A Escolha escrita por Leticia R


Capítulo 3
Capítulo 3 ♛ Alexander Dupke


Notas iniciais do capítulo

♛ IMPORTANTE ♛
1 - Primeiro, eu queria dizer sobre a questão de postagem da fic. Vou tentar postar de sete a nove dias cada capítulo, tenho certeza que algumas vezes não poderei cumprir, mas prometo não demorar horrores para o envio.
2 - Recebi muitos comentários com sugestões. Vou tentar seguir cada um deles - Na medida do possível - Então, não se preocupem ( *0* ).
3 - Não deixem de mandar comentários com criticas e sugestões, afinal, eu preciso saber o que vocês estão achando da forma como eu escrevo, ou até mesmo a descrição dos personagens em si.
4 - Não se preocupem se eu acabar demorando para responder os comentários de vocês, eu tenho mania de responder os comentários assim que vou postar um novo capítulo, então não pensem que a escritora não se importa, eu me importo muito, como também leio todos eles!

Acho que é isso...
Uma boa leitura para todas!



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A complexidade de seu olhar era incrível...

Além de seu jeito extremamente carregado de superioridade, ele exercia uma áurea perigosa... Passava-me um sentimento ruim, mas ao mesmo tempo muito emocionante.

Observei-o.

Seu terno azul-marinho já mostrava o grau de futilidade. Um tecido caro como linho só poderia ser adquirido por famílias muito ricas. Já que agora os selecionados podiam escolher usar os ternos de sua preferência - Pelo menos foi como disse meu pai.

Claro que, não havia nada de mais usar um terno de linho. Havia muitos outros participantes que optaram por usar linho... Ao invés de lã fria, algodão ou microfibra. Mas, eu não estava aqui para julgar nenhum deles. Não importava qual tipo de terno eles estariam usando, para mim... Valia o tipo de pessoas que eles eram. Porém, tenho que admitir que de ternos... Eu entendia muito bem, como também podia identificar um apenas fazendo o teste visual.

O rapaz, que por enquanto ainda estava sem identificação, se aproximou de mim. Senti seu olhar pesado pairar em meus ombros nus e depois em meus olhos, me fazendo sentir constrangida.

O barulho de cadeira sendo afastada me fez ficar um pouco insegura por estar em sua presença. Como ele havia entrado aqui tão rápido? E como assim eu não tenho jeito de princesa?Desculpe mas... Quem é você? Meu subconsciente fazia perguntas que queriam ser esclarecidas agora.

Ele se sentou na cadeira almofada e me olhou.

Assim que senti seu olhar sobre mim... Comecei a pensar que talvez eu devesse olhar para ele também. Então o fiz, encarei aqueles brilhantes olhos azuis e senti meu coração batendo rápido.

Não entendia o que estava acontecendo ali, mas eu realmente não conseguia ficar calma. Quem sabe a sua aparência que chamara minha atenção estava me fazendo ficar assim. E tenho que admitir, ele é um rapaz muito bonito.

Katherine, fale algo. Você deve perguntar algo a ele!

– Bom... É, desculpe... Como se chama? – Perguntei sentindo seus olhos se abaixarem.

Ele se endireitou na cadeira e sorriu para mim.

– Alexander - Respondeu de jeito cafajeste.

Assenti enquanto pensava.

Tudo bem... O que devo pergunta agora?

Assim que fui dizer a primeira palavra, senti seus olhos me violarem. O que ele estava fazendo? Avaliando-me? Procurando defeitos? Eu não estava entendendo. Seus olhos permaneciam baixos, porém, se localizavam em lugares totalmente inapropriados. Mamãe... Ajude-me!

Ele voltou seus olhos para os meus e então suspirou.

– Você é bem bonitinha – Ele disse.

Senti minhas bochechas queimarem de rubor. Mas quem ele pensa que é? Então eu estava certa de uma coisa... Ele estava mesmo me avaliando! E eu pensando que ele era apenas um cara sério que dificilmente sorria, mas não! Eu estava completamente errada. Ele parecia mais um pervertido do que um cavalheiro.

