Anjos Caídos escrita por Heichou


Capítulo 16
Capitulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oiee genteney!
Lubs aqui :>
Escrevi esse capitulo com carinho para vocês s2



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Mackenzie

Corremos o mais rápido possível e entramos na minha casa. Eduard fechou a porta e trancou. Sentei-me no chão e ele sentou-se na minha frente.

– Estamos ferrados. – falou. – Eles vão vim atrás de nós e nos punir.

– E como vão descobrir que passamos a noite na Terra?

– Eles vão descobrir. Eles sempre descobrem.

Alguns minutos depois alguém bateu na porta.

– Fodeu. – disse Eduard.

Levantei-me, mas ele ficou passando o dedo no pescoço, dizendo que estamos ferrados. Fui até a porta e abri. Um homem estava do outro lado. Ele era alto, pele morena, cabelo escuro e olhos castanhos. Vestia uma roupa formal cinza e na altura do seu peito esquerdo havia um crachá.

– Mackenzie Sturt? – falou ele.

– Sim?

– Preciso que você e Eduard Tiski venham comigo, agora.

– Pra quê? – falou Eduard, atrás de mim.

– Estou aqui em nome do Governo. Venham comigo.

Ele nos levou até um lugar, como posso dizer... estranho. Era uma construção cinza, sem janelas. Entramos e outro homem pediu nossa identidade. Caminhamos por um longo corredor e entramos numa porta de madeira escura. A sala tinha paredes cinza – acho que toda a construção era cinza –, o piso branco, havia uma mesa do outro lado. Uma pessoa lendo um livro grande e grosso estava sentada de um lado da mesa.

– Boa sorte. – disse o cara que nos trouxe. Ele saiu e fechou a porta.

A pessoa fechou o livro e colocou de lado. Era um cara pálido, cabelo castanho claro e olhos escuros. Ele parecia de mal humor. Vestia uma camisa social branca e uma calça, também social, preta. Ele tinha uma verruga no queixo e suas sobrancelhas pareciam mal feitas.

– Sentem-se. – falou, fazendo um gesto confiante com as mãos.

Eu e Eduard sentamo-nos.

– Vamos começar pelo começo. – ele falou. – Meu nome é Abílio, significando “aquele que não é vingativo”. Eu acho isso um pouco de ironia por causa do meu trabalho. – ele arrumou alguns papéis. Pude perceber que Abílio gosta do assunto “nomes”. – Vocês são Mackenzie e Eduard. Posso dizer que o significado de “Mackenzie” é “nascida do fogo”, isso quer dizer que você não é fácil, minha jovem. – ele se virou para Eduard. – E você, Eduard, seu nome varia de Edward e Eduardo. “Protetor das riquezas”, não tenho muito a dizer sobre você.

Não respondemos nada. Aquele cara era um estranho que gosta de falar dos nossos nomes.

– O que estamos fazendo aqui, mesmo? – perguntei.

– Ah, sim, sim. – Abílio pegou um papel. – Vocês dois passaram a noite na Terra. Isso pode ser grave, para os dois. Vocês sabem da regra, a que não pode passar a noite na Terra?

– Sim, senhor. – disse Eduard.

Abílio suspirou.

– A grande maioria dos anjos brancos que fazem isso é adolescentes, como vocês. Não gosto de passar punição, mas infelizmente esses anjos rebeldes fazem questão de quebrarem as regras. – ele leu o papel, em silêncio.

Eduard suava a frio. Por algum motivo eu não estava com medo. Nem estava suando, nem tremendo, nem nada. Aquele cara era maluco, não deve nos punir com algo tão ruim assim. Às vezes ele fazia uma careta enquanto lia, e também cara de espanto.

– Então... – Abílio parou de ler. – Já li tanto absurdo que não me assustaria com qualquer coisa. Mas, comunicar-se com um anjo negro, ou ter qualquer relacionamento com um deles, me deixou muito, muito decepcionado com vocês.

– Como você sabe? – perguntei.

– Nossa equipe é muito especializada. – respondeu.

– Resumindo: vocês nos espionam.

– Também. – ele dobrou o papel e colocou embaixo do livro que estava lendo. – Agora, o que devo fazer com vocês... – ele se levantou e saiu da sala. Alguns segundos depois, Abílio voltou com uma caixa pequena. Sentou-se onde estava e colocou a caixa na mesa. Abriu a caixa e tirou uma seringa com um liquido azul dentro. – Isso não vai doer nem um pouco. – falou. Agora ele não parecia tão maluco assim.

– O que é isso? – falou Eduard. Ele suava mais agora, seus joelhos tremendo.

Abílio sorriu, um sorriso que parecia... do mal. Levantou-se e foi em direção a Eduard.

– Você primeiro. – falou. Pegou o braço de Eduard e enfiou a agulha sem hesitar.

Eduard desmaiou. Abílio tirou a seringa do braço de Eduard e colocou na caixa.

– O que você fez?! – berrei.

– Calma, minha jovem. – ele pegou outra seringa, com o mesmo liquido.

Abílio andou em minha direção e pegou meu braço. Tentei me debater, mas ele me segurava com força.

– Nos vemos depois, Mackenzie. – falou.

Enfiou a agulha no meu braço, e eu desmaiei.

***

Acordei. Eu estava deitada em uma cama, em uma sala. Eduard estava na cama ao lado. Ele estava vestindo uma calça larga branca e uma blusa larga branca também. Percebi que eu também estava com essa roupa. Sentei-me na cama.

– O que aconteceu? – ele perguntou.

– Eu só lembro-me de ver você desmaiando, e depois eu. – consegui dizer. Comecei a me sentir tonta.

Uma mulher entrou na sala. Ela vestia uma calça jeans e uma blusa branca. Seu cabelo loiro estava preso em um rabo de cavalo. Ela tinha olhos escuros e tinha uma grande espinha no queixo.

– Olá, meu nome é Isabella. – ela disse. – Vim aqui para falar a vocês sobre seus novos castigos. – Isabella olhou pra mim. – Mackenzie, né?

Concordei.

– Colocamos um controle em sua mente. Quando você pensar em qualquer anjo negro, irá desmaiar por dez minutos. – agora ela olhou para Eduard. – E você, Eduard, irá ter uma terrível dor de cabeça quando for a Terra. E quando for dormir tarde.

Isabella sorria, mas eu não estava gostando muito dela.

– Vocês já podem ir pra cara. – ela saiu da sala.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado coisas lindas



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