A volta para a dimensão mágica foi mais do que tranquila, por onde passavam, as coisas se tornavam diferente, talvez pela magia que emanava por Bloom. Ao pousar a nave no pátio de Alfea, todos puderam ver muitos especialistas e muitas bruxas por ali, parecia que a mudança estava acontecendo finalmente.

Todos descem da nave e logo Faragonda surge frente a eles.

— Vejo que completaram a missão de vocês – fala a diretora e olha para Daphne confusa – Rainha Daphne?

— Olá Faragonda – fala a loira em tom seco – Bloom, essa é a responsável pela escola de fadas.

— Agora somos uma escola mista – Faragonda fala e aponta para trás – especialistas e bruxas também.

— O que houve a Torre Nuvem? – Ice pergunta e Faragonda aponta para o castelo ao norte.

— Foi tudo que restou – responde – tentaremos reconstruir aqui no pátio de Alfea, assim como Fonte Rubra.

Charlotte vem correndo e pula em Clarissa com um forte abraço, assim que se soltam, Charlotte olha para Daphne e Bloom.

— Uau – ela fala e olha para Clarissa – te mandam buscar uma fada, você traz duas e uma delas é ancestral.

— Cala a boca – Clarissa ri e Charlotte ri junto.

— Vamos ao meu escritório – Faragonda fala e apenas Clarissa, Charlotte, Daphne e Bloom a acompanham.

Daphne parecia nutrir um ódio secreto por Faragonda, e Bloom já havia percebido, mas estavam ali com um único propósito, achar seus pais e reconstruir a magia original.

Assim que passaram pela porta puderam notar Antonio, Griffin e Saladin na sala e ao canto, Pablo, Angeles, Griselda e Codatorta. Todos pareciam impressionados ao ver Daphne, ela era uma novidade maior do que a fada que salvaria o universo deles.

— Professores, Diretores, conheçam a fada da chama do Dragão – Faragonda apresenta e Bloom acena de leve com a cabeça – bem, não temos muito tempo, por isso, precisamos da sua ajuda.

— Já sei que precisam – Bloom fala entediada – mas eu ajudarei nos meus termos.

— E que termos são esses princesa? – Antonio pergunta.

— Nenhuma fada, mago ou bruxa terá acesso a magia que se alimenta da força do fogo do dragão – Bloom fala dando uma tapa na cara de todos – será como reaprender a fazer magia.

— Sem isso nós estaremos fadados ao fracasso, estaremos sem defesas – Faragonda fala indignada.

— Se vocês não tiverem magia, os seus inimigos também não terão, a não ser que utilizem objetos mágicos que geram magia, fora isso, ninguém pode fazer nada – Bloom fala – eu já planejei isso, e não darei a minha magia para alimentar vocês.

— Como pode saber de tudo isso? – Angeles pergunta curiosa.

— É melhor que não saibam, deixo nas mãos de vocês agora, decidirem.

— Posso saber seu nome mocinha? – Griffin pergunta.

— Bloom.

— Bloom, sobrevivemos 18 anos sem precisar que a centelha fosse recarregada, podemos sobreviver mais 18 anos, é bastante tempo.

Bloom ri como se achasse graça, fazendo todos franzirem o cenho.

— O que é tão engraçado? – Griselda pergunta de mal humor.

— Alimentei a centelha por 15 anos, sem saber que estavam sugando a minha força vital, e foi assim que a minha magia começou a se apagar, precisei de um refúgio para mudar tudo e controlar a mais antiga das magias, vocês sobreviveram dois anos, e no ano passado, seu mundo entrou em colapso – explica a ruiva.

Aquilo não fazia parte do conhecimento de nenhum deles, era como se a história estivesse sendo reinventada, como se tudo que soubessem e tudo que fizeram estivesse sendo sugado por um buraco negro.

— Alimentarei a centelha por uma última vez e vocês ficarão sem magia, para aprender a controlar a magia antiga, a magia vinda da natureza unida ao fogo do dragão, e as suas emoções.

Os professores e diretores se olham com dúvida, nenhum deles sabia magia antiga, nem mesmo a companhia da luz.

— E quem irá nos ensinar? – Saladin pergunta.

— As Winx – Bloom responde e sorri para Clarissa deixando-a confusa.

— Você disse que as Winx não estavam na Terra – Clarissa brada.

— E não estão – Bloom fala – te disse que não estavam lá e não que nunca haviam passado, como eu disse ao mago que preferiu ficar na terra.

