The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 16
Chapter Fourteen


Notas iniciais do capítulo

ANDRESSA LAVIGNE!!!
Você quer me matar, num dia favorita a fic, no outro faz essa recomendação espetacular, que palavras lindas, você realmente me deixou muito feliz e satisfeita tanto que eu postei esse capítulo.
E ele é todinho seu, em sua homenagem.
Muito obrigada, as suas palavras me tocaram e me deram um animo que você nem imagina.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/487590/chapter/16

Não me preocupei muito com o fato do Peeta ter me chamado de Sra. Mellark, porque não tinha pessoas perto o suficiente para ouvi-lo, nem fiquei chateada, ele me chamava tanto assim que deve ter sido involuntário. Então só corei com o seu comentário.

O lugar onde ficaríamos era uma torre, cada andar correspondia a cada Distrito, então o Distrito 12 ficava no decimo segundo andar que era o ultimo, a Effie nos guiava em tudo e se sentia extasiada, nos éramos os únicos tributos de sucesso que ela comandou. Por outro lado o Haymitch não havia aparecido desde o café, e a julgar pela cara do Peeta, quando perguntei por ele, tinha motivos para não aparecer tão cedo.

– Bem, não sei. – me respondeu a Effie – Mas eu prometo fazer com que ele os ajude com os patrocinadores quando chegar a hora, nem que eu tenha que arrastá-lo.

A Effie podia ser bem fútil, guiada pelas regras do Capitol, mas ela era bem determinada, se esforçava para manter tudo em ordem e perfeito, eu a admirava. Confesso que eu me sentia meio desanimada, de qualquer forma a apresentação de hoje não valeu de nada, o que adianta ter patrocinadores loucos para gastar seu dinheiro com você se você não tem um mentor apto a fazer negociações, porque se o discurso impressionante do Peeta não fez efeito nenhum no Haymitch, nada mais faria.

O nosso quarto – parece que eles entenderam que era inútil dar um quarto ao Peeta – era parecido com o do trem, só que esse tinha uma janela que mostrava qualquer parte da cidade que eu quisesse.

– O que é isso? – o Peeta perguntou se referindo ao chuveiro que tinha tantos botões quanto se pode imaginar – Eles não conhecem o conceito de básico nesse lugar.

Depois de lutar, consegui entender o suficiente para tomar um banho, não era tão ruim, ele fazia tudo por você, passava sabão, enxaguava, secava, e ainda desembaraçava os cabelos.

Não tivemos muito tempo a sós, fomos logos chamados para jantar. Na mesa encontramos Cinna e Portia, Effie e Haymitch, esse que estava surpreendentemente sóbrio e comendo, sem nenhum copo próximo.

Eu havia falado ao Peeta, que se ele queria que um de nós voltasse vivo ele teria que se controlar um pouco, então o jantar ocorreu tranquilamente, com todos falando da nossa estreia no desfile. Eu estava começando a ficar incomodada com a frieza do Haymitch, quando a minha aliança chama a atenção do Cinna.

Bonito anel, não sabia que ainda vendiam nos Distritos.

– E não vendem, é uma herança de família, eram dos avós do Peeta. – falo.

Ele parece surpreso.

– O que há com vocês, primeiro agem como se não se importassem com o fato de que um vai ter que lutar com o outro na arena, dando as mãos enquanto a maioria dos tributos nem se olham. – ele questionou – Agora um, tem coisas que pertencem ao outro.

Por um momento eu não soube o que falar, eu pensei que o Haymitch ou a Effie havia contado a eles, não esperava outra coisa depois da explosão do Peeta, mas eles também podiam não ter tido tempo.

– Eu achei que estivesse claro - o Peeta falou – você sabe o que é uma aliança.

– Sim, mas... – ele não sabia o que falar depois de perceber que havia o mesmo anel no dedo do Peeta.

– Mas é difícil de acreditar que duas pessoas que se amam, tenham que se matar na arena? – eu falei – Bem, para nós também é.

Eu não estava me preocupando com o fato de poder parecer rebelde, para mim eu só parecia uma menina inconformada, o que de fato, eu era.

O clima todo do jantar foi embora junto com a minha fome, e nós seguimos em direção à sala, para ver o desfile passar na televisão. Enquanto esperávamos ele começar, eu comecei a pensar em como a Pearl estaria.

– Eu sei que o meu pai prometeu cuidar dela, mas eu também não consigo parar de pensar em como ela está. – o Peeta disse, ele realmente sabia o que se passava na minha cabeça.

– Será que ela sente a nossa falta? Será que ela está sofrendo? – perguntei o olhando.

Ele me abraçou, não sabia o que falar, ou então não queria me dizer a verdade. Que sim, ela sente a nossa falta, sofre com a nossa ausência.

– Será que ela consegue dormir sem mim? – ele fez mais uma das perguntas que me atormentavam.

Nesse momento, todos já estavam ouvindo a nossa conversa.

– Quem é ela? – a Portia perguntou.

– A Pearl, a nossa filha. – respondi

– Filha? – ela arquejou, eu não esperava outra reação.

– Vocês realmente querem voltar para ela? – nós assentimos, eu sonhava com isso todos os dias – Eu tenho uma ideia.

Falou o Haymitch, no fundo eu sabia que as palavras do Peeta nunca falhavam. O começo da transmissão do desfile interrompeu qualquer que fosse sugestão que ele nos daria, eu havia me visto nos telões durante o desfile, mas eu não deixei de ficar admirada com o nosso desempenho, nós éramos dois sois que apagavam e cegavam os adversários, se continuasse assim, eu já estava com o pé em casa.

O Haymitch nos dispensou sem dizer mais nada, falando que éramos para nos preocuparmos com os testes primeiro e depois nos diria o que tinha em mente.

Nós teríamos três dias para treinar qualquer habilidade que tivéssemos numa sala de treinamento com os outros tributos, e no final nos apresentaríamos individualmente para os Gamemakers e eles nos dariam uma nota que iria de 0 a 12.

Apesar de curiosa para saber a ideia do Haymitch, eu consegui ficar mais tranquila.

– Você acha que ele realmente tem algo em mente? – o Peeta perguntou quando já estávamos na cama.

– Por quê? Você não?

– Não sei, eu tenho medo de criar expectativas e no final não sair do jeito que esperávamos. – ele suspirou – Pelo menos é isso que vem acontecendo.

– Eu quero acreditar, e ele parecia tão sério. No fundo, eu acho, que se eu não me prender a essa esperança eu vou acabar desabando.

Como resposta ele só me apertou mais em seus braços, ele estava ali para me amar e proteger. Sempre. Nem que para isso ele tivesse que morrer, infelizmente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Agradeço a todos os comentários também, e Ro_Matheus me desculpe eu e dei uma informação errada, eu falei que nesse capitulo seria o treinamento, mas é no próximo.
Eu não vou aparecer por aqui no feriadão, vou para a casa da vovó e lá não tem net, mas eu vou escrever muito, e trazer capítulos fresquinhos para vocês.