Tudo ficou calmo, passaram se alguns minutos e ela sentiu que tinha companhia. Ela se virou para trás assustada, pois viu o espírito de uma mulher muito bonita, e um pouco familiar.

(Magali) - Quem é você?– perguntou ela assustada.

(Rose Mary) - Não se assuste minha querida! O meu nome é Rose Mary, acredite em mim, sou sua ancestral bruxa e vim aqui hoje só para te ajudar.

(Magali) - O que? Bruxa?! Você quer que eu acredite nisso? - ela dizia ainda chorando e muito revoltada por ter perdido seus amigos.

(Rose Mary) - Magali, você precisa acreditar em mim. Mesmo depois de tudo o que você presenciou hoje, você não acredita que você também é uma bruxa?

(Magali) - Não! Eu devo estar sonhando! Tudo isso não deve passar de um pesadelo! – ela começou a bater na própria cabeça.

(Rose Mary) - Magali...

(Magali) - O QUÊ?!!– gritou muito alto. Mas logo depois, ela começou a chorar mais ainda, e pediu desculpas pela grosseria. Rose Mary, sua ancestral, que tinha sido uma bruxa muito boa, acolheu a garota.

(Rose Mary) - Não fique assim, meu bem. Eu compreendo como você deve estar se sentindo agora. Tenha a certeza de que irei te ajudar a trazer os seus amigos de volta.

(Magali) - Mas como? Eu não entendo... Por que Agnes não me levou junto?

(Rose Mary) - Existe uma regra, na qual não pode ser violada por nada nem ninguém. E a Lei do Outro Mundo diz que nunca, em hipótese alguma, fantasma pode usar seus poderes para atacar bruxas. Por esse motivo que o espírito de Agnes não te atacou. Com certeza ela deve saber das consequências.

(Magali) - Então quer dizer que não tenho chance contra aquela coisa?

(Rose Mary) - Magali, você está viva! Você não é um espírito. Por este motivo, você é a única pessoa que pode acabar com tudo isso.

(Magali) – Então, por favor, me diz como eu faço isso? Snif!– o espírito de Rose Mary ficou com um semblante preocupado e respondeu.

(Rose Mary) - Seus amigos estão voltando... Tome muito cuidado! Não deixe que eles te peguem! Use sua força oculta e destrua aquele tabuleiro... Na hora certa!

Magali queria saber qual era a hora certa de atacar, mas Rose Mary desapareceu. Aquela bola de cristal brilhou mais uma vez muito intensamente, só que dessa vez, saíram de lá, Mônica, Cebola, Denise e Cascão, mas eles tinham se transformado em zumbis!

Magali ficou com muito medo, não pensou duas vezes e fugiu para o banheiro da casa de Mônica, o único local que ela pensava que os zumbis não iriam a atacar. Ela pensava que lá estava segura, mas eles a encontraram e começaram a tentar abrir a porta, enquanto a outra fazia o possível para deixá-la trancada. Magali estava cercada. O espírito de Agnes apareceu para a garota.

(Agnes) - Está com medo, Magali?!

(Magali) - Por que não me levou juntou aos meus amigos? O que você quer de mim??

(Agnes) - O que eu quero?! VINGANÇA!

CABRRUUUUMMMMM!!!

(Magali) - M-Mas, como assim, vingança?! Não consigo entender! O que eu fiz contra você?

(Agnes) - Há cerca de um ano, consegui fugir da prisão no céu que Ângelo tinha me prendido, fui parar no mundo dos mortos... Conheci muitos espíritos, alguns bons, outros maus... Mas havia um em específico que descobriu a minha fuga, e como punição me aprisionou dentro daquele jogo.

(Magali) – Oh, meu Deus! O mesmo que nós estávamos jogando! E onde eu entro nessa história?

(Agnes) - O espírito que me aprisionou se chamava Rose Mary...

(Magali) - O quê?! Mas essa é a minha...

(Agnes) - Isso mesmo! Uma bruxa, que por ironia do destino é a sua ancestral. Quando descobri isso, só pensei em vingança, mas como a Lei diz que espíritos não podem atacar bruxas, eu resolvi te destruir acabando com as pessoas que você ama!

(Magali) - Me destruir?! O seu problema é com a Rose Mary, não comigo!

(Agnes) - Pobre mortal... Eu vou fazer com que seus amigos acabem com a sua vida. Dessa forma, irei afetar Rose Mary, e a minha vingança estará concluída!! MUHUÁHÁHÁHÁHÁ!!!– ela deu sua risada mais macabra, enquanto muitos trovões soavam de forma assustadora.

Os amigos zumbis começaram a tentar abrir a porta do banheiro para tentar pegar Magali. A garota simplesmente desistiu. Não tinha mais jeito, Agnes conseguiu realizar a sua vingança, além de ter perdido os seus amigos, ela iria ser morta por eles. O que mais faltava acontecer? Magali sentou no chão e começou a chorar muito. De repente, uma luz muito forte que vinha do céu iluminou a casa de Mônica. Magali percebeu aquilo e uma gota de esperança surgiu em seu coração. Será que aquilo era a ajuda que ela precisava?

Sim, era. Um exército de anjos desceu do céu e cercaram a casa.

(Ângelo) - Muito bem, Agnes. Está cercada! Você conseguiu escapar uma vez, mas não vai conseguir de novo!

(Agnes) - O QUE?! Mas como? NNNÃÃÃÃÃOOOOOO!!!

A frota de anjos cercaram Agnes e conseguiu prender novamente aquele espírito do mal.

Magali percebeu que logo depois a tempestade tinha parado, e tudo estava calmo demais. Com muito cuidado, ela abriu a porta do banheiro, não viu ninguém, andou até o porão e viu que lá estava tudo organizado, como se nada tivesse acontecido. Mas o tabuleiro daquele jogo maligno estava no lugar. A garota pegou aquele objeto, concentrou toda a sua força e o quebrou!

Mônica chegou bem rápido onde a amiga estava.

(Mônica) - O que aconteceu, Magali? Escutei um barulho. Você se machucou?

(Magali) - Mônica?! É você mesmo?! V-Você está bem!!! - ela deu um abraço muito forte na outra.

(Mônica) - Mas é claro que estou bem, Magali! Por que não estaria? – disse ela confusa, sem saber o que tinha perdido.

Magali pensou: será que tudo aquilo foi apenas um sonho? Será se nada daquilo teria acontecido? Tudo aquilo que aconteceu foi muito estranho, e precisava de uma explicação, mas Magali não quis pensar naquilo. A única coisa que ela queria aproveitar, era seus amigos que voltaram ao normal e não lembravam de absolutamente nada do que tinha acontecido.

Agora uma coisa ela não conseguiu entender. Quem chamou o exército de anjos?

(...)

De longe, o espírito de Rose Mary olhava por Magali e prometeu sempre protegê-la...

FIM... (?)