A Saga de Ares - Santuário de Sangue escrita por Ítalo Santana


Capítulo 20
Capítulo 19 - O herdeiro da vingança de Mascara da Morte.


Notas iniciais do capítulo

O foco de Geki e Ban é apenas um: despertar o sétimo sentido. Só assim vão conseguir bater de frente com Jake e Hayato. "O limite do seu cosmo quem vai estipular é você. Ele pode ser limitado ou infinito." São essas as palavras de Jake para Ban.
Enquanto isso na China, os mortos gritam e a passagem para o Yomotsu é mais uma vez aberta em Rozan. Um dragão ruge na luta entre os dourados.



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Capítulo 19 - O herdeiro da vingança de Máscara da Morte.


Floresta sagrada de Atena - Santuário

— Falta muito? — gritou Shun ao encapuzado, enquanto corriam.

— Não! — respondeu. — Já deveríamos ter passado pela barreira a muito tempo, mas optamos em reduzir a área de alcance dela... — Ele falava arfando, porque além da barreira ainda dificultar a respiração, ele também carregava Pavlin nas costas — ... para assim deixá-la mais concentrada em um único ponto.

— Shun! — Chamou Seiya. — Não acha que fomos imprudentes ao deixar Geki e Ban cuidando de um berserker de alto nível e de um Cavaleiro de Ouro?

Shun balançou a cabeça negando.

— Temos que dar um voto de confiança a eles, Seiya.

— Eles vão conseguir. — disse Jabu, que corria ao lado de Seiya. — Eles vão conseguir!

Jabu queria acreditar na capacidade dos dois. Ele já tinha perdido um amigo nessa guerra e não queria de forma alguma perder mais dois. Ele corria junto com Seiya e os outros, mas sua mente só pensava em querer voltar e ajudar os companheiros.

Um raio cruzou o céu. Seiya e os outros sentiam que algo se aproximava deles em uma velocidade absurda. Era um cosmo poderoso que cobria boa parte da floresta. O céu ficou nublado e um raio dourado caiu atrás deles causando uma forte explosão, lançando-os no chão.

— Pavlin! — disse o encapuzado se aproximando dela. Ela foi arremessada na explosão e se chocou em uma arvore. — Tudo bem com você?

— Hunrrum... Sim. — disse ela, fazendo expressão de dor.

— Venha. — O encapuzado a pegou nos braços. — Não fiquem ai parados! Temos que correr. A barreira está perto.

Eles obedeceram e voltaram a correr.

— Tem alguém vindo! — disse Jabu.

— Não olhem para trás! — ordenou Seiya.

— Vocês não vão a lugar algum. — Ecoou uma voz como um rugido. Era uma voz jovem, mas imponente.

— Mas o que é isso?! Que cosmo é esse?! — disse Nachi espantado.

— Ele nos seguiu. — alertou o encapuzado. — O Cavaleiro de Ouro de Leão!

Raios começaram a cruzar o céu. Algumas árvores eram atingidas e desabavam pegando fogo.

— Lentos demais, cavaleiros! — a voz ecoou novamente, mas dessa vez mais próxima e mais imponente do que antes.

Um aglomerado de raios vinha em direção ao grupo por trás, mas antes que eles fossem atingidos Seiya se virou, elevou o cosmo e parou o golpe com apenas uma mão. O choque de cosmo fazia o chão rachar e o vento soprava em grande velocidade. Os raios explodiram e devastaram quase tudo ao redor. Abriram fendas na terra, derrubaram arvores e deixaram focos de incêndio na floresta. Shun e os outros se viraram espantados.

— Bom! Muito bom! — disse Jake, vindo da mesma direção que os raios vieram. — Não esperava menos de alguém como você, Seiya de Sagitário!

— Jake! — disse Seiya.

— Pavlin, desça. — disse o encapuzado sussurrando. — Preste atenção. A barreira não está longe daqui. Se você a atravessar, eles vão perder seu rastro. Corra até lá e chame reforços. Tem duas pessoas nos esperando dentro da barreira.

— Quem são? E se pensarem que sou inimiga? Uma aliada de Ares! — perguntou Pavlin, sussurrando também.

— Nenhum aliado de Ares consegue passar pela barreira. — ele limpou o rosto dela que estava sujo de terra. — Qualquer um que tentar irá ser levado para a outra extremidade da barreira. Como se fosse uma fenda dimensional. Nem vão perceber que cruzaram uma parte da floresta.

Um cosmo poderoso começou a se aproximar.

— Não temos tempos! Escute! Vá em frente e passe pela barreira. Ao chegar lá diga que "Taça" está em perigo. Você entendeu?

— Ta-ça? — Pavlin falou pausadamente e pensativa. Ao dizer as palavras ela arregalou os olhos. Ela tentou olhar o rosto dele o qual estava coberto pelo capuz. — Espera aí. Você é...

— Pelo visto entendeu. — Ele se levantou e se afastou dela. — Agora vá!

Pavlin se levantou cambaleando. Ela o encarava com uma expressão de espanto e dúvida, então virou e correu.

O responsável pelo ataque então surgi. Seu rosto estava sério e seus olhos fixos em Seiya. Seu cosmo transbordava violentamente e pequenos raios corriam no chão em cada pisada.

