Impossible escrita por Bebê Panda


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora ;)



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POV Jade West

Acordei e senti uma mão cercando-me. A mão de Beck. Tirei-a cuidadosamente e virei-me para encará-lo. Ele ainda dormir. Era tão estranho estar aqui, com ele. Se alguém me dissesse que isto ia acontecer eu não acreditaria, mas isto está a acontecer. Toquei no cabelo dele. Sempre quis fazer isso, mas em cinco anos que o conheço nunca tive a oportunidade de faze-lo. E se eu apaixonar-me pelo Beck? O que será de mim? A minha mãe deu-me permisso para depois divorciar-me dele, mas eu não sei se quero faze-lo, nem sei se quero casar-me com ele. Estou muito confusa. E o que será de mim se eu me apaixonar por ele e depois nós nos divorciarmos? Eu iria sofrer e eu percebi que neste mundo nenhum garoto merece as lágrimas de uma garota, por experiencia própria, infelizmente. Suspirei e levantei-me. Peguei o meu celular e tinha seis mensagens, parece que as pessoas sentiram a minha falta. Li a primeira.

De: Mãe

Para: Jade

Jade, eu dei folga aos empregados e por isso tens que ir comer fora e de preferência com o Beck, se não tiveres dinheiro tiras do teu cartão que já fiz uma transferência de dinheiro.

Segunda voltamos, se quiseres podes ir dormir a casa da Cat, ou podes chama-la para dormir em nossa casa.

Bjs, mãe.

Só a minha mãe que gosta de enviar mensagens gigantes. Como ela pode dar folga aos empregados!? Eu vou morrer sem eles! Pelo menos carregou o meu cartão e eles só voltam segunda? Que viagem de negócios demorada. Não lhe vou responder, ela depois vai acabar telefonando-me.

De: Cat

Para: Jade

Jadey! *-*

Ouvi dizer que querias falar comigo! Onde estás?

Bjs fofa

Agora ela pergunta onde eu estou? Ontem passei o dia inteiro falar com ela e ela nada. Pois agora não vou falar com ela. Próxima mensagem de quem? Tori.

De: Tori

Para: Jade

Oi!

Onde estás? Não te encontro.

Responde, okay?

Bjs

Provavelmente o André deu-lhe um fora. Coitada. Depois falo com ela, agora tenho um garoto para acordar e mais três mensagens para ler. E a próxima mensagem… Também é da Tori.

De: Tori

Para: Jade

Porque não me respondes?

A Cat apareceu aqui a falar que estás zangada com ela!

Dá sinais de vida!

Tenho muita pena dela. Ouvir a Cat é uma tarefa muito difícil, mas mesmo assim ela é a minha melhor amiga. E a próxima mensagem é do Logan?!

De: Logan

Para: Jade

Jade, mamãe pediu para dizer-te que se quiseres o Beck pode dormir em nossa casa já que estais noivos… Mas não façam nenhum bebé.

Só o Logan para pensar isso. Eu não planeio ter filhos aos 19 anos e com o Beck, ele passasse de vez em quando. A próxima mensagem é da Denisa. O que a Cat fez desta vez?

De: Denisa

Para: Jade

A Cat dormiu em tua casa?

Mais uma vez a dormir fora de casa? Ela esta tornando-se como eu, mas eu pelo menos aviso os meus pais de que vou dormir fora. Espero que os meus filhos não sejam assim, se é que eu tiver filhos. Eu acho as crianças muito irritantes e quando elas choram porque querem um chocolate… Não sei como as mães os aguentam porque se fosse eu, nem imagino o que lhes faria. Mas não vou pensar agora em isso, porque tenho que acordar o Oliver.

– Levanta-te. – Falei tocando o seu ombro, mas ele nem sequer reagiu. – Beck! – Falei em um tom alto de voz, mas mesmo assim ele não acordou. Não vou perder o meu tempo em acorda-lo. Fui para o banheiro, para fazer a minha higiene matinal. Sai do banheiro enrolada em uma toalha e olhei para a minha cama. O idiota do Beck ainda dormia. Como ele poder dormir tanto tempo? Dá igual. Fui até ao meu closet e comecei a olhar para as minhas roupas todas, tentando escolher uma para vestir. Acabei por escolher uma roupa casual demais, afinal hoje não vou fazer nada a não ser ficar em casa a ver filmes de terror, brincar com as minhas tesouras e tomar café. Quando acabei de me vestir percebi que o Beck já estava a acordar.

