Paixão Além da Coroa 3 - O Amor Atravessa Gerações escrita por God Save The Queen


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Genteeee, eu dedico esse capítulo a Gabyyoliveira porque eu quero e porque ela é uma fofa! rs
Eu prometo muita confusão e amores nesse capítulo, ok?
Espero que gostem! :)



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>>o Ponto de vista: Clary

"Harry me beijou, confere?" Confere. "Beijou na bochecha, confere?" Confere. "Foi impulsivo e intenso, confere?" Não sei, foi um beijo na bochecha. "Clarisse querida, se você apenas um beijo na bochecha você não estaria pensando nisso encarando a água ferver."

Eu estava focada nisso a toa, foi apenas um beijo na bochecha por que eu fiquei assim? Talvez, porque eu não estava esperando e ele me puxou pelo braço. Mas mesmo assim, foi diferente. O Harry se provou um garoto diferente do esperado e isso estava me deixando maluca, tudo seria mais fácil se ele simplesmente fosse um idiota, egocêntrico e egoísta, mas ele é mais sensível e problemático do que o esperado.

Tentei concentrar a minha mente na sopa que eu ia fazer, comecei a cortar os legumes e já tinha colocado a água pra ferver. Assim que coloquei tudo no fogo, ouvi o chuveiro sendo desligado. Cinco minutos depois, Harry apareceu vestindo um conjunto de moletom cinza, seu cabelo ainda estava molhado e ele o sacudia com as mãos, seus olhos pareciam brilhar e ele estava lindo.

– A comida já está pronta? - perguntou ficando do meu lado.

– Ainda não. - falei mexendo na panela.

– Mas o cheiro está indo lá em cima. - falou pegando a colher da minha mão.

– Porque está quase pronto. Aproveita que você está com a colher e vigia a sopa enquanto eu tomo banho.

– Tudo bem, só não demora muito porque eu não sei o que estou fazendo. - falou e eu sorri.

Subi correndo e escolhi minha roupa, já que Harry estava de moletom eu também estaria. A água estava bem quente e relaxante, eu quase esqueci da vida quando Harry gritou falando da sopa.

– Estou descendo. - gritei. Quase voltei pra água assim que saí do chuveiro. Coloquei a roupa e penteei o cabelo deixando solto e caindo no meu ombro.

– Clary, você está demorando. - falou na ponta da escada.

– Eu estou descendo, Harry, não me irrita.

– Desculpe. - falou sem graça, me deixando confusa.

– Tudo bem.

A sopa estava pronta, então eu dividi em dois pratos e os levei pra sala, que ficava em um cômodo do lado da cozinha com uma mesa pequena e dois sofás de veludo.

– Vamos sentar no tapete? - perguntei colocando os pratos em cima da mesinha.

– Por mim. - falou dando de ombros.

Ele começou a comer em silêncio, embora me lançasse olhares a cada cinco minutos me deixando incomodada.

– Aconteceu alguma coisa, Harry? A comida está ruim? - perguntei e ele riu.

– Não, nada disso. Eu só percebi o quanto está bonita. - falou me deixando surpresa e sem reação por um momento.

– Eu to de moletom e sem maquiagem. - falei e ele riu mais ainda.

– E isso te deixa mais bonita, porque está natural. - eu não sabia o que responder, mas não podia ficar quieta.

– Obrigada. - eu encarava o meu prato sem parar.

– Não precisa ficar constrangida, Clary, só porque eu falei a verdade.

– Eu só fiquei surpresa. - falei levando o prato pra pia.

– Você não costuma ganhar elogios? - perguntou Harry colocando seu prato dentro da pia também.

– Mais ou menos. Mas ainda assim foi diferente. Fala sério, eu estou de moletom. - Harry riu e sentou no sofá encarando o nada.

– Sinto que você tem preconceito com moletom.

– Talvez eu tenha mesmo. - eu sentei bem perto de Harry e ele percebeu. Embora estivesse surpreso, me abraçou e eu encostei minha cabeça em seu ombro.

Eu só podia estar pirando, mas e daí? Estava frio e isso não significa nada, certo? "Errado, querida. Errado!"

>>o Ponto de vista: Angie

– Ana, por favor, fique calma. - falei e ela me encarou sério, de um jeito quase frio.

– Estamos falando da minha filha, Angelina. Não me peça pra ficar calma. - eu estava surpresa com o olhar dela, de alguma forma não parecia ser a Ana que eu conhecia.

– Eu sei, Ana. Mas a Clary é maior de idade, ela sabe o que está fazendo.

– Mas no meu país, Angelina, ela é uma criança! - o clima estava (evidentemente) tenso. Edward e Lucas estavam esperando a poeira abaixar para intervir.

