~ Pov Robbie ~

Eu realmente não ligo se acordei ou não a Dianna. Já estava tarde e ela teria que acordar de qualquer jeito. Coloquei a música novamente e nem me importei se ela ia ficar brava ou não.

Fiquei no computador até a hora que me deu fome. Levantei da cadeira e fui do jeito que estava almoçar... O dia está muito quente então estou pensando seriamente em ir pra piscina, ou melhor, a praia, já que lá tem garotas de biquíni e da pra surfar.

Quando desci as escadas, Dianna já estava na mesa, terminando de comer. Assim que me viu, virou o rosto, levantou, pegou seu prato e levou a pia.

– Aaah, ficou bravinha? – comecei provocando

Dianna apenas ignorou

– Agora não vai responder também – eu ri – tudo bem, não precisa

Ela continuou me ignorando

– Alguém já disse como você fica linda quando acorda brava? – então ela me encarou – lógico que não, porque se falasse estaria mentindo e nós dois sabemos que mentir é feio.

Vi uma lixeira vazia voar na minha direção. Por sorte consegui abaixar e não ser acertado. Quando levantei novamente, ela conseguiu me acertar com uma banana (?). Eu apenas ri

– Se me der licença, eu vou almoçar agora

– Toda licença, princesa – ela riu irônica e andou em direção a porta

– Se quiser me zuar, pelo menos chama de Rainha. Chamando de princesa você acaba comigo – eu ri baixo pra ela não ouvir

Dianna saiu batendo a porta com tanta força que até doeu meu ouvido. Mas isso não importa, porque eu sai ganhando.

...

Terminei de almoçar e fui para o meu quarto trocar de roupa para sair. Peguei uma camiseta preta, uma bermuda marrom, não muito escura e nem muito clara e um chinelo, já que estou indo para a praia. Antes de sair de casa, deixei um recado avisando que estava na praia e que qualquer coisa era só me ligar.

Minha tarde foi tranqüila... chegando na praia eu aluguei uma prancha e fiquei esperando até o mar ficar bom para surfar. Conheci novas pessoas, fiz novas amizades, surfei, conheci uma garota que se eu não me engano era do Canadá. Nós ficamos, mas nada além disso, já que ela vai embora de Los Angeles amanhã.

...

Voltei pra casa as oito da noite, Dianna estava deitada no sofá assistindo desenho, acho que era Phineas e Ferb, e no seu colo, havia uma criança, um bebê na verdade.

– Robbie querido, temos visita – gritou minha mãe da cozinha – vá tomar um banho e desça

Fui para o meu quarto mas sem cumprimentar ninguém, pois estava todo suado e sujo de areia e água salgada. Tomei um banho demorado pra poder tirar toda a areia que estava no meu corpo, e no cabelo. Abri a porta do quarto que dava pro banheiro e minha irmã, Dianna, estava de frente pro meu armário, encarando todas as minhas roupas.

– Você poderia me dar licença? – perguntei e ela se assustou, o que fez com que ela olhasse pro lado, na minha direção

– Ai meus deuses – ela disse puxando uma camiseta do armário e cobrindo o rosto – você deveria sair do banheiro com roupa, qualquer roupa. – ela gritou

– Se você não sabe, eu estou no meu quarto.

– Nós temos visita em casa, qualquer pessoa podia estar aqui – ela disse ainda com a camiseta no rosto

– O que você faz aqui? – perguntei já saindo do sério

– Minha mãe pediu pra eu ver uma roupa pra você colocar agora

– Pronto, já olhou! Agora você pode ir?

– Já vou, acredite, eu não quero ficar aqui

– Espera, já aproveitando que você está aqui – eu disse

– O que foi? – ela perguntou estressada

– Me passa uma cueca

– Não! – ela respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo – então ela saiu do quarto e levou minha camiseta junto.

Coloquei uma calça, um tênis e desci sem a camiseta mesmo, já que ela estava com a que eu ia usar. Chegando lá embaixo, dei de cara com meu pai e o senhor que estava ao seu lado, ele parecia ter uns vinte e seis, vinte oito anos, por ai. Os dois me olharam de baixo pra cima e de cima pra baixo, voltando o olhar ao meu rosto que estava meio molhado, igual o cabelo.

– Boa noite – eu disse

– Boa noite Robbie – disse meu pai

– Boa noite – disse o outro homem – sou Oliver, primo da Dianna

– Robbie – disse

– Robbie, cadê sua camiseta?

Então Dianna apareceu atrás de mim, ofegante, com a camiseta na mão. Pude sentir o olhar horrorizado de Oliver e meu pai vindo na nossa direção, mas como sempre da pra ficar pior, apareceu minha mãe e logo atrás dela, a mulher de Oliver com o bebê que tinha visto no colo de minha meia irmã uma hora atrás. Elas nos encararam com o mesmo olhar que seus maridos tinham encarado. Tenho certeza que a Dianna não apareceu em boa hora.

Pude ver Dianna encarando os pais, os primos, a mim e por fim a sua mão. Percebi que ela tinha entendido o que eles tinham pensado quando jogou a camiseta em minha mão. Eu coloquei a camiseta assim que a recebi.

– Robbie é meu meio irmão, ele veio da Alemanha – Dianna disse quebrando o constrangimento que estava na sala

– Minha irmã está morando com meus pais na Alemanha agora – disse Oliver

– Ah sim, to sabendo. Eu falei com a Clary ontem.

– Eu gosto bastante de lá – me pronunciei pela primeira vez

– Eu ainda não conheci

– Também não Lydia – respondeu Dianna

Então era esse o nome da mulher

– Eu ainda não visitei eles lá, mas pelas fotos que recebi, parece ser muito lindo – disse Oliver

– É lindo mesmo – eu concordei

– Você não sente falta da Alemanha? – perguntou Lydia

– Na verdade eu sinto sim, mas eu só tenho mais um mês aqui nos Estados Unidos. Daqui a pouco já estou lá

Ouvi Dianna sussurrando um “graças aos bons deuses do Olimpo” e então eu a encarei.

– Você vai sentir minha falta – sussurrei olhando pra ela

– Só se for nos seus sonhos – ela sussurrou de volta – mas eu sei que você vai sentir minha falta

– Não – eu sussurrei – eu posso até não gostar de você mas eu quero que você me desculpe por hoje

Dianna fez que não com a cabeça, pegou Lucy, a bebê, do colo de Lydia e seguiu pra sala de TV.