Totalmente Opostos escrita por Mari, Miimi Hye da Lua


Capítulo 5
Coruja


Notas iniciais do capítulo

Oie! Olha eu aqui!
Demorei um pouquinho né gente? De verdade, me desculpem, caso não tenham percebido eu sofro de um grave problema com bloqueios criativos, e tem vezes que eu empaco que nem aquelas mulas teimosas e não sai porcaria nenhuma.
Mas até que enfim consegui terminar esse capítulo, ufa!
Só eu que fiquei em crise de abstinência quando o Nyah! saiu do ar?
Ah, tem mais uma coisa, eu comecei uma nova fic, ela meio que era um teste mas acho que acabou dando certo, será que você podia passar lá e me dizer o que achou? http://fanfiction.com.br/historia/504821/Remember_When/
Um agradecimento especial a Jujubas Azuis (shaushau' nome criativo) que favoritou, muito obrigado amore.
Bom, espero que gostem, boa leitura! :)



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Naquele exato momento eu me sentia como um animal de zoológico. Parado na frente da classe vendo todos me encararem como se eu fosse uma aberração da natureza ou tivesse uma doença contagiosa não era lá uma experiência muito agradável.

Burburinhos e cochichos irritantes eram os únicos sons emitidos no ambiente. Eu tinha 99,9% de certeza de que falavam de mim, ou melhor, do ''novato''.

Eu não me senti envergonhado, longe de mim, nunca fui tímido. Mas, em contrapartida, ser o centro das atenções e alvo das especulações de um bando de babacas e imbecis em uma sala quente e abafada me deixava puto da vida.

Endireitei a postura e enrijeci os músculos enfiando a mão no bolso detrás da calça, querendo a todo custo mostrar uma indiferença colossal, também meio que queria transmitir por meio da arrogância proposital que eles não eram dignos da minha ''ilustre presença''.

O paspalhão que provavelmente (obviamente) devia ser o professor até então parado que nem um espantalho, resolveu enfim se manifestar diante do alvoroço:

–Ei! Silêncio turma! – Se virou para mim com um sorriso torto bizarro – Afinal, não queremos transmitir uma primeira má impressão ao senhor Vargas, não é mesmo? – Enquanto tentava entender a ênfase ridícula que ele deu no meu sobrenome, me controlava para não cair na gargalhada daquela criatura ali na frente mesmo. Limitei-me a dar um sorrisinho irônico. Mas nem ele, nem seu sorriso do gato da Alice se abalaram.

Percorreu a sala com os olhos e apontou para uma carteira vaga atrás de uma garota com a cabeça baixa que ficava quase de frente à lousa.

–Pode se sentar ali senhor Vargas.

Soltei um suspiro e sem tentar anuviar a preguiça e desânimo que me acometiam, caminhei (me arrastei) até o lugar indicado por ele. Mas apenas uma coisa me fez parar abruptamente: a garota sentada na carteira da frente esticou o pescoço e elevou seu olhar para mim, prendi a respiração e minha boca se entreabriu. Eu reconheceria aqueles olhos de coruja em qualquer lugar.

Dessa vez ela não desviou o olhar, o manteve fixo em mim. Mesmo atrás das lentes grossas dos seus óculos, era impossível não notar seus enormes olhos castanhos amendoados e seus longos cílios batendo feito leques. Fiquei simplesmente hipnotizado.

Meu Deus, como o mundo é pequeno!

Um pigarreio me trouxe de volta a realidade e eu me lembrei que estava parado no meio da classe secando aquela garota.

–Algum problema? – perguntou o professor muito interessado no meu bem-estar.

Nem me dei ao trabalho de me virar para olhá-lo, continuei olhando pra ela. Até que os cantos da minha boca se viraram para cima e fiquei com um sorriso descarado no rosto.

–Nenhum. – respondi saindo do transe e colocando as minhas coisas na carteira atrás da estabanada, mas é claro, sem desfazer o sorrisinho travesso por nada.

