Me And You escrita por BecaM


Capítulo 15
Formaturas e Imprevistos


Notas iniciais do capítulo

Uuh... Drama! hehehe



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POV Ally

O discurso está quase pronto, uma pesquisada na internet, correção de palavras e acentos e pronto.

Assim que terminei de escrever o rascunho, voltei a conversar com eles. Eu ficava feliz por saber que os pais do Austin não ficaram bravos com o que aconteceu, também é bom saber que eles aprovam o nosso namoro. Meu pai não é contra, mas também não é a favor.

Meu pai acha que o Austin só me trouxe más lembranças. E que ele é muito namoradeiro, que não é inteligente o suficiente (o que é algo bom, no bom sentido), que ele vai ferir meus sentimentos quando eu menos esperar e blá blá blá.

– Então, qual foi o milagre que Deus lançou em você para que passasse de ano, filho? – perguntou Mike.

– Tecnicamente não foi um milagre, foi uma luz. – respondeu ele olhando para mim.

– Own.. que fofo. – inclinei-me e beijei-o.

Assim que nos separamos eu disse:

– Ainda não sei quando você ficou tão fofo.

– Nem eu. – disse Mimi.

– Ele só ficou assim depois que vocês começaram a namorar. – brincou Mike – Mas é sério, como você fez para que esse paspalho passasse nas provas finais?

– Um pouco de motivação e subornação, não faz mal para ninguém.

– Do que você está falando.

– Eu disse para ele que se passasse nas provas finais, eu lhe daria um prato com dez panquecas e de aniversário um vídeo game.

– No final, eu saí ganhando.

– Você sabe que eu só vou fazer cinco panquecas para você, não é?

– E o vídeo game?

– Espera sentado, querido. Não tenho dinheiro pra comprar. Mas quando eu tiver, eu compro pra você.

– Hashtag chateado. - brincou ele.

Eu ri.

– Então, Ally. Já pensou em que faculdade vai querer cursar?

– Eu fiz vestibular para uma bolsa de estudos aqui em Miami e em Nova York. A resposta vem semana que vem.

– Você não me disse isso. – disse Austin.

– Eu não falei para ninguém, relaxa.

Meu celular começou a tocar, o procurei na minha bolsa e finalmente achei.

– Com licença. – falei me levantando do sofá e me afastando da sala.

Atendi. Era o meu pai.

(Ligação -- ON)

Alô? Pai?

Oi filha, sou eu.

Ah, oi mãe. Aconteceu alguma coisa?

Nada de mais querida, é só para avisar que nós chegaremos daqui á dois dias. Houve um pequeno imprevisto, seu avô passou um pouco mal e tivemos de levá-lo para a clinica, ele já recebeu alta, mas tem que descansar.

Ok, tudo certo por aí?

Tudo. Por que a pergunta?

Nada, é que faz tempo que eu não “vejo” você e o papai juntos.

Hahaha. Lester e eu estamos nos divertindo muito. Tudo certo por aí?

Mais ou menos. Eu fiquei “doente” por alguns dias. Nada de mais.

Tudo bem. Onde você está?

To na casa do Austin, os pais dele estão com ele na sala.

Austin? Conheço esse nome. Não é aquele seu amiguinho de infância? Aquele que vocês brigaram aos dez.

Ele mesmo. A gente já se acertou e agora estamos bem. Muito, muito bem.

Hmmmm... Conta-me tudo. Espera. Não me diga que ele é o garoto que o seu pai disse que você estava namorando?

Sim é ele. E ainda estamos juntos. Há dois meses, três, semana que vem.

Ai filha... Estou tão feliz por você! Quando eu estiver aí eu quero conhecer esse garoto viu?

Aposto que você vai vê-lo, e muito.

Você está querendo me dizer algo não é?

Sim, mas eu quero falar quando vocês chegarem. Eu tenho uma coisa pra contar para a família toda.

Ok, espero que não seja nada sério.

Nada que você deva se preocupar.

Ok então. Um beijo filha. To com saudade.

Eu também mãe. Beijo

(Ligação -- OFF)

Nem me importei pelo fato de ainda estar na casa do Austin, encostei-me na parede, respirei fundo e olhei para cima.

Austin veio até mim e parou na minha frente. Ele me olhou um pouco e disse:

– Aconteceu alguma coisa?

– Não, só to pensando. – falei olhando para ele.