— Não! Ban não pode estar...

Os olhos de Jake fixaram em Jabu, e então Jake viu uma aura dourada ao redor dele. Ele também escutava os batimentos cardíacos acelerados do cavaleiro de Unicórnio.

— Está assustado Unicórnio? Ele está vivo. — disse Jake, respondendo ao nervosismo de Jabu que pensava que Ban estava morto. Jake tem o poder de ver a aura das pessoas e assim tem conhecimento daquilo que os outros estão sentindo e as vezes até pensando. — Invejem ele. Vocês vão morrer.

Ao dizer isso, Jake elevou o cosmo e pisou forte no chão, fazendo a terra tremer e liberando uma descarga elétrica que percorreu o solo. Raios brotaram debaixo de cada cavaleiro, arremessando-os para o alto. Seiya se moveu tão rápido quanto o golpe e ainda assim foi impulsionado, mas se equilibrou. Shun foi golpeado, mas anulou a técnica elevando o seu cosmo. Já os demais foram pegos desprevenidos. Eles gritaram enquanto a corrente elétrica percorria o corpo de cada um e estão desabaram.

— Desatentos demais. Fogem de um Cavaleiro de Ouro, mas não se previnem da velocidade do inimigo. — disse Jake fechando a mão direita e reacendendo o resquício de descarga elétrica que ainda percorria no corpo dos cavaleiros. Eles se contorceram de dor e ficaram sem forças para reagir. As armaduras de Jabu e Nachi ficaram com várias rachaduras, já o manto que cobria o encapuzado ficou com vários buracos de queimadura, sendo quase todo consumido. — Restam apenas vocês dois de pé. — disse Jake olhando para Seiya e Shun. — E esse será o meu último golpe.

Seiya e Shun elevaram seus cosmos.

— Desapareçam! — Jake elevou seu cosmo e ergueu os braços. No centro de suas mãos se formou um aglomerado de raios. O céu ficou ainda mais nublado. Trovões ecoaram entre as nuvens e o vento forte balançou a copa das arvores. Os olhos de Jake por um momento brilharam com um vermelho sinistro no lugar do azul atraente. Seu cosmo abria fendas na terra. — Se arrependam das escolhas que fizeram até aqui e caiam na própria desgraça. — Jake cruzou os braços estendidos para cima e os raios percorreram por todo o seu corpo, sendo tomado pelo golpe, então ele recuou os braços e disparou milhares de socos na velocidade da luz. Descarregando todo seu cosmo. — Relâmpago de Plasma!!!

—...—


China - Cinco picos antigos de Rozan

— Vista a sua armadura Shiyru! Ou pretende lutar contra mim assim, sem armadura?! Seria suicídio. Você sabe.

— Não vou lutar contra você. Você foi bem claro ao dizer que isso não é apenas um assassinato, mas sim uma vingança. Nós cavaleiros não podemos usar nossas armaduras para lutar um contra o outro por motivos pessoais e fúteis. Se quiser se vingar de algo tire a sua armadura e lute como homem. Apenas com suas habilidades.

Henry deu uma gargalhada. Os pássaros que descansavam nos galhos das arvores voaram espantados.

— Me dando lição de moral? — Henry apontou o dedo para Shiryu e a ponta do seu dedo voltou a brilhar. Os mortos invocados por Henry deram alguns passos em direção ao cavaleiro de libra e o seguraram. Eles choravam lagrimas de sangue. Eram almas que antes tinham sido libertadas da escravidão do cosmo do cavaleiro de câncer, mas uma vez mais estavam sofrendo. — Se querem lamentar, lamentem no ouvido de Shiryu. — disse Henry, reprovando o choro dos mortos.

— Você está forçando-os a isso. Por isso estão chorando. — Shiryu olhava nos olhos de Henry. — Você é um desalmado. 

— E daí? Cuide de você. Não fique se preocupando com eles, pois já estão mortos. Ouça Shiryu... — os olhos de Henry voltaram a mudar de âmbar para vermelho. — ... não estou lhe dando opção de não lutar. Vista a sua armadura.

— Eu já disse que não lutarei por suas causas pessoais!!

— Se você não lutar, eu matarei a sua esposa na sua frente. Arrancando a alma dela de uma forma intensamente dolorosa, depois cortarei toda a sua carne e farei com que a alma dela retorne ao seu corpo e assim você irá escutar ela urrando de agonia e desespero. Vai escutar ela rangendo os dentes. — Henry riu. — Claro, se eu deixar algum. Farei a sua alma, Shiryu, gritar junto com ela.

Shiryu ficou espantado. Henry achava tudo aquilo uma diversão. Dizia sem um pingo de remorso.

 Esse homem... ele é mais perverso que o Mascara da Morte. Como alguém assim pode ser um dos novos dourados?! Como a armadura de câncer pode estar protegendo alguém assim novamente?! Se o coração dele for tão malicioso quanto suas palavras, a armadura deveria rejeitá-lo. Ou será que até mesmo a armadura de ouro se converteu à vontade de Ares? — pensou Shiryu. — Não vou cair nesse seu joguinho de ameaças.

— Joguinho de... ameaças?! — O tom era de sarcasmo. — Acha que eu estou blefando?! É isso?! Então se é assim...  Ondas do inferno!!

