Tudo o que ele sempre quis. escrita por Mia Castle


Capítulo 5
Eu ainda estou viva.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a grande demora, essa fic ela tem um toque de drama total e é uma trabalheira danada para ter inspiração. Graças a Deus ela veio, enfim, espero que gostem. Nesse capítulo eles já estão mais próximos. (((:

Ah e o grupo do facebook está aqui, entrem lá. Tá rolando em desafio. Espero vocês.

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E Bí. Obrigada pela sua ameaça, foi ela que me inspirou a escrever. Beijooos.



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Eu estava começando a me sentir melhor depois de tudo o que aconteceu, parece que chorar me fez bem. Eu resolvi que ia procurar ajuda profissional, e que não ia mais ficar me lamentando pelos cantos sobre a morte de Peter, eu ainda estava viva.

–Oh magrela, o que você acha de uma viagem a Buenos Aires? –León disse aparecendo na porta do meu quarto.

–Por que Buenos Aires? –Eu perguntei.

–Peter tinha muitos negócios por lá, e um dos sócios que o ajudava com os planos dele é de lá. –Ele disse.

–Pode ser uma boa, mas nós iríamos quando? –Perguntei.

–Semana que vem. Eu deixo tudo preparado, compro as passagens e nós vamos. –Ele disse.

–Tudo bem. –Eu disse.

–Bom, eu vou fazer uns telefonemas. –Ele disse indo embora.

León era o meu refúgio desde então, eu estava morando na casa dele ainda, uma coisa que eu não queria era voltar para a minha casa, o vazio da minha casa. E eu nem precisei pedir isso a ele, foi o próprio que tomou a atitude e me chamou para ficar por lá com ele. O único problema é que eu estava cada vez mais dependente dele, ele ficava comigo as 24 horas do dia, e eu agradecia por isso, mas a minha dependência só crescia, eu já não ia mais na rua sem ele, tampouco ficava em casa sozinha, e um hábito que se instalou sobre nós foi o de andar de mãos dadas, sempre que saíamos de casa ele entrelaçava os seus dedos no meu, e assim pelo resto do dia.

–Você precisa parar com isso Violetta, ele não vai ficar para sempre contigo, um dia ele vai formar uma família e vai te deixar, e você vai ficar como? Chorando em um canto? É, proposta tentadora. –Eu disse a mim mesma e me joguei de costas na minha cama.

–Vilu, eu vou na rua. Quer ir? –Ele apareceu na porta do meu quarto arrumado.

–Eu quero. –Disse sem nem pensar e me levantei correndo até o armário.

–Vou te esperar lá em baixo. –Ele disse e saiu.

Procurei rapidamente uma roupa qualquer e me vesti, depois dei um jeito no meu cabelo e passei uma maquiagem de leve só para disfarçar as minhas olheiras, calcei os sapatos e desci.

–Tudo bem, eu vou estar ai em menos de 20 minutos. –León estava ao telefone.

–Estou pronta. –Eu disse.

–Está linda. –Ele disse e eu corei e sorri, era sempre assim, ele sempre me fazia sorrir.

–Aonde vamos? –Perguntei.

–Resolver uns problemas da empresa, parece que alguns sócios do Peter querem saber com quem vai ficar as ações. –Ele disse.

–E os pais dele estão resolvendo isso? –Eu perguntei.

–Ai é que está ele deixou isso em nossas mãos. Só eu e você podemos decidir com quem vai ficar as ações. –Ele disse me olhando.

–E você já sabe o que vai fazer? –Eu perguntei.

–Tenho uma pequena ideia. –Ele disse e sorriu.

–Então vamos? –Eu disse e fui em direção a porta.

–Vamos. –Ele disse me seguindo.

Entramos no carro dele, eu nunca mais dirigi, nem mesmo toquei em um volante. Os traumas pela morte de Peter foram bem grandes, e só de lembrar que ele morreu em um acidente de carro eu me arrepiava toda. Era uma das minhas torturas, entrar no carro com León e ir para onde quer que fosse eu tinha medo por mim, e principalmente por ele.