Me sentei e o professor não perdeu tempo retomando uma espécie de explicação onde parecia mais que ele falava em uma língua própria ou alienígena onde usava as palavras ''congruentes'' e ''paralelas'' a cada cinco segundos. Mas quem disse que era nele em quem eu estava prestando atenção? O foco da minha atenção era apenas a desbocada a minha frente que fazia obviamente um esforço tremendo pra fingir que não notava minha existência. Mas pelo jeito com que seus olhos se arregalaram quando estávamos naquele joguinho bizarro de ''encaração'' segundos antes, eu tive certeza de que ela estava tanto, ou mais, apavorada e aturdida com a minha presença do que eu com a dela.

Eu não podia culpar a pobrezinha, não é todo dia que um motoqueiro gato te atropela e para pra te socorrer feito um cavaleiro de armadura num cavalo branco.

É, eu sei, eu sou demais.

Decidi que estava na hora de brincar um pouquinho. Me inclinei para frente e cheguei bem próximo ao pé do seu ouvido.

–Oi, se lembra de mim? – perguntei com a voz mais sacana que consegui extrair dos recônditos da minha garganta, consegui, porque ela saiu bem mansa e sedutora, digna de um cafajeste.

Logo quando fechei a boca mas não me afastei dela, senti o meu sorriso dobrar de largura quando vi os pelos da sua nuca se eriçarem por ela estar com um rabo de cavalo, ótimo, um dos sinais que indicavam que ela estava na minha. Não me leve a mal, eu não estava afim dela, arg!, credo! Ela podia ter aqueles olhos enormes de hipnotizantes, mas parava por aí também no quesito aparência. Como um bom e velho conquistador eu estava querendo mesmo era testá-la e saber se depois de alguns segundos com o meu charme ela ainda estaria me xingando de desgraçado como na última ocasião desastrosa.

A única coisa que não fez sentido foi ela ter continuado muda e parada feito uma estátua, talvez estivesse insegura demais pra falar comigo. A mínima reação que recebi foi ela dar uma rápida espiada por cima do ombro em mim, tão rápida que não pude nem decifrar sua expressão, depois de um milésimo de segundo, se virou para frente e voltou a me ignorar, ou pelo menos fingir. Porém, os seus ombros rígidos que eram um sinal óbvio de nervosismo não estavam colaborando com a indiferença que ela queria simular.

–Sabia que é feio não responder as pessoas quando te perguntam algo? – perguntei mais uma vez num sussurro bem meloso.

Ela se virou para trás e lançou um sorrisinho tímido. Nos poucos segundos em que me olhou eu reparei bem nela: um nariz bem empinadinho, uma boca enorme e aqueles olhos que me deixavam maluco. Talvez se dessem um upgrade nela até que ficava bem jeitosinha. Não pude notar mais nada, já que ela se virou rapidamente para frente.

Tudo bem, eu podia esperar qualquer coisa, menos o que ela fez depois: levantou a mão direita deixando apenas o dedo do meio à mostra bem na minha direção deixando claro que aquele gesto tão indelicado era pra mim. Pisquei aturdido tentando discernir se aquilo era real. Como aquela garota foi capaz de mostrar o dedo pra mim?

Bati as costas com força no encosto da cadeira olhando fixamente pro seu imponente rabo de cavalo que chicoteava o ar acompanhando seus movimentos. Ela tava de brincadeira né?

Estendi o braço para cutucá-la, mas antes que encostasse nela soou o sinal indicando que a aula havia terminado. Pensei que poderia falar algo pra não deixar que uma garota medíocre e ridícula como aquela me rebaixasse, mas sem pestanejar nenhum segundo, ela pegou suas coisas e saiu como um raio da sala.

Fiquei paralisado tentando fazer minha mente dirigir o fato de que ela havia me esnobado.

Como. Assim?

Ok, nada mais fazia sentido.

***

Aqueles merdinhas não faziam o favor de calar a boca nem pra comer? Caramba, dá um tempo né? Aquelas criaturas escandalosas que gritavam, literalmente, me tiravam do sério.

Apoiei o cotovelo entre as mãos e massageei as têmporas com as pontas dos dedos tentando diminuir a raiva e estresse que começavam a aparecer em mim por estar cercados de hienas tagarelas.

