Paixão Além da Coroa 3 - O Amor Atravessa Gerações escrita por God Save The Queen


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu volteeeei! Sentiram muito a minha falta? Eu só gostaria de comentar que estou profundamente chateada com vocês que não me mandam reviews.. Poxa, gente! Se não gostou avisa, se gostou fala também, porque assim me anima a escrever! :/
Okay?



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Dois anos depois...

>>o Ponto de vista: Harry

Eu não sabia, exatamente, o que eu estava fazendo ali. Nada a minha volta fazia muito sentido! Minha mãe estava ao meu lado analisando uma lista enorme de mulheres que eu poderia casar, afinal eu tinha apenas um ano para arranjar uma esposa e se tornar o rei da Inglaterra.

– Harry, presta atenção. Estamos falando da sua esposa, quero que escolha com seriedade. - falou minha mãe puxando meu rosto para encará-la.

– Mãe, quero que você entenda algo. Eu não quero nenhuma dessas garotas, entendeu?

– E eu quero que você entenda uma coisa também. Dois anos, Harry. Já se passaram dois anos que a Clary foi embora, esquece isso!

– Eu não consigo! Não dá! - falei levantando. Estávamos na sala de TV, encarando imagens de mulheres belíssimas, mas nenhuma que realmente me interessasse.

– Eu não entendo porque você não foi atrás dela no Brasil se era isso que queria.

– Porque eu queria respeitar o espaço dela, respeitar os planos que ela tinha pro futuro. A obrigação de assumir o trono é exclusivamente minha.

– Ah, Harry, se você soubesse...

– Se eu soubesse de quê? - perguntei curioso e ela desviou o olhar.

– Deixa pra lá! Agora você vai embora, estou vendo que isso não vai dar em nada hoje, então vá encontrar com seu pai.

– Finalmente, muito obrigado!

Saí aliviado, mas com uma dúvida enorme: o que será que minha mãe não queria que eu soubesse, mas que achava necessário?

>>o Ponto de vista: Clary

– Júlia, não seja ridícula! - eu estava dirigindo pelas ruas de Copacabana com a minha melhor amiga a caminho da faculdade.

– Clary, já se passaram dois anos e você não arranja um namorado.

– Eu não arranjo porque não quero. - falei já cansada dessa conversa.

– Mentira, você não arranja porque compara todos os garotos com o Harry. Mas esquece que o Harry é um príncipe, e que ninguém vai superá-lo.

– Eu não penso no Harry há dois anos. Ele não tem nada a ver com isso!

– Não seja ridícula, você acompanha todas as notícias da Família Real Britânica desde que voltou de Londres. Eu só não entendo porque não ficou com ele.

– Sabe muito bem, ele não me amava.

– E você sim... - falou ela fingindo inocência.

– Eu não o amava... - falei mais pra mim mesma do que pra Júlia.

– É verdade, você ainda o ama. Você lembra dele toda vez que eu respondo uma pergunta com outra pergunta, lembra dele toda vez que alguém fala Londres, Paris ou qualquer coisa relacionada a isso, você lembra dele toda vez que falam o nome Harry ou Tiago, lembra dele toda vez que alguém fala a palavra príncipe, lembra dele toda vez que...

– Chega, Júlia. Eu já entendi! Eu não o esqueci, mas isso vai passar! Eu tenho certeza!

– Eu espero que sim, né? Porque daqui a um ano ele vai se casar e se tornar o rei da Inglaterra enquanto você ainda vai estar aqui. Sem um namorado olhando pra ele pelas revistas.

– Cala a boca, Júlia. Eu vou arranjar um namorado, você vai ver!

– Espero mesmo...

>>o Ponto de vista: Angie

– Ed, você tem que conversar com nosso filho. - falei e ele levantou a cabeça. Estávamos em seu escritório, Edward analisava algum papel que ele julgava ser importante.

– Qual dos dois?

– Harry. - falei e ele suspirou.

– Por quê?

– Porque ele não quer escolher uma esposa. Hoje foi a terceira vez que a gente senta para analisar a lista de pretendentes dignas e ele não olha direito.

– E o que você quer que eu faça?

– Oras, Edward. Você é o pai dele, instrua-o a escolher alguém, a tomar a decisão certa. Nós não queremos que a minha sucessora seja uma qualquer, tudo tem que sair como o planejado.

– Angie, por favor. Nós somos a prova de que as coisas nem sempre saiem como o planejado. - falou ele jogando a verdade na minha cara. Eu respirei fundo e sentei no sofá.

– Conte a história para ele.

– Como assim? Qual história?

