Paixão Além da Coroa 3 - O Amor Atravessa Gerações escrita por God Save The Queen


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Gente lindaaa, como estão? Eu prometo postar com mais frequência agora que eu estou de férias, ok? E gente, eu estava escrevendo um capítulo aí (eu não vou falar qual) e comecei a chorar, acreditam? Ai, acho que vocês vão chorar também! T.T
Anyway, espero que gostem desse! :)



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>>o Ponto de vista: Angie

– Agora me conta tudo o que você sabe, Angie. - perguntou Ed assim que pisamos dentro do nosso quarto.

– Por favor, Edward, não me pressione. - falei e ele riu.

– Edward? Pressione? O que aconteceu? A Angelina que eu conheço não me chamaria assim, muito menos daria uma de donzela perdida e mimada. - falou a verdade, é claro.

– Eu sei, Ed. É que se eu te contar você vai pirar, e isso não vai ser muito legal. - Ed sentou na poltrona e me encarou de um modo avaliativo.

– Pode começar, Angie. - eu suspirei e sentei de frente pra ele.

– Pois bem, eu sei onde Harry e Clary estão.

– E onde eles estão?

– Parque particular. - falei apenas, mas ele já tinha levantado.

– Você sabia e não disse nada? - Edward estava visivelmente exaltado, ou seja, nada bom.

– Eu descobri hoje á tarde. Conversei com Clary sobre isso ontem, eu não sabia que ela faria isso.

– E por que você não contou pra gente assim que descobriu? - perguntou quase na porta.

– Porque eu não queria que vocês estragassem o momento deles. Olha, Ed, a Clary levou o Harry pra longe por um motivo: Fazer com que ele esquecesse dos problemas que tem aqui, se você pertubá-los, esses problemas vão voltar rápido demais na cabeça dele. Entendeu?

Edward pareceu considerar o que eu disse, embora não estivesse contente com isso. Mesmo assim, ele voltou para poltrona e respirou bem fundo.

– Acho que ele precisa mesmo de um pouco de espaço. Pensar vai fazer bem a ele. - falou, finalmente.

– Eu sei. Eles vão voltar quando acharem necessário, não se preocupe. Além do mais, Clary é ajuizada, ela sabe o que está fazendo.

– Eu espero mesmo, porque tudo o que faltava agora era mais um problema. - falou colocando a mão na cabeça.

– Ed, você já pensou se eles se apaixonam um pelo outro? - perguntei e ele me encarou sério.

– Claro que pensei, ia ser um caos. A Ana ia ser a primeira a barrar e atrapalhar eles dois. - falou e eu suspirei.

– Você iria impedir?

– Claro que não. Eu e você, mais do que ninguém, sabemos o quão louco pode ser o amor.

– Verdade! - falei rindo. Lembrei de todos os momentos malucos que passamos porque eu e Ed tínhamos nos apaixonado.

– Pois bem, e o que faremos agora? - perguntou Ed indo ao banheiro.

– Nada. Vamos esperar eles chegarem pra saber o que fazer, simples assim. - falei e ele riu.

– E seja o que Deus quiser.

>>o Ponto de vista: Clary

Acordei com uma vontade louca de continuar dormindo, eu confesso que a cama estava quente e confortável. Abri os olhos devagar e Harry fazia o mesmo, estávamos bem próximos um do outro, minha perna estava em cima da sua e seu braço estava em volta da minha cintura. Muito constrangedor!

– Bom dia! - falou sorrindo.

– Bom dia! - eu falei bem baixinho porque ainda estava vermelha, e só então que Harry percebeu, mas não tirou a sua mão de mim.

– Dormiu bem? - perguntou olhando dentro dos meus olhos, o que não ajudava em nada na concentração.

– Dormi sim e você?

– Como um bebê. - falou com a voz embargada de sono.

