Depois de me despedir dos meus amigos, sigo para The Lost World. Lugar onde o portal para o mundo das memórias, Ou Realm of memories, pode ser aberto. Agora me encontro dentro das minhas próprias memórias onde um grande “jogo” começa.

– Esse lugar não me parece muito perigoso. É melhor eu procurar por alguma cidade ou coisa do tipo não posso andar por ai desprotegido. – Digo enquanto eu caminhava em meio à floresta.

Continuei andando por um bom tempo até que encontro uma casa antiga feita de madeira. Parecia que viviam algumas pessoas por lá, então fui logo me aproximando para pedir ajuda. Cheguei mais perto e vi uma velha senhora pendurando algumas coisas em um varal. Olhando de perto percebo que não era uma humana. Tinha um corpo de coelho então só poderia ser uma das criaturas daquele mundo.

– Olha o que temos aqui! É um garoto humano, você está bem? – Pergunta uma senhora que ia se aproximando.

– É... Eu estou bem... Pelo menos acho que sim?! – Digo enquanto a velha ia se aproximando.

– Não tenha medo, não vou te machucar! – Diz a velha senhora.

– Eu não preciso de ajuda, serio. Só gostaria de te perguntar algo!

– Pode perguntar meu jovem. Ficarei feliz em ajuda-lo!

–Como esse lugar chama? – Pergunto.

– Esse mundo é conhecido como Dream Island. Recebemos diariamente crianças humanas que caiem do céu como você, mas geralmente elas chegam aqui muito assustadas. O que eu não estou vendo em você! – Diz a moça.

– Dream Island?! Estranho Zero disse que o lugar onde tudo começou se chamava The Lost World. Então por que eu estou aqui? – Pergunto.

– Vamos entrando, tenho varias coisas gostosas que você vai gosta. – Diz a velha senhora.

– Não obrigado!

Sou empurrado até entrar na casa daquela senhora. Essa casa era muito estranha de um jeito bom. Parecia uma casa que toda criança iria querer ter. O chão era muito macio e dava para pular nele e saltar alto, como uma cama elástica. Do lado varias bonecas, robôs e carros espalhados pelo chão. Havia uma escada exatamente igual à de um escorregador que parecia levar a um segundo andar. Esse lugar parecia perfeito. De tanto pedir acabei cedendo e sentando em um sofá que estava ali, ele era tão macio que, de alguma forma, me lembrava a minha cama do mundo real. Em frente havia uma televisão gigante que estava passando algum tipo de animação, mas eu nunca tinha á visto e não tive nenhum tipo de reação quando às vi.

– Esse lugar é incrível! Parece ate um sonho. – Digo. – Sonho?!

Logo a velha senhora chega com um copo de chocolate quente me servindo. Me sentia seguro, ou melhor, em casa naquele lugar só que eu não imaginava que tudo isso iria acabar tão cedo. Sem perceber acabo caindo no sono, mas acordo rapidamente com um barulho de alguém batendo na porta. A senhora coelho foi atende-la e quando à abriu um senhor como ela entrou rapidamente.

– Deseja alguma coisa senhor? – Pergunta a coelha um pouco assustada.

– Eles estão chegando! Temos que correr – Diz o senhor.

– Eles? – Pergunto assustado enquanto me levantava bruscamente do sofá.

– Sim são criaturas malignas que devoram tudo que veem. São conhecidos como Nightmares!

– Nightmare. Eles já chegaram nesse mundo! – Digo.

– Você já ouviu falar deles? – Pergunta à senhora.

– Sim, já enfrentei vários deles! – Digo

– Então talvez você possa nós salvar! – Diz o senhor.

– Agora é impossível! Eu não tenho mais o que precisa para derrota-los! – Digo.

– É uma pena. Poderia ser de grande ajuda!– Diz a senhora.

– Então não temos tempo a perder, vamos fugir logo daqui. – Diz o senhor.

Sou arrastado para fora da casa novamente. O mundo de fora estava muito diferente, o céu estava roxo e as arvores por perto estavam queimando. Antes de sair sinto uma presença familiar vindo do Céu. Olha rapidamente e era Zero comandando um exercito de Nightmare que estava se aproximando de onde estávamos. Ele olha dentro dos meus olhos e da uma risada.

