Coroada - A Seleção Interativa escrita por Lady Twice


Capítulo 50
A Elite


Notas iniciais do capítulo

HEYO!
RESPIREM FUNDO ANTES DE LER ESTE CAPÍTULO, EU RECOMENDO.
Bom, é. Vou dar uma enrolada básica só pra encher o saco e pra que você me dêem um xingo básico, mas não parem. Eu vou escrever coisas importantes aqui, afinal.
Sobre a segunda temporada: JÁ TEM NOME. E, por acaso, é Two Croowns, One Winner, mas eu abrevio para TCOW. Vocês podem ver a sinopse bem aqui(http://www.polyvore.com/two_horses_are_racing_but/set?id=164447979), e o prólogo bem ali(http://www.polyvore.com/two_crowns_one_winner-prologue/set?id=164451528). Se quiserem ver as fichas, digam-me e eu lhes mando nos comentários. Se quiserem reservar vaga, também façam isso. E, bem, é. Me digam o que acham.
Sobre o capítulo: eu não consegui escolher uma música, porque esse capítulo tem vários altos e baixos. Como eu estou relembrando meu ápice de 5SOSfan, sugiro Heartbreak Girl. Ou Gotta Get Out. Ou Cecilia, mas aí é do The Vamps. Poisé.
De novo, mais sobre o capítulo: começa com três das garotas que saíram. Que que há: o Archie, na verdade, falou com cada uma delas, mas estas foram as três que eu mais desenvolvi e quis postar. Mas não se enganem, não é porque a sua garota não foi uma dessas três que ela não foi eliminada NURHFWIJDNCQKJ só continuam na competição as que Archie anuncia na segunda parte do capítulo, que, cronologicamente falando, vem antes das conversas com as gurls. But who cares about time? Eu não.
Bom, é. Leiam. Se deliciem. E- claro -me matem muito nos comentários.



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O primeiro quarto que bateu foi o de Vênus. Ela atendeu a porta rapidamente, meio inexpressiva. Pela sua maquiagem pela metade e os cabelos enrolados em bobs, ele concluiu que suas criadas queriam que sua saída fosse triunfal.

“Hey, Arthur”, ela disse, e abriu a porta. “Entre.”

As criadas fizeram uma reverência rápida e saíram, e o príncipe sentou-se na cama. Vênus voltou para a penteadeira, e continuou a se maquiar sem elas. “Você está incrivelmente bem.”

“Não preciso ouvir isso, querido”, ela devolve, sorrindo. “Acredite, algumas outras estão piores que eu. Bem piores.”

“Imagino. Mas não foi intencional”, Arthur encolheu os ombros. “Acho que só... Não era pra ser assim. Quando o destino dá sua palavra final, não há nada que possa impedir.”

“Ah, Arthur, sem hipocrisia. Eu e você sabemos que não foi o destino que escolheu estas garotas”, ela diz, com uma cara travessa. “Ele pode ter feito com que você arraste uma asinha aqui e ali, mas quem decidiu quem vai e quem fica foi você, querido. Você está claramente brincando de Deus aqui.”

“É como uma obrigação”, o príncipe ri, percebendo que Vênus provavelmente estava certa. “O que vai fazer?”

“Ensinar. Ensinar ballet”, Vênus devolve. “É o que faço de melhor.”

“Eu deveria ir ver as outras, Vênus”, ele se põe de pé e abre a porta por si mesmo. Antes de fechar delicadamente o portal, se vira para dentro e diz. “Mas esqueça ensinar, por hora. Soube que o Ballet de Illéa estará admitindo em breve, e eu odiaria não te ver na primeira apresentação.”

Vênus dá uma risadinha. ‘Não é falta de vontade, Archie’, ela pensa, ‘É de gran-‘. Interrompe a si mesma ao ver um pequeno envelope em cima de sua cama, onde Arthur havia sentado. Abre-o, achando lá dentro várias notas verdinhas. “Arthur, Arthur... Nunca mude.”

Helena, como ele previra, já estava com as malas feitas. Só havia deixado de fora a camisola, e, ao contrário de Vênus, não se arrumava. Ela estava sentada, jogando cartas com as criadas. Arthur pediu à Helena que não as dispensasse, na verdade, queria entrar no jogo.

Descobriu ser horrível- mas horrível mesmo –em copo d’água. Helena tentava consolá-lo falando que, no início, era tão ruim quanto, mas ele desistiu depois do décimo copo. “Eu desisto. Nunca vou conseguir ganhar isso”, disse, ao passo que todas elas riram.

“Bom, eu te libero. Mas há uma condição”, Helena disse, ao mesmo tempo em que embaralhava as cartas e arrumava um jogo pra três. “Sua paixão..?”

“Ah, Hell. Estava bem debaixo do meu nariz o tempo todo”, ele se pôs de pé, e uma das garotas correu para abrir a porta. “Meu país, Helena. Eu daria minha própria vida por ele.”

