The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 33
Chapter Thirty One


Notas iniciais do capítulo

PRESTEM ATENÇÃO, POR FAVOR.
Eu tenho que pedir milhões de desculpas a vocês, eu não tinha percebido e ninguém tinha me avisado, mas eu pulei um capítulo, que bom que deu para corrigir o meu erro. Eu pulei do começo da entrevista deles direto para chegada deles em casa, sem colocar o conteúdo da entrevista.
NOVAMENTE MIL DESCULPAS E EU NÃO SEI COMO ISSO FOI ACONTECER.



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O Caesar desde o começo tem uma boa relação com o Peeta então eu fico meio esquecida por um tempo até que ele começa a fazer questões que me envolvem.

– Todos nós vemos o quanto vocês se amam, mas e quando esse amor surgiu? – eu gelo.

– Eu tinha cinco anos, ele estava indo para a escola com o pai, e meu pai a apontou e me disse que tinha sido apaixonado pela mãe dela quando era mais novo, só que ela tinha o trocado por um mineiro de carvão, eu perguntei por que e ele me disse que quando ele cantava todos os pássaros paravam para escutar. – ele sorria emocionado com a lembrança – E na classe a professora perguntou quem sabia uma canção e ela levantou a mão, quando ela cantou os pássaros também pararam para escutar e eu me vi completamente apaixonado por ela, que pena que demorou um pouco para ela me enxergar.

– Sério Katniss, e como você o percebeu? – pergunta.

– A minha irmã amava os bolos que ele fazia, e numa das vezes em que eu acompanhei para vê-los nós encontramos com ele, e ele foi tão gentil, pouco tempo depois eu comecei a ir com ele para a escola. Ele me encantou não muito tempo depois, ele era um bom amigo só que eu descobri que ele me amava e parece que algo dentro de mim estalou dizendo: Você também o ama. – eu coro um pouco – Não foi rápido assim, nós ainda ficamos uns tempos como amigos, mas depois parece que as coisas andaram rápido demais e nós já tínhamos a Pearl e estávamos casados.

Eu havia me saído melhor do que normalmente eu me sairia inventando uma mentira, mesmo que só metade fosse mentira, e eu estava muito orgulhosa de mim mesma. O Peeta também já que ele sorriu para mim e me apertou mais em seus braços.

– E como foi saber que você eram os escolhidos? – questiona

– A única coisa que eu não queria era ter que chegar ao final com ele e ter que mata-lo, eu esperava que um de nós já estivesse fora e que um de nós conseguisse ir para casa ficar com a Pearl. – suspiro – E depois eu me encontrei com o Peeta e ele estava decidido a me mandar para casa.

– E porque vocês fizeram aquilo com as amoras no final, se queriam que um dos dois voltasse para casa e ficasse coma filha de vocês? – ele estava me pressionando e lagrimas chegaram aos meus olhos.

– Eu não podia, simplesmente não podia vê-lo morrer, no começo eu estava certa de que ele morreria antes ou eu morreria antes, e nós não teríamos que fazer ou sei lá ver, e veio a regra de que poderíamos vencer juntos, e minha mente e meu coração já tinham certeza de que nós iriamos para casa. – as lágrimas começaram a escapar – Chegar ao final e ter que mata-lo, mesmo que indiretamente, eu não conseguiria. Eu iria morrer com ele de qualquer forma, ele é um pedaço muito grande de mim, da minha vida. Metade das coisas que eu faço no meu dia o tem comigo, e... Eu não conseguiria.

Eu escondo a minha cabeça na curva do seu pescoço sem consegui falar mais, e ele conclui para mim.

– Muita gente deve pensar que eu fiquei com a parte mais difícil, que era morrer, mas estão enganados. Eu fiquei com a parte mais fácil, eu só iria protegê-la e ela voltaria para casa, para ver todos os dias a nossa filha que tem os olhos parecidos com os meus, a Pearl só dormia comigo. Ver o meu pai, que também se parece comigo. Viver na mesma casa, continuar fazendo as mesmas coisas, sabendo que um dia eu passei por ali, as minhas roupas. – ele suspirou – Tudo que nós queríamos era ficar juntos, e nós achamos que conseguiríamos isso e do nada nós temos que escolher um dos dois para morrer. Não era possível.

– Entendo.

Como nós estávamos falando de morte, ele engata a conversa alando sobre tudo o que sofremos de ferimentos na arena, mas aí o Caesar fala sobre a “nova perna”.

– Que “nova perna”? – pergunto e levanto a barra da sua calça. – Peeta?

Quase grito quando vejo que ele estava usando uma prótese de metal e plástico.

