Te Odeio Por Te Amar escrita por TamY, Mazinha


Capítulo 28
Capítulo 28 - "Muito linda!"


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeee girlssss... Como prometido, aí está o capitulo da nossa fic depois que Karina postasse o da dela! hehehe - Valeu a pena a pequena chantagem né? kkkkkk
Está aí então, lindas! Que desfrutem...
Boa leitura!



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*Paulina narrando*

Subi pelo elevador até o andar que ficava a recepção do escritório matriz da fábrica Bracho e ao chegar no piso escolhido, me deparei com uma ampla sala de espera, muito acolhedora por sinal, era muito bem decorada e clara, praticamente todas as suas paredes eram de vidro, o que dava acesso à uma vista linda de lá de cima para quem estivesse naquele local. Observei com cautela e me direcionei até uma recepcionista e me apresentei, ela pediu que aguardasse e logo em seguida veio em minha direção uma jovem senhora muito distinta e possivelmente simpática, ela era de estatura mediana, cor clara, olhos escuros e cabelo preto e levava um penteado muito formal.

– Boa tarde senhorita Martins, seja bem vinda! – Disse amavelmente. – Sou Marta, secretária do senhor Bracho. Por favor, me acompanhe. – Continuou enquanto começava a caminhar provavelmente em direção a sala de reuniões.

– Boa tarde, Marta. Obrigada! – Sorri e a acompanhei ainda observando cada detalhe daquele local. Era um lugar muito bonito e extremamente moderno, passamos por um corredor que dava acesso as outras salas e não pude deixar de notar um jardim botânico que foi projetado ali, era simplesmente lindo e os raios de sol que refletiam naquele jardim e no pequeno lago que ali tinha puderam me transmitir um pouco de paz, apesar de ser num prédio empresarial, não imaginei que também estivesse tão ligado à natureza. – Muito bonito este lugar. – Disse sem pensar e Marta me olhou sorrindo.

– Sim, nosso chefe tem muito bom gosto. Soube que foi ele quem decidiu sobre o jardim e também sobre a maior parte da estrutura deste prédio tem a ver com suas idéias. – Sorriu.

– É, realmente de muito bom gosto. – Simpática aquela senhora, também sorri e logo ela abriu uma porta que dava acesso a uma enorme sala, um escritório que também era grande e muito moderno, pediu que eu aguardasse mais uns instantes e me ofereceu algo para tomar, agradeci e ela me deixou sozinha dizendo que ficasse a vontade.

Não tive muito tempo para apreciar aquele lugar tão agradável, imediatamente veio ao meu encontro um homem alto, magro e muito sério, parecia estar preocupado com alguma coisa, talvez não lhe agradou muito a minha presença quando era o meu pai que tinha que estar ali.

– Olá senhorita... Paulina Martins. Muito prazer, sou Rodrigo Paiva, correspondente jurídico da fábrica Bracho, acho que falei com a senhorita ao telefone. – Disse ao estender a sua mão em cumprimento.

– Nos falamos sim quando você ligou para confirmar a presença de meu pai na reunião de hoje. E... Paulina, pode me chamar apenas de Paulina... – Cumprimentei-o com um sorriso amigável e fui direto ao ponto principal. – Rodrigo, estou aqui justamente pela reunião que está marcada com o meu pai, ele não poderá comparecer e eu vim em seu lugar. Não deu tempo de avisá-los porque meu pai precisou resolver algumas coisas importantes de ultima hora e, como eu também respondo pela nossa empresa, vim representá-lo.

– S-sim, bem... Estávamos esperando pelo Sr. Martins, mas tudo bem,vou comunicar imediatamente ao meu chefe e logo daremos inicio à nossa reunião. – Seu rosto corou imediatamente, parecia agora estar preocupado porque logo se desconsertou, devia estar com receio sobre a reunião já que meu pai não estava presente e eu também não pude deixar de ficar preocupada com o que poderia acontecer. Meu pai não pode ir por sua própria irresponsabilidade e estava deixando escapar entre os dedos a nossa oportunidade de reerguer os nossos negócios, temi que o Sr. Bracho não aceitasse a minha presença quando o que esperava era outra pessoa.

