Tudo o que ele sempre quis. escrita por Mia Castle


Capítulo 3
A descoberta.


Notas iniciais do capítulo

Heey. Enfim, eu estou mega feliz pelos comentários que recebo nessa aqui também, o mesmo carinho que vocês tem com "Algo que se puede empezar" vocês estão criando por "Tudo o que ele sempre quis." E eu amo todos vocês (((((:



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León POV. On

1 semana havia se passado desde que tudo tinha acontecido, Violetta estava praticamente morando na minha casa, ela quase me implorou por isso, disse que ajudava com tudo que eu precisasse mas pediu por favor para não ter que voltar para sua casa. É claro que eu deixei, eu não seria louco de negar afinal, sei como ela deve estar se sentindo e tanto para ela quanto para mim ficar sozinho seria como cometer suicídio.

–León, precisamos fazer compras. –Violetta disse parada na porta da cozinha.

–Sim, eu sei. Mas eu odeio mercados. –Eu disse.

–Prefere morrer de fome? –Ela perguntou.

–A gente vai no mercado, mas relaxa que da para ir mais tarde. –Eu disse.

–Pois então eu vou na rua comprar algo para eu comer. –Ela disse.

–Está bem. –Eu disse.

–Quer que eu traga alguma coisa para você? –Ela perguntou.

–Não, eu me viro aqui. Leva um casaco okay, está congelando lá fora. –EU disse.

–Tudo bem. –Ela disse e quando ia saindo a campainha tocou.

–Só me faltava isso, um frio congelante desses e tem gente querendo vender coisas na porta. –Eu disse e me levantei caminhando até a porta e logo sentindo Violetta parar ao meu lado.

–Boa tarde Senhor Vargas? –O carteiro disse, o que o carteiro queria comigo, todas as minhas cartas chegavam na casa da minha mãe.

–Sim sou eu. –Eu disse.

–Eu tenho uma carta para o senhor. Pode assinar aqui para mim? –Ele disse.

–Sim, eu assino. –Eu disse e depois de assinar entrei em casa com um envelope preto em mãos.

–O que é isso? –Violetta me perguntou.

–Não sei, mas vou descobrir. –Eu disse abrindo o envelope. Por fora do papel tinha em letras garrafais uma OBS bem grande. “Leia junto com Violetta.”

–É a letra do Peter. –Ela me disse.

–Sim, eu sei. Você quer ir na rua primeiro? –Eu disse.

–Não, perdi a fome. –Ela disse e se sentou ao meu lado.

–Tudo bem, vamos ler. –Eu disse desdobrando o papel.

“Espero que estejam lendo juntos, o que eu vou escrever é para os dois. Eu sei que deve estar sendo dose para vocês, acreditem para mim também foi, devem estar confusos, pois eu vou explicar. A alguns meses atrás eu descobri uma doença no coração, meu coração parava de bater do nada por poucos segundos e depois voltava normalmente, mas dependendo do esforço que eu fazia ele podia não voltar, eu procurei muitos médicos, fiz muitos tratamentos mas quanto mais tempo passava ele parava por mais segundos, o médico sugeriu que eu me internasse para eles estudarem o caso e controlarem as paradas, mas eu não servia para estar em um hospital, deitado em uma cama, sem viver. Você se lembra Vilu da nossa última viagem? Foi minha despedida, eu não poderia partir sem te mostrar o quanto você era importante para mim, eu não podia te deixar sem nenhuma explicação. Eu espero que tenha ficado bem claro na nossa viagem o quanto eu te amo. León, eu lembro bem, a uns dois meses atrás que eu cheguei com um papo estranho para você, pedindo para se recordar da promessa que tínhamos feito quando tínhamos 15 anos, e pedindo para você me prometer de novo. Eu precisava ter certeza de que Violetta estaria bem. Eu me lembro quando eu a conheci, você falava tanto dela que mesmo sem nunca ter visto eu poderia reconhecê-la na rua. Eu não fui muito justo com você, pois eu sabia o que você sentia, e mesmo assim eu pensei mais em mim, eu não merecia toda essa admiração que você tinha por mim cara, eu menti tantas vezes, eu te escondi coisas importantes enquanto você sempre me contava tudo. Eu não poderia ir sem fazer você entender que por mais injusto que eu tenha sido você era o meu irmão. Irmão de coração, de alma, irmão melhor que muito irmão de verdade por ai. O médico me disse que se eu não fosse ao hospital me internar meu coração poderia parar de vez e eu sabia que seria inevitável. Eu não sei como vou morrer, se vai ser em casa, no trabalho, na rua, mas eu espero que não seja com perto de nenhum de vocês dois. Eu tenho uns pedidos a fazer.