O dedo de Henry brilhou com mais intensidade e ele apontou para Shunrei. O golpe foi disparado. Shiryu, incrédulo com a atitude de Henry, tentou se desvencilhar dos mortos, mas não conseguiu. Os mortos cravavam as unhas na pele de Shiryu que sangrava. Ele não queria machucá-los, mas tinha que salvar Shunrei.

— Libra!! — gritou Shiryu.

E então as ondas do inferno teve seu trajeto interrompido. O escudo da armadura de libra surgiu e deteve o golpe de Henry.

— Vista sua armadura e lute.

Henry se moveu na velocidade da luz e disferiu um golpe no abdome de Shiryu, que ainda estava sendo segurado pelos mortos que lamentavam por estar fazendo aquilo. O cavaleiro de Câncer se aproveitou e continuou a disferir socos. Sangue já escorria da boca do cavaleiro de libra.

Shiryu tinha que tomar uma atitude. Não poderia dar a Henry o luxo de fazer dele um alvo fácil. O Cavaleiro de Libra elevou o cosmo e pediu desculpa aos mortos. Seu cosmo explodiu e Henry foi arremessado longe, para a beira do penhasco onde cai as águas da grande cachoeira. Os mortos, que antes choravam e se lamentavam, deram um sorriso e foram reduzidos a cinzas pelo cosmo de Shiryu.

— Não só me lançou longe, mas também enviou os meus mortos de volta para o Yomotsu. — disse Henry se levantando. — Que cosmo esplendido.

O cosmo de Shiryu diminui de intensidade e então revelou o cavaleiro lendário trajando a armadura de libra.

— Não pense que vesti a armadura por causa da sua luta pessoal, vesti para lutar com você no sentido de detê-lo.

— Tanto faz. Sua reputação no Santuário é louvável. Uma "pena" que o Senhor Ares parece não estar interessado em você e me enviou aqui para matá-lo. Mas veja só quem ele enviou, eu, aquele que sempre desejou tirar a sua vida.

— Jamais irei me rebaixar a ser súdito de um deus como ele. Mas me diga, por que quer me matar? Por que essa luta é uma vingança?

— Uma pergunta de cada vez, libra. Responda, então quer dizer que você sabe a respeito de Ares?! Você sabe o que está acontecendo no Santuário?

— Claro que eu sei. Eu vejo tudo. — os olhos de Shiryu brilharam e as águas da grande cachoeira foram tomadas pelo seu cosmo, passando a exibir o Santuário e deixando o Cavaleiro de Ouro de Câncer surpreso. — Acha que eu não eu não vi ou senti o mal crescendo dentro do Santuário?! Também senti o cosmo de Atena se despedindo de nós, cavaleiros. Sei que você também sentiu.

— Se eu senti ou não, isso não importa. Não devo nada a ela. Mas é interessante saber que mesmo você tendo consciência de tudo isso, ainda assim permaneceu aqui, em Rozan, afastado do Santuário e deixando Atena para morrer nas mãos dos filhos de Ares, enquanto o lendário Seiya chorava feito louco segurando o corpo de Atena.

— Voz diz que não deve nada a Atena... Mas é claro que deve. — disse Shiryu rebatendo. Henry ergueu uma sobrancelha para Shiryu. — Atena protegeu a Terra várias vezes nos últimos anos. Se você está vivo hoje é porque Atena não deixou a Terra ser inundada pelas águas de Poseidon ou se tornar um vasto mundo dos mortos governado por Hades. — Shiryu fechou as mãos com força. — E eu permaneci aqui não por covardia... ou egoísmo..., mas porque ela ordenou que eu apenas retornasse quando recebesse um chamado dela ou do Grande Mestre. E aqui irei permanecer até Atena me convocar.

— O.k — Henry deu um curto sorriso. — Irei agradecer pessoalmente a ela. Não! Espera... Ela está morta. E ela não vai convocá-lo. Mas posso fazer o favor de lhe enviar até ela.

Henry expandiu seu cosmo. Era uma energia negativa que fazia as arvores secarem e o solo rachar. Shiryu ficava cada vez mais espantado com a personalidade fria e com o cosmo perverso que ele emanava.

— Você é uma desonra como sucessor do Máscara da Morte!! — Shiryu se posicionou para atacar. — Vou derrotá-lo e tirar essa armadura de você!

— Antes que me "derrote"... — ele sorriu. — E já que tocou no nome do meu antecessor, permita-me responder a sua pergunta anterior. — Henry voltou a erguer o dedo, mas dessa vez uma fenda dimensional surgiu acima de sua cabeça e gritos ecoavam da fenda. Mãos brancas e fantasmagóricas tentavam sair daquele buraco negro. Shiryu deu um passo para trás. — O motivo da minha vingança é justamente por você ter derrotado o meu antecessor de forma tão fajuta.

— O quê?!!

— Eu vou enviar você para a colina do Yomotsu e dessa vez não vai ter Atena para te trazer de volta. Dessa vez a oração da sua esposa não vai interferir na minha técnica. Nem mesmo os mortos vão ter a ousadia de ajudar você.

— Então foi para isso que veio?