– Sabe que pode me contar qualquer coisa, né?

– Eu sei. Não é nada mesmo.

– Tudo bem, ta cansada?

– Muito.

– Quer dormir aqui?

– Seus pais não vão reclamar?

– Depois do que contamos para eles? Se deixar eles deixam que você more aqui. – brincou.

– Tudo bem então. – falei.

– Vai lá no meu quarto. Pega uma camiseta qualquer e se troca que eu vou ajudar os meus pais.

– Ta bem.

Ele andou até a cozinha e sumiu no corredor. Andei até o quarto dele e entrei. Peguei uma camisa qualquer e a vesti. Enquanto ele não chegava, fiquei observando o quarto dele, sentei na cama dele e fiquei pensando:

O que os meus pais iriam pensar quando soubessem que eu estou grávida? O que eles iriam dizer? E fazer? Pensei tanto em todas as possibilidades que nem percebi que Austin já havia entrado no quarto.

Ele sentou-se do meu lado e beijou o meu ombro.

– O que aconteceu?

– Nada, eu já disse.

– Não é verdade, eu te conheço. Alguma coisa aconteceu, me diz o que é. É por causa dos seus pais?

– Não, eu só... Só to com saudade.

– Saudade do que?

– De você. Das noites que passamos em claro para compor musicas, das conversas e piadinhas de mau gosto. Saudade de nós.

– Você acha que eu não sinto saudade? Eu teria quase me internado se eu não tivesse te visto hoje. E além do mais...

Ele já ia começar a reclamar e que não passamos muito tempo juntos e blá blá blá. Então, puxei a camisa dele e o beijei.

– Ás vezes você fala de mais. – falei.

– E você não me deixa terminar as minhas frases.

– Eu te amo meu loirinho.

– Eu te amo minha pequena. – disse ele beijando minha testa.

Ele me abraçou, ficamos assim por um tempo. Depois de alguns minutos ele sussurrou:

– Me promete uma coisa?

– Qualquer coisa. – respondi.

– Quando eu for para a turnê, vamos nos falar sempre que possível, e a cada mês eu quero uma foto da barriga. Promete?

– Prometo.

Separamos-nos e deitamos na cama, eu me debrucei sobre seu peito e o fiz de travesseiro. Ele me abraçou com um dos braços e com o outro acariciou a minha bochecha com o polegar. Assim que fechei os olhos eu dormi.

*4 dias depois*

POV Austin

Quem diria que hoje eu, Ally, Trish, Dez e Dallas vamos nos formar... Estou surpreso por ter sido aprovado, Ally me ajudou bastante com os estudos, mas mesmo assim! É um milagre do carinha lá de cima.

A família de Ally ainda não chegou, mas está quase. Ela, Trish e Kira estão na casa de Ally se arrumando. Sim isso mesmo, Kira está junto de Ally e Trish. Por incrível que pareça Kira pediu desculpas para Ally por tudo que lhe fez nos últimos anos, no fim, descobriram que tinham mais em comum do que imaginavam. Incluindo o fato das duas terem sido minhas namoradas.

Eu estou na minha casa tentando achar a droga da beca. Pus a roupa que vou usar na apresentação, afinal, seremos a abertura. Não acredito que hoje, Ally vai cantar pela primeira vez em publico.

Finalmente achei a beca e a dobrei. Eu devia estar no local da formatura em trinta minutos NO MAXIMO. Pois nesse horário começaria a apresentação. Logo vi o carro da Ally saindo da garagem com as meninas lá dentro, abri a janela e gritei:

– Vai me dar uma carona ou vou ter que ir a pé?!

Ally parou o carro e fez sinal para que eu fosse até elas. Desci as escadas correndo avisei meus pais que estava indo para com as meninas e saí.

Assim que entrei no carro (no banco da frente ao lado do motorista), virei para trás e disse:

– E aí garotas.

– Oi. – disseram Trish e Kira.

– E oi – falei em um tom diferente para Ally.

Ela se inclinou para mim e me beijou:

Ally deu a partida e seguiu caminho, quando paramos no sinal vermelho Kira perguntou:

– Ally, e os seus pais?

– Pois é, eles ainda não chegaram? – falei.

– Não. Eles perceberam que iriam se atrasar então resolveram ir já arrumados e viriam direto para a cerimônia. – explicou ela.