– Até que enfim! – Falei revirando os olhos.

– O quê? – Perguntou confuso.

– Eu tentei acordar-te mas tu não reagiste. – Falei e ele riu.

– Não tenho culpa. – Falou.

– Okay, okay. – Falei. – Importas-te de ficar até segunda comigo? – Perguntei e ele me olhou confuso.

– Porquê? – Perguntou.

– Porque não quero ir dormir a casa da Cat, a mãe dela dá-me medo e também não quero que ela venha a minha casa. – Respondi.

– E não tens outros amigos? – Perguntou.

– Tenho, mas não quero ir dormir a casa deles e muito menos quero que eles venham para cá. – Falei.

– Se os meus pais deixarem-me ficar aqui até segunda eu fico, mas se não… Não vou poder fazer nada. – Falou levantando-se e vestindo-se. Ele só estava em uma cueca box e aquele tanquinho perfeito que ele tem… O quê!? Eu não posso pensar em isso…Agora.

– Agora eu vou a minha casa, daqui a algumas horas volto. – Falou saindo do meu quarto. Suspirei. Como eu permiti que a minha vida se tornasse assim? Noiva de um garoto que odeio, mas ao mesmo tempo acho que sinto alguma coisa. Só mesmo eu para fazer uma coisa assim. Uma pessoa normal nunca chegaria a esse ponto. Desci as escadas até á cozinha para fazer um café e quando ele estava pronto fui para a sala e sentei-me a ver televisão. De longe pude ver um vulto na varanda que tinha a sala. Rapidamente levantei-me e sai para a varanda com a minha tesoura. Fiquei um tempo na varanda para tenter ver alguma coisa, mas como não vi nada voltei para casa, mas quando entrei senti alguma coisa acertar as minhas costas com força e cai no chão. Tentei levantar-me, mas não consegui, a dor que sentia nas costas era insuportável. Senti lágrimas formarem-se nos meus olhos e depois alguém me puxou pelo cabelo me atirando contra o sofá. Eu não conseguia emitir qualquer som. Já no sofá olhei para quem era a pessoa que me estava a fazer isso, mas mais uma vez, vi três pessoas com máscaras na cara. O que eles querem agora? Para que eles estão a fazer isto? A quem é que eu fiz o que para me querer matar?

– É desta vez. – Um deles falou.

– Sim. – Falou outro apontando a arma para mim. É agora que eu vou morrer. Fechei os olhos com força e ouvi um disparo, mas não senti dor alguma. Será que eu morri e nem reparei nisso? Abri os olhos e vi Beck a segurar uma arma e um dos três homens sangrava do braço. Logo a seguir eles perceberam que não me iam conseguir matar e começaram a correr em direção da varanda, e assim desapareceram.

POV Beck Oliver

Cheguei a minha casa e lá vieram as perguntas da minha mãe de onde estava, porquê, com quem… Perguntas típicas dela. Expliquei-lhe tudo o que se passou e ela deixou-me dormir em casa da Jade. Fui para o meu quarto, tomei banho, mudei de roupa e peguei mais algumas roupas, já que vou dormir na casa da Jade. Despedi-me da minha mãe e fui em direção da casa da Jade. Toquei a campainha, mas ninguém abriu, por isso, abri-a sozinho. Deixei a minha mochila na entrada e fui andando até há sala. Antes de entrar pude ouvir alguém dizer “É desta vez” e ouvi aquele som das armas que se faz quando alguém esta prestes a disparar. Não pensei em nada e tirei a arma que tinha na minha mochila e entrei com cuidado na sala e disparei num dos homens que lá estava. Eles perceberam a minha presença e fugiram pela varanda. Tentei ir atrás deles, mas ouvi o choro da Jade vindo da sala e isso me impediu. Fui até ela e ela estava sentada no sofá, com as mãos em torno dos joelhos e a soluçar alto. Sentei-me ao seu lado no sofá.