1- Violetta, quero que você volte a fazer suas aulas de canto. Até hoje não sei porque parou, você canta com tanto amor, tanta paixão. Quero que me prometa que vai voltar.

2- León, quero que você volte ao Motocross, sei da paixão que tem e o quanto adora correr de moto. Mas tenha juízo em cara.

3- Gostaria de pedir aos dois que realizassem uns dos meus maiores desejos, eu sempre tive muitos planos para ajudar a todos, mas esse era um dos maiores.O colégio de artes para crianças sem condição, vocês nem imaginam quanto de arte existe no mundo, no tempo que passei viajando eu pude descobrir que todos temos um artista dentro de nós, seja no canto, na dança, no desenho, na pintura enfim, eu quero que vocês ajudem a descobrir crianças que não tenham condição, mas tenham talento de sobra.

E por último, esse é especialmente para você Léon.

Cuide dela para mim, cuide como se fosse sua própria vida, eu estarei muito infeliz se souber que Violetta está infeliz, cuide dela, proteja ela, faça ela feliz, eu sei que você pode e sei que ela é tão importante para você quanto era para mim.

Não quero que ninguém se culpe por isso tudo bem? Coisas assim acontecem o tempo todo, famílias passam por isso o tempo todo, e elas superam, e vocês vão superar juntos, como dois em um.

Eu amo vocês.

Peter”

Eu não tinha palavras, eu sequer tinha reação para o que tinha acabado de ler, Peter sabia que iria morrer e preferiu ficar sozinho. Ele sempre foi assim, nunca quis ver ninguém sofrendo e ele sabia que iria ser duro para nós ter que vê-lo tão incapaz em um hospital, mas esperar morrer para nos contar tinha sido muito injusto. Olhei Violetta e ela continuava imóvel olhando para o pedaço de papel em minhas mãos.

–Ele sabia que ia morrer. Não nos contou nada León, ele sabia, sempre soube. –Ela disse gritando.

–Calma Vilu, ele quis evitar que a gente sofresse, você sabe como era o Peter. –Eu disse.

–Eu não me importo com isso, eu queria que ele tivesse me contado, agora ele está morto León, morto. –Ela continuava gritando.

–Olha me escuta. –Eu disse me levantando e parando na frente dela.

–Eu não quero escutar, eu não vou escutar você defendendo ele, ele foi egoísta ele não pensou em mim nem em você quando decidiu que preferia morrer. –Ela gritava cada vez mais.

–Você vai me escutar sim. –Eu disse segurando pelos braços.

–Vai me dizer que sente muito? Pois eu não sinto nada. –Ela disse baixo e com magoa na voz.

–Não vou dizer que sinto muito, porque eu também estou odiando ele por ter feito isso. Mas já foi Violetta, acabou, vai ficar se lamentando, gritando gastando as suas forças por algo que já aconteceu? –Eu disse.

–Não é justo. –Ela disse e me abraçou.

Nada é justo Vilu. Mas eu vou cuidar de você. Eu prometi para ele, e eu vou cumprir. –Eu disse a abraçando de volta. Ele tinha sido egoísta sim, mas ele tinha me pedido para cuidar dela, e ela ia muito além da minha amizade com ele.


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Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam.
Daqui a pouco tem Algo que se puede empezar" (((:
Beijooos