Filha de Zeus escrita por Maddie


Capítulo 4
Capítulo 4.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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A Manticora dispara espinhos com veneno, que matariam qualquer um. Madeline e Percy desviavam de todos, usando as latas de lixo. A garota atirava flechas para todos os lados, mas o pelo de leão da Manticora a protegia, tornando as flechas indefesas. Percy tentava atacá-la com golpes de espada, mas a atenção da Manticora estava voltada para ele.

– Distraia-o! – berrou ele.

Madeline entendeu e correu na direção da Manticora, para que Percy pudesse fazer algo de útil. Enquanto tentava sobreviver, a garota percebeu que o único lugar em que não haviam atirado era a boca.

– A boca! Vou atirar na boca! – gritou para Percy, mas já era tarde.

O garoto pulou de um latão de lixo e montou em cima da Manticora. A mesma se virou com tudo, e seu rabo de escorpião bateu em Madeline que voou alguns metros antes de bater a cabeça em um muro qualquer. Percy gritou, preocupado. Ele teria de enfiar a espada na boca do monstro? Seria melhor arriscar com o arco. Enquanto a Manticora o procurava pelos lados, o garoto correu e pegou o arco de Madeline. Todos sabiam que Percy não era lá muito bom com arco e flecha, mas ele teria de tentar. Posicionou a flecha e atirou. Uma, duas, três vezes. A Manticora tentava pegá-lo, mas ele desviava. E então, na quarta flecha, ele acertou o monstro, que virou pó.

– Madeline. – murmurou.

Percy correu até a amiga, que estava desmaiada. Vendo que ela não acordava, começou a ficar preocupado.

– Acorda. Por favor, acorda. – murmurava. O impacto com a parede fora muito forte, e a cabeça de Madeline sangrava. – A Profecia não fala que você vai morrer, acorda.

O garoto fechou os olhos, já imaginando o pior. Foi quando sentiu a mão de Madeline apertar a sua. Ele abriu os olhos, animado. Não sabia o por que de estar sentindo toda aquela angústia, mas se preocupava com a garota.

– Hum. Matou a Manticora? – foi a primeira coisa que ela perguntou a ele.

– Sim. – Percy respondeu, rindo.

– Ótimo. Agora eu estou com sono, vamos. – ela disse, começando a se levantar, mas não conseguiu. – Vou precisar de uma ajuda, filho do He-Man.

– Poseidon. – ele riu, e a pegou no colo. Madeline estava frágil, mas não transparecia. Ele a carregava com nenhuma dificuldade, e agradecia a Grover por obrigá-lo a malhar um pouco.

***

– Vocês ficaram loucos? – gritava Annabeth.

– Poderiam ter morrido! – berrou John.

– E quase acabaram com a missão! – gritou Anne.

– A gente entendeu. – disse Madeline, devagar. Eles haviam acabado de contar a todos sobre a "aventura" com a Manticora. Todos surtaram.

– E a Madeline quase morreu. Quase. Não morreu. – disse Percy.

– Amigo, não tenta ajudar. Só está piorando. – murmurou Madeline, e o garoto riu.

– Tudo bem, vamos continuar. A praia não está muito longe, mas vamos precisar da ajuda dos dois. – disse Annabeth, apontando para os dois.

– Porque? – indagou o garoto.

– Por que o Senhor Sabe-Tudo é uma criatura dos Mares. Ele se transforma no que quiser enquanto estiver no mar. Ele vai de um Tubarão até uma Baleia Assassina. – Annabeth disse, e viu Percy estremecer.

– Imagino que eu tenha que ia atrás dele, não é? – indagou.

– Sim. – ela riu. – Madeline, hoje a previsão é de chuva. Precisamos que mantenha as nuvens afastadas para facilitar para Percy.

– Tudo bem. – a menina disse, com a cabeça latejando um pouco.

– Oque houve? – indagou Anne.

– Oh, minha cabeça dói. Não está mais machucada, mas lateja. – disse.

***

Em menos de uma hora, todos estavam na praia de Coney Island. Era como um porto, com passarelas de madeira por todos os lugares, dando uma linda vista do mar. Percy parecia estar em casa. Annabeth tinha um livro nas mãos, Anne e Madeline procuravam por alguém estranho, e John caminhava olhando para os lados, desconfiado.

– Como vamos achá-lo? – indagou John.

– Aqui diz que ele tem um cheiro ruim. – Annabeth respondeu.

– Só? – indagou Percy.

– Só. – a menina deu ombros.

Meia hora depois, e não haviam encontrado nada. Percy e Madeline andavam cheirando todos na praia, e receberam a advertência de um policial que por ali passava. Annabeth e John já eram mais discretos. Anne somente ria das crianças que fugiam de Madeline e Percy, não querendo serem cheiradas.

