POV Bruce

Eu não me lembrava do Rio de janeiro ser tão lindo, mas a melhor parte são as livrarias e shoppings. Não que eu seja chegado em zanzar por ai em shoppings principalmente por ser um lugar onde a maior parte das pessoas costumam ficar, mas de vez eu gosto de tomar um sorvete ou só andar por ai tentando parecer normal . Eu já consegui um emprego antes mesmo de viajar, eu vou exercer a antiga função de físico que eu trabalhava antes do infeliz acidente. E confesso, estou um pouco nervoso com isso, fazem anos desde que estive em um laboratório de física e além disso vou supervisionar alguns estagiários. Não sei se estou fazendo o certo tentando me reintegrar a sociedade de maneira tão brusca mas se eu consegui conviver com o brincalhão porem inconveniente Tony Stark acho que consigo lidar com alguns estudantes.

Mas para isso preciso relaxar e nada melhor do que comprar livros para me distrair um pouco.

Ler era meu passatempo favorito. E o acervo que tive na época Pré Hulk havia se perdido, eu amava meus livros mas apenas 1 eu consegui salvar o mais importante de todos, um que Ela me deu. E que eu carregava sempre comigo. Meio melancólico e mórbido, certo? Não, não posso pensar nela agora, não depois de tantos anos. Não quando quero recomeçar a minha vida.

Andei boa parte da manhã e da tarde a procura dos meus antigos livros por um bairro repleto de livrarias(n/a: Imaginei algo tipo o Saara e Rua da Alfandega mas só de livrarias e sebos, seria o céu né?) e não consegui nem a metade do que possuía antes, porem só havia encontrado um. Os Próprios Deuses(n/a: Se você é do tipo de pessoa que gosta de física vai amar esse livro, mas como eu não suporto matérias com calculo envolvido...nem passei de 10 paginas), um bom livro, mas não meu favorito.

Estava andando distraído, apenas sentindo a vitamina D que o maravilhoso sol produzia na minha pele. A quanto tempo eu não só aproveitava algo, como andar no sol, em um dia lindo e agradável . Me sentia tão bem que não vi a pessoa que vinha logo a minha frente até que fosse tarde demais.

Esbarrei com tudo em alguém. Em um alguém muito bonito.

Quase em câmera lenta vi o conteúdo de suas sacolas se espalharem, e vi duas coisas muito constrangedoras ao chão. Estava tão sem graça que mal ouvi quando ela começou a me xingar.

– Seu babaca! Ela então me olhou ainda caída no chão e meu mundo parou, mal ouvi suas palavras enquanto olhava para o rosto de um anjo ainda embasbacado, o rosto de um anjo enfurecido - não olha por onde...

[Continua]