Frustrada escrita por Tatiana


Capítulo 12
O começo com um novo fim


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer as pessoas que acompanharam e apoiaram. Obrigada quem chegou até aqui.



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Estávamos nos preparando para uma guerra. O que tinha sonhado não ia se tornar realidade. Salvaríamos a cidade e todos nela. Inclusive minha mãe e meus amigos. Nesses últimos dias aqui no céu foram incríveis. Aprendi a lutar, descobri que tem mais alguns garotos que também têm poderes. Ambos fazem parte da mesma profecia que esse bebê que carrego. Descobri também que havia um mundo sobrenatural mais extenso do que anjos e demônios.

— Janett, a guerra comeou.

— Mas era apenas para começar daqui alguns dias. Não estamos preparados.

— Por isso temos que nos apressar. Metade da cidade já foi dizimada.

Estávamos no corredor e eu temia pelo pior. Senti uma brisa forte mas parece que só eu havia sentido. Eleanor pegou algo que parecia um microfone.

— Gente, a guerra começou. Metade da cidade está destruída. Peguem suas armas e vamos ao combate!

A brisa passou, eu me arrepiei. Precisava falar com Eleanor.

— Eleanor?

Ela ainda estava dando ordens para podermos ir adiante com essa guerra que os demônios travaram.

— Eleanor?

— Janett, não podemos falar agora. Precisamos nos armar.

Ela saiu andando enquanto me deixou como uma idiota. Fui atrás dela, pegue no seu ombro e a virei para mim.

— Eleanor, é urgente.

Ela me olhou assustada com minha atitude mas sabia que isso era preciso pois sentiu que era muito importante.

— Eu senti um calafrio, uma brisa que parece que ninguém sentiu.

— Isso deve ser adrenalina. Não temos tempo.

Senti preocupação na voz dela. Ela não queria me dizer o que era mas sabia que tinha algo ali. Mas realmente, não tínhamos mais tempo. A guerra havia se iniciado.

Fui para meu quarto correndo. Peguei minha espada, ou melhor, espada do meu pai. Fiquei com o antigo quarto dele. E com isso, as armas. A espada de Miguel é a coisa mais preciosa e poderosa para matar demônios. Mas só pode ser usada por ele mesmo, ou algum parente de primeiro grau. Ou seja, seus filhos. Vesti uma roupa feita para me proteger, algo como uma armadura flexível. Peguei a espada e corri para o portão de saída.

Todos estávamos no portão, esperando a ordem de Eleanor para irmos para a cidade. E assim foi feita.

Sobrevoamos todo o país. Milhões, não é nem milhares e sim milhões de anjos voando. Cada um com sua arma. Eleanor voava na frente, logo em seguida eu e Raphael. Atrás de nós o resto do esquadrão angelical. Nossa, isso não pareceu tão gay na minha cabeça.

Chegamos a cidade, pousamos em uma rua, uma parte da cidade realmente estava totalmente fora do mapa. Carros virados, sangue para todo lado. Hidrantes estourados vazando água. Mal reconheci aonde estava. Tudo havia mudado, a casas tinham sido demolidas. Aquela vizinhança que conheci quando chegou aqui... espera! Essa é a minha rua, então aquelas ruinas na esquina....

— Sim, é sua casa.

Eleanor sussurrou em meu ouvido, pude notar tristeza. Depois de tanto tempo que vivi naquele céu, treinando para isso. Meu sonho propagador não passou de uma visão de um futuro não muito próximo. Minha barriga está enorme, Eleanor disse que deveria ter ficado lá, descansando. Mas não, essa guerra era minha. Olhei para ela a encarando que parecia que eu estava tentando ler a alma dela. Tá, isso não parece impossível para meu mundo mas só um dihibrido pode ler uma alma. Anjos e arcanjos não. Podemos ver a áurea. Ela percebeu o que eu queria. E assentiu.

Fui atrás de minha mãe, ver se ela estava bem. Enquanto isso, Raphael dividiu o esquadrão em três. Uma parte ficava ao meu comando, outra ao comando dele e o resto com Eleanor. Eleanor foi pra parte da cidade ainda não destruída. Raphael foi rondar as ruas e ver se encontravam pistas ou alguém vivo. Ou até mesmo um demônio para que se possa matar.

Eu entrei naqueles escombros. Vim algo que parecia com uma blusa minha que ela adorava usar. Retirei as pedras e tijolos de cima e vi. Cheguei tarde demais. Minha mãe havia sido morta, não sei se por demônios ou pelos escombros. O corpo dela ali, no meio daquilo todo. A cabeça toda suja de sangue. Pelo que percebi fazia um tempo que havia acontecido isso pois o sangue estava seco. Um calor subiu a minha cabeça. De ódio ou tristeza iria ter minha vingança. Um grito de dor estava querendo sair de minha garganta.

Pov. Raphael

Estávamos procurando demônios. Havia algo se mexendo em baixo de um carro. Corremos para ver se era um sobrevivente mas a surpresa foi outra. Demônio. Levantei o carro e lancei o mesmo para bem longe enquanto pegava minha espada. O demônio voltou a forma humana. Bom, mais fácil de matar. Senti prazer imenso de empala-lo no olho com minha espada.

Depois que limpei e guardei minha espada pude notar o céu ficando escuro, as nuvens se mexiam rapidamente umas sobre as outras. Um grito de dor pode ser ouvido ao mesmo tempo que um trovão cortou o céu. Corremos para onde estava Janett.

Pov. Off

 


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