POV Edward

Eu finalmente consegui me abrir. Dizer aquilo que anos eu não conseguia dizer. Bella me ouviu e não me julgou e sim me ajudou. Depois de um tempo ainda deitados ouvi sua respiração se acalmar e ela adormecer. Seu cheiro de morango me invadia. Ela sempre esteve comigo quando eu mais precisei. Quando tudo aconteceu eu queria ter ido embora e tiver batido na sua porta, mas imaginar eu chegando e vê-la com sua paz não seria digno eu a tirar dela. Ela resmungo algo e se virando para o meu lado. Dei um beijo em sua testa e ela abriu os olhos.

–Melhor? - Perguntou e eu assenti.

–Estava acordado faz tempo? - Ela enterrou o rosto no meu pescoço e senti sorrindo.

–Aqui estava tão bom... E seu cheiro e uma delicia! - Em meio a toda aquela situação ela ainda conseguia me fazer sorrir. Beijei sua testa.

–Vem Appolosa vamos almoçar. - Ela me encarou e rolou os olhos pegando minha mãoestendida.

– Por um acaso aquele não é o Trovoada? - Me virei para a direção em que ela apontou.

–Não faça movimentos agitados. - Eu disse me soltando dela e indo ate Catrina tirando o cabresto e a corda que a amarrava. Ela era treinada o suficiente para não fugir.

–Cabeção ele vai fugir! - Ela disse e quase fui ate ela para abraça-la.

–Se fugir paciência. - Ela sacudiu e cabeça e foi ate o cavalo que veio pegando uma maçã. -Sempre teimosa. - Ela deu a língua e pegou o cabresto da minha mão.

–Fica ai! - Ela disse pra mim e quase gargalhei. -Ei garotão lembra–se da Bella aqui? Olha o que eu trouxe. - Ela disse com a voz melosa porem autoritária chegando perto dele. O cavalo relinchou se preparando para dar coice.

–Bella! - Eu a alertei.

– Eu cresci aqui. Quem você acha que levava uma maçã pra ele toda madrugada?! - Ela disse como se estivesse falando com o cavalo. Esticou a mão para o mesmo cheirar. O cavalo meio relutante o fez. Ela com a outra mão esticou a mão e lhe entregou a maçã. Então passou o cabresto nele e veio trazendo.

– Era isso que você fazia quando colocou fogo sem querer no celeiro? - Ela sorriu. - Emmett achava que os barulhos eram lobisomens. - Eu disse gargalhando.

–Ele é um bom garoto, apenas um rebelde sem causa. - Ela disse alisando o cavalo que parecia entender o que ela falava. Fiquei ali olhando ela concentrada com o cavalo. Linda.

–Okay. Ele é seu! -Eu disse indo até o cavalo que ela veio pegando mais três maçãs. Uma para cada cavalo.

–Hã? - Ela perguntou dando a fruta pro animal.

–Estou lhe dando o trovoada. - Eu disse dando uma maçã que a mesma começou a come-la.

–Não pode! -Ela disse começando a andar. Peguei o cavalo pela corda e fui ao lado dela.

– Posso sim. Ele ia ter um destino pior se algum fazendeiro ruim o comprasse. - Ela me encarou incrédula e passou a mão na crina dele. - Além do que é uma desculpa perfeita para fazer você vir sempre pra cá! - Eu disse olhando no chão. Ela parou e eu a encarei.

–Por quê?

–Porquê ficar com você é bom. - Ela sorriu largando o cabresto e veio até mim. Colocou a mão em meu pescoço. Eu sabia o que ela queria e que estava incerta e eu mais do que tudo queria isso. Diminui o espaço entre nos e coloquei uma mão em seu pescoço e a outra em sua cintura. Colocando meus lábios no dela. Senti sua mão passeando pelo meu cabelo enquanto eu pedia passagem com a minha língua. Ambos estávamos com o gosto da maçã na boca, tornando ainda mais prazeroso essemomento. Ela deixava as mãos passeando pelo meu corpo. Senti uma arvore atrás de mim e Ergui Bella que a mesma entrelaçou suas pernas na minha.

–Bem melhor do que o primeiro. - Ela disse entre o beijo. Sorri.

–E que hoje sabemos o que fazer. - Respondi me encontrando na arvores. Parei de beijar sua boca e fui para o pescoço sentindo seu cheiro me invadir. Ela arfou e levou minha boca até ela. Gemi involuntariamente. Soltamo-nos a procura de ar.

–Realmente sabemos o que estamos fazendo. - Ela disse corando e escondendo o rosto no meu pescoço. Coloquei-a no chão e dei um beijo em sua testa.

–Vem vamos almoçar. - Eu disse pegando a mão dela. Ela sorriu e foi até Trovoada que estava comendo as maçãs que haviam caído no chão junto com os outros.

