A Garota do St. Agnes - SkyeWard Part II escrita por Jessyhmary


Capítulo 19
O Mercenário


Notas iniciais do capítulo

Oii galera!! Vamos para um capítulo cheio de revelações!! Como eu já disse antes, a história integra algumas figuras da Mitologia Nórdica, e algumas coisas são realmente adaptadas da história original.

— Outra coisa a destacar, é a presença dos personagens do Universo Marvel, que como podem ver, sou apaixonada... hehe ^^
So... Qualquer duvida sobre isso, podem me perguntar, okay?
Espero que curtam! :)

#BoaLeitura! :)



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– Eu não posso acreditar nos meus olhos!

Simmons exclamava ao adentrar no mais deslumbrante dos nove reinos. Ao longe se podia ver o palácio de Odin com sua arquitetura impecável e o som angelical que corria pela entrada, soprado pelos ventos que varriam a estonteante Bifrost.

– Aquele com certeza é Heimdall – Fitz apertou o braço de Jemma. – Como acha que eu devo cumprimenta-lo?

– Não estamos num passeio turístico, Fitz – May interrompera, adiantando-se para falar com o guardião. – Esta é uma missão séria.

– Eu sei, May – o rapaz respondeu – Mas isso não impede a gente de aproveitar a visita.

– Aproveite, mas não perca seu foco. – ela disse por fim, curvando-se à frente de Heimdall.

– Agente Phil Coulson. – a voz forte do guardião estrondou em todos eles. – Thor falava muito sobre o senhor.

– É uma honra... Heimdall – Phil pronunciou, um pouco sem jeito. – Já que tocou no assunto, é exatamente por isso que estamos aqui.

– Como posso servi-los?

– Estamos procurando um de nossos agentes. Uma garota... Skye. – May respondeu.

– Ela foi tirada de Midgard por um humano que afirmava que ela era filha de deuses. Ele nos enganou e trouxe Skye para cá, utilizando a mesma chave que Thor usou para levar Loki de volta após a batalha de Nova York.

– E disse que você tinha permitido isso.

– Eu não permiti nada! – Heimdall retrucou. – Quem possuía essa chave era o Loki, mas depois da batalha em Midgard, ele perdeu esse privilégio e Thor encarregou-se de mantê-lo seguro. E eu não vi nenhuma garota entrando por essas portas.

– Então – Coulson ligava os pontos – Você disse que não permitiu a passagem, que não viu nenhuma garota e que Loki e Thor eram os únicos que poderiam ter acesso à chave.

– Quem a trouxe pra cá, usou a chave para sair em um dos caminhos secretos criados por...

– Loki. – Coulson interrompeu Heimdall. – Loki está com a Skye.



(...)



– Mãe, por favor... Eu não vou ficar brava, eu juro.

Iduna estava chorando com o rosto entre as mãos, como se a resposta fosse algo que pudesse me afastar dela pra sempre.

– Filha... Eu e meu antigo marido nos separamos por causa desse...

– Eu sei, mãe – Iduna levantou os olhos e me olhou, enxugando as lágrimas. – Esse fofoqueiro aí me contou sobre Bragi, e as acusações...

– Então, quando eu me separei de Bragi, houve um gigante... Tiazi. Ele armou uma emboscada para Loki e metamorfoseado em águia, ele pediu a mim como preço de sua liberdade.

– Loki deu você a ele?

– Sim. Eu e Tiazi tivemos uma filha.

– Qual o nome dela? – perguntei, com o coração quase saltando pela boca.

– Skadi.

– Essa sou...

– Não.

Arregalei os olhos. Okay. Acabei de descobrir que tenho uma irmã que tem um nome bem parecido com o meu. (O que é estranho, já que eu mesma me dei esse nome de “Skye”)

– Então...

– Loki aprontou de novo conosco. Ele nunca deixaria Tiazi livrar-se por tê-lo capturado. Em mais uma de suas peripécias, ele o matou. – ela abaixou a cabeça um momento, antes de continuar.

– Conte-me. Por favor, mãe – pedi. – Eu preciso saber.