Sarah, para Arthur, parecia estar triste. Triste, mas se consolando. Afinal, era só um garoto. Ela tinha uma vida para viver.

Mas Arthur não conseguia tirar da cabeça que a tristeza da garota era sua culpa. E ficava pensando no que poderia ser feito, no que ele deveria fazer, para tirar Sarah da depressão. Ele se sentia constrangido de estar ali, sentado ao lado dela, mas era algo necessário.

“Sarah?”

“Por favor, não pergunta se eu estou bem”, ela diz, os olhos fechando.

“Okay”, ele devolve. “Você está muito zangada comigo?”

Ela espera um pouco antes de responder, mas ele sabe que a garota vai falar algo. “Não. Se eu não ganhei o seu coração, a culpa não pode ser sua. É minha. Eu não estou sendo enxotada por causa de você.”

“Nem de você, Sarah”, ele segurou as faces da garota. “Sarah, olha pra mim. Você é um garota brilhante. Você é pra cima, confiante, despachada. Você é uma ótima pessoa. Tem um coração enorme, e uma vida pela frente.”

“Para.”

“Perdão?”

“Para. Para com isso”, ela repetiu, mais alto. “Se eu realmente sou tudo isso, por que me dispensou, Arthur?”

Aquela o pegou de surpresa. “Ahn...”

“Era o que eu esperava”, Sarah devolve, secando uma lágrima teimosa. “Agora, se me dá licença, preciso fazer as malas.”

“Mas eu pensei que-“

“Pensou nada, Arthur”, ela o enxotou do quarto. “E, por favor, para de falar. Só faz doer mais, e você não pode esperar aceitação de todas.”

{Uma Hora Antes}

Naquele café da manhã de sexta, Arthur podia quase palpar a tensão que pairava na sala. E ela, claro, só tinha uma explicação- não havia uma alma viva no Palácio que não sabia que o anúncio da Elite seria feito a qualquer momento.

O príncipe olhou para seu pai, à sua esquerda. Maxon lhe ofereceu um sorriso acolhedor, e America um olhar compreensivo. Inspirando profundamente, Arthur se pôs de pé. Imediatamente, todos os olhares na sala caíram sobre ele. Mas o ruivo ignorou isso, começando seu anúncio.

"Senhoritas, antes de nossa viagem eu lhes informei que não me sentia seguro o bastante para um afunilamento mais profundo, A Elite. Agora, além de me sentir mais seguro, sei que não devo arriscar suas vidas caso eu saiba de certo que não poderão ir adiante. Sei quem deverá permanecer e continuar a competir pela coroa. E, como já devem ter deduzido, pretendo anunciá-lo agora. Estas serão as senhoritas Aurora Bocchi.", ele olhou Aurora, que ostentava um sorrisinho aliviado. "Alyssa America Swan.", a ruiva levantou as sobrancelhas, surpresa mas feliz. "Calliope Claire Evans Rosier.", Calliope, sempre reservada, meramente sorriu. Arthur inspirou, se encorajando a continuar. "Delancy Lewis.", ele mirou Delancy, que pareceu de alguma forma contente pela primeira vez desde o assassinato de Caroline. "Sofia Delacour.", ele procurou pelo olhar de Sofia, que estava radiante. "Skyler Smith.", Skyler soltou um guinchinho feliz, que permitiu a Arthur encontrá-la de imediato. "E Victoria Alasca Young.", Victoria, ao perceber que era a última, soltou um longo suspiro. Algumas garotas o fitaram com raiva, outras fitaram as remanescentes, e duas começaram a chorar baixinho; mas ninguém falou nada. "Eu falarei pessoalmente com cada uma das eliminadas após o término de sua própria refeição. Minhas sinceras desculpas a todas. Vocês deixarão o Palácio hoje após jantar."

Ele iria voltar a se sentar, abalado pelo que acabara de dizer, quando seu pai se pôs de pé e fez sinal para que ele o seguisse. E saiu andando. Arthur o seguiu, olhando o tempo todo para sua nuca, para evitar o contato visual com as garotas. Ele reparou, de canto do olho, que ele e o pai estavam no Escritório Real. Arthur esperou que seu pai se sentasse e indicasse que ele deveria fazer o mesmo, para que eles conversassem; mas em vez disso o rei parou bruscamente e abraçou o filho. Abraçou tão forte que Arthur pensou que iria ficar sem ar, e acabou por enlaçar o corpo de seu pai num abraço também.

Quando o soltou, Maxon encarou Arthur. O ruivo havia tido um surto de crescimento faziam três ou quatro primaveras, de repente maior que o pai, com um e oitenta e oito. Maxon ignorou isso por mais uma vez. "Arthur, no dia do anúncio do noivado, como sua mãe sabe, eu temi nunca poder descobrir o rosto dela em nossos filhos. Quando Louise nasceu, eu quase surtei."

"Ela é idêntica à mamãe.", Arthur concordou.