– Ana, eu sei que está preocupada. Mas ela é ajuizada, tem a cabeça no lugar, não ia fazer nenhuma besteira.

– E se ela sofresse influência do seu filho?

– Isso inclui como besteira. - Ana riu, mas sem humor. Ela sentou no sofá do escritório de Ed e colocou as mãos na cabeça.

– O que eu vou fazer? - perguntou mais pra ela mesma do que pra mim.

– Nós já estamos fazendo, mas eles são maiores de idade então as coisas vão ser meio lentas. - falei, mas ela nem olhou pra mim.

– Ana, se acalma, ta? Clary está ótima, eu tenho certeza! - Lucas estava assustadoramente calmo.

– Lucas, para de agir assim! Como se nada no mundo pudesse te atingir, é a nossa filha, poxa.

– Eu sei, Ana. Eu sei!

– O que você acha que aconteceu com eles? - perguntou Ana olhando pro chão.

– Sinceramente? - perguntou Lucas encarando a esposa dele.

– Sim, por favor.

– Eu acho que ela fugiu e arrastou Harry junto. - falou ele deixando todos na sala chocados.

– Você acha que isso foi ideia dela? - perguntei e ele sorriu.

– Sim, é isso que eu acho. Embora Harry seja mais desse tipo, ele não fugiria assim. Ele pode até não ser parecido com o Edward, mas ainda sim é filho dele, e não ousaria algo tão grande. Mas Clary, não. Ela é parecida demais comigo, e eu aposto que ela viu ele chateado e quis tirar ele daqui o mais depressa possível.

Ninguém sabia o que dizer diante desse fato. Claro que sabíamos que eles tinham fugido, mas que a idealizadora do plano era a Clary pra mim era novidade. Se bem que conhecendo meu filho como conheço ele não fugiria assim, ele provavelmente iria para uma balada e estaria se agarrando com alguma garota por aí, mas fugir nunca. Sabíamos que eles tinham pego o carro mais discreto e tinham roubado algumas coisas da cozinha, algumas roupas, utensílios, enfim eles pretendiam passar, pelo menos, a noite fora.

Mas pra onde será que eles iriam? Para um hotel não porque Harry é conhecido pelo mundo todo. Então nada de local público, então pra onde? Depois de um tempo deu um estalo no fundo da minha mente. Mas era óbvio, eu tinha conversado sobre um local com a Clary ontem que ninguém nessa sala saberia. Mas ela saberia que eu ia me lembrar, então porque foi pra lá? Porque ela queria que alguém soubesse o paradeiro deles caso acontecesse alguma coisa. Essa garota era inteligente, ela sabia que se eu descobrisse não ia fazer nada pra mudar o fato, e sabia que eu acalmaria todos e não deixariam fazer alarde.

– Mas é óbvio. - falei, infelizmente, alto demais.

– O que é óbvio? - perguntou Ana.

– Lucas tem razão, Harry é tudo menos idiota. Ele não ia fugir assim! - falei, mas Ed olhou pra mim não convencido.

– Ah, sim. O melhor é não fazer escandâlo, mas deixar a polícia procurar, sem descobrirem que o herdeiro sumiu. Isso acarretaria em um caos com a imprensa. - falou Edward me encarando, ele não tinha acreditado em mim, e sabia que eu escondia algo. Eu sustentei o olhar por um tempo, e assenti devagar. Ele entendeu, conversaríamos mais tarde.

– Que se dane a imprensa. Eu quero minha filha agora. - falou Ana levantando.

– Ana, você quer que sua filha seja exposta? Porque é isso que vai acontecer se a imprensa souber dessa história. - falei e ela me encarou.

– Não, não quero. Então que seja do jeito que vocês acharem melhor, mas por favor, achem a minha filha.

– Claro, não se preocupe com isso. - falei pensando que naquela hora, ela deveria estar muito melhor que nós.

>>o Ponto de vista: Harry

Eu estava tendo uma conversa agradável com a Clary, ela sabia o que falar na hora certa. Depois de um certo tempo, ela tinha encostado sua cabeça no meu colo e eu estava mexendo no seu cabelo loiro e encaracolado. Esquecemos da hora quando ela bocejou de repente.

– Que horas devem ser? - perguntei e ela fechou os olhos.

– Não sei, o meu celular está lá em cima. - falou.

– Então vem, você tem que ir pra cama.

– Mas aqui está tão confortável. - Clary abraçou o próprio corpo e respirou fundo.

– A cama, com certeza, é mais confortável que o sofá. Então, por favor, não seja teimosa.

– Está bem. - falou levantando a contragosto.