Rodrigo saiu da sala e fiquei por alguns instantes ali, sentia um frio no estômago por estar prestes a encarar o homem que confiou a nós muito dinheiro para investir em nossa fábrica, logo agora na primeira reunião que teríamos para darmos um inicio aos nossos projetos, papai não pode ir e eu tive que tomar a frente de tudo, não sabia como seria e mesmo sabendo sobre a minha autonomia para os negócios, sabia também que corríamos um grande risco de perder toda a credibilidade que pelo menos acredito que temos com o Sr. Bracho. Não podia deixar que isso acontecesse, o destino da nossa empresa estava em minhas mãos e faz parte de minha vida, respirei fundo e tentei colocar meus pensamentos em ordem para enfrentar as coisas da melhor maneira possível, para surpreender este acionista tão poderoso e exigente.

#Carlos Daniel narrando#

Rodrigo entrou em minha sala com um semblante preocupado e por alguns segundos permaneceu em completo silencio.

– O que aconteceu agora, Rodrigo? - Perguntei já impaciente.

– Bom... É sobre a reunião que teremos com o Sr. Martins! – Respondeu meio receoso.

– Pois então diga! - Pedi me colocando de pé. – Não me enrole e diga de uma vez, você sabe como odeio isso! - Disse olhando-o seriamente.

– Bom... É que o Sr. Martins não poderá comparecer à reunião! - Rodrigo justificou inquieto enquanto me olhava com receio.

– Quê? - Como assim ele não poderá comparecer? - Perguntei indignado porque apesar de essa reunião não estar marcada com muita antecedência, era de suma importância a sua presença nessa reunião. Uma irresponsabilidade eu diria.

– Mas ele mandou a filha em seu lugar! - Explicou rapidamente.

– Mandou a filha? - Perguntei incrédulo. – Desde o inicio sabia que seria arriscado esse investimento, mas agora tenho absoluta certeza! Se esse senhor não consegue comparecer a uma reunião como pode conduzir uma empresa? - Perguntei profundamente irritado, Rodrigo permaneceu em silencio enquanto eu falava, típico dele.

– A Srta. Martins já está lá fora esperando! - Me informou quando voltei a me sentar.

– Bom, pelo menos ela é pontual. Peça que entre, quero falar com ela antes de passarmos para a sala de reuniões! - Pedi enquanto voltava a organizar os papeis para a reunião.

– Sim senhor, agora mesmo! – Assentiu Rodrigo saindo rapidamente.

Enquanto organizava os papeis da reunião ainda remoia minha raiva, odeio surpresas como essas em minhas reuniões. O que esse senhor estaria pensado?! Investi muito alto para ele ser tão irresponsável assim... Suspirei cansado demais e minha cabeça começava a doer diante de tantas preocupações. Precisava me distrair de alguma forma, estava muito irritado e agora teria de conversar com a filha do homem que emprestei uma fortuna, já previa que isso tudo seria tempo perdido, me levantei e segui até o escritório de um dos advogados da fábrica para que me esclarecesse algumas cláusulas do contrato a ser firmado com o Sr. Martins.

*Paulina narrando*

– Paulina?! – Chamou Rodrigo tirando-me dos meus pensamentos. – O Sr. Bracho está te esperando em sua sala, por favor, me acompanhe.

Segui com Rodrigo até a sala do Sr. Bracho e ao adentrar aquele lugar, notei que era um tanto diferente dos demais ambientes, era uma sala também moderna, porém rústica, com quadros em algumas paredes. Havia algumas esculturas espalhadas pela sala e na mesa e em algumas prateleiras da enorme estante de livros toda em madeira, havia também uma grande parede transparente atrás da mesa que dava acesso à imagem exuberante da cidade. A sala estava vazia, sentia tudo tão misterioso, esse tal Sr. Bracho não aparecia e eu começava a ficar impaciente, nervosa. Observei cada detalhe da sala minuciosamente quando algo me chamou atenção e senti uma corrente elétrica passar rapidamente por todo o meu corpo vindo diretamente dos meus pés até o topo de minha cabeça. Em cima da mesa estava uma placa de identificação e eu não podia estar maluca porque os meus olhos viram algo que me deixou completamente desnorteada.