– Nós temos que levantar! - falei, mas nenhum dos dois se mexeu. A minha perna ainda estava entrelaçada com a perna dele, e o braço dele agora apertava (mas de um jeito suave) a minha cintura.

– Eu não quero levantar! Estou muito bem aqui, obrigado!

– É sério, Harry. Temos mesmo que fazer alguma coisa, afinal vamos pra casa hoje. - falei e ele me deu língua.

– Não seja tão chata, Clary. Sabe quantas vezes eu posso dormir e enrolar na cama sem ter hora pra acordar?

– Tudo bem, mas só mais dez minutos. - falei e ele sorriu como uma criança.

– Obrigado, então quer falar sobre o que?

– E se fizermos o roteiro do nosso dia?

– Tem outra opção não? - perguntou sorrindo. E estávamos brincando de novo.

– Não gosta de planejar? - perguntei e ele semicerrou os cílios em sinal de desafio.

– Você não acha mais divertido quando não se planeja?

– Gosta de surpresas?

– Quem não gosta de surpresas? - eu ia perder feio, mas tudo bem ainda estava de manhã. Eu ainda podia virar esse jogo.

– Tudo bem, Harry. 2x1, mas não vai ficar assim por muito tempo.

– Veremos minha cara, Clarisse. Veremos! - falou me fazendo rir.

– Pelo jeito, você gosta dos clássicos.

– Gosto muito. Ainda mais aqueles que envolvem Londres.

– Tem razão, alguns são mesmo incríveis! Agora temos mesmo que levantar. - falei e ele murchou.

– Só mais um pouquinho, Clary. Por favor! - falou fazendo biquinho. Por um tempo, eu sorri, mas depois eu me mantive firme.

– Não, Harry. Você já teve os seus dez minutos, agora nós vamos levantar!

– Tudo bem, mas antes eu quero testar uma coisa! - falou com um sorriso que me deixou receosa.

– O que você vai fazer?

– Você sente cócegas? - perguntou já apertando a minha cintura. Eu não consegui responder, porque estava ocupada demais rindo.

Harry não me deixava respirar direito e eu estava ficando vermelha.

– Chega, Harry. Chega! - falava entre risos, mas ele obviamente não parava e ria junto comigo.

– Pronto, agora sim! - falou virando pro lado.

– Seu sem graça. Agora, é a sua vez! - e foi a minha vez de fazer cócegas nele.

Harry sentia cócegas nos mesmos lugares que eu, o que tornava tudo mais fácil. E de uma hora pra outra, ele segurou a minha cintura com as duas mãos e me puxou.

– Nada de fazer cócegas em mim, engraçadinha. - falou e eu fiquei sem reação. Eu estava perto de mais do seu rosto, perto o suficiente para sentir a respiração do seu peito contra o meu.

– Tudo bem, aprendi a lição. - falei devagar, tentando controlar a minha respiração. Mas em vão, é claro. Afinal, Harry ainda estava sem camisa, seus olhos encaravam os meus e eu nem sabia mais o que estava fazendo.

Era como a cena dos filmes que eu tanto amava, e era nessa hora que o mocinho beijava a mocinha, mesmo que eu estive esperaçonsa (por dentro), eu tinha medo.

– Clary, o que você quer?

– Como assim?

– Você está me encarando como se esperasse que eu fosse fazer alguma coisa. O que você espera que eu faça? - seus olhos estavam ardendo de ansiedade, mas eu não ia dar essa alegria a ele.

– Quero que você me solte. - menti descaradamente, e vi seus olhos quase mudaram de cor de tanta decepção, mas por fim ele sorriu.

– Você mente muito mal! - embora ele disesse isso, ele me soltou e eu levantei.

– Eu não... - comecei, mas ele me interrompeu.

– Não fala nada, para de mentir pra você mesma primeiro. Aí depois a gente conversa sobre isso! - e ele simplesmente entrou no banheiro e trancou a porta. Eu sentei na cama de novo e soltei o ar que eu não percebia que estava prendendo.