– Quando os Jotunheim invadiram a sua Terra à procura de Loki, Asgard interveio na batalha. Alguns povoados de Midgard foram muito atingidos e alguns de nós fomos convocados para auxiliar. Thor veio até mim e ordenou que eu fosse à Midgard pra ajudar com os feridos e também para cuidar das mulheres. Imediatamente obedeci à ordem e passei as primeiras duas semanas no meu trabalho com as aldeias. Havia muito sangue, os gigantes não tiveram dó das famílias. Achavam que Loki estava disfarçado como um aldeão qualquer e começaram a destroçar pessoas inocentes.

Estava com os olhos arregalados e com a mão tapando a boca. “Desgraçado sem coração” queria ter poder o suficiente para esmagar o pescoço daquele covarde idiota.

– Mas com o final das duas semanas, Loki me sequestrou, e mudou as feições do meu rosto. Em outras palavras, ele havia me transformado em outra pessoa. Ainda possuía minha natureza, mas... Ninguém acreditaria que eu era Iduna. Até porque, ele me arrastou para um outro lugar, longe dos vilarejos. Ele me pôs numa casa noturna, onde eu passei alguns meses... Adotei outro nome, um que era mais comum àquela região e tentei me adaptar, mas – as lágrimas voltaram a descer pelo seu rosto e ela interrompeu a sentença. – Foi lá onde conheci o seu pai.

Meu coração, que já não estava muito calmo, deu um pulo dentro do peito. Por algum motivo, eu tinha medo da resposta que receberia da minha mãe. Não sabia mais se eu queria descobrir quem ou o que meu pai era.



* Texas, EUA. 26 anos atrás.



– Que tal aquela ali? – o bartender barbudo apontou para uma loira com o corpo escultural que estava olhando direto para o homem encostado no balcão.

– Ela se acha demais para uma garota de programa.

– E o que que tem, cara? Ela é uma gata! Olha só aquele corpo...

– Então vai você, cara! Não quer que eu atenda os clientes enquanto você chega nela? Tá na cara que ela fica com qualquer um!

– Valeu, Will, assim você coloca meu ego nas alturas, cara.

– Da próxima vez não me enche, então.

– Pra quê esse mau-humor, velho? Cadê o bom e velho Will?

– Eu nunca fui bom, Wayne.

– Você não está pra papo hoje, não é mesmo?

– Devia testar sua lábia naquelas garotas. Não vai conseguir nada comigo.

Will tomou três comprimidos e lavou o rosto. Não havia dormido nada na noite passada e já estava fugindo novamente. Sua personalidade instável havia colocado metade do país atrás dele, um mercenário daquele tipo era uma ameaça sem precedentes. Seu passado duro o marcara de uma maneira jamais vista em casos parecidos. Ele possuía uma ira iminente em estado latente vivendo dentro de si e quase podia sentir o cheiro da morte quando respirava. Wade Wilson era um filho do caos.

Dirigia seu Scort que mais parecia uma lata velha automotiva pelas ruas de Houston, a noite era a mais escura desde que se lembrava, aliás, ultimamente todas as noites estavam assim. Já não sabia sobre o que era a sua vida, havia ficado com tantas mulheres que nem mesmo lembrava-se. A última havia ficado na Ásia, Wade tinha sérios problemas em envolver-se emocionalmente com seus alvos. O que tornava o seu trabalho ainda mais perigoso para ele e para os outros.

Dirigia meio sonolento devido à superdosagem da medicação, quando avistou uma mulher à beira da estrada. Ele normalmente não ligaria, se ela não fosse tão bonita daquele jeito. Os cabelos pareciam reluzir na noite escura, e era, na verdade, a única coisa que clareava sua visão. Os tons azulados no cabelo também chamaram sua atenção. Ela tinha a pele clara, os olhos vivos num tom esverdeado, (que ele não poderia dizer de que cor eram, pois estava muito dopado para isso.) e vestida com poucas roupas. Ela parecia estar se vendendo à beira da estrada, mas não era porque queria aquilo. Parecia estar sendo obrigada a tal.