– E o discurso? Na ponta da língua? – disse Trish.

– Eu trouxe impresso para ler se esquecer de algo.

O sinal abriu e em dois minutos chegamos ao colégio. Já havia milhares de pessoas presentes, os alunos estavam usando as becas e os convidados roupas formais. Fomos para os fundos do palco e encontramos lá o resto do pessoal.

– E aí gente! – falei cumprimentando Dez.

– Cara, tira a Ally daqui. – murmurou dez cerrando os dentes para parecer estar sorrindo (FAIL)

– O que? Por que?

– Me escuta, tira a Ally daqui. – repetiu ele.

– O que ta acontecendo?

– Fodeu. – disse Dallas olhando para o mesmo lugar que Dez.

– Oi Austin. – disse uma voz doce conhecida.

Virei-me e era ela mesmo. Ela não deveria estar aqui. Ela não podia estar aqui. Mas estava, parada sorrindo para mim e acenando como se nada tivesse acontecido:

– J-Jaime? – gaguejei nervoso.

Trish ouviu o que eu disse e entrou em desespero, empurrou Ally para o lado oposto de onde estávamos.

– Você não mudou nada. – disse ela se aproximando.

– O que você ta fazendo aqui?

– Vim para a formatura, a Kira me disse que vocês estavam aqui mas quando viu quem eu era entrou em desespero e tendo “desmentir” o que disse.

– Você não pode ficar aqui.

– Por que não? Eu fui sua primeira namorada, tenho meus direitos.

– Direitos de ficar longe de mim. – falei me estressando.

– Ai Austin. Pra que tanta frieza? – disse ela passando a mão pela lateral do meu rosto.

– Você sabe muito bem. – falei tirando a mão dela de mim.

– Aus, você viu a minha... – disse Ally parando do meu lado, assim que viu Cassidy ela travou.

– Awn, que fofo. Vejo que voltaram a ser amigos. – disse ela falsamente.

– Mais do que isso. – respondeu Ally com atitude, gostei.

– Pois é, estou sabendo que vocês estão namorando. Ah, e parabéns Ally.

– Como assim?

– Percebi que você é mais sonsa do que eu pensei. Realmente acha que consegue cantar na frente de tanta gente? Um passo em falso e... PUM! Você cai.

Cassidy saiu rindo maleficamente. Ally respirou fundo e disse:

– Vamos entrar em cinco minutos.

– Pronta?

– Não. Mas sei que você vai estar lá para me resgatar.

– Sempre.

– Nos vemos atrás das cortinas.

Ela andou até Trish e Kira, que estavam retocando a maquiagem.

Passaram-se cinco minutos e eu e Ally nos posicionamos atrás das cortinas. Cada um com seu microfone e eu com o violão.

– Austin... – disse ela – To com medo.

– Feche os olhos e pense que está sozinha. Que a minha voz é apenas uma gravação.

Ela fechou os olhos e as cortinas levantaram. Começamos a cantar, ela sempre de olhos fechados, assim que conseguiu confiança, abriu os olhos e logo olhou para mim. Ela foi incrível. As cortinas se fecharam e trocamos de lugar com Kira.

Nos fundos do palco, Ally me abraçou com força e disse:

– Eu consegui! – disse ela comemorando.

– Sempre soube que você conseguiria. Então, qual é a sensação?

– É estranho. EU sinto que posso fazer qualquer coisa.

– Eu SEI que posso fazer qualquer coisa, desde que eu esteja com você.

Ela sorriu e disse:

– Você podia começar a pensar em frases mais originais. – brincou ela.

Rimos. Quando percebemos, duas apresentações haviam passado e chegou a vez do solo da Ally.

https://www.youtube.com/watch?v=AyHXd0GrmJ8

Apresentações foram passando e finalmente chegou a musica final, onde todos nós cantávamos um mashup de todas as minhas musicas:

https://www.youtube.com/watch?v=hZbRr1lHKBs

Assim que finalizamos a apresentação, a diretora veio até o centro do palco e disse:

– Bem vindos á formatura do terceiro ano do Marino High School! – disse ela animada

Todos aplaudiram. Saímos do palco, pusemos nossas becas e fomos para as cadeiras reservadas para nós. Sentamos, alguns professores vieram nos parabenizar. A diretora pegou novamente o microfone e disse:

– E agora, para fazer o discurso de formatura em nome do terceiro ano de 2014, escolhida pelos próprios alunos, a oradora da turma: Allycia Dawson.