–Como você consegue?! - Perguntei vendo que o cavalo nem protestou quando ela veio puxando ele ate mim.

– Ele sabe que sou legal cabeção! - Ela disse rindo. Passei a corda do cavalo que ela veio para outra mão e peguei a mão dela. Dando um beijo. Ela me olhou e sorriu dando um beijo em minha bochecha. Virei-me para me certificar de que Catrina estava nos seguindo e olhei para o céu.

–Sei que você é um doce, mas não me diga que é feita de açúcar! - Eu disse e ela me olhou confusa. Apontei para o céu quando algumas gostas começar a cair. Ela riu dando de ombros.

–Posso te perguntar uma coisa?

–Pode! - Ela disse dando de ombros.

–Na verdade são duas... - Eu disse sem graça. - A primeira é por quê o nosso primeiro beijo foi meio ruim?

– Não é obvio? - Ela perguntou sem graça. - Era por quê o primeiro beijo estava sendo com você. Não tornava tão ruim assim. Bobo eu sei. - Ela disse ficando vermelha.

–Achei fofo! Para mim não foi assim. - Vi seu olhar baixar e logo continuei. - Foi perfeito. Eu estava querendo aquilo há dias. - Eu disse e ela me encarou sorrindo ainda mais. Como ela conseguia ser ainda mais linda?!

– E a segunda? - Ela perguntou enquanto a chuva começava a ficar mais forte.

–Por quê seu ex- namorado era um babaca?

–Ah! - Ela disse se lembrando da nossa conversa e ficando vermelha.

–Não precisa ficar com vergonha Bella. Qual é... Éramos melhores amigos até vocês se mudarem.

–Ele foi meu primeiro namorado e ficava me pressionando para você sabe... Um dia ele bebeu de mais, tinha acabo uma competição e fomos para uma festa e tentou hum... A força. - Ela disse e a raiva que estava em seu olhar senti em mim mesmo e me imaginei esmagando os ossos desse cara. - Tínhamos dezoito anos, mas digamos que eu sei gritar e bater um pouco. Então foi o tempo certinho para Rose chegar com o time de futebol. Acho que ele não pode ter mais filhos.

–Filho da mãe! Fico contente que tinha um time de futebol lá. Mas se não houvesse ninguém lá Bella. Eu sempre falei pra você tomar cuidado! - Eu disse irritado. Não queria que nada acontecesse com ela.

–Hey calma! Estou aqui e bem. Aprendi a lição e meio que traumatizei. - Ela disse puxando meu queixo para encara-la. Suspirei. Catrina relinchou quando a chuva começou a cair. Estávamos perto do celeiro e corremos até lá. Deixei os cavalos com um dos funcionários e peguei a mão da Bella. Estávamos encharcados. Assim que saímos do celeiro a puxei para um beijo calmo. Um trovão soou no céu e ela tremeu.

–Vamos entrar! - Ela disse e me empurrou correndo na frente.

–Nunca aposte contra mim! - Eu disse rindo e disparei passando ela. Quando estávamos perto de casa ouvi um grito fraco e me virei encontra do Bella no chão com lama gargalhando. Fui até ela e me agachei.

–Tudo bem? - Perguntei tirando o cabelo do rosto dela. Ela assentiu.

–Tirando meu Pulso aberto.

–Pois é madame. Pode saber andar o cavalo, mas esqueceu de que essas sapatilhas dondoca não se usa quando vai cavalgar! - Eu disse rindo quando ela se voltou a se deitar na lama.

–Fala menos e beija mais. - Ela disse de olhos fechados por causa da chuva.

–Appolosa. - Sussurrei antes de tomar os lábios dela nos meus. A chuva tornava o momento ainda melhor. Um trovão soou e ela tremeu de novo.

– Edward? Bella? Esta tudo bem?! Ouvimos um grito! -Rose disse surgindo na porta com Emmett atrás dela. Levantei o polegar em sinal positivo e voltei a beija-la.

–Se eles nos podem também podemos. - Ouvi Emmett dizer e quando passamos por eles na porta seguramos a risada ao ver os dois se agarrando.

–Edward pegue o extintor. - Bella disse tirando as sapatilhas.

–Esta fala do o quê prima, com esse chupão ai?! - Bella me olhou e eu olhei seu pescoço.

–Corra pra cima e se tranque no banho. Acho que Alice deve ter maquiagem no banheiro dela

–Merda! - Ela disse. Dei de ombros e abri a porta. Ela subiu a escada indo para o banho.

–Chegamos! Bella conseguiu pegar o Trovoada e eu dei ele para ela. - Eu falei alto para todos ouvirem.

–Ainda não conversamos sobre isso. - Bella gritou e rolei os olhos.

–Conversamos? - Charlie perguntou vendo que o plural tornava tudo mais na cara.

– Vai pro banho! - Renée apareceu me salvando. Assenti e subi correndo.