– Jade…Fala comigo. – Comecei, mas ela não me respondeu. – Por favor… - Continuei e ela me abraçou ainda chorando.

– For…Foram…Eles…Ou…Outra…Vez… - Falou entre soluços.

– Eles quem? – Perguntei e ela não respondeu, apenas chorou. Eu me senti impotente, não podia fazer nada para ela parar de chorar. Passado algum tempo ela se acalmou e parou de chorar e desfez o abraço.

– Os que me atacaram da outra vez. – Respondeu e eu suspirei. Eu me sinto culpado. Se eu não tivesse saído ela estaria bem.

– A culpa é minha… Eu não deveria ter-te deixado aqui sozinha. – Falei.

– A culpa não é tua, e sim minha porque eu fiz alguém odiar-me ao ponto de me matar. – Falou forçando um sorriso.

– Não vou discutir contigo. – Falei.

– Vamos fingir que isto não aconteceu? – Perguntou, eu queria dizer não, mas eu sabia que ela não aceitaria isso como resposta.

– Tudo bem. – Falei e ela sorriu de canto.

– Já volto. – Falou levantando-se e virando-se de costas para mim. Pude ver que a blusa dela estava manchada de sangue.

– Eles magoaram-te? – Perguntei e ela parou.

– Um pouco… Mas não foi nada. – Falou virando-se para encarar-me.

– Tens a certeza de que não foi nada? Tens sangue nas costas.- Falei e ela pareceu surpresa.

– A sério? – Perguntou confusa.

– Sim. Eu acho que é melhor ires a um médico. – Falei e ela negou com a cabeça.

– Não. Se eu for para lá cinco minutos depois aquilo vai estar cheio de fotógrafos. – Falou, ela tinha razão, mas os machucados podiam infetar-se.

– Então deixa-me cuidar das tuas feridas. – Falei e ela pareceu querer negar.

– Okay. – Falou e eu levantei-me e fui com ela até ao banheiro. Fiz os curativos nas costas dela que estavam todas arranhadas. Depois fomos para a sala ver televisão. A Jade obrigou-me a ver filmes de terror com ela. Estávamos sentados cada um em um canto do sofá, mas pude reparar que de vez em quando ela olhava para mim.

– Já vi este filme. – Falou Jade desligando a televisão.

– Ei! Eu estava a ver! – Reclamei e ela deu de ombros.

– Eu não me importo. – Falou levantando-se.

– Onde vais? – Perguntei quando percebi que ela ia sair.

– Buscar o meu celular para encomendar uma pizza. – Falou. – É que eu não quero morrer há fome. – Falou. Ela encomendou uma pizza e o resto do tempo ficou deitada no sofá a falar sobre coisas estranhas e ignorando as perguntas que eu fazia.

– Vais continuar a ignorar-me? – Perguntei.

– E depois, tipo, ela ficou meio louca… - Falou.

– Podias parar de me ignorar? – Perguntei.

– Não. – Respondeu e continuou a falar sobre coisas sem sentido e ignorando totalmente a minha presença, o pior é que ela fazia isso para me irritar. Por fim chegou a nossa pizza e a Jade calou-se para comer. Era estranho ficar em silêncio com ela, porque não é um silêncio confortável e sim um silêncio constrangedor. Depois de comermos ficamos a ver um filme que estava a passar na televisão e a ouvir os comentários negativos vindos da Jade sobre o filme. Quando fomos dormir já eram 23.00 horas, mas desta vez a Jade praticamente obrigou-me a dormir no quarto de hóspedes. Estava quase a adormecer quando ouvi a porta abrir-se e fechar-se. Depois senti alguém ao meu lado na cama. Queria abrir os olhos e ver quem era, mas a minha preguiça era maior que isso. Ouvi alguém falar o meu nome, e percebi que era Jade.

– Estás a dormir? – Perguntou, mas eu não lhe respondi. Ela bufou e deitou-se ao meu lado. Então ela vai dormir aqui? Senti que ela estava de costas para mim. Também senti que estava prestes a dormir e passei o meu braço pela cintura dela puxando-a para mais perto de mim. E foi assim que adormeci. Junto a ela.


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Notas finais do capítulo

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