Parou o carro e abaixou o vidro. A mulher aproximou-se do carro e tirou o xale que cobria seu pescoço e os seios. Ela estava com meia peça de roupa e parecia nervosa. Talvez tivesse sido atacada por assaltantes no meio da estrada. Seus olhos estavam fundos e ainda marejados. Suas mãos tremiam, ela não estava pensando coisa com coisa. Ela definitivamente havia sido atacada. Mas quem seria capaz de machucar um ser tão angelical?

– Está tudo bem, moça? – havia um tom de preocupação na voz dele.

– Sim, está – ela mentiu – O que você quer de mim? – ela se ofereceu, constrangida e nervosa.

– Nada em especial. – ele parou e a observou por alguns instantes. – O que faz nessa estrada sozinha à uma hora dessas?

– Eu trabalho aqui. – ela abaixou a cabeça, com vergonha.

– Você não tem mais ninguém? – ele perguntou.

– Não. – a moça respondeu, levantando a cabeça para olha-lo – Separei-me do meu primeiro marido e o segundo foi assassinado há algum tempo atrás – ela confessou.

– Eu sinto muito. – ele disse, abrindo a porta do carro para ela. – Eu também estou sozinho. Se quiser entrar... Posso te deixar em um lugar menos perigoso.

– Obrigada – ela sorriu. – Eu aceito.

– Como você se chama? – ele perguntou, fechando a porta do carro sem sair do banco do motorista.

– Vanessa. Vanessa Carlysle.

– Eu sou Wade. Wade Wilson.



– x –



Estava ouvindo a história com atenção. Pra ser sincera, tirando as partes em que ela havia sofrido sozinha e ficado constrangida, eu tinha achado fofo o modo como meu pai se importou em ajuda-la. Será possível que ele seria um homem tão ruim assim?

– O caso, meu anjo – Iduna voltou-se para mim, segurando meu rosto. – É que seu pai é um homem completamente descontrolado. Ele descobriu um câncer enquanto estávamos juntos e terminou comigo para que eu não precisasse me incomodar com um homem que estava fadado a morrer. Tentei ajuda-lo, mas ele estava beirando à loucura. Abandonou a quimioterapia e me afastou da vida dele...

Meus olhos não conseguiram se conter ao ouvir aquilo. Abaixei a cabeça e segundos depois estava chorando. Iduna fez sinal para que eu me levantasse e sentasse ao lado dela na cama. Deitei minha cabeça nas coxas dela e ela começou a trançar meu cabelo com suas mãos suaves, enxugando minhas lágrimas de vez em quando.

– Minha pequena Violet... Senti tanto sua falta... Você não imagina como me senti quando tive que te entregar àquela senhora bondosa que a salvou. – ela disse, voltando a ter os olhos marejados e eu percebi de quem eu havia herdado tanta sensibilidade. – Mas aqui está você. Comigo, de novo. Os mesmos olhinhos de 24 anos atrás. Suas mãozinhas eram tão frágeis, meu bebê... Achei que nunca mais a veria...

Desabei em choro com aquelas palavras. Nunca imaginei que minha verdadeira mãe me amava tanto assim. Passei metade da vida achando que meus pais haviam me abandonado por não me quererem e a outra metade tentando encontra-los. Minha busca tinha chegado a algum lugar bom, enfim. Mesmo em meio às ameaças de Loki... Eu estava nos braços dela e não me sentia tão segura assim desde que acordei com os braços de Ward me envolvendo, puxando-me contra ele.

– Mãe – enxuguei as lágrimas e sentei-me na cama, segurando as duas mãos dela. – O que Loki quer comigo, afinal? Não entendi a parte de que a morte corre nas minhas veias... No que o meu pai se transformou?

– Na morte, Skye. – ela disse, olhando-me séria e preocupada. – O seu pai carrega a morte no seu nome.


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Notas finais do capítulo

Rapaz... Mistura legal essa... Um doce pra quem disser quem o Pai da Skye se tornou (assim é fácil demais... né, nem vale... rs)

— O que acharam? Dúvidas? Sugestões? :)

#itsallconnected #StandWithSHIELD