Quem é você, Tiffany? escrita por Mellynnaa


Capítulo 17
O certo


Notas iniciais do capítulo

Heeey peoples! Pois é, último capítulo. Nossa, estou terminando minha segunda fic aqui no Nyah, e isso é incrível, porque sei que consegui concluir mais um projeto. O final da história foi planejado há bastante tempo, e espero ter surpreendido vocês. Olhem, as surpresas ainda não acabaram. Acho que vocês irão se assustar com esse capítulo hehehe'
Muita gente perguntou por quem seria narrado o capítulo, já que o Stuart morreu. O capítulo está sendo narrado em 1ª pessoa sim, e acho que foi a melhor conclusão que consegui fazer para que a história fechasse com chave de ouro.
Muito obrigada a todos que acompanharam a história. Fico muito feliz por ver que meu trabalho e esforço valeram a pena. Muito obrigada a todos mesmo. Obrigada por gastarem o tempo de vocês lendo e depois deixando um simples 'contínua' para me ajudar com tudo. Isso faz muita diferença. Cada review é uma continuação de um trabalho bem feito. Obrigada por estarem comigo e por me apoiarem nessa história. Obrigada, obrigada, obrigada =D
Sobre próximos projetos, já está tudo planejado. Minha nova história se chamará 'CRASH', mas ela ainda não tem data de lançamento - parece até filme suihdgufhdsui. Pretendo lançar a história lá pra depois da copa porque aí fica mais fácil para mim, vou poder postar mais e com capítulos maiores e mais elaborados.
Não vou marcar a fic como terminada agora porque depois quero divulgar Crash aqui quando for lançada.
Obrigada por tudo. Nos vemos nas notas finais =D
Boa leitura ^^



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As escolhas do agora podem se tornam o agora do futuro.

Abro meus olhos lentamente, piscando algumas vezes para conseguir enxergar o ambiente. Tudo ainda parece confuso, mas me acostumo rapidamente com a luz que vem em minha direção. Minhas mãos estão suadas e grudentas, e minhas cobertas estão jogadas no chão. Não sinto frio, apesar de tudo.

Levanto rapidamente, olhando no relógio. São sete da manhã, e hoje tenho aula. Observo o calendário colado na parede, dando um sorriso. 13 de junho. Logo penso em Addie e no nosso “beijo” anual de 12 de junho.

Solto um suspiro fundo. Minhas chances com ela nunca foram totalmente esclarecidas. Há algum tempo eu vinha pensando em Addie mais do que eu pensava em mim mesmo. Acho que estou apaixonado por ela, mas não sei se consigo dizer isso a mim mesmo. O sentir é diferente do dizer.

Dou um sorriso, ainda encarando o 13 de junho no calendário. Por algum motivo, essa data parece ser familiar para mim. É como se já tivesse acontecido. Sinto os lábios de Addie nos meus, e isso é estranho, porque isso nunca aconteceu de verdade.

Encaro fixamente a data no calendário, e então algumas lembranças correm na minha mente. Lembranças de um sonho. É como se algo incrivelmente realista tivesse acontecido, mas que não estava tão claro agora. Algumas lembranças de cartas, garotas e um acidente vieram a minha mente.

E então, como em um baque, tudo ficou claro. Eu havia tido o sonho mais louco da minha vida toda. Tudo aquilo havia sido como uma lição de vida. As escolhas do agora podem se tornam o agora do futuro. A frase mais realista para o momento. As escolhas que eu fiz no sonho me levaram a chegar até o final de tudo. E agora estou aqui, tendo consciência do que devo fazer, de que não devo cometer os piores erros. De que devo fazer o certo nas primeiras oportunidades.

Olho para a porta do meu quarto, que está entreaberta. O quarto da frente é o quarto de Grace, e sinto que eu deveria começar a fazer o certo com ela. Atravesso a porta correndo e entro em seu quarto, subindo em sua cama e pulando para acordá-la.

– Mãe, me desculpe – digo, arfando. – Me desculpe por eu ter sido um idiota esse tempo todo. Me desculpe pelos anos de infantilidade. Me desculpe por fazê-la perder anos da sua vida. Me desculpe por ter sido horrível. Me desculpe. Amo você.

Caio deitado ao seu lado, depositando em sua bochecha o beijo mais molhado que poderia dar, recompensando a falta deles em todos esses anos. Saio correndo de seu quarto, rindo de sua expressão boquiaberta. Ela nunca tinha ações, mas suas expressões já bastavam.

Arrumei-me o mais rápido possível. Por algum motivo, senti que Addie e eu precisávamos ter uma conversa. Na verdade, precisamos ter aquela conversa.

– Stuart, o que... – disse minha mãe, entrando no quarto enquanto eu penteava meu cabelo. Ri quando ela franziu a testa. – Puxa. Vai para a escola ou para uma festa?

– Digamos que meu coração pretende fazer aquela festa hoje – respondi, animado.

– Você vai se declarar para Addie? – ela sorriu, dando um gritinho. – Sei que não tenho mais a sua idade, mas essas coisas me animam. Lembro quando meu primeiro namorado se declarou para mim. Foi lindo!

– E o que aconteceu depois?