– Ótimo!

Eu andei atrás dela em direção ao quarto, mas assim que abriu a porta ela pensou na situação que estava prestes a complicar.

– Harry, como a gente...? - começou, mas eu completei.

– Vai dormir no mesmo quarto? Bom, pode dormir na cama. Eu durmo no tapete. - falei sendo um perfeito cavalheiro, embora dormir no chão não estivesse nos meus planos.

– Eu não posso te deixar dormir no chão, provavelmente ele vai estar congelante.

– Então o que você sugere? - perguntei. Clary olhou pra cama e pra mim diversas vezes tentando considerar a situação pesando as consequências e os termos. Ela estava bastante concentrada.

– Se você prometer se comportar, pode dormir na cama comigo. Mas só se prometer que vai ficar quietinho e não vai tentar nada, ok?

– Prometo! - falei sorrindo. Ela pareceu pensar no que tinha acabado de fazer, mas não podia voltar atrás, então começou a puxar as cobertas.

– Harry, pega os cobertores que a gente trouxe. Esses que estão aqui estão cheirando a mofo.

– Tudo bem. - falei.

Desci as escadas pensando em como seria a nossa noite. Eu prometi pra ela que não ia tentar nada, e não ia mesmo, mas ainda sim, ia ser mais estranho pra ela do que pra mim, tenho certeza.

– Harry, vamos logo. Eu estou congelando aqui. - gritou ela.

– Desculpa, eu já estou indo.

Clary estava ligando a lareira automática quando eu cheguei, e ela parecia muito satisfeita com o resultado.

– Se vamos acender a lareira, por que precisa dos cobertores? - perguntei e ela me encarou como se eu fosse idiota.

– Já percebeu a distância da lareira para a nossa cama? Ela vai demorar muito pra aquecer o quarto todo, além do mais se apagar de madrugada a gente vai morrer congelado.

– Nossa cama? - perguntei rindo e ela ficou ligeiramente vermelha.

– Você só prestou atenção nisso? - eu confesso que foi.

– Claro que não! Então arrumou a cama? - perguntei fugindo do assunto.

– Sim, eu vou só escovar os dentes pra dormir. Você vai deitar junto comigo? - perguntou entrando no banheiro.

– Vou fazer o que acordado sozinho? - perguntei e ela riu.

– Você sempre responde uma pergunta com outra pergunta? - eu ri e ela se trancou no banheiro

Enquanto isso, eu encarava a cama e pensava nos meus pais. Eu sei, "você vai deitar com uma garota gata agora na mesma cama e está pensando nos seus pais?" Mas eu não consigo evitar. Será que quando a gente voltar eles vão querer nos matar? Ou será que eles vão nos abraçar aliviados? Se bem que abraçar não faz muito estilo do meu pai, então a primeira opção provavelmente será a verdadeira.

– Muito bem, já pode entrar. - falou depois de dez minutos.

– Estou indo.

>>o Ponto de vista: Ana

Deitei na cama meio receosa, as coisas não estavam saindo como eu tinha planejado, mas eu não estava exatamente reclamando. Eu e Harry estávamos avançando no nível da amizade rápido demais e eu estava começando a me arrepender de ter arrastado ele pra tão longe.

– Viu? Esse é o tempo necessário para escovar os dentes, no máximo cinco minutos. - mas eu não estava prestando atenção no que Harry estava falando.

– Por que você está sem camisa? - perguntei e ele riu da minha reação.

– Porque eu não consigo dormir com camisa. Mesmo no frio eu durmo sem camisa, espero que não se incomode. - falou sentando na cama.

"Como eu vou conseguir dormir se você ficar sem camisa bem do meu lado?"– isso eu queria ter dito, mas eu disse apenas.

– Não, claro que não!

– Ótimo! - falou deitando do meu lado.

Harry puxou a coberta bem pra perto e me encarou de um jeito engraçado e eu não conseguia deixar de encará-lo também.

– O que foi, Harry?

– Nada só estou olhando pra você.

– E por que?

– Porque eu estou a fim. Vai dormir, Clary. Não se preocupe comigo!

– Tudo bem. - falei e fechei os olhos deixando meu corpo relaxar aos poucos. Em questão de minutos, eu dormi.

>>o Ponto de vista: Harry

Clary não demorou muito pra dormir. Seu corpo foi relaxando devagar, e sua respiração começou a ficar bem controlada automaticamente. Era ficava linda assim, serena e pura, como se nada no mundo pudesse tirar essa tranquilidade do seu rosto, da sua alma. Logo depois, eu também dormi.


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Notas finais do capítulo

E aí gente? Eu mereço reviews, né? rs
Beijooos de mel! :)



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