Proteção do destino! escrita por ThePrincess


Capítulo 1
A Briga!




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Acordei assusta essa noite. Tive aquele sonho de novo. Eu devo ser a única semideusa que não tem sonhos diretos. Eles são enigmáticos, me sinto ouvindo uma profecia toda noite.

Me levantei da cama e foi ao banheiro. Lavei o rosto e voltei a cama. Podia sentir a presença dele. Novamente eu sentia aquele monstro horrível me lembrando minha tarefa para o dia seguinte. A qual eu nunca conseguia realmente concluir.

Bom, meu nome é Reyna, sou uma semideusa filha de Bellona, a deusa Romana da guerra. Eu moro sozinha. Sou solteira, bom, mais ou menos. Eu to ficando com Piper McClain, mas não é nada sério embora eu a ame muito.

Faz alguns meses que descobri que sou uma semideusa. Mas não contei pra Piper ainda. Só quem sabe é a minha irmã Hylla.

Mas desde que voltei pra casa, venho tendo sonhos com o irmão gêmeo do monstro que matei duas semanas atrás. Ele aparece nos meus sonhos.

Mas eu só vejo a casa da Piper, ela deitada dormindo no quarto dela e quando eu sinto que vou acordar aparece a imagem dele rindo.

Eu sinto que ele vai machucar ela, mas se ele encostar nela eu vou fazer ele sofrer mais do que eu fiz o irmão.

Quando voltei a cama, me deitei e fiquei escutando a nossa música. Minha e da Piper até adormecer dessa vez sem sonhos. Acordei as nove da manhã e me levantei. Tomei banho e me arrumei. Em frente ao espelho, já pronta, respirei fundo e falei comigo mesma tentando tomar coragem.

- Vai logo Reyna... Seja forte... Ela precisa saber! – Hoje eu vou finalmente contar para a Piper que sou semideusa. Estou com medo mas ela precisa saber. Não posso esconder isso pra sempre, principalmente se tiver que protegê-la.

Peguei meu carro, eu tenho 19 anos, e fui dirigindo até a casa da Piper. Cheguei lá e sai do carro, respirei fundo novamente e toquei a campainha. Ela veio até mim e me deu um selinho.

- Estava com saudades! – Ela falou e eu senti uma pontada no coração como se fosse a última vez que iria vê-la. A puxei e a beijei, precisava sentir os lábios dela nos meus pelo menos uma última vez.

- Reyna! – Ela falou após pausar o beijo e me olhou. Meus olhos cheios de lágrimas e ela logo ficou preocupada. – Rey, o que aconteceu? – Ela falou acariciando minha bochecha.

Eu amava quando ela me chamava de Rey, e os dedos delicados dela provocava uma sensação deliciosa nos no meu rosto.

- Nada Pipes, eu to bem! – Falei da forma menos convincente.

- Não mente pra mim, por favor! – Ela falou e pegou na minha mão me levando até a cama dela. Ela se sentou e eu me deitei com a cabeça no colo dela. Na parede haviam muitas fotos nossa o que me fez chorar mais ainda. Ela me abraçou e depositou um beijo na minha testa.

- Rey, o que aconteceu?

Ela perguntou de novo e eu ainda chorando finalmente falei.

- Eu vou embora Piper... Eu vou embora pra sempre! – Sim, eu disse isso. Você deve estar se perguntando como eu vou protegê-la assim né?! A resposta é simples. Não vou, pois não precisar. Se eu for embora, ela não vai correr mais riscos e eu vou manter a única pessoa que realmente amo além da Hylla, segura.

- Reyna, por favor, diz que isso é uma piada! – Ela falou se levantando me encarando com aqueles olhos escuros. Em outro momento aquele olhar seria excitante, mas ali, era triste pois ele nunca mais seria o mesmo.

- Eu queria que fosse! – Falei me sentando colocando as mãos no rosto escondendo minhas lágrimas.

Ela se sentou ao meu lado, mas ela não chorava, ela estava séria. Seu olhar transmitia dor e isso doeu muito mais em mim.

- Rey... – Ela falou mas parecia não ter o que falar.