— Exato! Vim para honrar a casa de câncer. Vim aqui para mostrar o quanto você era um miserável diante do meu antecessor e foi necessário receber ajudas para vencê-lo. Caia no mundo dos mortos, Shiryu. Ondas do Inferno!!

— Não!! — Shiryu elevou o cosmo, mas foi tomado pelo cosmo de Henry e sua alma começou a abandonar o seu corpo. — Eu conheço esse golpe. O mesmo golpe não funciona duas vezes contra o mesmo cavaleiro. — disse ele, resistindo. 

— Tem certeza? — Shiryu percebeu que Henry tinha razão. Mesmo conhecendo o golpe ele estava sendo tomado mais uma vez pelas Ondas do Inferno e iria ser jogado no Yomotsu. Sentia seu corpo acorrentado por grossas correntes invisíveis. Podia escutar o sussurro dos mortos. Uma vez estando lá é impossível voltar sozinho. — Adeus Libra!!

— Shiryu!! — gritou Shunrei.

Enquanto Shiryu era tomado pelo golpe, a grande cachoeira teve seu fluxo parado e então as águas tomaram a forma de um imenso dragão chinês que foi em direção a Henry. Pego de surpresa, o Cavaleiro de Câncer perdeu a concentração e foi arrastado por alguns metros pelo golpe. Shiryu desabou no chão.

— Não vou permitir isso. Não vou deixar que faça mal a ele. — disse um jovem em pé na beira do penhasco.

— Um moleque? E quem é você pra... — Henry parou. Ele lembrou que Phobos comentou algo a respeito de um jovem que estava sendo treinado por Shiryu.

...

 Quer que eu vá até Rozan? Na China? — Henry estava ajoelhado diante de Phobos, que trajava um manto que cobria seu corpo e usava as ombreiras da sua Onyx divina. Nyctea, o berserker de coruja, estava do lado direito de Phobos.

— Lá se encontra o Cavaleiro de Ouro de Libra. Um cavaleiro lendário. É um dos antigos cavaleiros de bronze que lutaram ao lado de Atena e se tornaram lendas. Já ouviu falar?

— Sim, senhor! Em especial esse de quem o senhor fala. Foi ele o responsável pela morte do meu antecessor.

Os lábios de Phobos formaram um sorriso no canto da boca.

— Ele não respondeu ao chamado do Santuário, está em clara desobediência ao Senhor Ares. Se recusa a se curvar diante do meu Senhor e a punição para isso é a morte.

— Eu me certificarei de que ele morra.

— Acredito no seu potencial, Câncer. Mais uma coisa. Eu soube que ele treinou um jovem que reside também em Rozan, mas esse também ignora o chamado do Santuário. Mate-o.

— Esse jovem é um cavaleiro?

— Sim! É o novo cavaleiro de bronze da constelação de...

...

— Dragão. — disse Henry olhando para o jovem. — Você é o novo cavaleiro de bronze de dragão, não é? Qual o seu nome garoto?

— Sim! Sou eu! Meu nome é Ryuho. — Ele era um garoto magro, com músculos pouco desenvolvidos nos braços. Tinha longos cabelos escuros que iam até a metade das costas e seus olhos eram verdes.

— Ryuho, saia daqui agora! — Shiryu já estava de pé. — Ele é um Cavaleiro de Ouro, assim como eu. Não interfira nessa luta.

— Ora, Ora, Ora... esse moleque é a sua cara Shiryu... Não me diga que... — Henry olhou para Shiryu e depois para Ryuho. — Não me diga que esse garoto é o seu filho? — perguntou ele apontando para Ryuho.

— Sim! É o meu filho!

— Mas que interessante. — Henry esboçou um sorriso perverso para Ryuho. — Recebi ordens para matar um certo jovem que era discípulo seu. Apenas não sabia que ele era seu filho também.

— Ryuho! — gritou Shunrei.

— Deixe-o em paz Henry!

— Eu não vou recuar. Vou proteger a minha família. — disse Ryuho.

— Vai é? — Henry estendeu a mão e disparou um golpe simples contra Ryuho.

Mas o golpe de Henry foi bloqueado pelo escudo do dragão que surgiu no braço esquerdo de Ryuho. No fundo da cachoeira uma luz verde brilhou e se expandiu. A armadura de dragão se desmontou e vestiu o corpo de Ryuho.

— A armadura de dragão surgiu correspondendo ao espírito de luta de Ryuho. Essa é a primeira vez que ele a veste. — pensou Shiryu. — Ela o aceitou.

— Sim! Eu vou! — Ryuho elevou o cosmo e partiu para cima de Henry. Mesmo sendo um cavaleiro de bronze ele era rápido e possuía bons reflexos capaz de desviar até dos socos de Henry. Henry parecia se divertir vendo Ryuho lutando com tanta agilidade.

— Para um cavaleiro de bronze você luta muito bem rapaz, porém seu pai deveria ter lhe ensinado o quanto é arriscado lutar contra alguém mais poderoso quando você não tem controle sobre seu próprio cosmo. — Henry se teletransportou e apareceu pairando no ar acima de Ryuho. Ele expandiu seu cosmo e desceu em uma investida, mas Ryuho recuou dando um salto para trás. Os pés de Henry afundaram no solo abrindo uma imensa cratera.

— Vou lhe mostrar então todo o meu cosmo.

