Frustrada escrita por Tatiana


Capítulo 8
Em algum lugar




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Ele terminou de me desamarrar e me ajudou a levantar.

— Vou abrir a porta e nisso você foge...

— Mas como? Não sei se o senhor James Bond aí percebeu mas tá cheio de capanga lá fora!

Interrompi fazendo uma careta que na minha cabeça me daria um ar de irônica mas pelas feições dele acho que fiquei parecendo uma idiota.

— Posso continuar?

— Claro

Disse fazendo uma reverência como se tivesse com aqueles vestidos de época.

— Continuando, você sairá correndo e seguirá até o final do corredor, ele se dividirá em dois, pegue o da esquerda e chegará a uma porta de ferro. Abra-a e entre. Só abra para mim.... E os capangas, deixa que eu cuido!

— Tá certo.

— Okay, eu vou sair e dizer que o chefe está esperando, você aproveita e sai. Toma.

— O que é isso?

— Uma chave mestra, abre qualquer porta. Mas me obedeça e sairá daqui viva.

Ele abriu a porta e fechou-a novamente. Ouvi algo mas não decifrei o que era, pareciam ordens, e aí está minha chance. Um silêncio ensurdecedor ocupou o espaço onde a pouco tinha vozes. Abri a porta devagar e com uma pequena brecha espiei o lado de fora. Não tinha ninguém. Ainda com receio, andei na ponta dos pés até sair do campo de visão de alguns caras que ainda estavam ali próximos. Estavam de costas, bom até eu esbarrar nessa merda de lata no chão.

Assim que me viram já começaram a se transformarem, seria uma boa hora de colocar o plano do James ou sei lá qual seja o nome em prática. Comecei a correr freneticamente e desesperadamente no corredor. Logo cheguei a bifurcação que o cara tinha mencionado. Sabe quando você está correndo de demônios e dá um branco na sua mente? Ah, acho que não... Bom, qual é a esquerda e qual é a direita? Eu estou parecendo uma menininha de jardim de infância e essas criaturas estão se aproximando. Dunê Dunê tê salame minguê... ah vai você mesmo. Entrei uma das portas e saí em um pátio vazio mas cheio de plantas secas com um banquinho de madeira e uns brinquedos de playground. Uma brisa forte levantou meus cabelos e comecei a tremer de frio. Aonde eu estava? O lugar parecia ter saído de um filme do Nicholas Sparks de tão lindo que era. Era a céu aberto mas cercado com muros. Quanto tempo eu não via uma coisa dessas. Me encheu de paz estar ali a não ser quando olhei pra trás. Os dois demônios estavam barrados, eu esqueci a porta aberta. Estava mais distraída me sentindo bem depois de muitos dias. Parecia que algo invisível, uma barreira sei lá, estava bloqueando a passagem deles. Mas pelo jeito não iria segurar por tanto tempo pois parecia que cada vez que os dois se debatiam e se jogavam a barreira ficava mais fraca. Lembrei da chave mestra e procurei por todos os lugares uma porta pois eles estavam quase entrando aqui. Não via nada, nem porta nem um buraco nem nada. Sai batendo em cada tijolo daquele muro imaginando ter alguma passagem secreta ou coisa do tipo. De repente ouço um estrondo e quando olho pra trás vejo a barreira se partindo como vidro e os demônios andando em minha direção. Um deles pulou para cima de mim me fazendo cair no chão e abriu a boca, soltei um grito...


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