Antes de tudo, gostaria de te pedir minhas sinceras desculpas pela baboseira toda. Sei que a minha vida não te diz respeito e também imagino que você tenha inúmeras coisas mais empolgantes ou interessantes para fazer no lugar de ler os meus registros desorganizados, mas eu senti uma necessidade muito grande de partilhar a experiência que adquiri com alguém sábio ou responsável, ou as duas coisas, de preferência. Acabei achando o seu perfil na internet em uma dessas redes sociais que até a terceira geração tem conhecimento. Vou ser sincero e dizer que eu pesquisei durante quatro dias até achar você em um canto minúsculo, compartilhando de uma única amizade com a minha pessoa. Sofrendo de um ligeiro, porém nada complexo retardamento mental, com um humor sagaz, sendo irremediavelmente incompreensível e dentro dos padrões de beleza que me agradam. Ah é, eu conferi todas as suas fotos, e devo dizer que eu sou, de longe, a pessoa menos fotogênica que você conhecerá. Então não se preocupe.

E então, os documentos.

Quero que esteja ciente de que, no momento em que você aceitá-los, não há como voltar atrás (e sim, estou sendo redundante para reforçar a ideia toda). Sua inserção no meu mundo particular será como uma roda-gigante: enquanto dá suas primeiras voltas, sentirá um enjoo repentino; porém, com o tempo, acabará se acostumando. Talvez até se divirta um pouco!

PS: eu duvido muito, pois é apenas um pequeno diálogo sobre cafés.

Abraços,

Tristan.