POV Austin

Quando saí da Sonic Boom, percebi que na pressa, Ally havia deixado o diário dela, e pior, aberto. Quando peguei, sem querer comecei a ler. Não me orgulho do que fiz:

"Aqueles olhos meigos que me fazem sorrir só de vê-los. Aquele cabelo loiro (que eu ainda acho que é tingido), que cai da maneira certa. O cheiro dele, é suave como uma brisa de verão. O mais legal dele é que seu nome é de uma cidade do Texas."

Que legal, a Ally ta gostando de um garoto. Mas espera... cabelo loiro? Com o nome de uma cidade do Texas? A Ally ta afim de mim. Não não pode ser. Calma Austin, não se apavore ela é sua amiga. Relaxa.

Saí do meu quarto e comi uma maçã. A campainha da minha casa tocou, minha mãe foi atender, era a Ally. Quando a vi corri para a sala de música, ela me seguiu.

– Oi Austin. - falou ela.

– O-oi Ally.

– Podemos começar?

– S-sim.

Sentamo-nos no banquinho do piano e começamos a trocar idéias:

– Que tal uma música de amor?

– Que tal uma música de amizade?

– Eu tenho um monte dessas quase prontas, e além disso eu estou muito inspirada hoje.

– Meus parabéns.

– O que aconteceu com você? Você não é assim.

– Eu só não quero uma música de amor.

– Austin eu te conheço. Me diz o que ta acontecendo.

– Eulioseudiário. - murmurei.

– Você o que?!! - disse ela surtando.

– Desculpa é que quando eu percebi já tinha lido.

– Dane-se. O que você leu?

– A parte que você disse que gosta de mim.

– Mas eu não escrev isso.

– Escreveu sim. Você descreveu no final do texto: o cabelo loiro, o nome da cidade do Texas.

– Sim, eu te descrevi. Mas você leu só o final e não entendeu o que eu quis dizer. Eu escrevi que estava feliz de voltarmos a ser amigos. E foi só uma maneira bonitinha de te definir.

– Ata. Que alívio.

– Por que, "que alívio"? Eu sou tão ruim assim?

– Não Ally, entendeu tudo errado. Fiquei nervoso porque é minha amiga, e não queria que você se machucasse.

– Ata.

Ela virou se para o piano e começou a me fazer perguntas sobre o que eu gosto nela, minhas respostas foram: "Eu amo as coisas que você faz" "Eu amo o jeito como você me entende, mas me corrige se eu estiver errado" etc. Ela anotou tudo que eu dizia.

– Beleza que tal isso: - ela começou a cantar.

I love the things you do
It's how you do the things you love
But it's not a love song
Not a love song
I love the way you get me
But correct me if I'm wrong
This is not a love song
Not a love song

– Então o que achou? - perguntou.

– Eu adorei Ally! E essa definitivamente não é uma canção de amor. - brinquei