Too Late escrita por gui


Capítulo 2
Capitulo 02


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem



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A fumaça branca saia da água quente que caia em sua pele. Ele usou o sabonete que estava no banheiro, que não tinha o cheiro dela e em poucos segundos saiu do banho, indo para seu quarto.

– eu estava... – ela entrou em seu quarto, ele ainda estava somente enrolado na toalha e ela não pode negar o desconforto que sentiu, ele sorriu e isso mostrou que ele sabia o quanto estava a deixando sem graça, mas ela não foi embora, simplesmente voltou a falar.

– estava pensando em comermos alguma coisa fora, assim você pode conhecer um pouco a cidade, o que acha? – ela perguntou, não tinha nada em sua geladeira que fosse digno de uma visita, ela não costumava comer em casa.

– por mim tudo bem. – ele disse passando a mão no cabelo ainda molhado, fazendo o músculo do seu braço se contrair. Ela sorriu sem jeito e saiu, o esperando na sala.

Ele não demorou muito, estava vestido em uma calça jeans claro e uma camisa polo azul marinho. Ela o levou a um restaurante próximo ao centro. O lugar era calmo e simples, Nick logo se sentiu em casa. A comida não demorou a chegar e eles começaram a comer.

Catherine se esforçava para conter o riso, seus olhos já se enchiam de lágrimas e sua barriga doía. Ela respirou com uma profunda inspiração tentando conter o riso. Ela limpou as lágrimas, aliviada quando conseguiu parar sua risada desenfreada. Ela tinha que admitir que não ria assim a muito tempo e só mesmo Nick e suas histórias de sufoco para fazê-la gargalhar até a mandíbula doer.

O evento em questão não tinha sido tão engraçado quando aconteceu, mas agora ele podia fazer piadas sem nenhum remorso. E quando ela riu descontroladamente de uma forma estranha tudo pareceu ter mais graça, apenas vendo como seus olhos se tornavam pequenos quando seu sorriso os atingia, ou como o som da sua gargalhada era o som mais doce que ele se lembrava de ter ouvido. Alguma coisa dentro dele surpreendentemente se ascendeu, uma coisa que ele não fazia a mínima ideia de que isso já estava lá antes.

– com certeza você faz mais falta do que o Grissom. – ele disse dando uma garfada na sua comida. Comida de avião definitivamente não é suficiente para manter um homem do seu tamanho de pé. Catherine sorriu sem entender o que isso queria dizer.

– prefiro mil vezes o seu decote a cara barbuda do Gil. – ela corou, mas Nick mal percebeu pois ela era branca demais e ficava vermelha por qualquer coisa.

– você está sendo cruel.

– está certa, não é uma comparação justa. – ele disse sorrindo docemente para ela. Eles terminaram seu almoço regado a risadas e foram para o prédio do FBI onde Catherine trabalhava. Mais uma vez dirigindo por ruas impecáveis.

A cada porta que eles cruzavam ela precisava usar seu crachá para destravar as trancas de segurança. Ao chegarem ao sexto andar ela cumprimentou seu novo assistente desajeitado e Nick fez o mesmo, entrando em sua sala logo atrás dela. O lugar era impressionante e bem parecida com a sua no departamento, com o dobro de tamanho, mas não deixando seu toque pessoal de lado.

– é uma bela sala. – ele comentou fechando a porta atrás de si.

– sempre briguei com o Grissom por minha sala ser do tamanho de um armário, mas agora acho isso desnecessário.

– você merece tudo isso. – ele disse se sentando em frente a ela. Ela estava radiante, parecia estar completa, satisfeita com sua vida e com suas escolhas e isso se chama estar livre. E ela se sentia livre, se sentia leve, como se nada lhe faltasse ou sobrasse demais. Nick ficou feliz em vê-la assim.

– acho que escolhi o emprego errado. – ele disse fazendo-a sorrir pelo que pareceu a milésima vez naquele dia.

– acho que seu treinamento vai começar. – ela apontou para um pequeno alvoroço no meio do corredor em frente a sua sala com paredes de vidro.

– eu te espero aqui quando terminar. – ele acenou com a cabeça e se levantou, caminhando para se juntar as pessoas, sem deixar de dar uma ultima olhada nela através do vidro.