– Olhem. – disse Madeline, apontando para longe. Todos olharam para o lugar, onde um senhor estava sentado em uma cadeira de praia. Ele se parecia com o Papai Noel. Barba longa e branca, pele um pouco bronzeada e era um pouco gordinho.

– Vamos lá. – disse John, correndo junto com todos até o homem. Eles chegaram devagar, e Percy foi "cheirar" o homem. Fez uma expressão azeda e voltou para falar com os amigos. – E então? Como ele cheira?

– Tem cheiro de brisa do mar, peixes e areia. – falou, tossindo. – É horrível.

– Então é ele. Percy, vá falar com o homem, Madeline, controle as nuvens. Já vai chover e não conseguimos resposta alguma. – disse John.

Madeline assentiu e se concentrou nos céus. Percy chegou perto do homem e começou a conversar como quem não quer nada. Logo as nuvens de chuva foram começando a se afastar, e o homem olhava o céu incrédulo.

– Como? Mas... – começou e voltou seu olhar para os quatro jovens que estavam na areia. Annabeth e Anne olhavam para o céu. Madeline tinha as mãos estendidas e os olhos fechados. John encarava o senhor. – Semideuses? Por que não me deixam em paz? – gritou e começou a correr para o mar.

– Vá atrás dele! – gritou Anne para Percy, que correu atrás do homem.

Percy pulou no mar e começou a nadar atrás do homem. Quando conseguiu alcançá-lo, o Senhor Sabe-Tudo se transformou em um golfinho e saiu nadando. Se Percy não fosse filho de Poseidon, com certeza não conseguiria ter se segurado. Logo depois, o homem se transformou em uma baleia assassina, e Percy se segurou na nadadeira dorsal. Quando os dois já estavam muito cansados, o homem se transformou em homem novamente, e Percy saiu arrastando-o para a areia.

– Eu não entendo. – disse ele. – Como não se afogou?

– Filho de Poseidon. – respondeu o garoto, com um ar superior.

– Mas, como controlaram os céus? Ia chover, eu vi! – berrou.

– Filha de Zeus. – disse Madeline, sorrindo marota para Percy, que deu língua para a menina.

– Tudo bem, oque querem de mim? – indagou o velho.

– Precisamos saber quem pegou a espada de Ares. – disse Anne.

– Oh, isso não é tão difícil. – disse o homem, rindo. – O mundo dos monstros vai se revoltar. Eles pegaram a espada de Ares.

Então, um Flash Back passou pela memória de Madeline.

Flash Back

"Ao chegar na diretoria, deu apenas duas batidas na porta e escutou um breve "Entre", e então, entrou. A mulher lhe dava ânsia de vômito, era ainda mais feia que sua Tia-Avó Tessie. Rugas por todo o rosto e uma ainda maior no nariz. Lábios finos e com um batom amarelado, olhos caídos e cheios de olheiras.

– Madeline Smith? – indagou. – Oque faz aqui?

– O professor Hunter. Sabe que eu tenho Dislexia e Déficit de Atenção, mas ainda assim insiste em me atormentar. – a menina ignorou o fato da mulher saber seu nome, mas continuou. – Então, ele me mandou vir para cá só por que me recusei a responder. – ela disse, sem encarar a diretora. A mulher deu uma risada fraca, e Madeline se perguntou se ela não estava rindo dela.

– Meio-Sangue tola. – a diretora murmurou, com uma voz sombria.

– Como? – indagou a menina, e logo ouviu baques e barulhos de algo caindo no chão. Quando encarou a diretora novamente, se surpreendeu. A pele estava ficando cinza, orelhas grandes começaram a crescer e dentes afiados apareciam de sua boca como um passe de mágica. – Oque está acontecendo?

– Nos revoltamos! A espada é nossa! – o monstro berrava, enquanto Madeline gritava e colocava a mão sobre a boca, com horror. – Vou matar você, Semideusa, e logo depois, matarei o seu pai."

Flash Back Off

– O monstro que havia me atacado no colégio, naquele dia. Ele disse algo sobre a espada. – ela disse, chamando a atenção de alguns.

– Mas como eles roubaram? – indagou Percy.

– Alguns monstros são imunes à magia do Olimpo, e podem se transportar para lá. Talvez, em um momento de distração, Ares tenha deixado a espada sem proteção. – disse o velho.

– Ultimamente no Acampamento, Quíron me disse sobre alguns ataques. Muitos monstros estão ressurgindo do Mundo Inferior, e estão localizados numa ilha. – disse Annabeth.

– Por que os Deuses não cuidam disso? – perguntou John.

– Quíron não comunicou a ninguém. Ele estava armando um plano, estudando táticas. Mas agora faz todo o sentido. – Annabeth murmurou.

– Senhor... – começou Madeline, mas viu que o senhor não estava ali.

– Ele já foi. – disse Anne, bufando.

– Agora somos só nós cinco. – disse John.


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