– Betty! – gritava à morena tentando alcançar a loira que só fazia balançar a cabeça e andar mais rápido. - Será que dá para me conta o por que de você está agindo feito uma lunática?

A loira não respondeu só abriu a porta da mansão e entrou deixando a mesma escancarada, os gêmeos observavam tudo calados. A menina parou no meio da sala.

– Eu não sou lunática Selena! – gritou para a surpresa de todos na sala.

– Por que ficou daquele jeito? – perguntou a amiga calma.

– Não foi nada. – sussurrou.

– Pois eu não acredito!

– Eu não ligo- se virou e subiu as escadas apressadamente, batendo a porta de seu quarto logo depois.

A morena observava à amiga subir furiosamente as escadas e pensou até em ir atrás dela mas sabia que ela precisava de um tempo a sós para pensar e se acalmar.

– O que houve?- perguntou Leo entrando na sala e sentando-se no sofá.

– Queria saber. –respondeu a Sagitariana;

Stive entrou na sala também, olhando para os lados á procura de certa loira.

– Onde ela está? – perguntou ofegante.

– Foi pra lá... mais acho que não é uma boa você ir falar com ela agora.

– Eu preciso falar com ela. – ia seguir o trajeto de Betty quando a morena o segurou.

– Meu amigo, eu conheço ela a tempo suficiente para saber que se você for lá agora, no bom humor que ela está... Não saíra vivo daquele quarto. Por que acha que somos há tanto tempo amigas? Somos parecidas, por mais impossível que pareça. – deu uma piscadela.

– Eu preciso falar com ela.

– Mais não vai, contente-se em sentar seu traseiro no sofá e ficar quietinho ai.

[...]

A morena deu três batidas na porta antes de colocar só a cabeça para dentro.

– Posso entrar? – perguntou com receio.

– O quarto também é seu, não é? – respondeu dando um sorriso fraco.

– Eu que costumo ser a rabugenta, volte a seu papel de menina doce. – falou sarcástica. Aproximou-se da loira e sentou do seu lado da cama. A menina não estava com uma cara muito boa, sem maquiagem, o cabelo em um coque no topo da cabeça, e os olhos levemente vermelhos como se estive chorado á alguns instantes.

– Ei. O que houve? – a morena odiava ser a boa samaritana, afinal, não era de seu fetiche, mais se tratando de Betty, ela sempre fazia uma exceção... Afinal era sua melhor amiga.

– Não foi nada. – tentou parecer animada, mais sem sucesso.

– Qual é Betty, você sempre foi péssima mentirosa. – soltou uma risada de deboche. Recebendo um tapa da amiga.

– Já você, é a melhor contadora de mentiras que eu conheço. Lembra da diretora Willer? Ela acreditou que não foi você que havia pixado o armário da Natália. – as duas começaram a rir, se lembrando.

– Como uma pessoa é pega, com spray de tinta na mão, e ela ainda acredita?

– Você sempre nos arranjou encrenca. – riu a loira.

– Mais também nos tirei de todas elas.

– Ok, isso é verdade. – as duas riram e Betty encostou-se na amiga até adormecer.

[...]

A alguns metros dali...

–Como elas conseguiram? – falou uma voz por detrás dos arbustos.

– Elas acabaram com o nosso metamorfo. Por acaso tem idéia do quanto é difícil encontrar um? E a aranha? Nossos aliados estão passando de piada nas mãos daqueles malditos adolescentes!- falou outra voz, dessa vez mais sombria.

– E o que vamos fazer? Nossos planos não estão dando certo.

– Não está tudo perdido. A loira, Betty, descobriu o que o namoradinho é. E assim a desunião começa. – deu um sorriso macabro, que podia ser visto mesmo com o capuz.

– Então o metamorfo não foi de total desperdício, afinal.

– Ele pode ter não comprido sua missão, mais não foi inútil. Agora é só esperar. – os dois seres encapuzados somem por dentre os arbustos.

[...]

No outro dia de manhã, a loira levantou-se e tomou uma bela ducha, o que a ajudou. Depois de colocar uma roupa fresca, acordou a amiga, esperou-a de arrumar e assim saíram as duas para tomar café da manhã.

– Bom dia! – exclamaram os gêmeos juntos.

– Bom dia. - respondeu Selena com seu mau humor matinal. A loira apenas pegou café e permaneceu em silêncio.

Os meninos, Leonardo e Stive saíram da cozinha trazendo pães de queijo e sentaram-se à mesa.

– Bom dia. – falou Leo para Sel que apenas acenou com a cabeça.

– O clima ta tão confortável gente. – falou Isaak irônico, recebendo uma cotovelada do irmão. – O que? Estou falando a verdade, parece até um funeral.

Selena se remexeu na cadeira desconfortável com o ritmo que o assunto tomara.

– Não sei do que está falando, está tudo normal, não acha Sel?

– Tanto faz. – respondeu revirando os olhos.

Os meninos comeram seus desjejuns calados, as meninas levaram as coisas para pia e sentaram no sofá. Betty preferiu ir para o quarto e ler um livro qualquer para passar o tempo. O moreno achou a oportunidade perfeita para falar com a loira

A menina que estava concentrada no livro ouviu três batidas na porta.

– Sel, eu já disse que n- a loira foi interrompida por Stive.

– Não é a Selena. Precisamos conversar Betty. – fala fechando a porta e encarando a loira que o olha séria.

Continua...