O treinamento foi maçante e bastante cansativo, mas Nick acredita que possa fazer bons proveitos do que será ensinado ali. Quando ele passou por sua sala ele viu que ela estava acompanhada por um homem grisalho, mas que não parecia ser muito velho. O homem era alto e tinha um ótimo físico para sua idade. Ele resolveu esperar no corredor até que ele saísse. Os dois pareciam estar em uma discussão, mas Nick não podia ouvir nada do que era dito. Ela olhou momentaneamente para ele, enquanto continuava a falar com o homem grisalho, fazendo gestos de incredulidade. Nick sabia que ela estava descontente com alguma coisa, ele aprendeu a ler seus sinais em todos esses anos.

– Dave, sabe que eu não tenho autoridade alguma aqui dentro. Agora se você que tem anos de casa acha que isso não é nada quem sou eu para contrariar. – ela disse ao homem encostado a sua mesa com os braços cruzados, em seu terno de cindo mil dólares, a sua armadura.

– ele é de longe o melhor racker que já investigamos, acha que ele iria brincar com a nossa cara. Ligando e apagando luzes, fazendo elevadores pularem andares ou trancando e destrancando portas aleatoriamente? – ele se moveu, com a mão na cintura empurrando o terno para trás. Ela olhou novamente para Nick que a esperava pacientemente encostado a um balcão de recepção.

– se ele conseguiu de alguma forma entrar em nosso sistema de segurança, ele já teria feito algo mais grave. Deve ser apenas uma falha simples no sistema, alguém da manutenção tirando um coxilo; vou verificar.

– você está certo, vamos ver se conseguimos alguma coisa para chegar até ele. – ela disse, querendo dar fim naquele assunto. Ela sabia como Davi nunca perdia uma, ele poderia argumentar até vencê-la pelo cansaço facilmente.

– está fazendo um ótimo trabalho, continue assim. – ele disse e saiu de sua sala. Ela suspirou e pegou seu casaco indo de encontro a Nick.

– está pronta para ir? Posso esperar se ainda tiver o que fazer. – ele ofereceu e ela sorriu balançando a cabeça.

– não, estou pronta para ir para casa. – ela respondeu enquanto eles caminhavam até o elevador. Eles esperaram até o numerador de andares mostrar o sexto andar e as portas se abrirem. Uma mulher vestida elegantemente em um salto saiu deixando o elevador vazio. Ela cumprimentou Catherine quando passou por eles.

Os dois entraram no elevador e as portas se fecharam. O elevador não se moveu e Catherine apertou o botão para o térreo e então o elevador desceu em um solavanco. Ela se agarrou ao braço de Nick e as luzes se apagaram. Ela apertou seu braço ainda mais forte com as unhas, ela estava com medo. Ela sabia que tinha alguma coisa errada com a segurança.

– Nick. – ela sussurrou encostando seu corpo ao dele quando o elevador deu mais um solavanco para baixo. Ele passou o braço em volta da sua cintura a segurando firme.

– está tudo bem. – ele disse no mesmo tom do seu. Catherine estava pronta para despencar seis andares abaixo, talvez eles não morressem, mas com certeza ficariam seriamente feridos. Talvez esse racker só estivesse esperando uma oportunidade para se vingar dela por estar na sua cola e agora ele tinha a situação perfeita. Ela e alguém que não importava em um elevador que ele controlava e que poderia simplesmente fazê-lo cair livremente até atingir o solo com... Seus pensamentos se esvaíram quando ela sentiu a respiração de Nick se misturando com a sua própria. Ela não podia ver nada nessa escuridão, mas ela podia sentir seu batimento cardíaco contra seu peito e sentir o quanto ele estava próximo dela.

Tudo bem que ela não deveria estar pensando sobre isso agora quando sua vida poderia simplesmente acabar agora, mas o corpo musculoso dele estava tão quente e seu halito refrescante batendo contra ela em uma respiração pesada, fazia seu corpo se amolecer em seus braços.

Ela cheirava tão bem e estava tão próxima em seus braços que Nick mal se lembrava de que o elevador estava com defeito. Ele sentiu o sangue correr mais rápido em suas veias quando ele se aproximou ainda mais dela, seus narizes se encostaram e ele a sentiu se endurecer em seus braços, como se estivesse fazendo algo contra a vontade. Mas esse não era o caso ela estava sentindo uma necessidade desorientada de sentir os lábios dele nos dela.

Eles ficaram nesse momento por longos segundo até que a luz se ascendeu. Entao eles perceberam que estavam mais próximos do que esperavam, seus olhares se fixaram como se estivessem buscando um no outro uma declaração de que eles estavam sentindo a mesma coisa, tentando fazer isso parecer menos loucura do que era. A porta se abriu abruptamente e Catherine saltou de seus braços se afastando e respirando pesadamente.


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Notas finais do capítulo

digam o que acharam, aprecio vossas opinioes! rs'