"E se é.", o rei deu uma risadinha. "Eu tinha que me lembrar que aquela era Louise, pois parecia uma extensão de sua mãe. Não era bem o que eu esperava.", ele fez uma pausa, calculando as coisas palavras. "Quando você nasceu, eu vivi uma das maiores alegrias da minha vida. Eu descobri em você, meu filho, os olhos, o nariz e o porte físico esguio da família de sua mãe-que me lembram seu avô Shalom-; acompanhados de minha boca e formato de rosto. Era como se não fosse só America, ou só eu; mas nós dois. A junção que eu sempre quis ver, que pensei que nunca chegaria a presenciar, e que cheguei perto de nunca fazer acontecer.", Maxon fez mais uma pausa, e se deu conta de que havia andado pelo escritório. Voltou para perto do filho. "E também há, novamente, o ponto do seu avô Shalom. Você sabe que eu só o vi uma vez, durante o Baile de Halloween, e ele era um homem incrível. Digno de louvor. Eu vejo em você pontos dele, também- a tenacidade, as respostas na ponta da língua; e o otimismo. Você, Arthur, tem fé na humanidade. No seu povo. É isso fará de você um ótimo rei, principalmente somado à compaixão e ar nobre de sua avó Amberly, à firmeza de seu avô Clarkson e à paixão de sua avó Magda.", parou mais uma vez, olhando o filho nos olhos. "E como se os dotes familiares não bastasse, você cresceu e virou... Você. Algo maior do que seus avós poderiam ansear por. Líder por natureza, bondoso além da encomenda, com um bom-senso palpável. Isso para não falar na sua coragem por anunciar a Elite por conta própria- eu tremi na hora de fazer aquilo. Não entenda que eu estou dizendo que o amo mais do que seus irmãos, pois sabe que todos são iguais para mim; mas, Arthur, você é uma das maiores alegrias da minha vida. Você cresceu nesse escritório, sujando meus documentos e tratados de geleia de uva e pasta de amendoim enquanto eu te explicava como fazer o orçamento para a criação de um projeto grande. Tony e Louise saíram à mãe, independentes, Hannie segue Louise pra todo lado, e os outros são muito pequenos. Eu fico feliz, Arthur, por constatar que você tem em mim seu abrigo permanente. Lou te implicou, você vem me contar. Anthony pegou seu carrinho, você invade minhas reuniões. Uma das suas selecionadas te acertou na cara, você me convoca ao seu quarto imediatamente.", ele pausou mais uma vez; e Arthur observou, com os olhos marejados, seu pai pegar uma caixa que estava em cima da mesa. "Eu queria te dar algo que você fosse gostar, mas não é como com seus irmãos. Eu sei que Louise gostaria de uma festa, Anthony de um instrumento musical, Hannie de uma tela ou um livro, Phillip de um brinquedo, e Karen e Kaden são pequenos demais para isso. Mas, você, Arthur, é diferente. Você não tem uma essência simples e concreta, como seus irmãos. Te entender é muito complexo, meu filho. Não caberia numa caixinha como esta.", o rei apontou para a caixa, e deu uma risadinha. Arthur o acompanhou. "Então eu fiz o que sei fazer: fotografei. Não a você, que nunca está em lugar algum para ser visto, mas à algo palpável, que eu sei que você ama de verdade. Espero que você goste, Arthur.", o rei passou a caixinha para a mão do filho. "Feliz aniversário."

Arthur mal teve tempo para abrir a caixa, uma vez que quando seu pai acabou de falar o escritório foi invadido pela família. America, Louise, Anthony, Hannie, Phillip e até mesmo os pequenos Karen e Kaden, no colo da mãe, entraram com algo para o irmão. Eles se revezaram para abraçar Arthur, e Louise teve de segurar os bebês para America fazê-lo. Ela apertou o filho com força, e sussurrou para ele. "Espero que seu pai não tenha escorregado no meio do discurso. Ele passou o último mês pensando se conseguiria fazer isso."

Arthur não pôde deixar de sorrir, cercado pela família que gritava e se lambuzava de bolo. De repente, observando os Singer-Schreave, se sentiu muito amado. E quis que seu filho, algum dia, se sentisse assim. Mas, para isso, ele precisava achar sua esposa.

Suspirou com o pensamento. Ele queria, e muito, que seu escritório ficasse bagunçado assim, com marcas de bolo em suas canetas. Queria que seus filhos interrompessem seu trabalho, que sua esposa sentasse com ele naquela mesa maciça para discutir política, que seus filhos chamassem Tony, Phillip e Kaden de titio, e Louise, Hannie e Karen de titia. Queria segurar seu filho nos braços e ver uma junção dele com a esposa, como seu próprio pai vira nele. Mas, mais uma vez, ele precisava achar sua esposa para isso. E foi assim que, após escapar do escritório e deixar os presentes da família em seu grandioso quarto, ele foi se despedir das garotas que deixariam após o jantar.


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Notas finais do capítulo

ME MATEM