– D-desculpe, c-como disse? – Perguntei gaguejando.

Ele soltou uma risadinha muito graciosa.

– Então... Quer saber sobre mim? – Ele me perguntou voltado a ficar sério.

Eu o encarei com muita profundidade. Esse homem era muito estranho. Seu jeito de agir estava me deixando um pouco raivosa. Não gosto de homens petulantes, muito menos aqueles que se achavam donos da verdade, e esse... Esse... Garoto! Estava me deixando irritada.

– Bem eu... N-Não sei... O que você tem para me contar? – Perguntei sentindo raiva, mas ao mesmo tempo, um pouco nervosa.

– O que eu tenho para contar... Hum... – Ele olhou para o teto – Deixe-me pensar... – Ele voltou seus olhos para mim – Eu sou da casta dois.

Eu fiquei sem palavras na hora. Mas o que ele estava dizendo? Ele estava querendo sair da Seleção? Que tipo de homem começa um assunto com uma garota falando de qual casta ele é? Isso nem existia mais!

Algo que certamente muitos agradeceriam a minha mãe. Se não fosse por America, as castas ainda seriam um peso – ou não – para muitas famílias. Mas como meu pai me explicou, e assim como eu acabei lendo em seus livros herdados de seu pai – Meu avô Clarkson – As castas eram sistemas que designavam a cada uma, um determinado atributo e status, econômicos é claro. Pelo o que minha mãe contou, ela era da cinco antes de se casar com o meu pai, claro que, tinha todo aquele esquema de: "Garotas da seleção serão automaticamente promovidas à casta três, caso elas fossem de castas inferiores que a própria casta três". Mas isso não entra no caso.

Tudo o que eu sabia era: Não existia mais castas. Elas só causavam dor para os mais pobres, ainda mais, as castas eram passadas de geração a geração, se você nascesse em uma família de casta oito, consequentemente seria alguém muito sofrido na vida.

Tirei aqueles pensamentos de livros sobre a antiga Illéa – Era assim que a chamávamos – E me concentrei no convencimento de Alexander.

– Perdão, mas... As castas não passam de uma simbologia antiga - Disse estreitando os olhos.

Ele fechou suas pálpebras e as abriu levemente.

– Eu sei, mas eu gosto de dizer que um dia... Eu já pertenci à casta dois – Ele piscou para mim.

Abri a boca querendo rebater seu comentário insolente. Mas a fechei, assim evitaria ficar nervosa.

– Ah, certo. – Suspirei – Perdoe-me novamente Alexander... Hum... Poderia me dizer o seu sobrenome?

– Dupke. Alexander Dupke. – Ele disse enquanto apoiava as suas mãos em cima da mesa, e me encarou por um bom tempo.

– Mas se você quiser se referir a mim como querido... Eu iria gostar. – Ele disse apoiando seu queixo na mesa.

Fechei minhas pálpebras e as abri tentando digerir aquele raio de comentário. Observei seu queixo apoiado na mesa e seus olhos claros vagando por toda a sala. Era realmente incrível a forma como ele se mostrava ligado para tudo. Eu sabia que mesmo ele olhando para o teto, parede, cortinas e chão. Ele prestava atenção atentamente a mim... De uma forma muito discreta.

– Bem, querido Alexander – Disse sarcasticamente a ele – Quantos anos tem?

Ele sorriu ainda olhando para o teto. Alexander virou seus olhos para mim de forma muito sedutora, sorriu e colocou sua cabeça inteira encostada na mesa. Um gesto que eu acabei achando muito fofo da parte dele, afinal, ele havia apenas me mostrado a parte petulante e mesquinha dele. E não o lado sensitivo.

– Isso, mas vamos mudar para querido Alex. Fica mais atraente, não? - Ele perguntou inocentemente.

Subitamente acabei sorrindo para ele. Deixei de lado um pouco da minha primeira impressão e acabei entrando em seu jogo.