–Ei, Vargas! – levantei o olhar meio aborrecido. Me deparei com um cara alto e queixo quadrado quase tão geométrico quanto o do meu velho. Usava uma jaqueta com o amarelo mais tosco, horrível e regalado que já vi, sinceramente, fiquei com vontade de vomitar. Pra acabar de completar o visual ridículo, um topete castanho, não sei, acho que ele estava afim de roubar o lugar do pica-pau.

Me encarou alguns segundos em silêncio me analisando com aquele sorrisinho de canto de boca descarado e cínico que nunca sumia, quem sabe depois de um belo soco ele desaparecia?

–Você é novo aqui né?

Não, estudava aqui antes disfarçado.

–Sou. E daí? – perguntei grosseiro voltando a encarar a bandeja com uma gororoba à minha frente.

–Nada, só queria me apresentar. Eu sou o Diego – Estendeu a mão e eu a deixei suspensa no ar alguns segundos enquanto lidava com a dúvida cruel de ser ou não o mínimo educado naquele instante.

–Você já sabe quem eu sou – eu disse apertando sua mão.

Diego soltou uma risada idiota e sem sentido. Colocou a bandeja na mesa se sentando diante de mim. Atrevidinho demais pro meu gosto.

–Sabe León, esse é o seu nome certo? Eu gostei de você – Aquele cara tava me estranhando? Olhei para ele sem tentar disfarçar a confusão depois daquele comentário desnecessário e tosco. Diego riu mais uma vez, parecia um tique, ficar com aquele sorrisinho idiota o tempo todo e rir nas situações mais inapropriadas e inoportunas – Você me entendeu mal, eu quis dizer que fui com o seu jeito, sacou?

Peguei uma batata frita do prato e inclinando a cabeça pra trás a engoli inteirinha.

–E o que eu tenho haver com isso?

–Nada, eu só fico pensando como deve ser difícil ser novo na cidade e no colégio. – Não me aguentei e depois de ouvir aquela idiotice dei um tapa na minha coxa e soltei uma gargalhada infindável. – Pode rir à vontade Vargas, essa sua pose de durão não me engana.

–Cara, você é baitola? – indaguei apoiando os cotovelos na mesa de novo meio sério, olhando bem na sua cara esperando que o sorrisinho cínico sumisse, mas ele parecia ser inabalável.

–Que eu saiba não – disse jogando um sachêzinho de ketchup no meu prato.

–Bom, então se eu fosse você pararia de agir como um.

–Nossa, alguém já te falou que você é muito grosseiro?

–Se alguém já falou eu não sei, ou simplesmente devo ter ignorado. – Ele abriu a boca pra retrucar, ou seja, soltar um comentário idiota, mas foi impedido por uma vozinha esganiçada irritante de taquara rachada que veio detrás dele.

–Baby, onde você estava? Te procurei pela escola toda. – falou uma garota alta com um cabelo loiro enorme meio liso, meio encaracolado, obviamente não natural.

Ela se aproximou e envolveu seu pescoço com os braços dando beijos por todo o seu rosto. Eu nunca senti tanto tesão e vontade de vomitar ao mesmo tempo.

–Eu estava só falando com meu novo amigo. – ele disse maneando com a cabeça na minha direção.

–Eu definitivamente não sou seu amigo – falei sem perder tempo tentando levantar uma barreira entre nós de novo.

–Ui, ele é meio nervosinho. Não vai me apresentar Diego? – A dona da voz me roubou a atenção e eu estiquei o pescoço para mirar uma garota muito gata – lê-se gostosa – que estava atrás da loira, parada em pé segurando uma bandeja.

–Ah, esse é o León. León, essa é a Lara. – disse indicando a moreninha com a cabeça.

Coloquei meu olhar observador e atento pra trabalhar analisando cada centímetro do seu corpo. Usava um uniforme evidentemente de teen líder exageradamente curto que consistia num conjunto de uma regata branca com amarelo e uma saia de pregas do mesmo tom, ambos de algodão e extremamente sexy. Era incrível como ela ficava bem com aquele amarelo horrível da jaqueta do Diego.