Todos aplaudiram, antes de se levantar, Ally apertou minha mão e andou até o palco. Assim que chegou ao “balcão” onde a diretora estava, todos aplaudiram. Ally sorriu para todos e fixou o olhar em um ponto exato. Olhei para onde ela estava olhando, a família dela acabaram de chegar bem a tempo.

Ally respirou fundo e começou a falar:

– Primeiramente gostaria de agradecer a presença de todos: Direção, coordenação, professores, funcionários, alunos, amigos, pais de alunos e demais convidados que fazem parte desse evento único de nossas vidas.

Sinto-me honrada pela oportunidade de ser a voz que representará meus colegas que estão se formando. Que minhas palavras possam ecoar a todos e que tenha o devido entendimento.

Caros companheiros de trajetória! Concluímos um ciclo, foram 11 anos em salas de aulas. Desde as primeiras letras auxiliadas pelas mãos da primeira professora até as complicadas abordagens nos anos de colegial. Parece pouco? Não! Vencemos.

Todos sabem que eu sou louca por livros, filmes e citações de personagens históricos. Principalmente de personagens revolucionários como, por exemplo: ex-presidentes, cantores, reis e rainhas, escritores e outros mais. Então para começar, gostaria de ler uma citação de um revolucionário chamado Nelson Mandela.

"Nosso grande medo não é o de que sejamos incapazes.
Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da medida. É nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos amedronta.
Nos perguntamos: "Quem sou eu para ser brilhante, atraente, talentoso e incrível?" Na verdade, quem é você para não ser tudo isso?...Bancar o pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de brilhante em encolher-se para que as outras pessoas não se sintam inseguras em torno de você.
E à medida que deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo".

*Le palmas*

– Posso não ter conhecido muito bem alguns de vocês, mas sei que eu trocaria tudo que tenho para voltar no tempo, bem no dia em que esta turma se juntou. E faria questão de conhecer cada um de vocês o máximo possível, para que depois de alguns anos, neste exato momento, pudesse não apenas dizer, mas ter certeza de que fiz a escolha certa. “Aos 5 anos nos perguntaram o que queríamos ser quando crescêssemos e dizíamos coisas como: Astronautas, presidentes ou, no meu caso, uma princesa. Aos 10 voltaram a nos perguntar e dizíamos: Estrelas de Rock, cowboys ou, no meu caso, uma professora (para não ter que sair da escola nunca mais). Mas agora que estamos prestes a nos formar, querem uma resposta séria, então que tal esta: ‘Quem diabos sabe?’. Não é o momento de tomarmos decisões precipitadas, é o momento de cometermos erros, de tomar o trem errado e se perder, de apaixonar-se muito. – Ela olhou para mim - De se formar em filosofia porque é impossível ter uma carreira com esse curso. De mudar de idéia e voltar a mudar porque não há nada permanente… assim, depois de cometer todos os erros que puder algum dia, quando nos perguntarem o que queremos ser, não teremos que adivinhar… “Vamos saber.”.Por acreditarem que este dia chegaria vocês se esforçaram e buscaram a cada dia os seus sonhos. Por seus próprios méritos venceram, e hoje os aplausos são todos para vocês. Parabéns! – finalizou ela.

Aplausos ecoaram por todos os lados do local. Ally sorriu muito. Como eu amo esse sorriso. Ela desceu do palco e se sentou ao meu lado novamente. Todos os olhares se voltaram para nós. Ela não notou, e eu nem liguei. Apenas por não conseguir me conter, beijei-a.

Os alunos vibraram e assobiaram. A diretora fez um discurso em nome dos professores e logo disse:

– Palmas para os formandos de 2014! – gritou ela.

Todos se levantaram e jogaram seus chapéus de formatura para o ar e se abraçaram. Após abraçarmos todos, Ally e eu fomos até nossas famílias, que estavam conversando.

– Vocês estavam lindos! – disse Ellen, mãe de Ally.

– Obrigada mãe. – disse Ally abraçando-a.

– Então esse é o...

– Austin. Austin essa é a minha mãe.

– Prazer. Bem que reconheci a senhora das fotografias da Ally.

– É um prazer FINALMENTE conhecê-lo. Ally fala tanto de você.