- Mas eu tenho uma coisa a mais pra falar! – Falei secando meu rosto e a olhei.

- Só que essa é muito mais complicada e possivelmente você não irá acreditar!

Ela me olhou me incentivando a falar e eu peguei na mão dela.

- Sou uma semideusa Pipes, eu sou filha de uma deusa romana.

Ela me olhou como se perguntasse: Você está louca? Mas ficou em silêncio.

- Não estou louca Pipes, eu descobri sobre a minha mãe faz alguns meses e eu...

- Meses? – Ela me interrompeu e eu deixei uma lágrima escorrer.

- Pipes..! – Tentei falar mas ele me due um tapa no rosto que me deixou sem reação.

- Piper?? – Falei e ela começou a chorar.

- Vai embora! – Ela falou e eu tentei falar mas minhas palavras não saiam e recebi outro tapa.

- Piper! – Falei voltando a chorar e ela gritou.

- Vai embora Reyna... Agora! – Ela falou e eu já não conseguia parar de chorar.

- Pipes! – Falei e ela me deu outro tapa.

- Você tem noção do que eu passei sem saber que era sua culpa? – Eu juro, não entendi nada do que ela falou.

- Eu fui humilhada, perdi minha própria honra e foi por sua culpa! – Ela falou gritando e me deu outro tapa e eu saí do quarto correndo até a sala.

Fiquei sem reação. Do que ela estava falando? Eu sequei meu rosto e ela me jogou um caderno. Me abaixei a tempo e ela seguiu gritando e me xingando.

- Vai embora,e nunca mais me procura! – Ela falou chorando e eu não sabia se era de ódio ou de tristeza.

Eu queria relutar, gritar e pedir desculpas mas ela estava certa. Eu deveria ir. Então tirei meu colar de coruja e joguei pra ela.

- Algo pra se lembrar de mim além do ódio!

E dito isso eu saí da casa.

Entrei no carro chorando. Coloquei a nossa música e fui pra casa.

Ao chegar fechei o carro e fui direto pro banheiro. Tirei toda a minha roupa e tomei um longo banho.

Me deitei na cama após o banho, e novamente aquele sonho. Dessa vez mais claro o que me enfureceu de um jeito sem explicação.

Piper estava deitada e um rapaz loiro acariciava seu rosto. Seu rosto estava vermelho como se ela tivesse apanhado e após estender minha visão, ela estava nua.

Em questão de milésimos a imagem do rapaz mudou e pude vê-lo. Essa é a vingança dele por eu ter matado seu irmão. Meu ódio só cresceu e eu me acordei chorando.

***

Na outra manhã, eu acordei mais calma. Me levantei, tomei banho e tomei um café preto quente e me arrumei. Tinha treinamento em batalhas hoje e precisava me distrair. Coloquei a camiseta do acampamento e segui de carro até o local “secreto” onde se localizava o acampamento.

Passei a tarde treinando. Eu e meu amigo Octavian. Era tarde da noite quando terminamos.

- Dorme aqui, não é pra sair tarde! – Ele falou e me levou até seu chalé. Eu dormi na cama e ele no chão e novamente o mesmo sonho, dessa vez apenas via ela deitada nua na cama enquanto apenas ouvia a risada daquele, literalmente,monstro. Quando acordei vi uma flecha cravada ao lado da minha cabeça, li ela e comecei a chorar acordando Octavian. Mas antes que ele falasse algo pegou o bilhete e o leu. Ele se vestiu rapidamente e me jogou uma espada, e uma adaga com veneno na lâmina.

- Temos um monstro pra matar Reyna! – Ele falou e eu recebi as armas.

Respirei fundo e larguei o bilhete sobre a cama e me levantei. Respirei fundo e empunhei a espada de ouro.

- Eu tenho um monstro pra torturar Octavian! – Falei e saímos correndo até o meu carro e logo até a casa da Piper.

O bilhete sobre a cama diz:

“Já disseram como a morena é ótima de cama? Você deve saber não é?! Mas ninguém mais saberá depois de amanhã... Te vejo de manhã Reyna... Será que chega a tempo de dar uma última olhada da Piper viva?”


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