– Podem ir na frente. Eu tenho que fazer algo antes. – Digo me soltando da senhora.

– Mas... – Começa a dizer antes de ser interrompida pelo outro senhor.

– Vamos logo. – Diz o senhor coelho.

Os dois saem correndo e desaparecem em meio à floresta. Então pouco a pouco, do céu, Zero se aproximava.

– O que você quer? – Pergunto,

– Rick, você quer jogar descumprindo as regras. Se você não percebeu, cometeu um grande erro que vai gerar uma grande perda a você!

– O que você quer dizer?

– Regra número um Rick, Nunca deixe alguém de fora entrar em suas memórias. Sabe por quê? Porque isso acontece. – Diz Zero.

Zero estala os dedos e de repente vários gritos são escutados da floresta. Minha cabeça começa a doer muito forte e pouco a pouco imagens iam desaparecendo da mesma.

– O que você fez? – Pergunto.

– É mesmo, você não sabe. Bom, eu vim para esse lugar apagar tudo de bom que você viveu e esse mundo é o melhor lugar para fazer isso por um simples motivo. Não uma regra. Regra número dois, Quando algo nesse mundo desaparece e não é a sua hora de desaparecer ela é dada como nunca existida e é banida de suas memórias. Ou seja, mesmo se você voltar para o mundo real nunca mais vai se lembrar daqueles dois. – Diz Zero dando risadas.

– Maldito. – Digo segurando minha cabeça.

– Não se preocupe, eu não vou te matar. Eu vou te enterrar na mais profunda escuridão que já existiu. – Diz Zero com seus olhos brilhando em vermelho e um tom de voz muito mais sombrio e maligno – O jogo está apenas começando Rick e se eu fosse você Rick, aprenderia logo a jogar!

Zero desaparece no meio do nada e com muita dor causada pelo abalo criado por Zero, acabo caindo no chão. Pouco a pouco um nightmare parecido com uma besta, surge bem na minha frente. Ele era muito grande e tinha presas para fora, seu corpo era arredondado e seu rabo tinha duas pontas. Seu olho era totalmente vermelho e em sua cabeça havia o símbolo dos nightmare.

– Que droga. Não posso nem como me defender! – Digo enquanto colocava as mãos em minha cabeça.

– Parece que você se meteu em muitas encrencas Rick, é bem a sua cara mesmo! – Diz alguém com a voz familiar.

– Quem é? – Pergunto.

– Que grosseria, mas tudo bem. Eu te salvo dessa!

– Espera. Essa voz... É você Jin? – Pergunto – Você está diferente!

– Nossa eu mudei tanto assim. Saiba que eu fiquei te procurando por todo lado igual um idiota, enquanto você estava aqui brincando com os Nightmare. Nem para me chamar! – Diz Jin.

– Pode ter certeza que não foi por querer! – Digo dando algumas risadas mesmo estando um pouco surpreso.

O Nightmare olha para Jin e rapidamente começa a mostrar suas pressas. Jin pula do alto da montanha onde estava e no meio do ar chama sua keyblade.

– É hora do show. SPARK DASH! – Diz Jin

Jin desce em alta velocidade pra cima do monstro acertando-o em cheio nas costas, logo depois da um grande salto para traz com força total.

– Você viu isso! Eu consigo usar essa coisa, se chama keyblade e te ajuda a fazer coisas incríveis. Aposto que você quer uma! – Diz Jin

Fico olhando um pouco para sua cara, ele estava sorrindo, algo que eu nunca havia visto. Será esse o Jin de minhas memórias.

– O que foi? Você está com medo de novo! Eu já disse tem que ser mais corajoso. – Diz Jin.

– Eu com medo?! Não. Eu estava me lembrando de como é bom estar com alguém que eu conheço. – Digo.

O monstro volta ao normal e da um grande rugido, ele estava muito bravo, logo depois de rugir uma grande quantidade de energia é acumulada em seu corpo, como se estivesse mais forte depois de ter sido atacado.

– Pra trás Rick, eu cuido disso! – Diz Jin segurando sua keyblade com o olhar serio.

É difícil de acreditar, mas esse é o Jin das minhas memórias. Agora como esse “novo” Jin por aqui as coisas podem ficar mais interessantes, mas como Zero disse, eu ainda tenho que aprender a jogar.

CONTINUA