Una lección de vida escrita por mywriterside


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Hey :)

Como sabemos, agora a Dani tá correndo contra o tempo, ele é precioso. Mas será ela capaz de suportar todo o tempo de espera? Vamos ver...

Boa leitura.



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Após toda a explicação do processo, Cecília conversou com o ginecologista e fez os exames para ver se estava apta para uma fertilização. Fernando fez o mesmo e, depois de todos os exames prontos, entraram no processo de toda a fertilização.
Madelaine ficou muito feliz com a decisão do casal, apoiou e ajudou em tudo. Duas semanas após a fertilização, veio o resultado positivo: Cecília estava grávida. A comemoração foi geral, e Daniela adorou saber que teria um irmãozinho, mas não se entusiasmou muito por estar bastante frágil. Cecília passou a ficar menos no hospital, mas ainda assim passava todas as tardes com a filha. Fernando foi o encarregado das manhãs e Madelaine passava a noite. Com a intensificação da quimioterapia junto à radioterapia, Daniela foi ficando cada vez mais fraca a cada sessão, o que deixava Cecília e Fernando mortos de preocupação da filha não aguentar. As esperanças estavam lá, mas eles sabiam muito bem que a doença era traiçoeira.
Era uma tarde ensolarada. Cecília folheava uma revista recostada no sofá da sala de estar de sua casa com sua barriga de cinco meses. Daniela estava dormindo em seu quarto e Madelaine havia ido à feira e não tinha voltado ainda. Até que ouviu-se um choro baixinho e Cecília rapidamente levantou os olhos da revista e pousou-os na figura parada na entrada da sala.

— O que foi, meu anjo? — se endireitou no sofá e chamou a filha com a mão, a menina aproximou-se e sentou ao lado da mãe — Sente alguma dor?

Daniela apenas balançou a cabeça em negativa.

— Então o que foi?

E a pequena apenas escorregou suas mãozinhas pálidas e magras pelas mechas do cabelo e as abriu no fim do processo, revelando uma quantidade grande de fios dourados. Cecília sentiu os olhos marejarem e viu a expressão da filha. A tristeza perpassava por seus olhinhos castanhos e opacos enquanto ela olhava com medo para suas mãos.

— Meu cabelo, mamãe. Tá caindo.

Cecília tomou a filha nos braços, que chorou ainda mais.

— Meu amor, essa é uma das coisas que aqueles remédios fazem em você. Mas isso não é uma coisa ruim que seu corpo está fazendo, é um processo natural dos seus fios. A mamãe vai cortá-los bem curtinhos para não caírem tanto, tudo bem?

— Mas mãe, eu gosto deles compridos. — choramingou se afastando dos braços de Cecília.

— Eu sei, filha. Eles vão crescer de novo. — limpou o rostinho da pequena — Lembra quando eu mandei cortá-los nos ombros quando você era pequena? E rapidinho eles estavam na cintura de novo? — Daniela assentiu — Então, vai crescer rapidinho.

— Tá bom. Eu corto.

Cecília chamou um cabeleireiro amigo de confiança e mandou deixar os cabelos da filha na altura das orelhas. Daniela chorou durante todo o processo, e Cecília chorou junto. Após o corte, o cabeleireiro a deu de presente um chapéu da Minnie que a fez sorrir um pouco.
Fernando chegou após o trabalho e elogiou a aparência da filha até não poder mais, e a pequena era só sorrisos para o pai. Ele lhe deu um beijinho de esquimó e Cecília a abraçou apertado antes de a colocarem na cama. O casal seguiu abraçados para o quarto e juntos dormiram, contentes por finalmente estarem podendo aproveitar a família e o amor que sentiam um pelo outro.
Na manhã seguinte, Fernando foi até o quarto da filha acordá-la para o café da manhã.

— Princesa, vamos acordar? — sussurrou perto de seu ouvido, mas Daniela nem se mexeu — Vamos, filha. Hora do café da manhã.

Daniela não acordava por nada. Fernando passou a mão por seu rosto e braços e constatou a pele dela muito gelada e meio azulada, assim como os lábios e as unhas, e o suor brotando na testa.

