Eu nem imaginava ser você. escrita por AgathadeLima


Capítulo 15
Me chame do que quiser.


Notas iniciais do capítulo

*Juro solenemente que não vou fazer nada de bom*
Oi!
Demorei, mas aqui estou eu!
Vai, Sirius e Luna, podem falar.



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Pov. Sirius

A lareira estava pronta, o Pó de Flu ao meu alcance. A barba feita, o cabelo mais curto, para evitar que alguém me reconhecesse. As vestes novas e perfeitamente limpas e civilizadas, a varinha no bolso. Pronto para partir.

Acenei para as únicas pessoas que me observavam: Molly, Lupin e Olho Tonto Moody. As expressões eram diferentes: Molly coberta de reprovação, Lupin sorridente, mas com preocupação no olhar, e Moody simplesmente não tinha expressão alguma.

–Até mais ver, queridos amigos. -Falei, peguei o Pó de Flu e disse: -Cabana do Hagrid!

O mundo escureceu, apenas iluminado por algumas casinhas e suas lareiras que sumiam quase instantemente. Finalmente, consegui enxergar o que queria: A cabana de Hagrid. Eu tinha vindo aqui antes, claro, e ela não mudou nada. Sentando, estava o próprio, pensando em alguma coisa.

–Hagrid, meu amigo! -Exclamei.

Ele me viu.

–Shiu! Não acorde todo mundo! -Sussurrou ele.

–Vai me levar para minha suposta nova casa na Floresta Proibida? -Murmurei.

–Sim! -Continuou ele.

Ele me guiou para lá. A todo o tempo, o corpulento homem se virava para verificar se não vinha ninguém. Mesmo sendo a Floresta Proibida á noite, com seus sons suspeitos e sombras assustadoras, nunca estivera tão feliz em um lugar. Não muito longe da cabana, tinha uma casinha pequena, disfarçada por diversos feitiços, inclusive o que tinha na casa dos Potter. Lupin se tornou o fiel do segredo.

Isso me deu certa nostalgia, mas agora não é hora para nostalgia, e já tive essa sensação por tempo demais. Entrei na casa protegida e acenei para Hagrid:

–Até amanhã, Hagrid! -Sussurrei.

–Até. -Falou, mas parecia um resmungado.

Ele se foi, e adentrei minha nova casa. Era pequena, mas confortável. Por fim me joguei na minha cama e me ajeitei para dormir. Mesmo assim, eu não conseguia fechar meus olhos de tanta alegria. Eu estava fora de casa! Finalmente, depois de meses a fio de amargura e dor, de ódio e repulsa, eu estava livre, numa casinha aconchegante e sem pessoas gritando ordens ou ofensas.

A única coisa que tenho saudade é do Bicuço. Mas Lupin cuidará bem dele por mim, tenho certeza.

Outra coisa que não sai da minha cabeça: Minha missão. É longa e difícil, mas pelo menos me manterá longe de casa por meses. Lembro-me de Dumbledore me explicando...

"-Aceita a missão, então? -Perguntou ele.

–Claro que sim. -Respondi.

–Bem, terá de voltar á Hogwarts. Floresta Proibida, acho que se lembra do lugar, tive muito trabalho com você e os outros marotos na sua época escolar. -Riu-se Dumbledore.

Dei um sorriso animado.

–E o que devo fazer?

–Hagrid disse que viu alguns Comensais na Floresta, escondidos, claro. Quero que os investigue. Nada de duelar, Sirius, investigar. Acham que não sabemos, e vão falar alguns planos em suas conversas. É uma certeza minha, e cá entre nós, minhas certezas tem uma média de acerto de quase 100%. Investigue-os, aproveite e cuide de Harry e seus amigos o máximo que puder, sem sair da Floresta. Sei que quer entrar em Hogwarts, mas essas façanhas não são fáceis nem trariam qualquer bom resultado.

–Certo, Dumbledore. -Falei.

–Então meu trabalho está feito, partirá daqui a uma semana. Até mais ver, Sirius. -Ele disse, e ia saindo, mas se virou. - E eu sabia de suas angústias, apenas não tinha aberturas e pensei no seu bem estar. Eu realmente sinto muito.

Franzi as sobrancelhas.

–Porque se desculpa, quando está sendo bondoso e eu nunca fui, principalmente pelas suas costas? -Perguntei.

Ele me lançou um sorriso calmo.

–Porque quero prová-lo de que, por mais que pareça aos olhos dos outros, não sou nenhum Merlin. -Ele deu uma piscadela e saiu do recinto."

Isso me fez enrubescer de novo, envergonhado. Ele estava pensando melhor e eu o alfinetando, e ele ainda me ajudou com o desejo do meu coração...

Agora entendo porque todos o tratam como se ele fosse Merlin.

Pov.Luna

Depois do dia 3 de Setembro e da estranha ronda, eu tinha voltado a ser a Luna de sempre. Lunática, distraída, boba e sonhadora. Era meu estado natural e Malfoy nenhum ia mudar isso.

Ainda assim, Malfoy estava estranho. Nas rondas passadas, fez seu trabalho sem mais nada, apenas com algumas recaídas com cantadas idiotas, algumas tão irritantemente bobas, como "você vem sempre aqui?" que me faziam rir contra minha vontade, seguidas de um tapa bem dado no rosto da doninha. Mas havia outras que resultavam em um verdadeiro espancamento, como aquela cantada bruxa "eu conheço a varinha perfeita para sua câmara secreta".

Era simplesmente irritante.

Mas o mais estranho de tudo eram os flashes.

Por onde eu passasse, nos meus horários livres, nas aulas, quando eu conversava com a Murta-que-Geme ou com a Mulher Cinzenta, até mesmo dormindo, eu ouvia flashes de câmeras trouxas, que eu conheço por conta da minha mãe. Umas duas ou três vezes acordei com a luz de um flash, e já encontrei uma foto minha na Sala Comunal dos Monitores, eu fazendo um dever de casa, e eu tenho certeza de que nessa hora eu tinha escutado um flash.

Então, resumindo, ou eu estou enlouquecendo, ou tem alguém tirando fotos de mim desesperadamente.

O único lugar onde eu sabia que não ouviria flash algum, era quando estava no banheiro, tomando banho, então eu me demorava o máximo que podia.

Uma semana, duas se passaram, e os flashes não cessaram. Então os ignorei. Pareceu até comum escutar o barulhinho, e imaginei se não fosse uma espécie de ligação com a minha mãe, que adorava fotografia.

Mas uma hora ou outra, eu quase não escutava mais.

Então, no almoço, comi muito pudim de chocolate, e teve uma hora particularmente boba em que minha boca estava cheia, e vi a luzinha pequena de um flash vindo da mesa da Sonserina.

Não, Luna, não seja idiota, você está criando coisas, de novo.

Mesmo assim, não pude deixar de notar que Malfoy estava escondendo alguma coisa no bolso, e Zabini batendo na cabeça dele.

Coincidência demais pra ser verdade...

Acho que está na hora de fazer uma revista.

No quarto do Malfoy.


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Notas finais do capítulo

Bem... foi pequeno, eu sei, mas to fazendo um monte de coisa ao mesmo tempo!
*Malfeito feito*



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