The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 20
Chapter Eighteen


Notas iniciais do capítulo

Então, eu fiquei com um pouco de medo de postar esse capitulo, é tanta expectativa para saber da entrevista que, bom, eu não quero decepcionar vocês. Por favor, digam o que pensam independente de qualquer coisa, ok?



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Acordo com uma serie de barulhos, que eu descubro ser o Peeta falando com alguém.

– Não, eu não vou sair. – ele falava com o meu time de preparação – Não enquanto ela não acordar.

Ele tentava convence-los a deixa-lo no quarto, eles o empurravam e ele nem saia do lugar, era cômico.

– Tudo bem, eu já acordei, o deixem falar comigo que ele já sai. – me sentei na cama.

– Bom dia Kat. – ele me beijou, não nos veríamos por um bom tempo, eu sentiria a sua falta. – Eu vou indo antes que eles comecem a me bater. Eu te amo.

– Eu também te amo. – o abracei mais uma vez e o deixei ir.

A equipe nos olhava petrificados, eu acho que eles já sabiam que nós dois estamos juntos, mas para eles ainda deve ser uma surpresa.

– Bom, vamos ao trabalho? – falo para fazê-los se mexer, e antes que possam falar algo, eu não preciso de pena nesse momento.

Então, até o final da tarde, eles trabalham na minha pele, deixando a lisa e macia, pintando um padrão e chamas nas minhas unhas. Venia faz uma trança elaborada na minha cabeça que cai de lado no meu ombro direito, refazem os traços do meu rosto, olhos marcados, cílios longos, boca vermelha e cheia. No final eles jogam um tipo de pó dourado no meu corpo.

Cinna entra com o vestido, só que eu não o vejo já que está coberto.

– Surpresa? – eu indago e ele assente.

– Feche os olhos. – eu obedeço.

Eu sinto o tecido deslizar pelo meu corpo, a alguns minutos de ajustes até que eu esteja com os saltos. E pronto.

– Posso? – pergunto.

– Sim.

A mulher que eu vejo no espelho não é a Katniss, não a que eu conheço. Essa é fogo. O vestido era fogo puro, com joias incrustadas de tons de vermelho, laranja e azul, que deixava o vestido com desenhos de chamas.

Eu não estou bonita. Eu não estou linda. Eu estou tão radiante quanto o sol.

– Muito obrigada Cinna. – ele dispensa a equipe.

– Não foi nada. – ele segura as minhas mãos – Como estamos com a entrevista?

– Nervosa. – falo

– Não fique. O Haymitch disse que era para você ser amigável. – ele falava calmamente – Então você só tem vê-los como um de nós, você é amigável comigo, aja como se eles fossem uma pessoa que você gosta. Só que não se esqueça de ser você mesma, nada falso, nós gostamos de você desse jeito.

Ele consegue me tirar um sorriso. E vamos para a entrevista, nós nos encontramos com os outros no elevador. E o Peeta está realmente incrível, seus olhos brilham como todas as vezes que me vê. Ele esta charmoso com um terno preto desenhado com chamas.

– Isso mancha? – ele pergunta a Cinna do meu batom.

– Creio que não. – Cinna responde com um sorriso divertido.

O Peeta me abraça e me dá um selinho, o suficiente para me fazer aquecer e me sentir em paz.

– Guardem um pouco desse mel para a entrevista. – não seria o Haymitch se não fosse irônico.

O elevador se abre antes que o Peeta possa responder, ele entrelaça as nossas mãos e seguimos com os outros tributos para o palco. Onde todos ficam sentados formando um arco, eu sou a penúltima, o que significa que eu tenho que ver todos os tributos passarem, ver o quanto todos são sensacionais e divertidos.

O apresentador Caesar Flickermam, é realmente bom, ele consegue fazer com que o que você diz seja memorável só pela forma com que reage. Ele aquece a plateia com uma série de piadas e chama a garota do Distrito 1.

Com sua roupa dourada transparente, loira de olhos verdes, ela é sexy. O garoto do Distrito 2 é extremamente cruel. A garota ruiva, com o rosto de raposa do Distrito 5 é dissimulada. A Rue usa um vestido com asas, Caesar é doce com ela e a questiona sobre as suas habilidades.

– Eu sou muito difícil de capturar. – sua voz soa nervosa – E se não conseguirem me pegar, não conseguem me matar. Então não descarte.

– Eu não iria nem em um milhão de anos! – diz Caesar.

