A Garota do St. Agnes - SkyeWard Part II escrita por Jessyhmary


Capítulo 5
Imediatamente


Notas iniciais do capítulo

#Tenso



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Okay, eu juro que não ouvi isso. O meu cérebro congelou por um minuto. May estava me olhando, talvez alguém tivesse atirado em mim com a pistola boa-noite. Não conseguia me mover, nem simplesmente pronunciar uma palavra que fosse. Estava tudo obscuro e vazio. O Clarividente deve ter convocado seus capangas porque começou a surgir homens do nada dentro daquele calabouço. May correu até eles, com a coxa ainda sangrando, numa tentativa de me proteger. Ela era uma ninja total! O primeiro soldado que tentou segurá-la recebeu uma cotovelada no queixo antes que pudesse entender o que o havia atingido, sendo golpeado com uma cabeçada e vários murros em seguida. Ela moveu-se rapidamente para trás dele, e quebrou uma velha cadeira nas suas costas. Eu ainda estava debaixo da escada, no mesmo local em que ouvi as palavras de James me paralisarem e só podia assistir a May batendo nos soldados, afinal, ele parou na minha frente, me barrando. Mais e mais soldados chegavam, parecia que estávamos numa base militar. May ficava cada vez mais machucada, e sua coxa sangrava muito. Eu não podia fazer nada para ajuda-la e só fiquei torcendo para que não fosse sua artéria femoral. Depois de Melinda derrubar mais de vinte caras, James sacou uma pistola e apontou para ela.

– Já chega! – Ele gritou.

Cobri o rosto, já com os olhos cheios de lágrimas e ouvi um tiro, seguido pelo grito abafado de Melinda que caiu de joelhos na minha frente.

– Seu idiota! O que você fez?! – Aproveitei que ele estava distraído olhando para sua vítima e chutei a pistola dele pra longe.

– Eu não preciso de arma pra lidar com você, garota! – Ele me agarrou pelo braço, rispidamente, me jogando no chão em seguida.

– May! – Me arrastei até ela, engolindo o choro – May!

– Acalme-se, Skye – Como ela podia dizer uma coisa dessas num momento desses? – Não foi a artéria femoral. Eu já estaria morta se fosse.

– Eu não... Eu... – Estava chorando, tentando falar alguma coisa – Eu preciso te tirar daqui... Você está baleada, você perdeu muito sangue... E olha o seu abdômen! – Rasguei um pedaço da minha blusa pra pressionar o local, tentando conter o sangramento. – E eu não sei onde está o Ward...

– Skye – Ela fazia sinal para que eu parasse um pouco, enquanto enfaixava a coxa com um pedaço da calça dela – Você precisa dar um jeito de sair daqui. Falar com o Colson...

– Você está perdendo tempo, Skye... – Ele se aproximava de nós duas, nos circulando – E logo logo perderá seus amigos.

– Eles não são só meus amigos. – Falei, me levantando para encará-lo de perto. – São minha família!

– Você não sabe nada sobre família! – Ele me deu um tapa, me mandando de volta para o chão, onde estava com a May.

– O que você quer, idiota? – May tentava se erguer, afrontando-o destemida.

– Você é a cavalaria... – Ele apontava pra ela com nojo – Por que não consegue proteger sua amiga? Ah! Já sei... – Ele mudava o tom de voz, ironizando. – Você não consegue! – Deu uma pausa e ajoelhou-se para ficar ao nosso nível. – Exatamente como em Bahreim.

May não aguentou a afronta. Em segundos, ela retirou uma faca da perna da calça – a que não estava rasgada, óbvio – E a encravou no ombro esquerdo de Chang, chutando-o pra longe com a perna boa.

– Nunca mais me chame assim – May cuspiu no sangue no chão.

Ele ficou enfurecido e chamou mais soldados pelo comunicador e eu me perguntava se Fitz-Simmons tinham ido atrás de Colson, porque aquele era um ótimo momento para ele aparecer com uma equipe de extração e nos tirar dali. Agora era apenas eu na equação. Os soldados voltaram, dessa vez com um pacote familiar, sendo arrastado violentamente até estacionarem na nossa frente.

– Esse é o seu Ward? – James nos provocava, enquanto rodeava os soldados que estavam mantendo Grant de pé.

– Grant! Grant! Por favor, amor! – Desabei – Olha pra mim, por favor!

Em fração de segundos, eu me vi dentro daquela maldita sala de interrogatório de novo. Olhando para um robô de terno, arrogante e incrivelmente charmoso, que não sabia sorrir e apenas executava automaticamente as suas missões. Desejei que aquele dia voltasse e eu pudesse vê-lo inteiro, sem um arranhão ou ferida aberta. Mas não. Meu namorado estava bem ali na minha frente, completamente ensanguentado. A primeira coisa que vi foi a marca de bala no ombro e no joelho. Ele havia apanhado muito no rosto, pois eu mal consegui ver seus olhos brilhando, ele estava quase inconsciente. Estava tentando me manter de pé, quando finalmente caí de joelhos. Estava fraca, minhas pernas tremiam e meu coração estava quase saltando para fora do peito. Imagina se Fitz-Simmons tivessem me acompanhado? Não aguentaria ver todos eles morrendo por minha causa. Estava desesperada.

– O que você quer de mim? – Perguntei chorando, quase como se implorasse por misericórdia.

– Pensei que nunca ia perguntar isso. – Ele dizia, se sentando no chão para falar comigo. – A única chance de seus amigos saírem vivos daqui é você.

– O quê? Como assim? O que eu tenho que fazer?

– Só uma coisa. A única coisa que eu preciso é que você me entregue a droga que ressuscitou o Agente Phillip e que por sinal é a mesma que corre nas suas veias nesse exato momento. Só isso.

– Mas eu... – Já tinha previsto, essa – Não sei como eles encontraram... E mesmo se soubesse... Meu dever como Agente da S.H.I.E.L.D. é exatamente não deixar que coisas como estas caiam nas mãos erradas, e você, James – Pronunciei com a minha melhor dose de nojo – não vai ter acesso a ela.

May olhou pra mim e sorriu. Percebi que em meio a tudo aquilo, ela estava orgulhosa de mim. De como eu estava cumprindo bem o meu papel como agente, e como eu continuava petulante, mesmo nessas circunstâncias. Infelizmente o sorriso dela se fechou quando ele a arrastou pessoalmente até o lado de Grant e a pôs de pé.

– Nesse caso, Skye... – Ele apontou a arma para a cabeça de Melinda. – Você não me deixa escolha. – Ele passou por May e apontou a arma pro Grant. – Não se preocupe... – Ele dizia com aspereza – Você tem dez segundos para escolher quem eu vou matar.

Eu estava oficialmente morta por dentro. Grant nem mesmo estava acordado. Os últimos segundos devem ter tomado muito esforço de seu corpo totalmente debilitado. Melinda ficava de pé com a honra de guerreira que ela sempre teve, mesmo com seu lado e sua coxa sangrando. Eu precisava fazer algo. Imediatamente.

– Um.


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Notas finais do capítulo

#CovardiaParteII

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