Nora Fulkert - Um conto de amor na Terra Média escrita por Norha Wood


Capítulo 40
Na memória o amor vive para sempre


Notas iniciais do capítulo

É com um misto de alegria e tristeza que posto o último capítulo dessa história.
Sentirei saudade dos personagens, e suas desventuras...
Espero que tenha ficado algo bom, e que o tempo que dispensamos em escrevê-la e lê-la não tenham sido perdidos...



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Nora sabia que a hora havia chegado. Por isso acordou cedo aquela manhã. Tomou seu desjejum com sempre fazia, e fez tudo como deveria ser feito, com a certeza de quem tem sabedoria. Vagarosamente subiu as escadas que davam acesso ao piso superior, onde estavam localizados os quartos e banheiros.

Caminhou até seu roupeiro e de dentro dele retirou uma pesada caixa de madeira. Seu velho corpo arcou-se com o peso do objeto que teve que ser largando sob a cama. Abriu a caixa e de dentro dela retirou um antigo vestido um pouco amarrotado. Vestiu-o e olhou-se no espelho, ele era antigo, muito antigo, mas ainda lhe caía muito bem.

Penteou os cabelos brancos e os deixou semi presos por uma presilha de prata. Colocou no pescoço uma bela joia, cujo tempo não apagara a beleza. Na frente do espelho olhou-se com atenção: sua cútis estava enrugada, mas em seus olhos azuis ainda permaneciam vivos a chama da juventude; a mesma beleza que outrora arrebatara corações ainda podia ser vista neles. Os mesmos desejos, os mesmos sonhos, o mesmo amor a mesma Nimarie...

Na caixa das lembranças ainda haviam alguns objetos. Mas suas mãos franzidas e trêmulas procurava por um em especial. Era um pequeno embrulho de tecido já um pouco amarelado. Ela o pegou, abrindo-o com delicadeza. No seu interior a já conhecida florzinha, saudou-a com seu brilho natural, fazendo-a sorrir.

Desceu as escadas vagarosamente

Enquanto ela caminhava, aos poucos ia se tornando jovem novamente

Com os pés descalços pisou na grama verde do quintal

Olhou para o mar

Gaivotas cruzavam o céu

Algo distante se aproximava

Era para lá que ela deveria ir

Abriu o portão que dava acesso à rua e caminhou até beira mar

Caminhou com a certeza de quem soube esperar

A sua jornada chegara ao fim

Sua missão findara-se

E por isso a embarcação finalmente chegara pondo fim a uma longa, longa espera

O coração jubiloso batia forte com o quebrar das ondas

Agora ela já podia avistar alguém no leme do navio cinzento que se aproximava

Era Legolas

O mesmo Legolas Verdefolha, da Floresta Verde que conhecera ainda criança

O seu companheiro, o seu amigo, seu eterno amor, e a sua eterna espera...

Com o mesmo sorriso, com o mesmo olhar carinhoso, com o mesmo amor vivo e forte como da primeira vez

E haviam outras pessoas também; amigos sinceros e jamais esquecidos.

E o barco cinzento finalmente atracou no porto do seu coração,

Legolas lhe estendeu as mãos confiantes

Desta vez ela as agarrou forte impulsionando a sua subida ao barco

Neste momento a corneta de Gimli soou forte e todos os tripulantes saldaram a nova tripulante

E assim o barco seguiu seu curso para além dos círculos terrestres para a cidade de Valinor: o lugar onde as coisas nunca mudam e o amor nunca morre.


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Notas finais do capítulo

Se gostaram, por favor comentem e recomendem, pois o mundo precisa de histórias de amor, precisa de finais felizes...
E lembrem-se: "Na memória o amor vive para sempre" - Nora Fulkert