— Se eu matar você, o seu pai e a sua mãe vão ficar desesperados. Será sinfonia para os meus ouvidos.

— Cólera do dragão! — o cosmo de Ryuho se elevou e tomou a forma de um dragão, envolvendo o punho do jovem cavaleiro de bronze. Ryuho então desceu em uma investida contra Henry que o aguardava sorrindo.

— Só isso? — disse Henry parando o golpe de Ryuho com apenas um dedo. — Foi isso o que você aprendeu treinando com o seu pai? Um lendário?! Isso é todo o seu cosmo?! Duvido muito. — Henry paralisou Ryuho e então tocou em sua testa com o dedo indicador. Seus olhos cor de âmbar voltaram a brilhar em um tom vermelho sinistro e um imenso cosmo começou a transbordar de Ryuho. — Você possui uma cosmo energia imensa, mas não sabe controlar. Adianta ter tanto poder assim, querer proteger seus entes queridos, mas não saber como manusear todo seu cosmo? Você acessa menos de 1/3 da sua capacidade. Se você não amadurecer vai ver as pessoas que ama morrendo uma após a outra nessa guerra. E a guerra já começou. Você suportaria saber que a sua fraqueza foi a causa da morte do seu pai, por exemplo? Que não conseguiu protegê-lo? Você iria enlouquecer com esse fardo. 

— Eu...

— Você é fraco. Não por falta de cosmo, mas sim por falta de desenvolvimento dele. Está apegado demais aos laços familiares. — O dedo de Henry brilhou. Ryuho virou os olhos e desabou no chão. Seu cosmo então recuou para o seu corpo. — Dá até nojo.

— O que você fez com ele? — perguntou Shunrei, preocupada.

— Nada demais. Apenas atingi seu sistema nervoso e desliguei por alguns minutos. — Henry voltou a erguer o dedo e invocar a entrada para o Yomotsu. — Tempo o bastante para acabarmos com a nossa luta, Shiryu. Quando seu filho acordar você estará no Yomotsu.

—...—


Floresta sagrada de Atena - Santuário.

O golpe lançado por Jake estava destruindo tudo enquanto avançava indo em direção a Seiya e os outros. Ele rasgava o solo e derrubava arvores. Seiya sabia o quanto aquele golpe era mortal, pois já tinha enfrentado um cavaleiro de ouro detentor da mesma técnica. Shun poderia sobreviver, mas talvez os outros não tivessem a mesma sorte. Seiya então elevou o cosmo e correu em direção ao golpe de Jake.

— Meteoro de Pégaso! — Seiya concentrou uma grande energia em uma das mãos e  disparou milhares de socos por segundo.

 Mesmo sem armadura ele parou o meu golpe. Essa é a força de um lendário?! — pensou Jake. — Além disso... A técnica de Seiya se comportou de forma semelhante ao meu Relâmpago de Plasma. Então o que o meu mestre disse é verdade. Seiya consegue disparar mais de cem milhões de socos por segundos. 

Os dois golpes se chocaram e a onda de impacto arrastou Shun e os outros que acompanhavam a luta entre os Cavaleiros de Ouro.

— Um golpe capaz de igualar ao meu. Interessante. — disse Seiya. O choque dos dois golpes ficou em equilíbrio. O primeiro que cometesse um pequeno deslize iria receber toda a descarga dos golpes. — Mas eu não posso continuar assim por muito tempo. Mesmo os golpes ficando em equilíbrio, qualquer erro pode ser fatal tanto para mim quanto para Shun e os outros.

Seiya elevou o cosmo e lançou as duas técnicas para alto. O sol já tinha se retirado e o céu estava começando a ficar estrelado. O aglomerado de cosmo dos golpes parecia uma lua subindo no céu escuro, até que ela explodiu e uma poderosa luz se dissipou iluminando toda a floresta. No momento da explosão os dois dourados elevaram o cosmo e partiram um para cima do outro. O impulso do salto formou pequenas crateras onde eles estavam. Mesmo Shun, que possui o sétimo sentido e conseguia ver os movimentos na velocidade da luz, estava com uma leve dificuldade para acompanhar os movimentos dos dois cavaleiros de ouro.

...

Pavlin corria o máximo que podia, mas estava bastante cansada. Ela respirava com bastante dificuldade e sua cabeça doía. Alguns dos seus ferimentos da batalha contra Deimos tinha voltado a sangrar e isso a deixava ainda mais fraca. Quanto mais perto da barreira ela chegava, mais difícil ficava de caminhar. É como se em algum momento o ar fosse faltar.

No meio do trajeto ela caiu. O chão era bastante escorregadio por causa dos musgos. Ela ainda estava abalada por causa da morte de Atena. Em sua cabeça vinha várias cenas daquela árdua batalha: Deimos se transformando com aspectos demoníacos. Atena enfrentando Deimos. Phobos aplicando um golpe no peito de Atena. Delfos apunhalando Atena com a adaga dourada e rasgando o coração da deusa. Tourmaline se apresentando como traidora. E a pior cena de todas... Alec se apresentando como aliado de Ares.

— Alec. — os olhos se apertaram e lagrimas escorreram.