Conversamos mais um pouco. Logo em seguida, fomos para a casa de Ally. Meus pais, Dez, Trish, Kira e Dallas também foram.

Vocês devem estar ser perguntando “Cadê a Anna?”. Bem, ela não pôde vir à formatura, pois teve uma audição para uma faculdade em New Jersey. Mas ela viria para o baile, que vai acontecer hoje á noite.

Chegamos à casa de Ally, não conseguimos falar com ninguém com calma. Apenas no almoço/lanche. Todos ficaram calados, com exceção de Ellen. Assim que ela disse “Lembro-me de quando ela compôs sua primeira canção.” Todos começaram a trocar lembranças. Ally tentava falar, suas frases sempre eram “Tenho uma coisa para falar” ou “Posso falar?”. Até que ela perdeu a paciência e gritou sem mais nem menos:

– EU TO GRÁVIDA! – imediatamente todos se calaram e olharam para ela – E OBRIGADA PELA CONSIDERAÇÃO E RESPEITO!

Ela levantou da mesa e foi para o quarto. Quando ela saiu, todos me olharam e eu, por minha vez, não sabia onde enfiar a cara. O pai dela estava mais calmo do que eu esperava. A mãe, boquiaberta, os tios não tinham reação alguma.

– Ela está o que? – disse Lester.

– Lester, nós também não acreditamos quando ela nos contou. Nem ela acreditava nisso. – disse Dallas.

– Quem foi o primeiro, a saber, disso? – perguntou Ellen.

– Eu, Dallas, Dez e Anna. O Austin foi o último a saber, do grupo. – respondeu Trish.

– Então era isso que ela estava querendo me dizer.

– E isso não é tudo. – completou Kira – O Austin vai sair em turnê amanhã de noite. Mas pelo que me disse já conversou com Ally sobre isso.

– A Kira ta certa. Ela,Dez, Trish e eu vamos para a turnê. Dallas se ofereceu para ficar com ela na nossa ausência e Anna, sempre que puder vai vir visitá-la.

– Ally concordou com isso? – perguntou o avô de Ally.

– Sim senhor. – respondi – Até onde eu sei ela ficou feliz com isso.

Conversamos mais sobre isso, Ally voltou para a mesa apenas para pegar um copo de água mas acabou ficando ao ouvir a conversa.

POV Laura.

Ele foi embora. Ele foi embora há meses. Desde a terceira semana a barriga já estava começando a crescer, não muito mas já. Hoje, com oito meses, sinto que vou dar a luz a cada contração. É como uma cólica 100 vezes pior.

Austin, Trish, Dez, Kira e eu nos falamos toda semana por vídeo chat. Eles já sabem que faltam duas semanas para o bebe nascer. Sabem o que eu passei durante os meses, sabem que eu não pude sair de casa o tempo todo, apenas para fazer os exames ou para encontrar Mimi.

Para falar a verdade, eu estou falando com eles agora mesmo. Liguei a webcam e começamos a chamada de vídeo.

Logo vi Austin entre Dez e Trish. Ele abriu um imenso sorriso ao me ver. Eu sorri de volta. Ele me olhou de cima para baixo e disse:

– Posso ver? – disse ele se referindo a barriga.

– Não vai dar para ver. Eu to de moletom e por incrível que pareça, eu to com frio. – falei.

– Então... Duas semanas – lembrou Kira – Qual a sensação?

– É boa, mas às vezes eu acho que vou sentir saudade. Nunca recebi tanto amor assim. –brinquei.

Conversamos durante uma hora. As meninas foram embora e Austin me disse:

– Vou cantar pra vocês, posso? – assenti.

Ele pegou o violão e começou a cantar: https://www.youtube.com/watch?v=itQLkp7uvXU

Durante a musica eu senti como se um liquido estivesse escorrendo na minha cama. De repente, senti-me praticamente encharcada. Olhei para baixo e vi, não era água. Ignorei.

Austin terminou de cantar e o sangue continuava a sair. Entrei em desespero. Olhei para baixo e eu estava praticamente ensangüentada. De repente senti uma dor insuportável na barriga.

– Ai meu Deus do céu. – murmurei.

– Ally. O que aconteceu? Você ta bem?

– Ai meu Deus. – levantei a voz – MÃE! PAI! – gritei.

Minha mãe subiu correndo e perguntou.

– O que aconteceu?

– Eu to sangrando. – falei.


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