O Fio Da Lâmina - Interativa escrita por Romeu Jr


Capítulo 13
Os dois lados da escuridão


Notas iniciais do capítulo

Bom. aqui esta o cap. completo. Estou fazendo meio corrido pois estou na universidade.
Ja ri muito escrevendo esse capitulo aqui! kkk
Espero que gostem tanto quanto eu gostei de fazer!



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A floresta escura não era assustadora como Ryan sempre ouviu falar. Ela em si era linda, e de uma grandiosidade magnifica e inexplicável.

As arvores que estavam ao seu redor eram de um marrom escuro, e o chão era de terra, com mais ou menos um palmo de agua. Era como estar na beira de um rio, com os pés enfiados na areia da margem.

A agua era gelada e escura. E a toda hora folhas caiam das copas altas das arvores gigantes. Folhas de uma tonalidade verde. Como se ela estivesse acabado de nascer e alguém a arrancasse do galho antes da hora de ela cair por si só.

"Foi aqui que ele escreveu o livro" Ryan começou a andar pela floresta. Estava escuro como a noite, mas ainda assim ele conseguia enxergar tudo nitidamente como se o sol estivesse no céu. Foi ai que ele percebeu. O céu era vermelho, e podia ser visto por entre os galhos separados das arvores. Elas eram distantes o bastante uma da outra para que os galhos não se unissem, apagando o céu acima de sua cabeça.

"Será que dessa vez eu fui negado? Se foi isso que aconteceu, eu realmente estou morto. Mas, se estou morto, não deveria estar aqui, no vale do exilio."

–Ryan! -A voz rouca do homem vinha de alguns metros ao seu lado -Acho que devemos ter uma longa conversa.

Demorou alguns minutos para Ryan notar que a voz vinha de baixo da agua, perto da base de uma arvore negra.

–Acho que sim -Ryan se dirigiu à arvore -Preciso de respostas, Caim.

***

O caminho de areia se estendia por quilômetros a fio. Mas ainda não estava nem perto de Alice parar por ali. O sol já estava se pondo, e quanto mais ela andava, mais se sentia aliviada. Os últimos dias não tinham sido os melhores. As fazendas em que trabalhava estavam sempre com algum problema. A ultima por exemplo, não podia ficar sozinha sempre, Os filhos do dono sempre arranjavam uma maneira acabar por lá fazendo festinhas da universidade em que estudavam. E aquilo era uma tentação para uma vampira que andava no sol.

O sol em si não faz mal ao organismo de um vampiro, mas por conter bastante energia produzida por fótons, acaba enfraquecendo a aura negra de criaturas noturnas, como vampiros, lobisomens e strins. Ally se tornou uma vampira fraca para o sangue humano, e por isso estava andando por lugares remotos a toda hora, mas não tinha muita sorte. Sempre algum humano achava uma maneira de se aproximar dela. Como nesse momento em que vários humanos andava entre as arvores da floresta que se estendia dos dois lados da rua que não era pavimentada. Eles pareciam tentar encurralar ela. A pulsação de seus sangues quentes e doces ressoava pelo ar, exalando um cheiro que dava água na boca.

"Com certeza esse não é o lugar certo para enlouquecer de vez!"

Em um piscar de olhos os homens pularam na rua impedindo Ally de dar um passo a mais.

–Sabemos quem é você! Ally! -Disse um homem de estatura baixa, e pelo cheiro do sangue deveria ter uns 38 anos -Sua peste! Vampira imunda!

Ally olhou para os homens meia hesitante "Quem são esses caras?! E como eles sabem disso?!" Ally começou a rir exageradamente.

–De que é que estão falando loucos! Que história é essa de vampiros?

–Cale-se! -gritou outro homem forte -Você sabe do que estamos falando! Iremos te matar aqui e agora!

***

Alyssa agora estava indo ao encontro de seu chefe. Astharos Bellamy era um dos maiores vampiros do clã Irade, e tinha recebido Aly como sua filha. Ele aproveitava seus dons melhor do que qualquer outro poderia fazer, ele de longe era o chefe perfeito.

Mas agora, ele era o chefe que iria arruinar com a disposição dela. Podia até imaginar a voz do grande vampiro lhe dando sermões.

Aly não conseguiu terminar seu trabalho como devia, e acabou sendo descoberta. Alguém no meio daquela mansão à reconheceu e gritou seu nome logo depois que ela tinha assassinado as duas lobisomens que o clã havia lhe dado a honra de executar.

"Eu deveria ter ido com outra aparência! Droga! Como foi que aquele idiota me reconheceu! Não tinha sentido nenhum outro imortal naquele lugar!"

Estava tão imersa em seus pensamentos que por pouco não bateu com sua cabeça na gigante porta de metal da sala de seu pai vampírico. A porta se abriu, e Aly se preparou para entrar.

–Parabéns! -O grande vampiro de cabelos negros e espetados estava de pé para recebe-la -Eu pensei que isso nunca fosse acontecer com você filha! Mas agora estou aliviado de ver que você também erra! -Ele estava falando com um pouco de raiva em sua voz

–Já vi que você esta atualizado sobre os últimos acontecimentos! -Aly se aproximou e levantou seu braço para o vampiro, esperando que ele estendesse o dele também, e não a esbofetasse.

Ele hesitou por um momento, mas sorriu e estendeu seu braço também, segurando o pulso da garota assim como ela segurava o dele. Esse aperto de mão era considerado como o mais solene de todos entre os vampiros, pois indicava que um confiava no outro. Caso um dos vampiros estivesse mentindo, ou estivesse transtornado, o outro sentiria sua pulsação, e saberia o que fazer em seguida.

–Prometo que darei um jeito! -Aly não estava nem um pouco nervosa agora -Ainda não sei o que houve de errado, mas conseguirei descobrir!

–Não precisa dar jeito nenhum! -Ele se virou e caminhou em direção ao trono de prata que estava no meio do salão, atrás de uma mesa grande de madeira -Você não fez nada de errado. Foi apenas uma coincidência. Por um grande azar, você se transformou em uma garota chamada Ally, que por azar dela, também é vampira!.

***

William acordou em uma sala bastante iluminada. Seus olhos doíam, e ele estava amarrado em alguma coisa. Não, estava amarrado em alguém. Sentiu o cheiro forte de folhas verdes. "Um lobisomem! Esse cheiro!" Tentou se virar, sem sucesso.

Acorda! -Falou baixo -Saviak! Acorda! Nós fomos pegos!

A porta da sala fez um grande estalo e abriu.

–Finalmente estão acordados! -O elfo estava andando em direção aos dois -Nossos convidados estão quase chegando!

–Desgraçado! Quantas vezes você vai ter que levar porrada para entender que não é forte o bastante para derrotar aqueles caras! -William estava cansado mas conseguia gritar como ninguém

–Quantas vezes? -O elfo riu -Caso não tenha percebido, que levou porrada desta vez foi você!

William arregalou os olhos, e o elfo riu ao ver a surpresa estampada na cara dele. Mas o elfo mal sabia que a surpresa não era pelo o que ele havia falado, e sim pelo demônio que estava atrás dele.

"Beliel!"


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Notas finais do capítulo

E mais uma coisa! Obrigado por lerem gnt! estou muito feliz de ter uma história sendo reconhecida, mesmo que seja pouco, ja faz muita diferença na minha vida! Garanto!