Uma explosão seguida de um clarão cortou o ar e fez a floresta escura ficar iluminada por um curto tempo. Pavlin se levantou e enxugou os olhos. Ela teria que segurar um pouco mais as lagrimas e chorar apenas quando todos estivessem seguros dentro da barreira. Ela votou a correr e serpentear entre as arvores. Ela avistou algo como uma parede de fumaça. Dava para ver a floresta do outro lado, mas era como se aquela parede de nevoa dividisse a floresta. "A barreira". Sem hesitar ela atravessou. A sensação era como se todo ar de seu pulmão fosse sugado.

Ao atravessar a barreira ela viu um terreno plano formando um grande círculo que era rodeado de altas arvores. Os galhos das copas das arvores eram bem largos e as folhas que preenchiam os galhos formavam um teto sobre o círculo, deixando apenas o centro aberto possibilitando a passagem da luz da lua. Ao longe, entre duas arvores, ela avistou uma pequena cabana. Formada com blocos de pedra e cimento. O teto era de madeira e era coberto por musgos e plantas trepadeiras. Pelas brechas do teto uma luz amarela passava. Era sinal de que tinha alguém dentro da cabana.

Pavlin então relaxou. Ela estava segura. Sua cabeça passou a doer mais e a tontura ficou ainda mais forte. Sua visão ficou turva. Seus braços e suas pernas ficaram moles. Ela gritou "socorro" e desabou no chão. Ela viu duas pessoas saindo da cabana e correndo até ela. Pela silhueta Pavlin percebeu que era um homem e uma mulher.

— Eles... precisam... ajuda. — Sua garganta doía. Seu corpo pedia descanso. — Taça. Problemas.

Ela não tinha forças para falar. Viu quando a mulher a tomou nos braços e o homem saiu correndo em direção a floresta. Ela então fechou os olhos e desmaiou.

...

— Só está me fazendo perder tempo. — disse Hayato segurando Geki pelo pescoço. As garras do berserker rasgava o pescoço do Cavaleiro de Bronze e fazia ele cuspir sangue. Um dos seus olhos estava tão inchado que nem abria. Sangue escorria de sua testa e nariz. Sua armadura de bronze estava totalmente destruída e sua camisa ensopada de sangue. — Reconheço a sua coragem em me segurar aqui, mas isso é tolice.

— Permita que nós cuidemos dele. — a voz era de uma mulher.

— Viemos auxiliar na perseguição. — disse uma voz masculina.

Hayato olhou curioso para trás e viu duas pessoas se aproximando. Tourmaline, vestindo a armadura de bronze de Ave do paraíso e Alec, vestindo a armadura de prata de lagarto.

— Não preciso de vocês aqui. — disse Hayato, jogando Geki no chão.

Houve uma explosão acompanhada de um clarão. Todos se viraram espantados.

— Seiya está lutando contra Jake. — disse Tourmaline. — Já senti esse cosmo antes.

— Ele vai perder. E estou me referindo ao Cavaleiro de Leão. — Geki se esforçava para ficar de pé. — Mesmo enfraquecido e sem armadura, Seiya ainda é mais poderoso do que um Cavaleiro de Ouro. Um cavaleiro que venceu o deus da morte e que sustenta o título de ser lendário não vai ser derrotado por um Cavaleiro de Ouro novato.

Os olhos de Hayato brilharam e Geki levou as mãos ao pescoço. Estava ficando sem ar.

— Cale-se. — Com apenas o movimentar da mão de Hayato Geki foi lançado contra uma arvore. — Mas não discordo de você. Eu vou até lá e vocês dois vem comigo.

Hayato elevou o cosmo e se transformou em vários pássaros de plumagem negra e cabeça raspada. Eram pássaros podres, fétidos, em clara decomposição. Tourmaline levou a mão a boca em sinal de enjoo. Tourmaline e Alec foram logo atrás, mas mantendo distância do odor das aves.

...

Seiya e Jake estavam arfando. Parados, um olhando para o outro, esperando o momento certo para atacar. A barreira dificultava ainda mais a continuidade de uma luta corpo a corpo e a aplicação de técnicas iria desgastar o cosmo deles. Jake sabia que mesmo se ele derrubasse Seiya, não iria conseguir bater de frente com Shun.

— Vamos pôr um fim nisso, Jake.

— Com todo respeito levarei a sua cabeça como oferta para Ares.

Os dois elevaram o cosmo e se lançaram contra o outro. Centralizando seus cosmos em seus punhos. No momento em que os dois punhos iriam se encontrar surgiu uma barreira. Um enorme triangulo transparente de borda azul e repleto de hieróglifos azuis surgiu impedindo o ataque dos cavaleiros. Os dois Cavaleiros de Ouro recuaram e observaram com curiosidade.

— Uma barreira?! — disse Jabu.

— Desculpa pela demora. — disse um homem, vindo entre as arvores. Ele era alto, cabelo preto, pele clara e olhos verde-escuro. Trajava uma armadura de prata branca com detalhes azuis e emanava um cosmo poderoso.

— Retsu? — disse Shun, surpreso.

A barreira trincou e se despedaçou na forma de vários cristais. Jake estreitou os olhos.

— O que um Cavaleiro de Prata faz aqui? Pensei que os Cavaleiros de Prata...