–Relaxa. –Ele disse pegando a minha mão e entrelaçando na sua, descansou nossas mãos em minha perna e voltou sua atenção ao trânsito.

Menos de 20 minutos se passaram quando estacionamos em frente à empresa de Peter, eu adorava aquele lugar, tinha muitas amigas ali, tinha dias que passava a tarde inteira lá, jogando conversa fora com as meninas. Mas no momento me parecia o lugar mais aterrorizante do mundo. Fiquei perdida em pensamentos desse gênero até a minha porta se abrir e um León sorridente me encarar. Sorri de volta e ele me estendeu a mão, me ajudando a sair do carro.

–Com licença majestade. –Ele disse e fechou a porta.

–Majestade? Gostei disso. –EU disse rindo.

–Pois é, viu só né. –Ele disse entrelaçando seus dedos aos meus novamente. Quem olhasse de longe sem duvidas pensaria que nós éramos um casal feliz, por nossas mãos juntas, por nossos sorrisos e principalmente pela confiança que nós passávamos um para o outro, eu me sentia melhor com o León do que muitas vezes me senti com o Peter, e isso era fato comprovado, mas eu não amava menos o Peter por isso, na verdade, eu amava cada dia mais o Léon.

–Quem vai estar ai? –Eu perguntei.

–Todo mundo. Vou te pedir uma coisa, eles estão sedentos por essas ações Vilu, e já sabem que só eu ou você podemos resolver tudo, então, por favor, não de atenção para o que nenhum deles disser. –Ele disse sério.

–Eu posso fazer isso. –Eu disse e sorri.

–Faz por mim. –Ele disse e me deu um beijo na bochecha.

Entramos na empresa e todos ali trabalhavam como se nada tivesse ocorrido, mas eu também não podia cobrar isso deles, Peter era da minha família e não da deles. Algumas pessoas nos encaravam como se fossemos aberrações, com certeza o boato já tinha corrido por ali.

–Tem algo errado comigo? –Perguntei a León.

–Não. Óbvio que não. –Ele disse me encarando em duvida.

–Todos estão me encarando. –Eu disse.

–Todos sabem o que aconteceu Vilu, uns te olham surpresos por você ter aparecido aqui, e outros te olham para tentar ver como você está sofrendo. E você, como a mulher forte que é, vai sorrir e acenar para todos eles. –Ele disse e apertou minha mão carinhosamente. E foi exatamente o que eu fiz, botei meu melhor sorriso falso no rosto e mirei todos eles, e num gesto curto acenei.

–Que tal? –Perguntei.

–Foi ótimo magrela. –Ele disse.

–Para de me chamar de magrela. –EU disse dando um soquinho no ombro dele.

–Impossível, é mais forte que eu. –Ele disse e gargalhou me fazendo gargalhar junto também. Olhos curiosos se voltaram para nós e ele me encarou como se me dissesse que eu estava me saindo muito bem. Se havia uma coisa que eu aprendi muito bem com o Peter, foi que nossa fraqueza a gente só demonstra para quem nos ama, fora isso, o menor sinal de tristeza poderiam usar contra nós. Ouvi um bip e a porta do elevador se abriu.

–Vamos. –Eu disse entrando no elevador sem soltar a mão de León.

–Olha o que você me prometeu. Nem ouve o que eles falam, da uma de surda. –Ele disse.

–Tudo bem. –Eu respondi.

–Eu vou ficar do seu lado, segurando a sua mão. E me escute, se tiver algo que você não concorde avise. –Ele disse e me deu um beijo na testa.

–Eu te adoro. –Eu disse e o abracei, senti ele corresponder o abraço e aproximar a boca do meu ouvido.

–Te amo. –Ele disse e a porta do elevador se abriu, saímos de mãos dadas novamente e andamos em direção a grande sala de reuniões. Eu nunca fui vingativa sabe, mas eu sabia muito bem quem era quem ali, e eu teria o prazer de ferrar um por um.


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Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam.
Byee.