitado minha mãe, pago o motorista e saímos. Batemos na porta e Lisa atende.

– Oi meninas! Estão com fome?

– Não Lisa comi fora.

– Eu estou! – disse Thalia. – o lanche que Silena me serviu não deu nem pra ficar em pé. – Lisa e eu rimos e elas seguiram para a cozinha, subi as escadas e fui para o meu quarto. Escovei os dentes e tomei um banho coloquei um pijama quentinho estava frio hoje, peguei o meu livro e li até que ficasse com sono, vi as horas e eram 00:10, o tempo passava bem rápido quando você não queria que passasse.

Coloquei o livro no criado-mudo me enrolei no edredom e fechei os olhos.

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Quando acordei já eram 9:30 da manhã, levantei e fui para a cozinha lá tinha três pratos com ovos mexidos com bacon e três copos de suco de laranja, todos já deviam ter saído para trabalhar e Thalia e Jason deviam estar dormindo, ao lado do prato estava um bilhete com uma caligrafia bem bonita e caprichada:

Meninos,

Annabeth sua mãe saiu para trabalhar e falou que mais tarde iria conversar com você, sem desculpas, Hera e Zeus também foram trabalhar e eu fui para o mercado volto rapidinho.

Beijos,

Lisa.

Não sabia que Hera trabalhava, comi os ovos e deixei o bacon.

Fui para a sala e liguei a TV, ouço então alguém dar um pulo e me viro. Thalia estava vindo bocejando, rindo e com o cabelo todo desarrumado.

– Bom dia flor!

– Que bom humor é esse?

– Hoje você e eu vamos sair.

– Ah sim, vamos visitar o Percy.

– Annabeth eu não sei qual é o seu problema, sério. Eu também sou prima dele, mas eu não passo o dia todo lá e você nem o conhecia direito. Não! Você vai comigo e com as meninas para uma boate no centro, dançar até cansar.

– Eu não gosto de boates.

– Não perguntei se você gostava. Você vai e pronto. – dito isso ela se levantou e foi para a cozinha.

Pensei em ligar para Ginger, mas aí me lembrei de que ela deveria estar dormindo, hoje era sábado. Apesar de não gostar nem um pouco de sair para esses eventos noturnos agradeci a Thalia por ter feito isso, ultimamente estava me sentindo um robô fazendo a mesma coisa todo dia, um pouco de distração não iria fazer mal. Passei a manhã toda assistindo filmes com Thalia e Jason nem percebemos quando Lisa chegou anunciando que tinha comprados dois potes de geleia de uva e três potes de manteiga de amendoim, coisas que amávamos. Almoçamos e Thalia falou que era para irmos logo para a casa de Silena as duas horas, íamos nos arrumar todas juntas, botei uma roupa qualquer e fomos.

– A gente não tem que levar uma roupa? – perguntei.

– Não a Silena já tem tudo preparado. – ela sorriu. Então ela deve ter muitas roupas.

A casa de Silena era muito bonita era branca com um puxado para o rosa e tinha dois andares, Jason tinha estacionado em frente à porta e descemos. Batemos na porta e Piper atendeu, pude perceber que quando ela viu Jason seus olhos brilharam e coraram, deu um sorriso nervoso, olhei para Jason ele estava do mesmo jeito só que mais vermelho. Hum sei.

– Oi Piper estamos entrando. – disse Thalia ela disse alguma coisa como “Ah... ta, sim” e entramos e ela e Jason continuaram se encarando. Thalia revirou os olhos e subiu as escadas, as escadas eram beges, mas estavam cobertas por um tapete rosa.

Silena estava sentada na cama, pintando as unhas de Rachel e Hazel pintava as unhas de Bianca, uma garota de cabelos meio vermelhos estava dentro de um closet enorme.

– Hey people, viemos nos arrumar! – disse Thalia. – Quer dizer só a Annabeth porque eu vou vestir qualquer coisa e passar qualquer coisa no olho.

– Não vai não! – disse Silena se levantando, suas unhas estavam vermelhas tanto da mão quanto do pé. – Você fugiu de mim por muito tempo, mas hoje não mocinha.

– O quê?

– Isso mesmo Thalia hoje você vai vestir um vestido e um salto. Uma maquiagem bonita e um batom. Sem desculpas, sem reclamação! Cadê a Piper?

– Tá lá babando pelo Jason. – respondeu Thalia.

– Hum. – acho que todo mundo sabia disso menos eles.

– Bom, hoje eu comprei alguns vestidos novos estão lá no closet Annabeth E... – ela gritou. – Thalia. A Zoe já está lá.

O closet era maior que o meu closet, o meu banheiro e meu quarto juntos. Eu nem conseguia ver o fim daquilo, devia ser o andar inteiro já que só vimos uma porta no 1º andar.

Passamos o resto da tarde nos arrumando depois de algumas mil discussões entre Thalia e Silena, Thalia concordou em colocar um vestido e um sneaker.

Silena tinha um poder imenso quando se tratava de moda. Hazel falou que não ia porque não estava a fim de ir para uma festa.

Pegamos um táxi e fomos para a boate, assim que o segurança viu a Silena ele abriu a faixa, e eu claro me senti. A Silena ou a mãe dela deviam conhecer o dono dessa boate. Assim que entramos as meninas foram cada uma para um lado, Thalia pegou meu braço e me arrastou até o bar.

– Me dê dois refrigerantes. – pediu ela.

Olhei para o lado tentando achar alguma das meninas, vi um cabeleira ruiva dançando e Silena se agarrando com alguém, quando olho para o lado vejo alguém familiar, ele sorri para mim e vem em minha direção, droga.

Era o Peter.