Frustrada escrita por Tatiana


Capítulo 10
Guerra


Notas iniciais do capítulo

Gente eu queria agradecer a todos que estão lendo minha fic. B



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Senti meu corpo sendo lançado para fora do carro enquanto o mesmo capotava. Estava deitada, jogada em uma calçada. Inconsciente de olhos abertos posso dizer. Via tudo, escutada tudo mas não reagia, era como se eu estivesse em transe profundo. Senti algo arder em mim e pude perceber feridas gravemente abertas e sangrava muito. O que mesmo me acordou, me trouxe pra realidade que preferia não saber foi uma gota de água cair do céu. Chuva. Olhei ao meu redor tentando me recompor e percebi que Raphael ainda estava preso no carro. Ele estava desacordado e sangrando muito. Não havia ninguém por perto, bom parecia que não havia. Tentei me levantar e fui mancando até o carro que pelo jeito não ia ter concerto. Me abaixei com cuidado e tentei retirar a porta do lado do motorista para tirá-lo de lá. Tá, sou uma híbrida, isso é novo. Mas pelo que eu saiba não sei meus poderes ainda. Tenho certeza que mega força não é.

— Use a mente.

Senti um arrepio quando ouvi alguém sussurrando. Era Raphael, ele estava acordando.

— Como, mas como assim usar a mente?

— Aponte.

— Aponte? Aponte o que meu Deus???

Ele estava fraco e eu estava me desesperando. Sempre mantive a calma, ou não. Tá sou dramática mas isso era sério. Não sabia como salvar quem me salvou.

— Aponte sua mão para a porta e ...

— E?? E o que??

Ele estava tendo momentos de lucidez e outros parecia que ia apagar de novo.

— Imagine um escudo retirando a porta.

Me levantei e fiz o que ele pediu. Mas não tive resultado. Estava nervosa e comecei a chorar.

— Concentre-se. Imagine e mantenha a calma.

Contei de 1 a 10, mantendo a calma me concentrei. A porta voou para longe e pude ouvir o barulho que ela fez ao bater numa cerca que tinha lá.

Me agachei e peguei Raphael pelos braços, com cuidado pra não machuca-lo ainda mais. Estava ofegante, lutando para respirar. Mantendo a calma coloquei ele deitado na calçada.

— O que eu faço agora?

— Faça a mesma coisa, imagine, concentre-se mantendo a calma. Ao invés de um escuto imagine asas. Grandes, belas e fortes.

Fiz o que ele instruiu e logo tive belas asas, enormes e brancas. Eu parecia, como diz aquele ditado, cego em tiroteio. O que eu faço agora?

Raphael olhava minhas asas admirando-as. Muito machucado, gemeu de dor ao tentar sentar. Não tinha movimento nas pernas então deduzo que teria que carrega-lo. Mas para onde? Estou em um local que não conheço, nunca tinha vindo aqui nem mesmo em sonhos.

— Agora imagine uma rede, em volta de mim e você está segundando ela. Quando fizer isso dê impulso nos pés e voe. Te darei as ordens para onde ir quando estivermos voando.

Mantenha a calma. Repetia pra mim mesma a todo instante. Fiz o que me disse, e logo estávamos no ar. Ainda era dia, mas estava anoitecendo pois o sol não brilhava mais. Pude perceber que não estava com meus óculos escuros mais. Mas também né sua idiota, acabou de capotar o carro queria que ele estivesse o que? Intacto? Mas vamos concentrar não é?

Rapahel foi me dando instruções até chegarmos a uma mansão na qual eu posei e coloquei-o suavemente no chão. Muitas pessoas que nos viram chegar vieram logo acudir ele. Olhando aquela cena consegui sorrir antes de desmaiar.

Acordei em um lugar muito branco. Tinha várias camas ao meu redor e outras pessoas feridas deitadas aqui também. Minha visão estava turva e não consegui encontrar Raphael em meio àquela multidão. Uma moça vestido um vestido branco e o que parecia também com asas se aproximou de mim.

— Como está se sentindo?

— Bem melhor. E Raphael?

— Está bem também.

— Onde ele está?

Eu estava fraca, não conseguia falar. Estava usando algo como uma camisola branca de seda e meus cabelos estavam penteados?? Meus ferimentos haviam desaparecidos.

— Ele está sendo cuidado em outra ala. Agora você terá que descansar, mas primeiro tem que comer alguma coisa.

Ela disse me entregando uma bandeja. Quando abri fiquei feliz, tinha tudo que gostava e mais um pouco. Havia frutos do mar, comida japonesa, comida fast food. E para melhorar uma lata de Coca.

Me sentei com a ajuda dela e comecei a devorar aquilo tudo. Só quando coloquei a primeira colher na boca percebi que não comia a dias.

— Quanto tempo estou aqui?

— Termine de comer, descanse e virei te buscar para conversarmos.

Ela passou a mão esquerda pelo meu rosto me acariciando. Não sabia quem era ela e estava cheia de perguntas mas estava cansada, exausta pra ser exata. Terminei e comer, me deitei e dormi um pouco.


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