Anjos Caídos escrita por Heichou


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Quem está aqui é Lucas Di Angelo, escrevendo o primeiro capitulo. Espero que goste.



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Trevor

Olá, meu nome é Trevor Volturi, tenho dezessete anos, e sou um anjo negro.

Antes que você me pergunte o que eu estou querendo dizer com isso, vou esclarecer.

Existem três mundos mais importantes: a Terra, o Mundo Negro e o Mundo Branco.

O Mundo Negro fica embaixo da Terra, em sua sombra. O Mundo Branco, fica atrás da lua, onde é iluminado. Nesses dois Mundos, vivem anjos; os negros e os brancos.

Nós, anjos negros e brancos, não podemos nos encontrar, pois sempre houve grande guerra entre nossas nações. Eu, particularmente, acho isso um tanto ridículo.

No Mundo Negro, existem os Escolhidos. São os… bem, escolhidos para um dia governar. Esses Escolhidos nascem com uma "tatuagem" imitando o esqueleto nas costas. Qualquer roupa que eles coloquem, essa tatuagem passa para a camisa. É impossível esconder essa marca.

Eu sou um Escolhido.

É um saco. Não pense que é legal, nem emocionante, porque na verdade é uma bosta. Existem poucos Escolhidos, e os outros que não fazem parte deles, ficam zoando ou tem medo.

Minha demonstração de afeto por aqueles que zoam de mim: vão se ferrar, cambada de imbecis!

Bom, minha "história" começa num dia muito besta da minha vida.

Era um dia nublado – como sempre fica no Mundo Negro -, sem nada importante para acontecer.

Abri meus olhos, e olhei para o lado. Meu relógio marcava 8:30. Atrasado para a escola.

Pois é, os Escolhidos tem escola, para aprenderem o estilo certo de governar. Os Não-Escolhidos também, mas o ensino é mais inútil para eles.

Me levantei da cama, um pouco dolorido. Peguei minha toalha e tomei um banho. Uma roupa qualquer – obviamente preta -, com a "tatuagem" aparecendo na camisa. Coloquei um casaco por cima, mas é claro que não ia dar certo. A marca apareceu ali também.

Os Escolhidos, logo que nascem, são abandonados pelos pais, ou seja, eu não tenho pais, vivo sozinho e tenho que me virar. Mas pelo menos não tenho que seguir regras. Só asminhasregras.

Naquele dia, não dava mais tempo para ir à escola, então, peguei meus fones e meu celular, e desci para a Terra.

Desci num dos meus lugares favoritos de lá: Los Angeles.

Cheguei a uma praça e sentei no banco. Estava um dia ensolarado, e como no meu mundo não bate sol, os raios solares da Terra me deixam mais… feliz.

Fechei os olhos e coloquei uma música qualquer para tocar. A música eraMoonchilddo Iron Maiden. Eu simplesmente amo essa música.

Uns minutos se passaram e eu abri os olhos. No banco da frente havia uma garota, aparentemente da minha idade, ou mais nova, lendo um livro.

Ela estava com uma calça larga azul clara e uma blusa mais justa da cor branca. Tinha olhos azuis claros, cabelos castanhos cacheados e pele clara.

Encarei-a por um tempo, sem saber exatamente o porquê. Depois ela levantou a cabeça e me olhou, meio assustada. Claro, quem não ficaria assustado com um cara sombrio te encarando?

A garota sorriu, se levantou e foi embora. Foi naquele maravilhoso – se acostumem com a minha ironia – momento da minha vida que decidi me apaixonar.

Voltei para casa já de noite. Minha amiga – Não-Escolhida – estava lá, ouvindo Arch Enemy no volume máximo.

— E aí Heterocrômoto? – disse ela, sorrindo.

Não me pergunte como ela consegue falar isso, mas se você conseguir, ótimo, porque para mim isso é um trava-línguas.

Ela me chama de Hete… como é mesmo…? Ah é. Ela me chama de Heterocrômoto porque eu tenho uma doença chamada Heterocromia. É uma doença que faz você ter os olhos um de cada cor. Eu tenho um olho azul escuro e um castanho.

Essa garota que é praticamente minha irmã, se chama Kylie. Ela é baixa para a sua idade. 1,56 para dezesseis anos. Tem olhos negros, longos cabelos castanhos lisos e um sorriso extremamente insano.

— Como vai? – perguntei.

— Que desanimação – falou Kylie, abaixando o volume da música – O que houve? Foi para a Terra e teve imprevistos?

— Quase isso – respondi, sorrindo.

— Aham, sei – disse a garota – Mudando um pouco de assunto… cara, dá um pouco da sua altura pra mim?

Dei uma gargalhada. Perto de mim, Kylie parece ter uns onze anos. Eu tenho 1,75.

— Se isso fosse possível, minha cara – falei, ainda rindo.

— Posso ficar aqui hoje? Tive uma briga com meus pais.

Assenti. Não sabia se o que Kylie dissera era verdade ou não, mas ela era a coisa mais importante para mim.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam! E até a próxima.



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