Maga, Bruxa ou Semideusa? - Hiatus escrita por Marina Leal


Capítulo 19
Capítulo 19 - Sucumbindo à exaustão


Notas iniciais do capítulo

ainda tem vagas pessoal

Semideus (de preferência grego) - 5 Vagas disponíveis
Bruxo (a) 10 Vagas disponíveis
Mago (a) Egípcio (a) - 10 Vagas disponíveis
Mago (a) Egípcio (a) e Semideus (a) - 3 Vagas disponíveis
Semideus (a) e Bruxo (a) - Sem Vagas disponíveis
Bruxo (a) e Mago (a) Egípcio (a) - 3 Vagas disponíveis



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Assim que Molly e Logan sumiram no topo da escada Will e os outros garotos começaram a secar o chão rapidamente.

– Rápido, antes que a Molly volte. – Jack falou e olhou para mim. – Ela é muito legal, mas não a deixe com raiva, Nat.

Olhei para Will.

– Ele está certo, nem mesmo Logan se atreve a tirar alguma gracinha com ela. – Ele confirmou.

– Nossa! – Falei lembrando da forma como ele havia se dirigido a mim.

– Toma, seca essa parte aí. – Mathew falou me passando um pano antes de se abaixar e começar a secar onde estava.

Dei de ombros e fiz o que ele pediu, logo havíamos terminado de secar o chão.

– Afinal, quem é essa Ártemis? É a deusa? – Perguntei devolvendo o pano para Mathew enquanto Will se dirigia até a estante de livros.

– Não, nossa tia odeia o acampamento. – Marcus respondeu voltando a tocar a guitarra. – A garota de quem o Logan estava falando é uma filha de Poseidon que os filhos de Afrodite tentaram juntar com ele.

– Você pode imaginar como isso terminou, não é? – Perguntou Jack pegando uma aljava e colocando a flecha que trazia nas mãos dentro dela.

Fiz que sim com a cabeça. Eu realmente imaginava. Continuei olhando ao redor até reparar que havia uma gaiola em cima de uma das mesas.

– Aquelas coisas são...?

– Ratos. – Era a voz de Mathew, mas meus olhos continuavam na gaiola onde seis ratos estavam contidos. Eles eram brancos, com olhos vermelhos e bigodes compridos. – O rato é o animal sagrado de Apolo, o papai deu um de presente para cada um de nós, o meu é aquele ali na roda.

Ouvi uma risadinha baixa e um leve som de estapeamento atrás de mim.

– Diz para ela o nome do seu rato, Mathew! – Jack falou e obviamente estava tentando conter o riso.

Olhei para ele e o garoto baixou a cabeça.

– O nome dele é Sunshine (*raio de sol). – Mordi o lábio para não rir.

– É um nome interessante. – Murmurei quando tive certeza que não ia rir e Will caiu na gargalhada, em seguida Jack e Marcus começaram a rir também.

Segundos depois Molly apareceu completamente confusa.

– Qual é a piada? – Perguntou olhando nossos rostos, aí eu não agüentei e comecei a rir com eles.

– Não é nada. – Mathew murmurou encabulado. – Eles estão rindo por causa do Sunshine.

Olhei para Molly, ela segurou a respiração e vi claramente que não queria deixar o garoto ainda mais sem graça ao soltar a risada que obviamente estava prendendo. Suspirei e olhei para meu irmão.

– Desculpe. – Falei com um leve sorriso.

– Tudo bem, não tem problema, mas você tem medo de ratos? – Ele perguntou sem traço maldoso em sua voz.

– Não, eu só acho meio nojento. – Admiti. – Essas coisas andam em qualquer lugar, só não vencem as baratas na minha opinião.

Todos deram uma risada antes de Will se colocar de pé.

– Hora do jantar. – Falou no mesmo instante que uma trombeta soou ao longe. – Sinto muito Nat, mas nos organizamos por ordem de chegada ao acampamento então...

– Ah, certo, tudo bem. – Falei e me postei atrás de Jack, fiquei surpresa em ver que não era tão mais baixa que ele.

– Logan você vem? – Molly gritou para o garoto que estava no segundo andar.

– Já vou, podem ir sem mim! – Ele gritou de volta e eu franzi a testa.

Todos nós olhamos para Will, que parecia não ter gostado muito daquilo, mas deu de ombros.

– Vamos.

Will nos guiou para o pátio, onde várias crianças e adolescentes saídos dos outros chalés também estavam se reunindo, quando todos estavam fora começamos a marchar colina acima até onde ficava o pavilhão do refeitório que Quíron havia me mostrado mais cedo, enquanto subíamos eu devo ter bocejado mais do que qualquer um no acampamento.

No pavilhão tochas ardiam em volta das colunas de mármore. Um fogo central queimava em um braseiro de bronze do tamanho de uma banheira. Reparei que cada chalé tinha sua própria mesa que parecia daquelas de piquenique, coberta com uma toalha branca com detalhes em roxo.

Olhei ao redor e vi Linda sentada a três mesas de distancia de onde eu estava. Seus irmãos eram completamente lindos, devo ter ficado encarando por tempo demais porque Marcus murmurou para mim:

– Não se meta com eles, os filhos de Afrodite podem ser bem cruéis, acredite em mim.