– Mas como você havia me perguntado, eu tenho vinte anos de idade.

– Certo, querido Alex – Disse novamente sorrindo sarcástica – Pelo seu sobrenome, pude perceber que você é descendentes de alemão, não é? Por favor, me corrija se eu estiver errada.

Ele tirou sua cabeça da mesa e voltou a sua posição normal.

– Corretíssima. Tenho alemão como língua de origem, mas sei falar Frances também. – Ele disse com o tom superior novamente – Mas como deduziu que o meu sobrenome é alemão? – Ele perguntou curioso.

Sorri para mim mesma.

– Bem, eu não posso negar que gosto muito da língua alemã. Não sou fluente mas, sei bastante.

Alexander chegou mais perto de mim.

– Adoraria conversar em alemão com você – Ele disse.

Meu rosto começou a ficar vermelho. Senti que embolava as minhas mãos de baixo da mesa. Estava voltando a ficar nervosa.

Escutei duas batidas na porta e levantei meus olhos. Um dos guardas adentrou silenciosamente na sala.

– Princesa Katherine, seu pai pediu para que eu viesse lhe dizer que, talvez fosse melhor estender a conversa para um passeio no jardim. Já que restam apenas dois selecionados... – O guarda dizia suas palavras de forma receosa.

Olhei para Alexander, que retornou meu olhar.

– Ah, claro nós... Já estavam terminando, por favor, peça para que o próximo selecionado espere do lado de fora da porta principal. – O guarda assentiu e assim, saiu da sala.

Alexander suspirou e olhou para mim com cuidado.

– Bem, acho melhor me despedir... Afinal, sei que não vou ficar aqui. – Ele se levantou da cadeira.

Mas o que ele está falando?

– E-Espere, Alexander. – Ele olhou de cima para mim – Por que acha que não vai ficar?

Ele pensou por um tempo, e então se sentou novamente. Seus olhos me fintaram e então se fecharam por um breve momento.

– Você disse mais cedo que queria conhecer cada selecionado da forma mais honesta possível. Eu estou me apresentando da forma mais honesta para você, afinal, eu sou assim. E pelas suas expressões faciais muito bem capitadas, tenho certeza que eu não lhe agradei. Por isso, é melhor eu me preparar para voltar para casa. – Ele abriu seus olhos lentamente, de um jeito mais sedutor do que o gesto anterior.

Ele se levantou novamente e arrastou a cadeira.

– Obrigado pela sua atenção – Ele se curvou da mesma forma que antes, mas dessa vez ele estava sozinho – Princesa Katherine.

♛♕♛♕♛

– Então? Como foi meu amor? – Minha mãe grudou em mim assim que sai da sala de escolha.

– Acho que ocorreu tudo bem, não sei mãe, mas e... – Olhei para o lado e vi meu pai.

Maxon carregava algumas folhas em sua mão.

– Ah! Katherine – Ele olhou para mim – Minha querida. – Seus olhos escuros me encararam – Então, você sabe quem vai ficar e quem vai sair? Já disse a eles?

Observei meu pai e suas folhas. Ele parecia estar muito apressado. Sua papelada dizia a respeito da seleção, pude ver Joel, um dos selecionados presente na foto.

– Falar para eles? Falar para eles o que? – Perguntei inocentemente.

Meus pais se olharam.

– Não me diga que você não... ? Katherine, não disse para os rapazes quem iria ficar e quem iria para casa?

Olhei para America. Ela retornou seu olhar de forma muito doce.

– Eu não sabia que eu deveria falar par... – Maxon bufou.

Ele olhou para mim com certo desprezo. Senti-me mal a receber tal repreensão. Meu pai era muito rígido, tinha que confessar, mas ele raramente me olhava daquela forma. Seus olhos se estreitavam e assumiam uma posição disciplinada.

– Pensei que tivesse lhe dito o que era para fazer. Pensei que tinha repetido isso para você, mais de dez vezes.