CARLOS DANIEL BRACHO

PRESIDENTE

Aquilo tudo só podia ser uma brincadeira ou o nervosismo estava tomando conta de mim de um modo que eu começava a ver coisas. Olhei mais uma vez em volta incrédula. “Será?” “Não, não pode ser... Seria muita coincidência... Eu só posso estar vendo coisas...”Pensava comigo mesma. Em meio à tudo o que eu vivi com essa confusão em meus sentimentos depois que conheci Carlos Daniel, o que mais a vida poderia me proporcionar depois de uma casualidade tamanha como esta? Mais uma casualidade.

“Não Paulina, deve ser uma coincidência, não pode ser verdade... Trata de relaxar porque agora você vai ter que resolver assuntos muito sérios” Impus esta ordem a mim mesma e respirei fundo, aproximei-me àquela enorme parede e pus meus olhos diante daquela magnífica visão, a cidade parecia tão pequena e ao mesmo tempo tão grande, ou eu parecia grande por conseguir ver a cidade naquela dimensão e ao mesmo tempo uma sensação de liberdade pairava sobre mim, cruzei os meus braços e enquanto o esperava, contemplava daquela linda vista tentando acalmar os meus pensamentos...

#Carlos Daniel Narrando#

Quando passei pela sala de espera, minha secretária que ainda nem sabia como se chamava, acho que alguma coisa como Marlene ou Márcia, sei lá, nunca guardei seu nome mas isso era o de menos porque ela me comunicou que a Srta. Martins já me aguardava suspirei resignado por perder meu tempo com essa Srta e segui até minha sala. Abri a porta sem fazer barulho e me estanquei no lugar olhando a figura parada a minha frente, não é o que eu esperava. Ela tinha uma figura muito atraente e aproveitei que ainda não tinha notado minha presença para admirá-la, estava parada próxima a enorme parede de vidro da sala e olhava distraída por ela, entrei procurando não fazer barulho e senti um calor percorrer todo meu corpo ao reconhecer a mulher que estava em minha frente, só podia ser uma brincadeira, na mesma hora senti meu coração dar um pulo, mas tratei de acalmá-lo porque talvez eu pudesse esta alucinando, definitivamente eu estava alucinando, Paulina não poderia estar parada à minha frente, só podia ser uma alucinação. Fechei os olhos respirando fundo e tornei a abri-los esperando que a imagem de Paulina desaparecesse, não desapareceu e não pude conter um sorriso de satisfação. “Essa não poderia ser a Srta Martins, filha do meu sócio, ou poderia?”

Aproximei-me ainda mais sem consegui desviar meu olhar da mulher em minha frente, e ao mesmo tempo que sentia um fogo queimando em minha espinha sentia que estava congelando, minhas mãos formigavam nas pontas dos dedos ao me recordar como foi tê-la em meus braços naquela noite, a maciez de sua pele, seu perfume, ainda eram muito vivos em minha memória e a vontade de senti-la entregue em meus braços novamente quase me dominava. Aproximei-me ainda mais parando a apenas alguns centímetros de suas costas e seu perfume invadiu meus sentidos...

*Paulina Narrando*

– Muito linda! – Ouvi uma voz familiar suave dizer.

– Sim, muito! – Respondi sorrindo quando não havia notado que aquela voz... Aquela voz COMPLETAMENTE familiar soou aos meus ouvidos e essas palavras eu já tinha escutado antes, pareceu um déjàvu. O mirante. O reconheci imediatamente. Virei para olhá-lo, e me senti como em câmera lenta quando meus olhos finalmente comprovaram o que acabara de suspeitar. Era ele.E


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam??? Queremos muuuuitos comentários e assim, logo postaremos mais um capitulo pra vcs! hehehe
Bjsss