Quando nos soltamos eu senti um vazio dentro de mim, eu me senti vulnerável, talvez ele seja mesmo o meu porto seguro, mas eu não me entendo, o que nós tivemos foi quase um namoro, foi quase um romance, quase uma história de amor, um quase conto de fadas... Mas do que adianta? Ainda pior que a convicção do não e a incerteza de um talvez é a desilusão de um quase.

–León, você acha que a culpa foi minha? –Perguntei em um som quase inaudível olhando para minhas próprias mãos, e lutando contra os meus sentimentos para impedir que uma lágrima caísse sobre a minha face.

–O que disse? –Ele fala com uma face confusa.

–Você acha que a culpa foi minha? A culpa disso! –Gesticulei com as mãos. –A culpa de ter te perdido, de ter tentado fazer um namoro escondido uma história de amor. –E então lentamente levantei a cabeça, encontrando os olhos verdes esmeralda de León, esses olhos que deixavam fora do eixo. –Você acha que a culpada disso tudo fui eu?

–Violetta, não se culpe. –Ele fala colocando gentilmente sua mão em meu queixo e o erguendo sem brutalidade alguma. –Violetta, entenda um amor verdadeiro não é unilateral, é necessário que venha do lado de ambos, e você pode ter certeza que eu te amei com toda minha alma e coração.

–Te amei? -Eu falo arqueando as sobrancelhas -Como assim, te amei?

–Violetta você entendeu mal, olha para mim e me escute, eu nunca fui realmente sincero com ninguém, exceto você, quando eu me sentia mal, por te tratar com desprezo, era só eu olhar pra você, e ver o brilho que tinha em seu olhar, mesmo você me tratando mal, e com motivo, quando eu te olhava disfarçadamente durante as aulas, via você concentrada, prestando atenção em cada palavra da professora falava, meu mal estar e minha culpa sumia, eu sabia que seria difícil nós ficarmos juntos, do meu ponto de vista era uma coisa impossível. Mas, no dia eu que eu vi você aceitar o pedido de Diego, tive certeza que você seria capaz de levar a sua vida adiante, e eu tive que tirar coragem de algum lugar, para falar o que sinto. –Mesmo com os olhos marejados eu queria saber o que ele quis dizer com “te amei”.

–León, essa não foi a minha pergunta, a minha pergunta foi...

E de repente ouço o celular de León tocar, o que me interrompe e me impossibilita de continuar com a minha questão que buscava desesperadamente uma resposta.

–Licença. –León fala saindo do quarto com o seu celular no ouvido, eu faço sinal de sim com a cabeça.

Logo após poucos minutos, León entra novamente do quarto, na verdade León e mais alguém, a pessoa da qual eu não gostaria de ver, Mayra. Quando a vi passando para aquele cômodo, meu sangue ferveu, estava em ponto e ebulição. A fúria estava tomando conta de mim.

Ela chega perto de mim, e me abraça, eu? Não movo um musculo se quer.

–Oi Viluzinha! Como você esta? –Ela fala com um sorriso forçado nos lábios, e, Viluzinha? Qual é dessa garota? Ela quer morrer?

Mas, se ela é falsa, eu consigo ser mais, nenhuma menina trai a pessoa que eu amo com o meu namorado. (N/A: Isso soa estranho, não? Kk)

–Ai, ai... Estou ótima, e ficar internada em um hospital é só um robe. –Sorrio da forma mais sínica que eu consigo. León arregala os olhos e fica pasmo com a minha resposta.

Mayra fica sem jeito.

–León, nós temos um assunto pendente. –Falo, com a esperança que ele expulse Mayra do cômodo e volte a falar comigo sobre “aquele” assunto.

Mas, ele não fez isso, pelo contrário, ele rodeia seu corpo pela cintura de Mayra, e diz:

–O que é isso Violetta? Você tem visitas, e deve respeita-las, a Mayra se importa com você, e veio lhe fazer uma visita, respeite.

Cerro meus olhos lentamente, e suspiro pedindo paciência para aguentar a Mayra.

[...] Uma semana depois [...]

Estava tudo uma maravilha! Ganhei alta do hospital, voltei a falar com meus amigos, mas, um detalhe impedia minha total felicidade, León.

Ele ainda estava com a Mayra, a garota que roubava seus sonhos, e me colocava no posto de “amiga”. E, o nosso assunto ainda estava pendente, mas, chega! Cansei de esperar!