— Não sou um aliado de Ares e nem estou sendo controlado pelo deus Anteros. — respondeu Retsu. — Jamais iria me curvar para Ares. Eu sou um Cavaleiro de Atena. Ainda honro o meu dever como cavaleiro que é proteger a Terra e a humanidade. E não tem como fazer isso apoiando um deus sanguinário.

— Mas Atena está...

— Não me interessa se ela está viva ou morta. Eu continuo sendo um Cavaleiro de Atena e minha armadura é uma prova disso. Se não consegue compreender qual é o seu dever como usuário de uma das oitenta e oito armaduras do exército de Atena, então não é um cavaleiro e deveria largar a armadura de ouro.

— Possui uma língua bastante afiada. — disse Jake, irado. Seu cosmo se elevou gerando uma corrente elétrica.

Retsu ficou na frente de Seiya e encarou Jake.

— Senhor Seiya, é uma grande honra vê-lo novamente. Por favor, deixe que eu cuido dele. — disse Retsu, de costas para Seiya. Ele olhou de lado para o encapuzado. — Leve eles. Eu ensinarei a esse jovem o que é ser um cavaleiro.

— Não seja tolo rapaz. Você não... — Jake foi pego de surpresa. Vindo pela sua lateral, Ban o agarrou pela cintura.

Seiya e os outros se assustaram tanto quanto Jake. A armadura de Ban estava bastante danificada, mas ele emanava um cosmo poderoso.

— Vão! — Ban elevou o cosmo e saltou, arrastando Jake com ele. Parecia uma bola de fogo subindo ao céu.

— Ban! — gritou Jabu.

— Ban o levou para longe daqui. Vamos! — gritou o encapuzado.

Retsu foi na frente, sendo seguido pelos outros.

...

— O cosmo de Seiya e dos outros está enfraquecendo. — disse Tourmaline correndo ao lado de Alec.

Os urubus começaram a grasnar.

— Parece que não foi só você que percebeu isso. Ele também. —disse Alec.

— "Apressem-se." — disseram as aves em um coro.

Diante deles um espaço se abria. Um local com imensas crateras, arvores em chamas e troncos queimados e caídos. O local onde Jake e Seiya lutaram ficou devastado.

— Sumiram. — Alec estava espantado olhando para todos os lados

As aves se uniram em um turbilhão. Quando o aglomerado de aves tocou o solo já foi dando forma ao corpo de Hayato. Primeiro os pés, pernas, depois o tronco, braços, cabeça e por fim as trevas das plumas se materializaram na negra Onyx. Os olhos sombrios de Hayato analisavam o local.

— Não sinto se quer o rastro de cosmo. Impossível alguém sumir assim.

— Eles estão longe do alcance de vocês. — Geki estava de pé, encostado em uma arvore.

— Geki? Você nos seguiu mesmo nesse estado?! — Alec queria saber de onde vinha tanta disposição mesmo estando naquela situação.

— Para onde eles foram? — Hayato se transformou em uma fumaça negra e se materializou na frente de Geki enfiando as garras no peito do cavaleiro. — Responda antes que eu rasgue você.

— Eu não sei.

— Você mente muito mal. — Hayato ergueu o braço e lançou Geki contra a copa das arvores. Em seguida o cavaleiro de urso desabou no chão. O impacto fez todo ar sair de seu pulmão, forçando-o a respirar com bastante intensidade. — Vou levá-lo para o Senhor Phobos. Ele deve conseguir tirar as respostas certas.

Ao longe uma coluna de fogo subiu ao céu acompanhado de raios.

— Ban?! Esse cosmo... é do Ban!! — disse Geki cuspindo sangue. Ele fechou os olhos e esboçou um sorriso. — Então você conseguiu. Parabéns,  meu amigo.

— Parece que o leão menor está lutando contra Jake agora. Deve ter segurado ele enquanto os outros fugiam. — as asas de Hayato se abriram e se transformaram em asas de verdade. Grandes asas de plumas negras. — Eu irei voltar ao Grande Salão. Vasculhem cada parte dessa floresta. Eles não podem ter ido tão longe assim.

Tourmaline deu as costas e começou a andar. Alec foi o único que respondeu com um aceno.

Hayato bateu as asas, levantando um turbilhão de folhas secas. O cosmo do berserker girou ao seu redor e uma coluna de plumas negras subiu ao céu em direção as doze casas. Hayato estava levando Geki para ser interrogado.

— Vamos nos separar. Cada um vai para um lado. — disse Alec.

— Nos encontramos daqui a uma hora no coliseu. Odeio florestas a noite. — disse Tourmaline se afastando. Alec sorriu e então correu para um lado enquanto Tourmaline ia pra outro.

...

— Seu cosmo mudou. — Jake conseguia ver uma aura de determinação ao redor de Ban. — Mas ainda não é o suficiente para me derrotar.

— Sei que não despertei o perfeito sétimo sentido, mas sinto que estou perto disso.

Ban estava de frente para Jake. Ambos estavam no meio de um círculo de fogo e raio.

— Sua determinação fez com que você evoluísse. Ninguém evolui dessa forma sem ter um motivo maior pelo qual lutar. Me diga. Qual é o seu ponto de partida?

— A humanidade, Jake. — Ban elevou o cosmo. — A Terra. Atena. Meus amigos. Esses são os meus pontos de partida.

