Nora Fulkert - Um conto de amor na Terra Média escrita por Norha Wood


Capítulo 26
O Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Sempre me coloco no lugar de Nimarie. Eu nunca resistiria ao olhar do Legolas, imagine ao seu toque, aos seus beijos... impossível! Ela morreria por isso! E você? seria forte o suficiente para se afastar?



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Os elfos de Mirkwood estavam certos. Dezenas de orcs se movimentavam para Valfenda, a procura de Tanacëmníss.

Assim que Nimarie saiu da reunião foi para os seus aposentos. A tarde já caíra, e sabia que Legolas estava a caminho, mas por mais que tentasse ver um reencontro entre os dois, não conseguia. Trocou de roupa, colocou o colar que Legolas lhe dera quando criança, queria estar com ele quando eles se reencontrassem. Nesse meio tempo o jantar foi servido em seu quarto, quando preparava-se para comer, Elrond alarmado entrou no quarto sem anunciar-se, ele estava nervoso quando interrogou Nimarie:

_ Diga-me usaste de seus poderes fora da reunião do conselho? - Ele a olhava repreensivo e indagador. Nimarie compreendeu neste momento que cometera um terrível erro. Ao ver Legolas saindo de Mirkwood havia alertado Sauron da sua posição trazendo problemas para Valfenda que lhe acolhera tão amavelmente. Frente aos olhos marejados e a face que se corou imediatamente, Elrond concluiu:

_ Foi o que eu imaginei!

_ Não pude evitar Senhor Elrond... - Nimarie tentava se justificar.

_ Eu vejo bondade em seus olhos, mas não posso colocar o meu povo em risco. Preciso que se afaste imediatamente de Valfenda, assim levará para longe os orcs que marcham rapidamente ao nosso encontro. Alguns guardas lhe acompanharão até as montanhas sombrias, após você deverá seguir sozinha para Belfaras. Prepare-se para partir daqui uma hora.

Ao dizer isso Elrond se retirou deixando a moça arrasada com a notícia que ela não esperava. As coisas eram mais graves e mais ameaçadoras que ela imaginava, com o pensamento em Legolas, Nimarie não pode prever a aproximação dos inimigos. Por alguns segundos sentiu raiva do abandono de Elrond, mas logo lembrou-se da morte de sua mãe, não poderia carregar nos ombros a responsabilidade de mais alguma morte. Teria que partir imediatamente e mal conhecia o caminho para onde deveria ir, mas partiria sozinha mão queria arriscar mais ainda a vida dos sábios e bondosos elfos de Valfenda.

E foi por isso que rapidamente ela preparou uma pequena bolsa para viagem e fugiu por um dos portões do reino. Era noite alta e não conseguia enxergar muito longe, mas podia ouvir alguns uivos e barulhos que vinha de um local não muito distante. No escuro tentou afastar-se o mais longe possível do barulho que os orcs, decidindo que iria abrigar-se em uma elevação não muito distante dali, talvez apenas umas três horas de caminhada. Lá ela esperaria o dia clarear e prosseguiria sozinha para o seu destino. Enquanto caminhava apressada em direção a montanha, lembrou-se de Legolas. A preocupação em sair de Valfenda sem ser vista lhe fez esquecer por alguns momentos que o elfo estava a caminho. Pensou tentando conformar-se: Ele chegará em Valfenda e descobrirá que não estou mais lá. Assim será melhor, jamais nos encontraremos novamente. Já fazia uma hora que ela estava caminhando, sem saber ia na direção onde Legolas montara acampamento.

Assim que pisou fora do reino Nimarie teve um pressentimento ruim, pensou em consultar o futuro, mas imediatamente desistiu ao pensar nos perigos que isso trazia, mais tarde, avaliando melhor a situação em que se encontrava achou que prever o futuro fora de Valfenda evitaria um ataque desnecessário ao reino. E usando isso como estratégia, a fim de desviar os olhos de Sauron de Valfenda, Nimarie forçou o seu pensamento a encontrar Legolas. Sua visão foi muito breve, porém terrivelmente reveladora: Primeiro via–se feliz abraçada a Legolas, mas logo veio a noite escura e eles estavam sobre um pequeno barco descendo por uma corredeira, eles lutava contra inúmeros orcs que se atracavam sobre a embarcação tentando impedir o seu curso, do escuro surgiu um nazgul que num golpe único decepou a cabeça loira de Legolas que foi parar sobre os braços de Nimarie. A visão lhe causou tanto pavor que mesmo após ter terminado ela via o sangue dele em suas mãos. O vermelho tingia o seu vestido e lhe causava imensa angustia e confusão, fazendo confundir o futuro com o presente atual, por esse motivo, acreditando que o amado estava morto, Nimarie gritava como uma louca. Esse devaneio durou até que ela caísse sobre algumas raízes elevadas. Sentada no chão ainda recuperava-se do choque que a visão lhe causara, quando notou que uma fera aproximava-se, atraída pelos seus gritos, com bocarra enorme mostrando os dentes afiados. Não teria tempo para reagir se não fosse a flecha que acertara a garganta do animal assim que ele se preparava para dar o bote. Porém outras feras apareciam do bosque escuro, e uma a uma ia sendo morta pelas flechas que Nimarie não conseguia ver de onde vinham.

De repente a moça foi agarrada por braços conhecidos. Era os braços fortes de Legolas que lhe enlaçavam a cintura levando-a para um lugar seguro. Os três elfos não puderam matar todas as criaturas, então, fugiram em direção às montanhas sombrias. Esconderam-se sobre a montanha. E Legolas aproveitou para conversar com Nimarie.

Ainda atordoada com a visão que tivera algumas horas atrás, Nimarie, sentada com as costas em uma pedra, dizia insistente para Legolas:

_ Deixe-me ir por favor deixe-me. - Ela suplicava chorosa, causando comoção no elfo.

_ Não eu vim buscá-la! - Ele disse amoroso aproximando-se da moça, tentando tocá-la, ao que ela como um animal arredio, se afastava rastejando para trás.

_ Deixe-me Legolas eu suplico! deixe-me ir, deixe-me ir... - Ela falava isso quase sem forças, sem segurar as lágrimas que molhavam o seu rosto em abundância.

_ Não vou lhe abandonar Nimarie, porque foges de mim? Não tenho medo dos perigos que te cercam, eu te protegerei deles, você precisa de mim! – Ela não conseguiu e não teve mais forças para afastá-lo, deixou-se ser abraçada por ele. Ainda abraçada nele ela suplicou mais algumas vezes para ele deixar ela ir, então ele a calou, beijando os lábios com ardor.

Mais ao longe os dois elfos observavam a cena. Thiedhel tentava demonstrar indiferença, mas Varnion comentou: _ É uma pena que Legolas tenha se apaixonado justamente por essa moça...

_ Eu já acho que ele não gosta dela, faz tudo isso somente para desafiar o pai. - Varnion não concordou e os dois ficaram discutindo isso discretamente, enquanto vigiavam ao longe a marcha dos orcs, que passaram reto pelos portões de Valfenda.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor! Sempre espero ansiosa pelos seus comentários! Eles me fazem ter mais vontade de escrever!! Abs,



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