Between Space and Ocean escrita por Anwar Pike


Capítulo 2
Capitulo I


Notas iniciais do capítulo

Hei, espero que gostem...



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273 dias apos da reunião no convés do navio, onde Brayan, o reitor, tentara resolver os assuntos da guerra.

Um céu claro se via, quando, os espaciais puxaram os cordames de seu mais novo protótipo. Era grande e cheio de detalhes misteriosos, próprios da cultura única dos aliens. Homens e mulheres se moviam, com certa animação ao redor, os olhos relanceando ate ele, medo e uma pontada de rebeldia despontando nos corações dos engenheiros.

Finalmente, o primeiro navio voador estava pronto.

Os que iriam navegar nele sentiam-se como celebridades, tamanha eram as expectativas ao redor desse ato de ousadia.

Homens mais velhos porem observavam tudo com melancolia em suas faces enrugadas. Os jovens nunca compreenderiam como aquilo afetaria as relações entre os três impérios, e o temor pela batalha próxima assaltava algumas almas.

– Prontos para zarpar, todos a bordo! – Um garoto, de cabelos ruivos raspados quase completamente avisou os olhos castanhos brilhantes.

Uma pequena quantidade de homens, seguidos por três mulheres, provavelmente as cozinheiras subiu a prancha.

Acenos foram trocados, sorrisos confiantes estampando o rosto daqueles que iam zarpar. O apito soou, e pela primeira vez, um navio flutuou pelos ares dos espaciais. Abaixo de si, a embarcação espalhava as nuvens brancas e o vento forte batia contra seus rostos.

Porem, antes que os navegantes pudessem sequer se acomodar em seus quartos, nos diferentes convés da parte inferior, uma explosão sacudiu o navio, alertando os passageiros.

– O que foi isso? – Urtec, o comandante perguntou autoridade em sua voz grossa.

– Eu não sei... – O imediato respondeu, inclinando-se na borda. – Espere, não pode ser...

– O que, diga de uma vez! – Impaciente, o capitão disse com grosseria.

– São as sereias e os piratas, senhor. Dispararam um canhão contra nós.

– COMO É? – O grito do homem pode ser ouvido nas aguas lá embaixo, onde os piratas já preparavam outro ataque.

– Derrube-os, destrua o navio por completo. Eles vão se arrepender do dia em que pensaram poder roubar nossos navios. – Um tritão, cuja pompa denunciava sua procedência real falou sua voz revibrando pelas aguas.

As sereias e outros piratas assistiam a tudo fascinados, olhando enquanto, parte por parte o navio ia sendo despedaçado.

La em cima, sem maneiras de se defender dos ataques constantes, os homens se lançaram de barriga contra o convés, tentando proteger-se. a animação que antes enchia seus peitos desaparecera.

O navio foi sendo destruído, rombos e buracos na madeira nova. Muitos tripulantes foram levados pelas bolas de canhão e caíram do alto, seus corpos já sem vida chocando-se contra a agua.

Não levou muito mais que poucos minutos, ate que o navio acima estivesse em pedaços.

Um garoto de cabelos castanhos tentava se manter equilibrado entre os destroços, mas o navio finalmente despencou, o casco batendo e separando-se ao bater na agua. Jim se jogou ao mar em uma ultima esperança de salvar-se, quando ouviu a explosão atrás de si, e sentiu o grande impulso em suas costas. Depois disso, sua consciência deslizou para longe dele e o garoto perdeu os sentidos.

ΩΩΩ

Tudo a frente era vermelho sangue, o céu, já com as marcas do por do sol, contrastando com a cor das aguas. Corpos inertes aqui e ali, boiando sem vida, as roupas encharcadas, afundando-os lentamente.

– Aguente firme, garotão, aguente. – A sereia de cabelos vermelhos ondulantes tinha um dos braços ao redor do peito do garoto de cabelos castanhos. Nadava, fazendo força com sua cauda para chegar rapidamente a praia.

Ela sabia que não deveria, nunca, aproximar-se das areias dos lobos, mas essa era uma questão urgente, e ela não parara para considerar os riscos.

Finalmente, ela conseguiu solta-lo contra a terra, deitando-se também para recuperar o folego.

Devagar, após vários minutos de espera, Jim finalmente acordou os olhos castanhos abrindo-se de uma vez, buscando situar-se no ambiente ao seu redor.

– Onde... ? – Mas a resposta veio quando seus dedos encontraram a terra abaixo de suas mãos.

Ele soltou um grito e pulou, se afastando ate a agua.

– Ei, você não pode entrar ainda, esta ferido! – Ariel, alarmada correu na direção do garoto.

Sua cauda desaparecia após um curto tempo em terra firme, assim que ela ainda tentava se acostumar com as novas pernas, que tremiam e chacoalhavam enquanto ela corria.

O garoto virou-se até ela e em um movimento rápido, como um reflexo involuntário ele se atirou para próximo dela e amparou-a quando estava prestes a tombar.

– Uff, obrigada. Mas você não pode entrar na agua ainda, entende? Suas feridas e queimaduras não curaram ainda.

Jim a colocou novamente no chão, cauteloso.

– Quem é você?

A sereia lhe deu um olhar confuso.

– Bem, sou Ariel, pertenço às sereias das aguas.

A expressão no rosto do garoto se nublou.

– Então, o que aconteceu, por que me trouxe aqui?

– Tantas perguntas. – A ruiva reclamou, soprando a franja da frente dos olhos. – O navio que vocês puseram no ar caiu. Eu vi você na agua, embora estivesse inconsciente, então te trouxe para terra firme.

– Mas, nós estamos em guerra. Por que no me deixou para morrer?

– Eu não poderia. Simplesmente não poderia.

Jim pareceu analisar a situação. A garota poderia estar tentando engana-lo, então não deveria confiar nela. Porem, ela salvara sua vida, mesmo sabendo que no momento em que o navio foi lançado no ar, a guerra estava declarada.

– Ok, mas o que faremos agora? Quero dizer, se seus pais descobrirem que ajudou um espacial...

– Não se preocupe com isso, eles não vão descobrir. Nunca ousariam se aproximar da terra firme.

– Mas nos também não deveríamos estar aqui. São as areias dos corvos, eles são hostis e não gostam de humanos em suas terras.

A ruiva se limitou a levantar os ombros, indiferente.

Após alguns minutos de silencio, onde Jim se sentou na areia novamente, a dor de ferimentos em sua perna e braço fazendo o perder as forças.

– Hei, calma, descanse tranquilo. Daqui alguns dias você já deve estar pronto para voltar para casa.

Ele já ia fechando os olhos ao ver a noite cobrindo-os, mas algo o fez despertar.

– Voltar? Mas como?

A garota lhe dirigiu um sorriso encantador, contornado pelas sombras do fim de tarde. Levantou-se lentamente e caminhou ate uma rocha próxima. Buscou algo atrás dela com os braços ate que, enfim, tirou uma prancha de madeira, arranhada em algumas partes e mostrou a Jim.

– Com isso.

Ele sorriu e antes que adormecesse por completo, falou para a garota ao seu lado.

– Á proposito, meu nome é Jim.

ΩΩΩ


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Notas finais do capítulo

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