O garoto do Distrito 11, Tresh, é rude e mal-humorado, apesar dos esforços dos Carreiristas para que se juntassem a eles, ele se manteve solitário.

E agora é a minha vez.

Ele começa com uma pergunta fácil.

– Bem, nós sabemos que o Capitol é bem diferente do Distrito 12. O que você mais gostou aqui?

Seja amigável, o que eu gosto aqui? Nada, mas...

– O cozido de carneiro. – eu consigo uma risada da plateia.

– Sim, ele é realmente muito bom. E o que você sente falta de casa?

Eu não podia falar da Pearl, então falaria da Prim.

– Da minha irmã.

– A que se agarrou em você na colheita. – eu só concordo com um aceno. – Creio que ela foi se despedir, ela te disse algo?

– Sim, ela pediu que eu tentasse voltar para casa. – me forço a falar.

– Eu vejo que você está realmente tentando, o que foi aquele onze? – ele se vira para mim curioso – O que você fez?

– Com certeza algo inédito. – eu lhe lanço o meu melhor sorriso malicioso.

– Tão inédito quanto a sua estreia, acredito. Garota você pega fogo. – ele conseguiu me fazer rir.

– Eu estava com medo de acabar me queimando, mas não seria nada menos que chocante vindo do Cinna. – mostrei o vestido que usava – Olhem para isso, não é deslumbrante?

– Oh, por favor. – ele faz um sinal de que eu deveria me levantar e mostrar o vestido.

Eu levanto, e giro, a plateia grita animada, mas o meu tempo havia acabado.

– Essa foi Katniss Everdeen, a garota em chamas do Distrito 12. – todos aplaudem.

Dirijo-me ao meu lugar me sentindo feliz pelo meu feito, e o sorriso orgulhoso do Peeta me diz que eu realmente fui bem. Ele vai até o lugar em que eu estava, metade da entrevista ele passa fazendo graça, todos riem, ele conversa com o Caesar como se fossem velhos amigos.

– Todos nós temos uma duvida, - ele faz uma pausa para dar um ar de suspense – você parece muito próximo a Katniss.

No telão aparecem imagens de nós dois abraçados na colheita.

– Bem mais que próximos na verdade. – ele começa a mexer na aliança, fazendo com que certa atenção fosse chamada para o anel.

– Como assim? – ele tenta tirar a informação, mas o Peeta se mantem misterioso.

– Nós temos uma ligação que nunca pode ser dissolvida. – vejo que ele fala de Pearl, quando seus olhos mostram dor.

– São parentes – eu rio.

– Oh, não, ainda bem que não. – o Peeta também se diverte.

– O quê então? – pela primeira vez vejo o Caesar perde a postura profissional.

– Bem, - o Peeta se faz de relutante – nós somos casados há algum tempo. – eu ouço a plateia arquejar com a revelação. – Nós invertemos um pouco a ordem das coisas o que nós trouxe uma pequena surpresa.

– Surpresa?

Eu vejo a sua relutância em falar da Pearl, ele tem tanto medo dessa exposição quanto eu.

– Sim, a Pearl. – ele faz uma pausa – A nossa filha.

De repente toda a graça foi embora, todos fazem silêncio e observam a dor do Peeta, a minha dor.

– Oh, bem um de vocês ainda pode voltar. – o Caesar tenta o consolar.

– Sim, ela vai. – ele fala determinado, deixando claro a sua intenção de me levar para casa.

Seu tempo acaba e estão todos tão surpresos, que nem o Caesar fala nada enquanto ele se afasta. Quando ele está próximo a mim, não sei por que, mas eu me levanto, o Peeta me abraça e me dá um selinho.

Dessa forma conquistamos a plateia, somos inesquecíveis, o casal em chamas, amantes desafortunados do Distrito 12.


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Notas finais do capítulo

Para me defender se realmente ficou ruim, eu tenho que dizer os meus motivos.
Vocês viram que eu aproveitei muito da verdadeira entrevista da Katniss, ela não é boa com palavras e parecer amigável para ela é um desafio, fazer ela falar mesmo que coisas simples e sem se expor tanto é o máximo que tiraríamos dela.
Já o Peeta mesmo bom com as palavras, também não é fácil para ele expor a Pearl, ele sabe que agora o Capitol pode usa-la para os manipular. Ele faz graça e deixa até o Caesar surpreso, para mim o final foi o melhor. Imagine a cara deles depois do beijo. Me digam o que pensam, eu vivo disso, mesmo que seja horrível e que vocês acharam o capitulo péssimo.