– Ele me deu um pé na bunda – ela respondeu, fazendo com que eu ficasse um pouco mais nervoso. – Mas ele era um idiota, então não vai acontecer a mesma coisa com você, porque Addie não é idiota. Ela é incrível. Espero que consigam se acertar, porque vocês se merecem.

Sorri para ela, recebendo um sorriso mais animado ainda.

– Então... – disse ela, aproximando-se. – Aquilo que disse... É verdade?

– Sim – concordei, olhando para ela. – Eu quero fazer o certo a partir de agora.

– Por quê? – perguntou ela. – Não que isso seja ruim, porque é ótimo, mas por quê?

Não precisei pensar na resposta. O sonho já dizia tudo.

– Tive o sonho mais louco de todos, e aquilo foi como uma lição de vida para mim. Não quero ser infeliz, e sei que se eu fizer as coisas certas, a felicidade sempre estará aqui.

Ela sorriu, e me abraçou.

– Eu te amo, mãe. Não importa o que aconteça.

Ela me abraçou mais forte ainda, e disse:

– Eu te amo. Não importa o que aconteça. Para sempre.

•••

A escola estava no mesmo alvoroço que sempre esteve na semana do 12 de junho. Pessoas sorriam ao receber seus cartões, beijos de todos os lados e abraços. Entrei decidido, mas ainda nervoso. No decorrer do caminho para a escola quase desisti diversas vezes sobre a idéia da declaração, imaginando o quanto isso afetaria a grande amizade que Addie e eu tínhamos há anos. Talvez, se ela não sentisse o mesmo, tudo seria diferente. Já vi isso acontecer. Nossa amizade iria para o espaço, e talvez ela nunca mais olhasse na minha cara. Fazer o certo às vezes requer alguns sacrifícios.

Avisto Addie no fim do corredor, guardando alguns de seus livros didáticos. Caminho até ela com os passos mais lentos e curtos que consigo. Ela é linda, não canso de pensar nisso. Seu cabelo caí sobre seus ombros, e suas camisetas de bandas de rock a fazem mais como uma adolescente de dezoito anos que não quer saber sobre a vida quando, na verdade, o que ela mais se importa é com isso.

– Olá, Stu...

Não deixo com que ela termine sua frase. Não quero que ela termine sua frase. Puxo-a com força em minha direção, encostando seus lábios nos meus com força. É diferente a sensação de beijá-la de verdade. Sempre demos um simples selinho rápido, sem muita emoção. Mas isso é diferente. Isso é incrível, maravilhoso.

Addie joga seus livros no chão, sem se importar. Ela agarra meu pescoço, e então sei que ela não quer parar. Seguro sua cintura e a encosto no armário, beijando-a delicadamente. Talvez as pessoas estejam olhando, mas não me importo. Nenhum de nós dois parece se importar, na verdade. São poucos os momentos únicos como esse, e devemos aproveitá-los como nunca.

Addie vai dando pequenos beijos em meus lábios até pararmos literalmente.

– Puxa – diz ela, sorrindo. – O que foi tudo isso?

– Algo que eu já deveria ter feito há muito tempo – digo, sem hesitar.

– Certo – diz ela, apenas isso. – E então, fez a lição de sociologia?

– Addie, não mude de assunto, por favor. – Digo, olhando fixamente para ela. Percebo que ainda estamos colados no armário, mas não me importo. – Preciso dizer uma coisa para você.

Ela respira fundo. Tenho medo de que ela escute o quão acelerado meu coração está.

– Olha, sei que foi repentino, mas eu precisava fazer isso – comecei, olhando para ela sem medo. – Nos últimos dias penso em você sem parar. Addie, Addie, Addie. Apenas Addie. Não consigo me concentrar em mais nada! Tudo está uma loucura dentro da minha cabeça, e preciso colocar para fora tudo o que estou sentindo. Preciso que você me escute, por favor.

– Tudo bem – ela balança a cabeça, e mexe o corpo. Afasto-me um pouco, envergonhado.

– Tudo bem – repito, respirando fundo antes de começar a dizer: - Você é tão linda, Addie, e sei que todos sabem disso. A garota mais especial que conheço. Sei que somos amigos, mas às vezes penso muito sobre isso, e não sei se é o suficiente. Não sei você, mas depois de um tempo meus sentimentos por você se tornaram maiores, algo que nunca imaginei que pudesse acontecer. Mas aconteceu, e quero que saiba que amo você como um homem ama uma mulher, está bem? Não quero ser seu simples namoradinho. Quero ser mais que isso. Quero ser o melhor amigo de todos. Quero ser o Stuart.

Ela olha para o chão, fazendo com que eu fique mais nervoso com a espera de sua resposta. E então, ela sorri e diz:

– Não sei por que demorou tanto para dizer isso.

Addie me beija, e então tenho certeza de uma coisa: a vida é linda, e nós somos incríveis.


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Notas finais do capítulo

HAAAHAHAHAHAHAHA PEGADINHA DO MALANDRO!!!
Sim, ele não morreu. Estranho? Não, foi apenas a Mellynnaa trollando vocês dfushgdshguiidhf O planejamento da história era esse: um sonho. Tiffany nunca existiu, mas foi tudo tão real!
M, aí está seu Tutu, novinho em folha.
Obrigada por tudo, pessoas.
Até a próxima história =D
Bjoooos