– Maxon, ela apenas esqueceu. Não repreenda a sua filha por esquecer algo tão... Simples de ser resolvido.

Maxon virou seu olhos para America.

– Esqueceu? Eu não esqueci na hora, por que ela esqueceria? – Ele voltou seus olhos para mim – Entre naquele salão e resolva isso.

Comecei sentir meus olhos encharcando. Por que tudo o que eu fazia estava errado? Para o meu pai, é fácil dizer o que é certo e o que é errado, afinal, ele é o rei. Ele é o superior aqui.

Meu pai percebeu os meus olhos, e então, me olhou com ternura.

– Kat, por favor... Não, não chore querida. – Ele olhou para a minha mãe e depois voltou seus olhos para mim – Desculpe-me se pareci bravo, Kat. Não chore, por favor, você sabe que eu não sei lidar muito bem com choro, principalmente vindo você.

Uma pequena lagrima rolou dos meus olhos.

– Tudo bem, eu só... Vou concertar isso para você.

– Espere, Kat... – Minha mãe chamou pelo meu nome, mas eu não virei meu rosto.

Nunca está bom para ele. Nada do que eu faço o agrada. Nada do que eu falo o agrada. Ele nunca está satisfeito comigo.

Assim que me encaminhava para o salão, pude ouvir minha mãe cochichando no corredor.

~ Por favor, digo isso para a sua própria sanidade. Não deixe as feridas que você tem do seu pai te corroerem, daqui a pouco, você ficará igual a ele. ~

♛♕♛♕♛

Assim que entrei no salão. Os rapazes se posicionaram da mesma forma que antes.

Observei Mark, um dos selecionados que eu havia gostado muito. Assim que o olhei, ele sorriu docemente. Arthur tinha olhos levemente puxados, pelo o que me contou, sua mãe era Coreana e seu pai Italiano. Robert tinha um charme incrível com seus cabelos castanhos extremamente brilhosos... Um rapaz muito interessante. Victor, com seus olhos mais verdes que o meu vestido. Joel, baixinho porem muito engraçado... E Alexander. Petulante, arrogante e audacioso.

Havia outros pelos quais eu havia me encantado... E gostaria muito de conhecê-los melhor.

– Bom, como sabem, tenho que escolher os que ficarão, e os que voltarão para casa. Os nomes que eu chamar, com todo o respeito, se encaminhem para o outro lado da sala.

Escutei a porta do salão ser aberta. Olhei para trás e vi meu pai e minha mãe andando lentamente até mim. Virei novamente para os rapazes.

– Vamos começar... – Suspirei. Peguei o papel com os nomes anotados e comecei a dizer.

Albert, Gabriel, John, Ethan, Joel, Jack, Dante, Peter, Rans, Mark, Jordan, Colin, Jace, Oscar, Jeremy, Robert, Patrick, Erick, Arthur, Victor, Hunter, Kevin, Carter, Bryan e Alexander.

Assim que Alexander se deslocava, ele olhou para mim. Seu olhar sério me fez gelar. Será que era uma boa ideia deixa-lo ficar? Afinal, eu não sabia nada sobre ele... Como também, Alexander ao mesmo tempo em que fora arrogante e petulante, me pareceu um pouco suspeito ao analisar todos os detalhes da sala.

– Agora, pode deixar comigo. – Meu pai sussurrou no meu ouvido.

Virei para ele e lancei um olhar triste. Ele percebeu a minha reação e dessa vez, e não segurou a minha cintura.

– Aqueles que a minha filha não chamou, por favor, fiquem em seus lugares. Os outros podem seguir Gina, até a sala de jantar. Em breve iremos nos juntar a vocês.

E que a verdadeira Seleção...

Comece...


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Notas finais do capítulo

Então? Bom?
Como disse acima... Quero comentários sobre o que vocês estão achando, ok? Prometam que irão fazer, ok? - Meu Deus, quanto OK - rsrsrsrs
Até o próximo capítulo amores.
Beijos e tchau!
Leticia R.