–Blaine! Pa-para! –Disse a menina gargalhando porque Blaine fazia cócegas. –KURT! ME AJUDA!

–Se acostume Day, ele é impossível! –Gritou da cozinha rindo também.

–Deixe que eu atendo! –Gritou Blaine ao ouvir a campainha. –Aguarde-me...

–Certo. –Falou a menina recuperando o fôlego.

Se passaram dez agoniantes minutos. Kurt imaginou oque fosse pela voz de Blaine meio esganiçada que ouvia, mas não queria parar para pensar.

–A-amor... Pode vir aqui um momento? –Falou com a voz falhada.

–Oque seria? –Perguntou, e Blaine apenas fez um sinal para ele seguir junto.

Dayse estava a se preocupar, ela ouviu o choro e alguns gritos de Kurt.

“Me deem apenas alguns minutos!”

“amor isso não é uma despedida”

“Blaine, eu entendo. Mas e se der algo errado?!”

“Nada de errado vai acontecer”

–Day, pequena... –Kurt falou se agachando e ficando do tamanho dela

–Oque foi Kurt? Está tudo bem com vocês? –Perguntou preocupada.

–Querida... Ai na frente está o conselho tutelar. –Falou Blaine passando as mãos nos cabelos da garota.

–Ku-kurt... oque está acontecendo?

–Quando você veio para cá, era para termos legalmente adotado você, e agora... Teremos que assinar alguns papéis. –Falou fazendo Dayse se acalmar. –Você ira para outro lugar por uns dias...Até terminar tudo isso.

–Pa-para a onde eu vou? –Perguntou a menina secando as lágrimas.

–Para...um orfanato. –Disse Kurt revirando os olhos

–E eu irei voltar?

–Claro! –Assentiu Blaine. –Apenas se você quiser.

–Eu não quero nem sair daqui... –Sussurrou quando Kurt a pegou no colo.

–Eu sei, mas prometo que não vai demorar. –Falou botando-a no carro.

–Por favor, não deixe eles me levarem, eu amo muito vocês. –Falou se abraçando nele. –Por favor papai....

[....]

Quando ele fechou a porta, Kurt desabou. Ele gritava de ódio, e se estremecia de raiva. Blaine estava com ele no colo e tentava o acalmar.

–Amor... é só um tempinho... ela já irá voltar.

–Blaine, ela é nossa filha. Ela nos chamou de pai e disse que nos amava. –Falou se escondendo nos braços do amado.

–Vai ficar tudo bem...ela vai voltar. –Falou. –Prometo que ela vai estar aqui, e prometo que ela vai amar ser mimada por você. –Disse fazendo Kurt soltar uma risadinha. Ele continuou sussurrado coisas para acalmar o noivo até ele dormir.

Ele se levantou, colocando Kurt no sofá vagarosamente para não acordar, e foi arrumar algumas coisas para a menina.

–Porque eles não podem ter um minuto de felicidade? Eu não entendo isso... –Falou secando uma lágrima que escorria, soltando um soluço abafado.

–Amor? Você está bem? –Perguntou Kurt da sala.

–Aham, claro! Eu estou... –Sussurrou a última parte.

[....]

Blaine deixou Kurt dormindo e foi levar algumas roupas para Dayse.

–Day... –Perguntou vendo ela sentada em um canto excluída das outras crianças.

–Pai? –Perguntou a menina abraçando as pernas de Blaine. –Oh... desculpe, não vou te chamar assim se não quiser. –Falou se arrependendo do que disse.

–Eu acho uma ótima ideia me chamar assim. –Disse bagunçando os cabelos loiros da menina.

–Cadê pai Kurt? –Perguntou olhando em volta.

–Ele está organizando algumas coisas para quando você voltar. –Mentiu.

–Vo-vocês querem que eu volte?

–Obviamente que sim.

Blaine ficou mais um tempo junto com a filha e voltou para casa, esperando que Kurt não acordasse.

–Kurt... Amor... –Falou dando beijinhos em sua nuca.

–Hum...?

–Trouxe bolinhos –Falou fazendo Kurt sorrir ainda meio sonolento.

–De frutas? –Perguntou se escondendo no travesseiro.

–Sim. –Sorriu afagando os cabelos do noivo. –Fui levar algumas coisas para Dayse.

–Como Day está? –Perguntou se levantando imediatamente.

–Ela está bem. Ela me chamou de pai. –Falou com os olhos brilhando fazendo Kurt achar adorável. –Temos uma família agora Kurt!!! -Gritou fazendo Kurt rir.

–Imagina se Rachel não tivesse me forçado a ir naquele acampamento? -Disse se jogando para trás e caindo na cama.

–De qualquer jeito ficaríamos juntos. –Disse se deitando por cima de Kurt.

–Posso saber porque o senhor pensa isso? –Perguntou capturando a boca do moreno na sua.

–Porque somos almas gêmeas. É para isso que estamos aqui certo? Para sermos felizes um com o outro, certo?

–Seremos, e para sempre.

“SEREMOS, E PARA SEMPRE”