A morte da bezerra escrita por Laura Uzumaki


Capítulo 8
Max é bilíngue


Notas iniciais do capítulo

Bom dia!



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Acordei com gritos e uma batida insistente na porta. Max se levantou primeiro, correndo até meu quarto e gritando coisas como “gato... Fogo... Janela!”. Levantei-me também, abrindo as cortinas. Foi quando eu vi. Gato. Fogo. A destruição. Era o fim do mundo dos doces.

– Abra a porta! – ordenei. Max saiu do quarto e poucos segundos depois escutei a voz de duas criaturinhas na minha casa. Fui até a sala. O Alan e a Fani estavam lá, ambos com uma expressão preocupada.

– Precisamos de abrigo! – Fani exclamou.

– Não vai adiantar – eu disse – ele vai nos esmagar, como a todos.

– Isso é terrível. – Fani falou, já chorando.

– Espera – eu pedi – onde está o Max?

– Aquele duende? Eu o vi correndo para fora. Quem é ele? – o Alan perguntou. Mas eu sequer respondi. Apenas sai de casa arrastando rapidamente as rodinhas da cadeira.

Então eu vi a terceira coisa mais esquisita da minha vida. O gato gigante que antes estava destruindo a cidade, pisoteando casas, doces e tudo mais, agora estava sentado – desajeitadamente, em cima de algumas rosquinhas – conversando... Com o Max. Aproximei-me dos dois, tremendo, e perguntei para o duende, que agora descobri ser mais doido do que eu imaginava:

– Você fala gatês?

– Eu não tinha muito o que fazer em casa. – ele explicou.

– Mesmo? Existe curso de gatês pela internet?

– É claro! – Max exclamou, parecendo muito contente. O gato miou. – Essa aqui é a Lorenza. Posso ficar com ela?!

– É óbvio que não, Max! Por favor, diga que ela não é bem-vinda aqui.

– Mas ela é legal. E não tenha a intenção de ferir ninguém. O fogo foram os doces que jogaram. E ela está machucada!

– Diga para ela ir.

– Eu não posso. Ela é como eu. Você ficou comigo. Ela também precisa de ajuda. Por favor.

– É diferente. Agora, mande a Lorenza ir.

– Não posso deixá-la sozinha. Desculpa. – o duende disse, preparado para voltar ao lugar de onde a gata tinha vindo. Com ela.

– Um minuto. – eu disse – Dois dias. Arranjarei um lugar onde ela possa ficar. Presa, é claro. Para termos certeza de que ela não machucará ninguém. E depois, partiremos. Todos nós.

– Todos nós?

– Tenho uma coisa para resolver.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Beijos, até a próxima.



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