Eu e Caio estávamos conversando na detenção. Sobre o quê? Tudo. Simplesmente, tudo. E preciso admitir que ele tem bom gosto e, por mais incrível que pareça, ele até que não é tão chato. A única coisa chata, no momento, era ter que ficar só conversando sobre alguma coisa nada interessante sem poder fazer nada. Para quem não sabe, sou hiperativa. No mínimo um pouquinho de emoção ou, quem sabe, um jogo.

– Ok, cansei. Tá muito chato isso aqui! - Eu anuncie.

– Então por que você vem para a detenção por querer? Não sabia que ia ser chato? - Ele questionou. Para falar a verdade, foi uma boa pergunta.

– Normalmente, eu faço alguém vir comigo, mas nossos amigos tinham combinado de sair, mas eu me esqueci na hora - Respondi. - Ah! Antes que pergunte: eu não ia sair com eles. Muito menos para ir fazer sei lá o que.

– Então vamos fazer o quê? - Ele ficou me olhando, entediado.

– Tive uma ideia! - Exclamei, entusiasmada. - Que tal verdade ou consequência? É divertido! E fica mais ainda quando se escolhe consequência! - Falei com um sorriso malicioso no rosto.

– Tudo bem - Ele aceitou, usando o mesmo sorriso que eu, mas parecia estar um pouco brincalhão também, como se estivesse pensando em coisas... divertidas, digamos.

– Ok. Você começa - Anuncie para ele.

–Verdade ou consequência? - Caio começou.

– Verdade - Respondi.

– Você é virgem? - Assim que ele terminou me surpreendi. Não esperava uma pergunta dessas, mas por mais indiscreta que fosse, eu gostei. Ele estava deixando de ser um santo.

– Que mente poluída que você tem, hein?! - Brinquei com ele. - Mas não - Abri um sorriso malicioso.

– Tudo bem. Sua vez.

– Verdade ou consequência?

– Verdade.

– E você?

– Eu o quê? - Que Yankee burro! Estava perguntando se ele também era virgem, né?

– É virgem?

– Depois fala que sou indecente. Não, não sou. E agora é minha vez. Verdade ou consequência?

O resto do dia foi assim. Quando a detenção acabou eu ele fomos para casa, caminhando. John já havia saído do colégio, então não poderia nos levar para casa de carro.

– Que tal uma última pergunta? - Eu perguntei. - Uma para cada um.

– Feito. Você começa - Ele disse.

– Verdade ou consequência?

– Consequência.

– Hum... já sei! Duvidei me beijar - Eu sei, eu sei. Essa pergunta foi pior que a "você é virgem?". Mas e daí? Ele gostava de mim e eu sabia. Eu gostava dele e ele... não sabia.

– O quê? - Ele arregalou os olhos e ficou me encarando.

– E não vale selinho - Abri um meio sorriso que, sinceramente, era muito sacana, brincalhão e malicioso.

– Tudo bem. Eu pedi consequência mesmo - Dito isso ele se aproximou de mim e me beijou, mas não um beijo qualquer. Ele botou as mãos na minha cintura, me puxando para mais perto, e eu comecei a passar minhas mão por seu cabelo. Não era um beijo apaixonado e, muito menos, um beijo sem valor. Era intenso, mas necessitado e, sem duvida alguma, com segundas intensões.

Parei o beijo e fui um pouco para trás, mas sem sair de seus braços.

– Que tal continuarmos a brincar de verdade ou consequência lá na minha casa? - Ele arregalou os olhos, como se não pudesse acreditar naquilo ou que fosse algo impossível. Eu até queria brincar com ele e fazer se apaixonar mais por mim, mas não consegui. Nem sempre é possível vencer o desejo, né? Felizmente, não!

– Ok, Alicia. Vamos - Ele falou meu nome com tanto desejo que eu comecei a sorrir e a rir ao mesmo tempo.

Andamos mais rápido até minha casa. O caminho inteiro se beijando e brincando.

– Até que enfim chegamos! - Eu gritei.

Puxei ele até meu quarto e voltamos aos beijos. Dessa vez mais necessitados. Caio me colou na parede, enquanto explorava meu corpo com suas mãos. Eu brincava com seus cabelos. Logo ele tirou minha camisa e eu a dele.

– Achei que fosse mais musculoso - Eu brinquei e ele começou a corar. - Calma. Isso aqui já serve.

– E eu não sabia que tinha tantas curvas! - Ele falou entre beijos. A única coisa que fiz foi continuar o beijando, mas agora arranhando levemente suas costas com minhas unhas e o Caio continuava explorando meu corpo com suas mãos. - E amei seu sutiã! É... provocante. - Olhei para baixo. Meu sutiã era vermelho rubro. Meu favorito. Como ele mesmo disse: provocante.

Fomos aos tropeços até minha cama que, felizmente, era de casal. Tiramos a parte de baixo. Ele vestia uma cueca branca e box e eu uma calcinha igual ao sutiã. Ficamos brincando durante horas na minha. E preciso admitir uma coisa: ele é bom!