— E que mago é esse? – Charlotte pergunta.

— Ele se chama Nabu, veio de Andros, a procura de sua noiva Aisha, uma das Winx, mas eu o mandei em uma missão, em busca de outra fada terráquea, a filha da rainha das fadas.

— Morgana está viva? – Faragonda pergunta.

— Morgana, Aurora, Diana e Nebula – Bloom responde – as fadas etéreas me mandou até elas, e elas me ensinaram tudo que podiam, assim como as Winx estão fazendo agora.

— Procuramos na dimensão magica inteira por elas, nunca a encontramos – Charlotte fala.

— O senso de fadas de vocês não funciona, e enquanto não aprenderem a magia correta, nunca verão o resto do mundo mágico – Bloom fala – me admira você não saber disso Rainha de Solaria.

— A minha magia é diferente, eu não uso a centelha, meu poder vem dos elementos, vem dos deuses.

— Parabéns, tirou 10 na aula de enganações – Bloom ri – nunca te ensinaram a magia dos elementos.

— Quando podemos começar então? – Antonio pergunta para Bloom e ela sorri para ele.

— Agora mesmo – ela sorri e fecha seus olhos.

Em suas mãos surge uma bola de luz vermelha, como o fogo aprisionado dentro de uma bola de água, suas asas azuis brilhantes tinha fogo nas pontas, aquela era a cena mais bela de todo o universo, a magia de Bloom não se igualava a nenhuma, a bola levitou em suas cabeças e subiu aos céus, como em busca da centelha, e ela a encontrou, em um ponto central do universo, dentro do coração da natureza, na fonte do poder de magia, no momento em que o poder de Bloom tocou a flor da natureza, todas as fadas perderam a sua magia, e junto com ela, a barreira e todos os feitiços que haviam feito.

— A nossa barreira, a dimensão ômega, o mundo prisão, nossos castelos – Faragonda fala de repente esperando que tudo desmoronasse, afinal, tudo havia sido construído pela magia das fadas.

— Não se preocupe Faragonda – Bloom sorri leve – não estou aqui para destruir seu mundo e seus feitos, só a magia alterada, todo o resto, eu mantive de pé.

Faragonda entorta o lábio e fala aos professores que reúnam todos, precisavam comunicar as mudanças.

— Tenho uma surpresa para vocês duas – Bloom sorri para Clarissa e Charlotte – venham comigo.

Logo todas se encaminham para o pátio, nos céus todos podiam ver uma bela luz cheia de energia e muito brilhante, quanto mais próxima ficava, melhor podiam entender do que se tratava, logo as cinco fadas surgiram nas vistas das duas amigas.

Stella, Flora, Musa, Aisha e Tecna pousaram nos jardins de Alfea, como fadas novas, roupas novas e magia pura.

— Sejam bem-vindas de volta – Bloom fala e todas sorriem para elas.

— É bom estar de volta – Stella fala e logo guarda suas asas, assim como sua transformação – não vai me abraçar, minha Rainha?

Clarissa sorri e corre até a irmã, assim como Charlotte corre até Aisha.

— Achávamos que estavam mortas – Clarissa fala – pensei que tinha perdido minha irmã caçula.

— Estou aqui e não irei a lugar algum – Stella fala com um sorriso.

— Nabu, onde está? – Aisha pergunta olhando ao redor.

Charlotte olha para Bloom que assente.

— Está na terra, parece que há uma fada perdida – Charlotte fala e Aisha assente.

— Bloom – Tecna chama – precisamos nos reunir antes de começar a mudar tudo por aqui.

Bloom assente e elas se encaminham para um lugar mais reservados, Daphne agora fazia parte do conselho de professores de Alfea, por isso ficara com Faragonda e os outros.

— Você acha que estamos prontas para isso? – Charlotte pergunta e Clarissa assente logo mostrando uma bolinha de luz – você consegue fazer magia?

— Somos semideusas Charlotte, podemos fazer tudo – Clarissa fala – ela consegue nos enfraquecer, mas com um pouco de treino podemos ficar mais forte do que éramos.

Charlotte sorri e assente. As duas haviam sido enviadas pelos deuses ao mundo das fadas, Charlotte havia sido fruto de Hera e Poseidon e Clarissa, fruto dos irmãos Apolo e Ártemis, mas não como filha, e sim esculpida das suas magias.

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