Jake esboçou um sorriso.

— Atena é?! — Jake também elevou o cosmo. — O limite do seu cosmo quem vai estipular é você. Ele pode ser limitado ou infinito.

— Hã?

— Em outras palavras, se esses pontos mechem tanto com você e seu cosmo, faça deles o seu infinito. Assim seu cosmo não terá limites. — Jake olhou sorrateiramente por cima dos ombros e depois voltou sua atenção para Ban.

— Jake... Você...

— Prepare-se Ban!! — Jake concentrou seu cosmo em seu punho. Seu cosmo transbordou rugindo como um leão. — "Capsula do poder!"

— Eleve-se cosmo! Ao infinito!!! — Ban assumiu uma posição de ataque e envolveu todo o seu corpo em chamas ardentes. Em seguida se lançou na direção de Jake. — "Bombardeio de Leão Menor!!"

Os dois golpes colidiram e Ban começou a ser arrastado pelo golpe de Jake.

— Eu disse a você. Se fizer o seu ponto mais forte ser o seu infinito, o seu cosmo vai crescer o quanto ele deve neste momento.

— Meu ponto forte? — Uma cena inundou a mente de Ban. Ichi. Seu amigo que se sacrificou para protegê-los. "... sou e sempre serei um cavaleiro, um cavaleiro de Atena." Atena. — Por Atena!!

As chamas de Ban aumentaram e o envolveu. Quando Ban explodiu seu cosmo revelou uma nova armadura de Leão Menor. Uma armadura evoluída assim como ele.

— Nossas armaduras possuem vida. Você sabe disso melhor do que eu. Sua frustração pela sua patente não deixava seu cosmo e sua armadura evoluir. Ela se transformou, se curando de suas feridas, assim como você. Tudo como uma resposta do seu cosmo. — Jake estendeu a mão e todo o golpe de Ban se acumulou na palma da mão. — Parabéns! Mas é triste saber que só agora você chegou tão perto do seu sétimo sentido. Tarde demais. Você não é forte o bastante para me vencer. 

Jake liberou todo o cosmo contra Ban que não teve se quer tempo de se esquivar. O círculo de fogo e raios se elevou e enfim explodiu. Uma nuvem de poeira se formou. Jake saiu imponente balançando sua capa. Quando a poeira sessou deu para ver o estrago que a luta causou. Uma enorme cratera foi formada. No centro do buraco estava a armadura de Leão Menor montada e vazia, sem nenhum sinal de Ban.

— Saia daí! Sei que estava observando tudo! — disse Jake encarando uma arvore.

De trás da grande arvore surge Tourmaline.

— Ele está morto?

Jake caminhou até ela e parou frente a frente.

— Se achar as cinzas dele, me chame. Farei questão de reduzi-lo muito mais que isso. — Os olhos de Jake se encontraram com o de Tourmaline. — Eu sei quem você é. Não pode esconder isso de mim. Não de mim. — Tourmaline esboçou um sorriso. Jake a deixou sozinha e seguiu em direção ao Santuário. — O cosmo de Seiya e dos demais sumiram. Não vou ficar aqui caçando cavaleiros que nem se quer deixaram rastros. Divirta-se na floresta. — o cavaleiro de ouro desapareceu na escuridão da floresta.

—...—


Sala do Grande Mestre

— E Asgard? — perguntou Anteros, sentado no trono do grande mestre e trajando as roupas do patriarca.

— Eu irei até lá. — disse Phobos que estava sentado na grande mesa que foi posta no meio do salão. Ele analisava alguns papeis. Incluindo o que tem as ordens de Afrodite.

— Não! Quem vai sou eu. — disse Deimos, saindo de trás das cortinas por trás do trono do Grande Mestre. Deimos parou do lado de Anteros. Ele estava vestido com uma imponente Onyx e carregava sua poderosa espada embainhada nas costas.

Phobos levantou a sobrancelha para Deimos e o encarou. O deus estava usando um óculos de leitura. As lentes, sem armação ao seu redor, eram unidas entre elas por um pequeno ferro que se apoiava no nariz de Phobos sustentando. As hastes eram finas e pretas.

— Na invasão do Santuário você agiu da sua forma, Phobos. Mas em Asgard eu irei como representante do Senhor da Guerra e farei isso da minha maneira. Se Asgard não se curvar... — Deimos sacou a espada e elevou o cosmo. — A cabeça do representante de Odin será cortada.

—...—


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Notas finais do capítulo

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Nesse grupo você acompanha o lançamento dos capítulos e ainda tem acesso ao perfil e histórico de alguns cavaleiros.

Desculpa a demora ^^ o atraso foi por causa do Word. Eu escrevi o capitulo com 5.445 palavras, mas na hora de salvar o Word travou e não salvou. Tive que começar tudo de novo e isso desanima muito. Enfim terminei o capitulo ^^ Foi um capitulo cansativo por causa das trocas de cenas, mas gostoso de fazer.

Próximo capitulo: Um homem misterioso surgi diante de Seiya e o grande plano de Delfos é revelado.

Capitulo 20: A carta de Delfos.


Obrigado a todos que ainda permanecem aqui comigo e seja bem vindo você que está começando a me acompanhar. Lembre-se, opinião e sugestão são sempre bem vindas.



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