— Daniela? Pelo amor de Deus, Daniela, acorde! — a sacudiu e nada. Se desesperou — MADELAINE!

Madelaine irrompeu no quarto com Cecília logo atrás.

— O que aconteceu? — Madelaine perguntou. Cecília espelhava seu semblante preocupado.

— Daniela não quer acordar.

— O QUE? — Cecília gritou desesperada e correu para a cama — Filha, acorde, por favor.

— Vamos para o hospital agora! — Fernando exclamou.

Pegou Daniela nos braços e a levou escada abaixo. Já no carro, Madelaine segurava Daniela no banco de trás enquanto Cecília ia ao seu lado chorando copiosamente.

— Cecília, amor, não chore. Pense no bebê. — Fernando disse dirigindo a toda velocidade.

— É A MINHA FILHA EM PERIGO AGORA, CARAMBA!

Assim que o carro parou, Fernando pegou Daniela e entraram no hospital. A levaram até a emergência e Dra. Sofia veio examiná-la.

— Prepare uma bolsa de ar. — pediu à um dos enfermeiros — Preciso do Dr. Juan aqui.

Dr. Juan, compareça à emergência imediatamente. Dr. Juan, compareça à emergência imediatamente.”

Os alto-falantes anunciavam por todo o hospital. Cecília estava entre os braços do marido enquanto chorava e Madelaine tinha um terço envolto nas mãos. Dr. Juan chegou e se encaminhou até a maca de Daniela.

— O que houve?

— Insuficiência respiratória. Chegou desmaiada ao hospital. — disse um enfermeiro.

Dra. Sofia fez a oximetria de pulso e constatou a baixa quantidade de oxigênio no sangue.

— Ela precisa de oxigênio. A quantidade está escassa e pode não dar tempo. Temos que interná-la imediatamente.

Cecília, ao ouvir essas palavras, sentiu-se tonta e desmaiou nos braços do marido. O mesmo a sustentou e foi guiado por outro enfermeiro a colocá-la em uma maca. Madelaine ficou ao seu lado enquanto o enfermeiro a examinava e constatou que estava apenas sobrecarregada e por conta da gravidez desmaiou, mas acordaria em alguns minutos.

— Sr. Martínez, preciso que assine o termo de internação. — disse Dra. Sofia.

— Eu assino, mas o que houve com a minha filha? — perguntou desesperado.

— O sangue dela está com escassez de oxigênio. A falta dele no cérebro ocasionou o desmaio e precisamos interná-la imediatamente.

Foi uma correria. Enquanto Fernando assinava o termo, Daniela era encaminhada até a UTI e acometida a uma traqueostomia, que consistia em um orifício no pescoço até a traqueia, por onde se passava um tubo respiratório.
Quando Cecília acordou, ainda desnorteada, viu Madelaine sentada em uma cadeira ao seu lado. A mesma tinha os olhos vermelhos e inchados.

— O que aconteceu, Madelaine? — disse e fez menção de se levantar, mas se arrependeu quando sua cabeça latejou e levou a mão até ela.

— Não se esforce, Sra. Cecília. A senhora está grávida, não se esqueça disso. — disse ao se aproximar da cama.

— Cadê a minha filha? — perguntou consternada.

— A senhora precisa se acalmar primeiro...

— Não quero me acalmar, quero a minha filha! — interrompeu à babá.

Madelaine apertou-lhe a mão trêmula antes de falar.

— A Dani tá... — hesitou e suspirou — Tá na UTI.

— O QUE? UTI? Como assim? Não, não... Não é possível... — dizia torpemente — Por quê?

— Ela estava com dificuldade de respirar, precisa de ajuda e somente lá ela tem essa ajuda.

— Mas o que os médicos disseram? — perguntou já chorando.

— A única coisa que nos disseram foi que temos que ter fé, porque somente um milagre salva a Dani.


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Notas finais do capítulo

Confesso que foi bem difícil escrever esse capítulo, primeiro porque eu não aguento ver criança sofrendo T.T... Segundo, pelos termos médicos, foi uma estudada e tanto, como eu aprendi na época que escrevi essa história :)

Até a próxima, honeys



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