–É um prazer – ela falou dando uma piscadinha.

–Pode ter certeza que o prazer é todo meu princesa. – Lancei uma belo olhar 43 e imitei o sorrisinho cínico do Diego enquanto via ela me olhar paralisada sem reação.

–Esse cara é real? – perguntou apontando pra mim com surpresa aparente no tom de voz.

–Bom, se você sentar aqui do meu lado eu posso te mostrar. – Indiquei com a cabeça o lugar vazio ao meu lado. Eu sei que agi como um perfeito canalha, mas pra mim tudo bem se já começasse a preparar terreno e selecionando futuras ''amigas'', eu não tinha certeza de quanto tempo ficaria nesse lugar, por isso precisava me garantir.

Fiquei meio receoso quando ela demorou pra esboçar uma reação clara da minha atitude drástica, obviamente ainda meio chocada com minha petulância. Mas fiquei aliviado quando acompanhei a tal de Lara mudar de uma expressão de perplexidade e olhos arregalados pra um sorrisinho bem travesso e indiscreto.

Ela logo deu a volta na mesa e se sentou bem do meu lado. Ficando mais perto dela pude notar sua pele bem bronzeada, e o seu cabelo cor de mel longo e liso preso em uma trança que junto com aquelas feições delicadas e suaves lhe davam um ar angelical, o que ia totalmente contra as vestimentas vulgares e comportamento promíscuo. Sem disfarçar desci o olhar do seu rosto para seu corpitio e comecei a despi-la com os olhos.

–Uau, parece que vocês se derem bem! Vem Ludmi, é melhor deixarmos os dois sozinhos. – Só depois dessa exclamação me dei conta de que do outro lado da mesa Diego e Ludmila estavam presenciando todo o showzinho.

Diego se levantou e se enganchou no braço da loira oxigenada. Antes de sair, lançou uma bela piscadela para mim, acho que nessa hora eu comecei a gostar um pouquinho dele.

Logo que saíram da mesa voltei a encarar a bela visão que tinha o privilégio de admirar ao meu lado. Lara era uma sirigaita sem dúvidas, mas ainda assim bancou a puritana constrangida:

–Nossa, você é meio direto. – ela falou colocando a mão sobre o meu joelho que ficava roçando na coxa desnuda dela coberta apenas por uma minúscula minissaia de líder de torcida.

–Eu não diria direto, apenas desinibido.

–Um bom jeito de dizer que você sabe como deixar uma garota sem-graça.

–Te deixei sem-graça? Desculpa princesa, não era minha intenção.

–Eu sei que não – Ela sorriu sem mostrar os dentes muito maliciosa.

–Mas se você quiser podemos desfazer essa impressão. – disse colocando minha mão por sobre a dela.

–O que você tem em mente? – perguntou inclinando o corpo para frente até ficarmos bem próximos um do outro a ponto até de eu poder sentir o cheiro do seu perfume enjoativo.

–Não sei, sabe, eu sou novo aqui e seria ótimo ter alguém que me mostrasse o colégio.

–Bom, parece que eu vou ter que te fazer esse favor. – Ela apertou meu joelho e eu senti uma sensação que prefiro nem descrever pro caso de terem crianças na sala.

Sem perder nenhum segundo me levantei estendendo a mão para ela.

–Bom, o que estamos esperando então? – Dessa vez ela se permitiu abrir mais o sorriso, exibindo seus dentes exageradamente brancos.

Segurou minha mão e comecei a caminhar a puxando para bem perto de mim. Fui desviando das pessoas que cruzavam o meu caminho de maneira descomunal pra ficar sozinho o mais rápido possível com ela, o que um belo par de coxas não pode fazer?

–Ei, vai com calma garanhão – ela disse apertando minha mão.

Soltei uma risada sem humor me virando para encara-la de relance louco pra ver mais uma vez aquele sorriso safado no seu rosto. Eu nunca deveria ter feito isso.

No instante em que me virei senti algo viscoso na minha camiseta, parei de caminhar na hora. Virei a cabeça devagar contando até dez mentalmente, mas não me contive quando me deparei com minha camiseta coberta de purê de batata.