– Ninguém te contou – o Caesar pergunta.

– Não. – falo lançando um olhar acusatório para o Peeta.

– Eu não tive tempo, ok? – o Peeta fala se defendendo.

– Você teve tempo. – mas não era isso que eu pensava – A culpa foi minha, eu coloquei o torniquete. Peeta me desculpe.

– Ei, não foi sua culpa, se você não tivesse feito aquilo eu provavelmente nem estaria aqui hoje. – ele fala delicadamente.

– Sim, é verdade, provavelmente ele teria sangrado até morrer se não fosse por isso. – o Caesar fala e eu estremeço.

Agarro-me ao Peeta e permaneço quieta até o final da entrevista. E não estava tranquila até alcançar o Haymitch e ele me dizer que tinha sido perfeito, ai eu solto a respiração que nem sabia que estava presa. Eu me despeço do Cinna e da Portia rapidamente e ele me entrega o broche do tordo. E somos escoltados até o trem em um carro de janelas escuras.

O trem começa a se movimentar e nós vamos jantar e assistimos a entrevista. Eu vou para o quarto antes que termine e o Peeta me acompanha, eu tomo um banho e quando me olho no espelho eu vejo pela primeira vez em mim a verdadeira Katniss, quando eu saio o Peeta entra no meu lugar. Eu me enrosco na cama esperando o Peeta voltar, e quando ele volta, eu o abraço.

– Eu estava com saudade de te ver assim. – ele fala. – Essa é a minha Kat, você estava muito bonita arrumada, mas eu te conheci assim.

Ele me faz rir.

– Eu te amo mais só por você dizer isso. – digo – Eu também estava com saudades da verdadeira Kat.

Agora quem ri é ele.

– Porque você não me contou que tinha perdido a sua perna Peeta, você teve tempo. – eu digo séria.

– Eu só queria te ver Kat, o Haymitch desde cedo estava fazendo de tudo para que a gente não se encontrasse, eu só queria sentir você em meus braços novamente, eu sabia que não iria conseguir dormir sem você. – responde.

– Eu continuo com medo. – falo

– Eu sei, eu não imaginava que o que a gente fez iria trazer tantas complicações. – diz – Só que eu não me arrependo.

– Nem eu, com você tudo é mais fácil. – ele me aperta mais em seus braços.

– Eu te amo. – ele sussurra.

– Eu também te amo. – ele me beija.

– Boa noite Kat. – fala.

– Boa Peeta.

Rapidamente eu pego no sono.

“Estávamos eu e o Peeta, o olhando eu percebi que estava diferente parecia mais velho, seus cabelos loiros estavam com alguns fios grisalhos, seus olhos eram os mesmos azuis de sempre, só que seus olhos estavam com algumas rugas de preocupação em volta. Sua aparência era de medo uma preocupação profunda, eu não sabia o porquê, mas até a minha postura mostrava que eu também estva preocupada, minha mão agarrava a do Peeta e me mantinha colada a ele.

Involuntariamente meus olhos esquadrinharam o ambiente e se deterão em dois olhos azuis bastante conhecidos, os olhos azuis parecidos com os do Peeta, os olhos da Pearl, ela estava maior talvez com uns doze, treze anos, provavelmente a sua primeira colheita. Ela estava muito parecida comigo, seus cabelos pretos compridos trançados, só a sua roupa era um pouco melhor, o que era normal nós éramos vencedores dos Hunger Games ficamos ricos, mas não temos poder algum em impedir a nossa filha de ser escolhida. Lagrimas chegaram aos meus olhos e escorriam pela minha bochecha, o Peeta me virou para ele e me abraçou.

– Vai ficar tudo bem. – ele sussurrou para mim.

Mas nem a sua voz me deixou mais tranquila ela era filha de dois vencedores as suas chances de entrar no jogo eram duplicadas, principalmente de vencedores que mudaram as regras.

Eu vejo com temor uma mulher que não é Effie Trinket se encaminhar para o globo que contem o nome das meninas e retira um papel, por um momento eu me lembro do meu nome sendo chamado, todo o choque e a certeza de morte que eu tinha, meu choro se torna um pouco mais pronunciado quando ela volta para o microfone.

Pearl Mellark!

Ela nos olhou e começou a chorar, como sempre as meninas que estavam com ela abriram caminho e ela começou a andar para o palco, o Peeta ainda estava com os braços a minha volta, mas eu me desvencilhei dele e comecei a correr em direção a ela o Peeta vinha atrás tentando me segurar.

– Pearl, não! – antes que eu pudesse alcança-la o Peeta me impediu.