Mentir pra mim mesma? O que ele quis dizer com isso?

"Clary querida, nós sabemos exatamente o que ele quis dizer com isso."

Mas se eu fingir que eu não sei torna tudo mais fácil.

"Clary, ele tinha razão em uma coisa pelo menos."

Em que?

"Quem não gosta de surpresas?"

– Pronto, Clary. Pode entrar no banheiro, enquanto eu faço o café da manhã. - ele saiu do quarto e bateu a porta. Ele não parecia estar chateado, só frustrado.

– Ótimo, Clary. Você conseguiu o que queria! Genial! - falei pra mim mesma. Peguei a minha roupa e entrei no banheiro, ainda pensando na minha última "discussão" com o Harry. O que eu ia fazer?

>>o Ponto de vista: Harry

Eu estava visivelmente chateado, e o pior de tudo era que eu não queria estar. Embora eu quisesse muito que a Clary assumisse que ela queria me beijar, eu não entendia porque estava decepcionado.

"Harry, nós dois sabemos a resposta."

"Consciência, explique direito, por favor."

"Harry, você está começando a se apaixonar por ela."

"Ah, essa foi ótima! Qual a próxima piada?"

"Estou falando sério. Você começou a olhar ela de um jeito diferente, e sabe disso só não quer admitir."

"Deixa de ser idiota!"

"Harry, você mesmo disse que a Clary deveria parar de mentir pra si mesma, mas você não quer olhar para o seu eu."

"Consciência, você nunca foi tão irracional!"

– Harry, o que aconteceu? Você está com a expressão séria! - falou Clary descendo as escadas.

– Nada, eu só estava pensando.

– Discutindo com a consciência? - eu não respondi, mas a encarei e ela sorriu. - Eu também faço isso.

– Eu sabia que eu não poderia ser o único! - falei meio aliviado, meio nervoso.

– Estava pensando no que? - perguntou ela indo em direção a cozinha. Eu temia que ela fizesse essa pergunta.

– Em você! - falei sinceramente e ela ficou tensa.

– No que especificadamente? - perguntou sem olhar pra mim. Clary estava tentando se concentrar em fazer waffles.

– Eu já disse. Nós só vamos conversar sobre isso quando estiver pronta pra ser totalmente sincera comigo e consigo mesma.

– Então talvez nunca teremos essa conversa. - falou e eu revirei os olhos.

– Do que tem tanto medo? - eu estava bem perto dela dessa vez e ela me encarou, só que ela não parecia estar constrangida ou nervosa, seu olhar era firme.

– Eu tenho medo de beijar você e querer mais, e mais. Tenho medo de me apaixonar por você e você me ignorar. Tenho medo, Harry, de seguir meus impulsos e acabar chorando rios de lágrimas dentro de um avião.

Eu fiquei sem fala na hora, eu não esperava essa reação dela. Não antes do café da manhã. Como eu não respondi nada, Clary voltou a fazer o que estava fazendo como se nada tivesse acontecido.

– Você quer mel nos waffles? - perguntou tranquilamente.

– Quero sim. - falei devagar e ela me entregou um prato cheio.

– Prontinho!

– Clary, eu... - comecei, mas ela me interrompeu.

– Nós só vamos conversar sobre isso quando estiver pronto pra ser totalmente sincero comigo e consigo mesmo.

Eu fiquei constrangido por ela ter usado a minha frase contra mim, mas ela não estava mentindo. Eu não estava pronto pra ter um romance que tinha data de validade, muito menos agora que eu tenho que casar.

– Que horas você pretende sair? - perguntei tentando mudar de assunto.

– Logo depois do café da manhã, não quero que nossos pais fiquem preocupados por muito tempo.

– Acho que eu vou dar uma olhada na estrada antes da gente ir. - falei e ela franziu as sobrancelhas.

– Por quê?

– Porque nevou ontem, tem a chance de a estrada estar complicada. - falei e ela assentiu.