O fitei sem entender direito o que aquilo queria dizer, acho que eu precisava dormir, felizmente (ou talvez nem tanto) não precisei passar muito tempo pensando naquilo, pois Logan escolheu aquele momento para chegar.

– Olá pessoas. – Disse lançando um olhar nervoso na direção de Molly, como se temesse falar algo errado na frente dela. – Sentiram minha falta? Eu sei que sim.

– Sempre tão humilde meu querido irmão. – Ela comentou e Will e os outros garotos riram, como se fosse um costume entre eles.

– Ora Molly, você sabe que ele é a humildade em pessoa. – Jack falou ironicamente e Logan estreitou os olhos para ele, porém não falou nada.

Voltei a olhar ao redor para tentar afastar o sono e notei Quíron em pé ao lado da mesa, acho que porque ela era muito pequena para ele. Havia uma mulher ruiva sentada logo ao lado dele, com um xale preto sobre os ombros e ela conversava com o mesmo homem gorducho que havia me tratado nada agradavelmente quando cheguei ao acampamento.

Olhei para a mesa ao lado da minha e vi Annie sentada com um bando de crianças atléticas de aparência séria, todas com olhos cinzentos e cabelo loiro da cor do mel, exceto por ela e mais dois, que pareciam meio deslocados ali.

Então Quíron bateu o casco contra o piso de mármore e todos se calaram. Ele ergueu um copo.

– Aos deuses!

Peguei meu copo que estava na mesa e imitei o gesto de todos erguendo meu copo no ar.

– Aos deuses!

Em seguida várias mulheres apareceram com bandejas de comida das mais variadas, e só naquele instante foi que me dei conta de que estava absolutamente faminta.

Peguei um pouco de cada coisa e olhei para meu copo vazio.

– Onde...? – Comecei a perguntar e Will sorriu.

– Fale com ele, peça a bebida que quiser desde que não seja alcoólica, claro.

Mordi o lábio, tinha uma coisa que eu não bebia há muito tempo.

– Coca-cola. – Falei e imediatamente o copo se encheu da bebida espumante. Bebi um gole e aproveitei cada instante antes de engolir devagar.

Pensei em minha mãe. Onde será que ela estava? Será que estava bem? De repente me senti culpada por não ter pensado nela enquanto conhecia o acampamento e meus irmãos. Baixei a cabeça.

– Vai Nat. – Disse Jack me passando uma travessa com pãezinhos.

Peguei dois e quando estava prestes a atacar a comida reparei que todos estavam levantando e levando os pratos para o fogo no centro do pavilhão.

– O que eles estão fazendo? – Perguntei e Molly me olhou com solidariedade.

– Oferendas queimadas para os deuses, eles gostam do cheiro. – Ela explicou e eu fiquei sem resposta para aquilo, acho que meu cérebro estava ficando mais lento por causa do sono.

– Você escolhe o que tem de melhor no seu prato e joga no fogo enquanto diz o nome do seu parente Olimpiano. – Marcus falou e eu assenti, mas estava mais me sentindo um zumbi que uma pessoa.

– Vamos, é a nossa vez. – Will disse se levantando e nós o seguimos em fila até o braseiro central.

Olhei para o meu prato e peguei o maior cacho de uvas.

– Apolo. – Murmurei enquanto atirava as uvas no fogo. Ajude-me a passar por isso papai e proteja a minha mãe, por favor. Pensei e voltei para o meu lugar.

Depois que todos voltaram aos lugares e terminaram de comer, Quíron bateu novamente o casco para chamar nossa atenção.

O homem gorducho levantou-se com um enorme suspiro, como se quisesse estar em qualquer lugar que não fosse ali. Não posso dizer que sentia pena dele naquele momento.

– Pois bem, suponho que deva dizer oi a todos vocês. Bom, oi. Nosso diretor de atividades, Quíron, diz que a próxima captura da bandeira será, sem ser nessa, na próxima sexta-feira. Atualmente o chalé 7 detém os lauréis.

Meus irmãos aplaudiram e assobiaram quando ele disse isso.

– Particularmente. – Continuou o homem e eu soltei um bocejo involuntário. – Não ligo nenhum pouco, mas meus parabéns. Também devo lhes dizer que temos uma nova campista hoje. Natalina Vai-com-elos.

Senti meu rosto corar quando ele errou meu nome e desejei ter um buraco para me enfiar até que Quíron murmurou alguma coisa para o homem.

– Ahn, Natália Vasconcelos – ele se corrigiu. – Está certo. Viva e tudo mais. Agora vão correndo para a sua fogueira boba. Andem.

Todos aplaudiram e quando começaram a andar para o anfiteatro eu puxei Will para um canto, sentia minhas pálpebras fecharem e demorarem a abrir.

– Eu posso ir para o chalé? Estou com muito sono mesmo. – Pedi e bocejei novamente, mal conseguindo manter meus olhos abertos.

Will pareceu preocupado.

– Quer que eu vá com você?

– Você pode? – Perguntei, mas não sei se ele respondeu, pois nesse momento eu apaguei.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado, mereço reviews? Recomendações?
Prometo que se houver muitos comentários eu posto o próximo amanhã mesmo, senão só na sexta mesmo
Beijo meu povo

P.S.: eu gostaria de divulgar essa fic que é sensacional: http://fanfiction.com.br/historia/475885/Nick_Lewis_Os_Portais_do_Caos/



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