–CRIANÇAS! Hypnos me mandou crianças! –Romeu estava limpando as lágrimas de eu rosto

–Olha –Kariny apontou o dedo na cara do jovem –Primeiro pense em quem está chorando, e depois me diga quem é a criança! E sobre meu pai! Não pedimos para vim atrás de você!

Romeu olhou por entre as árvores como se procurasse algo. E olhou com uma cara mais assustada do que enraivada para as garotas.

–Olhem! Não estou nem aí para o que vocês acham que pensam! Mas tinha coisas melhores para fazer do que ficar discutindo esse assunto com as duas! –Ele deu as costas para elas e começou a fazer um circulo no chão –Se chegaram até aqui, podem sair também! Use a Peregrinationes para nos levar até a cidade da guerra.

–Não podemos! –Kariny deu um sorriso sarcástico –Não temos mais energia alguma para usar uma magia desse tipo.

–Terão se continuar próximas de mim!

As garotas olharam para ele depois se olharam como se fizessem uma piada partícula interna.

–Deixa Kariny! –Adriana ficou do lado de Romeu e segurou a pedra verde que estava em seu bolso.

–Você não vai levar ele pra ilha, vai?! –Kariny estava com total discordância em suas palavras.

–Como ela levaria eu para algum lugar, se vocês não tem poder para teletransportar? – Romeu estava com um sorriso de ironia no rosto. Mas ainda estava com os olhos vermelhos, por causa de ter chorado antes.

–Eu não disse que funcionaria –Kariny deu as costas para os dois e começou a se afastar lentamente –Só não acho certo essa ideia maluca de...

Kariny parou de falar quando sentiu a força de algo se aproximar. E não era uma força qualquer. Era a aura de um assassino natural. Ela sentia a morte impregnada em suas garras, e em suas presas.

–Adriana seu nome não é?! –Romeu segurou no ombro dela –Quero que segure firme essa pedra e invoque a Peregrinationes assim que eu apertar seu ombro! Ok?!

Kariny voltou-se para os dois e começou a sussurrar magias.

–Não gaste poder com proteções! –Romeu estava olhando para frente, como se estivesse vendo o que esteva se aproximando por trás das arvores –Vamos precisar dele! Quando ele chegar, quero que faça alguma magia para prende-lo!

–Você sabe que tamanho aquela coisa tem?! –Acha que alguma magia minha pode segurar ele?!

–Sim eu sei que tamanho ele tem! Afinal era contra ele que eu estava lutando antes de vocês chegarem! E não quero saber se você da conta! Eu consigo! Só faz o que eu mandei!

O barulho de arvores quebrando começou, e cada vez mais chegava perto.

–Eu não estou entendendo mais nada! –Kariny correu e segurou o braço de Adriana –Vamos! Temos que sair daqui! Esse idiota não sabe o que está falando!

Adriana puxou o braço dela para Kariny a largar.

–Ele esta falando serio! –Romeu estava com um sorriso estranho no rosto –Confia nele!

Adriana mal fechou a boca e as arvores ao redor deles despencaram, não atingindo eles apenas por garras prateadas terem desviado as arvores do caminho. Mas não garras normais. Garras de um lobisomem puro.

O lobo gigantesco estava paralisado. Deveria ter mais ou menos 5 metros de altura, e eu pelo branco estava todo amassado pelas letras magicas que o amarravam como cordas.

Kariny estava prestes a desmaiar quando Romeu apertou o ombro de Adriana, e tudo virou um grande borrão. A caixa formada por palavras em latim era tão grande que conseguiu trazer o Lobo junto, mas não conseguiu chegar intacta até o final da viagem.

O ar se partiu e a explosão quente tomou conta de seus corpos, e jogando eles no chão gelado.

Adriana estava deitada na neve meia derretida, segurando seu braço direito, e se contorcendo de dor. Kariny estava a alguns metros desmaiada na frente de uma casa em chamas. E o lobo gigante tinha caído em cima de uma casa, e destruindo o que ainda estava de pé.

Outro corpos e encontravam jogados pelas ruas da pequena aldeia.

–Nós provocamos tudo isso? –Perguntou Adriana se levantando e dando um grito de dor ao sentir seu ombro deslocado.

–Não –Uma voz saiu de trás da casa destruída pelo lobo –Não foram vocês.

O garoto branco estava carregando uma menina pequena. Os dois estavam segurando espadas iguais, a não ser pelas cores.

–Quem são vocês? –Disse ele sentando a garota com cuidado na neve, que agora estava mais para lama –Se vieram ajudar, chegaram tarde demais! Levaram os imortais todos! Não sobraram mais ninguém fora nós dois!

–Melhor sairmos daqui! –Romeu estava indo buscar Kariny –Eles vão voltar!

–Você é um deles! –Disse o Garoto branquelo –É um Cavaleiro!

Adriana se virou para Romeu.

–Sim! Eu sou! –Romeu colocou a Kariny nos ombros, quase não aguentando o peso –E também sou o ZERO!

Adriana e o Garoto olharam espantados pra ele.

–Vamos embora! Não quero ter que brigar em vão agora! –Romeu chegou e tocou no ombro de Adriana que fez um barulho estranho e também fez ela gritar de dor novamente.