– Tudo bem, mas não esqueça o casaco. - falou ela me fazendo rir.

– Don't worry, mom.

– So funny, Harry. – falou revirando os olhos.

Levantei do sofá e peguei o casaco. Assim que abri a porta o frio me atingiu, estava congelante do lado de fora. Caminhei devagar até o carro, demorou um pouco para o motor ligar, mas ele finalmente arrancou. Não acelerei muito até entrada porque deu pra indicar o problema logo de cara.

>>o

– Clary, temos um problema! - falei assim que passei pela porta.

– O que aconteceu?

– A nevasca de ontem bloqueou uma parte da estrada, a outra parte está muito lisa, ou seja, tem 98% de chance do carro derrapar.

– Droga! E o que a gente faz agora?

– Provavelmente, eles vão limpar e liberar a estrada. Mas só daqui a 24 horas.

– Você está sugerindo que a gente espere aqui? - perguntou

– E você tem alguma ideia melhor?

– Eu só não quero que nossos pais fiquem muito preocupados.

– Só se for os seus pais, porque os meus pais essa hora devem estar fazendo o que fazem todas as manhãs normalmente. - falei e ela me encarou.

– Eles também se preocupam com você.

– Eu sei, só que eles têm outras coisas pra se preocupar.

– E o que a gente faz agora?

– Vamos conversar sobre o tão temido assunto. - falei e Clary olhou pro nada.

– Tem certeza? - perguntou e eu fiquei de frente pra ela.

– Tenho sim. - falei firme e ela respirou fundo.

– Tudo bem. Vem, vamos sentar! - falou me levando até o sofá.

>>o Ponto de vista: Angelina

– Ed, temos um problema. - falei e ele me encarou. Eu estava no escritório de Edward e ele não estava com um humor muito bom.

– O que aconteceu? - perguntou.

– A estrada que liga onde Harry e Clary estão a Londres está bloqueada pela neve, então eles não vão conseguir voltar.

Edward me encarou sério e suspirou, imediatamente ele começou a escrever algo.

– Nós vamos soltá-los agora! - falou levantando, mas eu bloqueei a passagem.

– Não, não vamos. Você vai ignorar isso tudo e vai me deixar agir.

– Angelina, eu tenho certeza que você não vai tirar a neve da estrada, então não vou deixar isso nas suas mãos.

– Ah, você vai sim. Porque também quer ver o seu filho feliz, e ele está feliz com a Clary lá.

– Angie, eu sei o que você está fazendo. Você está dando uma de cupido e está tentando juntar aqueles dois, indiretamente. Mas eu não vou deixar isso acontecer.

– Você vai deixar, porque se tem alguém que se preocupa com o futuro da Inglaterra esse alguém é você. E o meu medo é de que Harry case com alguma meretriz, e ela seja a rainha.

– Então a sua solução é fazer com que ele se case com a Clary? - perguntou e eu sorri.

– Exatamente! - Ed me encarou por um momento.

– Você é louca! - falou sentando novamente.

– Acho que você soube disso assim que entrou no meu carro lá no Rio de Janeiro, querido. - eu sentei na sua frente com um sorriso.

Eu bolei esse plano assim que vi o jeito como Harry olhou pra Clary na hora que ela saiu do carro. Ele não olhou pra ela como uma garota qualquer, ele a desejou de um jeito diferente. E isso foi o suficiente para a ideia formar na minha cabeça.

– E se eles não quiserem nada um com outro? - perguntou e eu dei um riso irônico.

– Ed, se Harry não quisesse nada com Clary, ele não a chamaria pra sair tantas vezes. E se ela não quisesse nada com ele, não o arrastaria para um lugar afastado para o Harry pensar. Eles já estão se apaixonando um pelo outro.


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Notas finais do capítulo

Gente eu mereço reviews, não é?
Beijooos de mel!
E até a próxima! :)



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