– Olhe para mim, nós vamos tirá-la de lá ok? – ele falava me prendendo em seus braços – Ela vai voltar para a gente.

Ela não iria, ela não iria!”

Eu acordo gritando e tentando me soltar, minhas pernas ainda se movem como se eu pudesse alcança-la e impedir que ela vá para os jogos. Só me acalmo quando a voz do Peeta chega aos meus ouvidos.

– Ei, se acalme Kat, foi só um pesadelo. – ele sussurra – Você quer me contar?

Eu balanço a cabeça em sinal afirmativo várias vezes antes que eu consiga falar.

– Ela foi escolhida Peeta, ela vai ser escolhida Peeta. – ele parece não entender – Nós ganhamos. E as chances de ela ser escolhida é muito maior.

Ele franze o cenho pensando na minha lógica, aparentemente ele não acha nenhuma solução.

– Nós agora somos os mentores Kat, eu não sei se daqui até que ela tenha idade para entrar nos jogos nós ainda seremos, mas provavelmente farão qualquer coisa para ela ganhar sendo a nossa filha. – ele suspira – Isso não me tranquiliza, só que é a única coisa que temos para nos ajudar nesse momento. Não que eu tenha certeza que ela vá entrar nos jogos, nós faremos qualquer coisa para que isso não aconteça, e se ela entrar nós a faremos ganhar.

– Não é tão fácil assim, como você fala. – eu digo um pouco mais calme.

– Eu sei Kat, mas de que adianta ficar tão nervosa agora se ela não tem nem um ano. – é verdade – E se você for ficar mais tranquila treine ela quando chegarmos em casa, não que eu ache isso certo. Só que agora nós realmente não podemos fazer nada. Quer dizer podemos, voltar a dormir e descansar para chegar em casa e cuidar dela. Eu não vejo a hora de vê-la.

– Eu também, será que ela cresceu muito? – pergunto

– Acho que não, ela provavelmente vai ser a sua cópia. – eu sorri – Tirando os olhos, claro.

– Sim, mas parece que ela vai ser uma mini padeira. – eu falo rindo e ele me acompanha.

– Não sei, se nós levarmos em conta os dotes culinários da mãe e parece que ela prefere fazer bagunça do cozinhar.

– Ei, eu sou muito boa na cozinha. – me faço de ofendida.

– Sim, talvez fazendo sopa. – ele continua a debochar.

– Certo Sr. Mellark quando você precisar da minha ajuda na cozinha com a Pearl não me chame mais, o senhor é muito bom sozinho. – digo fingindo estar irritada.

– Não, não, eu sempre preciso de você. – ele fala rindo da minha falsa imitação. – Eu acho que nós devíamos voltar a dormir.

– Eu não tenho mais sono. – falo – Na realidade, eu não quero dormir.

– E se a gente saísse um pouco? – pergunta.

– Não, só fique aqui comigo. – ele assente e me aperta em seus braços.

Depois de alguns minutos eu percebo que ele dormiu, ele parece tão bem agora, só de lembrar a forma agoniada com que ele dormia e como ele tremia com a febre, eu me arrepio. Eu coloco as minhas mãos no seu cabelo sem querer acordá-lo e começo a fazer um carinho, com esse movimento constante os meus olhos pesam e eu acabo dormindo novamente.

À tarde o trem faz uma parada para reabastecer e nós podemos andar ao lado de fora.

– Essas são iguais as da floresta. – o Peeta fala.

– Sim.- confirmo e ele colhe algumas para mim.

– Uma lembrança de casa, nós estamos cada vez mais perto. – ele me entrega o buquê e eu o beijo.

O Haymitch nos interrompe, chegando por trás de mim e me assustando.

– Vocês estão de bom trabalho, a entrevista deu uma acalmada na Capitol e em quem pensava em vocês como rebeldes. – diz – Só é continuar assim, vocês não precisam realmente fingir há sempre todo esse amor que vocês têm um pelo outro, mas um cuidado para não cometer outro deslize como esse durante a Turnê.

A Turnê dos Vitoriosos ocorria poucos meses antes dos Hunger Games, e o vencedor – no nosso caso, os vencedores – percorria todos os Distritos fazendo discursos e homenageando os outros tributos que morreram. Era mais um lembrete da Capitol de que você não deixa de estar sob a vigilância deles, para nós principalmente.


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Notas finais do capítulo

EU VOU REPOSTAR TODOS OS CAPÍTULOS AGORA OK?
EU SÓ NÃO PODIA DEIXAR AS COISAS ERRADAS E ESPERO QUE VOCÊS ENTENDAM.