The Hunger Games : A New Beginning escrita por Mila Guerra


Capítulo 14
Chapter Twelve


Notas iniciais do capítulo

Eu tenho TRINTA pessoas acompanhando a minha fic, estou muito feliz.



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“Eu estava na praça, tinha muitas crianças em volta. O palco estava montado e em cima dele eu conseguia ver a Effie, andando em direção ao primeiro globo, o que escolhia as mulheres, eu sou chamada.

Quando eu estou subindo no palco, a Prim me agarra, os Pacificadores veem isso como uma ameaça e a matam. A minha mãe que segurava a Pearl vem para socorre-la, e os Pacificadores começam a atirar em todos.

No final, a praça está repleta de sangue e corpos, e eu estou no meio de tudo viva e estática.

A dor me assola quando eu os vejo, o Peeta morto numa posição que protegeria a minha mãe e a Pearl, mas que de nada adiantou. Eu tento alcança-los, chorar a sua morte, mas os pacificadores me levam para a sala da despedida. E não tem ninguém para se despedir de mim.

Vou para o Capitol e eles não mostram a imagem da colheita. Vou para arena e faço de tudo para morrer, mas eu não consigo e venço. Eu passo o resto da minha vida, com dinheiro, numa casa bonita, a casa que poderia ser nossa, a casa que o Peeta tanto sonha em poder dar a gente. Mas eu estou sozinha, num distrito vazio.”

É a primeira vez que eu acordo de um pesadelo, sem gritar, mas eu choro, choro muito. Sinto os braços do Peeta me apertarem e eu levanto a cabeça para encará-lo, sem realmente o ver.

– Eu estou aqui. Nada disso é real, é só um pesadelo.

– As imagens são tão fortes, tão verdadeiras.

– Eu sei. – ele fala, para a minha surpresa.

– Você também os tem? – eu nunca reparei se ele tinha pesadelos.

– Não, quer dizer, não com a frequência dos seus, mas eu os tinha. Na maioria das vezes eu me forçava a acordar, via que não era verdade, ou pelo menos tentava, e voltava a dormir. – explicou – Como devíamos fazer agora.

Eu não queria dormir, eu queria esquecer o dia de hoje, o lugar em que estávamos, para onde íamos.

Precisava dele, precisava do amor, do conforto, da paz que só ele me dava.

Eu o beijei, eu pensei que ele insistira na ideia de dormirmos, mas ele precisava de mim tanto quanto eu dele, e bem, nós nos completávamos, por uns minutos eu chego a agradecer ter ele aqui comigo. Porém tudo que eu queria era que nenhum de nós estivesse nessa situação, e me sinto egoísta por pensar em mim nesse momento, no quanto é bom tê-lo aqui sabendo que podemos morrer.

Eu havia ficado viciada em Peeta, então não demora muito para que nós tenhamos nos livrado das roupas, e estarmos unidos. Eu me pergunto se de alguma forma, um dia, essa vontade, e o amor que sentíamos um pelo outro, iria sumir. E sei que se depender de mim, não. Ainda me causava surpresa a forma como eu me desligava do mundo quando estava com ele, e se era isso que eu queria, esquecer, eu consigo novamente. Por essa noite, tudo que realmente importa é o Peeta, e se ele está aqui, os meu medos não existem.

Quando eu acordo, demora um pouco até que eu perceba onde estou, e reparo que o lado da cama esta vazio, todo esse tempo em que eu estava com o Peeta eu nunca havia acordado sozinha.

Só depois de um tempo eu percebi o barulho do chuveiro, fico mais tranquila. Tudo estava acontecendo muito rápido, e eu não queria me distanciar do Peeta. Ele saiu do banheiro com a mesma roupa de ontem, só que sem a camisa.

– Desculpa Kat, só que estava ficando tarde e você não acordava. – se explicou.

– Tudo bem. – ele se sentou na minha frente e me deu um beijo.

– Bem, eu tenho que trocar de roupa, vou ficar te esperando do lado de fora. – me deu outro beijo e saiu.

Eu me levanto e tomo uma banho rápido, visto uma roupa igual a de ontem e penteio os meus cabelos. Saio do quarto e o Peeta está lá, ele segura a minha mão e nós vamos para a sala tomar café.

É com surpresa que eu vejo o Haymitch a mesa, ainda sóbrio, mas a julgar pelo copo na sua mão não por muito tempo. Nós desejamos bom dia e começamos a comer, eu como um pouco menos que ontem, pois não quero passar mal. Por todo o café a Effie nos olha com uma cara estranha, que eu ignoro. Eu olho de relance para o Haymitch, ele devia nos dar conselhos, não encher a cara. Cansada de esperar, eu tomo a iniciativa.

– Bem, você não devia nos dar conselhos? – começo, cautelosa.

– Você quer um conselho? Fique viva! – falou e começou a rir, como se fosse uma grande piada.

Eu olhei para o Peeta, ele pareceu realmente nervoso. Tanto que pegou o copo que estava em sua mão e jogou no chão, o Haymitch se virou com a intenção de bater nele, mas o Peeta se defendeu, ele tentou pegar o copo e eu o impedi cravando a faca na mesa, quase atingindo a sua mão. O Peeta se levanta, e chega bem perto dele.

– Isso realmente é muito engraçado, mas não para nós. Sabe por quê? – ele não espera uma resposta – Eu esperei quase 10 anos da minha vida para fazer com que a Katniss olhasse para mim, quando eu consigo, tudo isso acontece e nos atrapalha.

Ele levanta a mão com a aliança.

– Você está vendo isso aqui? Eu sou casado com a Katniss, nós temos uma filha de seis meses em casa. – só a menção a Pearl faz os meus olhos se encherem de lágrimas – E a menos que você nos ajude, eu transformo a sua vida num inferno. Começando sem a bebida.

Ele saiu, me puxando com ele, eu só tive tempo de ver o rosto de chocada da Effie, eu acho que agora ela entende a nossa ligação.

Quando chegamos ao quarto, o Peeta me abraça, eu vejo agora o quanto ele esta triste com toda essa situação. Ele não é assim, e o simples fato de ele explodir mostra o quanto o Haymitch o tirou do sério. Então eu o consolo, o levo para cama, o abraço e faço um carinho nas suas costas até a sua respiração voltar ao normal.

Nós ficamos assim por muito tempo, até o trem começar a parar.

– Bem é agora que os jogos começam, estamos no Capitol. – ele fala.

Bom Jogos Vorazes, e que a sorte esteja sempre ao seu favor!


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Notas finais do capítulo

Eu amo esse capítulo, só pelo que o Peeta fala. Espero que vocês também tenham gostado.