–MAS QUE CACETE! – berrei com tudo que tinha olhando pro estrago feito na minha blusa.

–Ai meu Deus, me perdoa eu não vi você e... – A pessoa parou no meio da frase, mas eu só tinha certeza de já tinha ouvido essa voz em algum lugar. Olhei pra frente e vendo a anta que causou aquele estrago com os olhos arregalados e cobrindo a boca, meu sangue ferveu.

–Você de novo sua idiota! Não olha por onde anda?

A agarrei pelo braço, tudo bem, eu sei que isso não foi lá muito legal da minha parte, mas eu tenho um temperamento meio esquentado e quando me irrito, as vezes até eu mesmo fico com medo de mim.

–Olha o estrago que você fez sua, sua, sua, idiota!

Sua expressão passou de perplexidade para fúria.

–Eu já disse que não foi de propósito seu estúpido! – Me encarou fundo com aqueles olhos castanhos assassinos, foi como se ela pudesse enxergar dentro de mim, confesso que tremi um pouco na base.

Eu sabia que todos estavam assistindo a cena, mas eu não ligava, simplesmente tinha perdido a capacidade de olhar pra qualquer coisa além dos seus olhos.

–Dá pra me soltar ou vai ficar só me olhando que nem um bobão? – perguntou puxando o braço. Agora isso sim era demais, ela estava me enfrentando?

–Do que foi que você me chamou sua cretina?

–Ei, ei, o que está acontecendo aqui? – Enfim consegui desviar atenção dela pra encarar um cara com um suéter xadrez ridículo que abria caminho entre as pessoas que nos cercavam para se aproximar.

–Posso saber quem é você e o que...

–Dá pra você calar essa sua boca imunda? – ela me cortou e eu fiquei perplexo, uma garota tinha me mandado calar a boca?

–Solta ela agora! – ele gritou nervosinho vindo na minha direção.

–Peter, eu sei me virar! – falou sem parar de me encarar. Olhou bem fundo nos meus olhos, do mesmo jeito que me olhou nos primeiros segundos em que parei para saber se ela estava bem depois dela ter se jogado no chão feito uma maluca no estacionamento do shopping. Aquilo acabou comigo e eu estremeci, literalmente – Você tem cinco segundos pra me soltar ou eu não gostaria de estar na sua pele. – exclamou entre dentes absurdamente furiosa.

Eu a soltei na mesma hora, não pela ameaça infundada, mas porque aqueles seus olhos de coruja estavam me consumindo por dentro. Logo que a soltei, recebi um belo empurrão que por me pegar despreparado me fez cambalear para trás.

Ela olhou para os lados e ficou obviamente apavorada ao ver todos no refeitório nos observando. Mas logo recobrou a compostura e a pose de durona, olhou para o chão e mirou sua bandeja caída.

–Guarda o purê na sua camisa, dá pra comer mais tarde.

Ela lançou um sorrisinho na minha direção e se virou abrindo caminho pela multidão.

Fiquei a olhando ir embora sem reação.

A rodinha que se formou em volta de nós permaneceu a minha volta me olhando esperando que eu fizesse algo, mas depois de verem que o barraco já tinha acabado, todos foram se dispersando pros seus respectivos cantos, inclusive a cadela da Lara que obviamente devia estar meio assustada com meu comportamento.

Só eu fiquei lá em pé parado com a imagem dela me encarando furiosa indo e vindo na minha mente, apenas tentando entender que porra tinha acabado de acontecer ali.


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Notas finais do capítulo

E aí? Muito chato? León chegou abalando né? Conseguiram estabelecer a relação entre o titulo e o capítulo? Ficou meio ridículo né? Kkkkk. Desculpem pelos palavrões, não gostei de escrevê-los mas eram necessários pra descrever os sentimentos do Leóncito esquentadinho.
Vou terminar com o clichê (é nóis Mia) que não pode faltar e agradecer aos reviews do capítulo passado e pedir que me diga o que achou, reviews são mega ultra iper importantes, é por meio deles que eu sei o que estão achando ;D
É isso, até a próxima, beijos! =3 ♥