– A nossa história! Conte pra ele toda a verdade!

– Por quê? - perguntou ele surpreso e eu revirei os olhos.

– Porque sim, Edward. Só faça isso que eu acho que ele vai melhorar!

– Tudo bem! - falou ele levantando.

– Aonde você vai? - perguntei.

– Contar a verdade para o nosso filho antes que eu mude de ideia. - falou saindo do escritório.

>>o Ponto de vista: Harry

Eu estava na biblioteca a tarde toda, eu não queria falar com ninguém naquele momento. Eu pensava no que ia fazer com a minha vida, eu sabia que teria que casar com alguém, mas a ideia nunca me pareceu tão difícil quanto agora.

– Harry? - chamou alguém em um corredor, meu pai.

– Pai, eu não quero falar com ninguém agora. - soltei e ele me achou escondido entre os corredores.

– Mas eu tenho que falar com você agora antes que desista. - ele sentou do meu lado e suspirou.

– Pois bem, o que quer tanto falar comigo?

– Eu gostaria de ter contar uma história, mais ou menos como eu e sua mãe nos apaixonamos. - falou e eu revirei os olhos. Não queria ouvir história nenhuma, muito menos a dos meus pais.

– Sério mesmo pai, eu não quero ouvir. - ele sentou ao meu lado e me encarou.

– Você vai ouvir porque sua mãe acha que vai ajudar, além de que se ela souber que eu não te contei vai me matar, então você vai me ouvir.

– Tudo bem, estou ouvindo. - eu virei a minha poltrona para encará-lo e ele suspirou.

– Quando eu tinha vinte e um anos fui ao Rio de Janeiro com o meu pai para resolver alguns assuntos pendentes com o embaixador de lá e a família mais influente do Rio nos recebeu em uma recepção de boas vindas. No começo eu estava achando tudo muito tedioso, até que eu vi a garota mais bonita do mundo, ela parecia brilhar na minha frente. Era incrível! - os olhos do meu pai pareciam perdidos dentro da sua memória, ele falava de um jeito estranho, quase com saudade.

– Impressionante, eu não sei se consigo imaginar minha mãe assim... - falei e ele riu me deixando confuso.

– Eu não disse que era a sua mãe.

– Como assim? - perguntei cada vez mais confuso.

– Essa garota linda e deslumbrante era a Ana. - eu pisquei umas três vezes até entender, ele não podia estar falando da mãe da Clary.

– Está falando sério? A Ana, esposa do Lucas, mãe da Clary? - perguntei surpreso e ele riu novamente.

– Essa mesmo, mas naquela época ela era só a Ana. Eu fiquei encantado por ela assim que a vi, e a chamei pra sair. No dia seguinte ela levou a melhor amiga para dirigir pra gente, essa melhor amiga é a sua mãe.

– Você se apaixonou pela Ana depois pegou a melhor amiga dela? - perguntei e ele ficou sério.

– Não foi assim, deixe eu terminar. Pois bem, saímos várias vezes e o Charlie acabou saindo com a Angie também...

– O Charlie, seu melhor amigo? - perguntei e ele assentiu. Essa história estava me interessando, até porque estava parecendo um filme.

– Sim, ele. Agora pare de me interromper! Eu fiquei um mês no Rio e esqueci de praticamente todas as minhas responsabilidades naquele lugar, eu só foquei nela e em mais nada.

– Você? Esquecendo de responsabilidades? - perguntei e ele me encarou sério. Senti que estava na hora de ficar quieto.

– Só que como tudo na vida veio a despedida e foi uma das coisas mais difíceis que fiz na vida. Mas a Angie veio comigo, ela entrou na Faculdade de Londres e não tinha lugar pra morar, então por isso eu a trouxe para morar aqui. Tudo estava indo muito bem até que eu descobri que a Ana mentiu pra mim, eu descobri que ela era filha da empregada e não a filha dos patrões. Isso me deixou chateado por um tempo, e foi aí que eu prestei atenção na sua mãe.

– Depois de meses, você percebeu que minha mãe era gata? Você só pode estar brincando!

– Enfim, nós começamos a prestar atenção um no outro e depois que eu a ajudei em uma coisa, nos beijamos.

– Você beijou a minha mãe namorando a Ana? Isso não é legal, pai. - falei e riu sem humor.

– Eu sei, por isso decidimos que íamos nos separar, nos afastar. Eu e Ana voltamos a nos dar bem, a Angie começou a namorar um cara, até que ela descobriu que ele a traiu. Angie se vingou, depois a gente fez uma surpresa para a Ana de aniversário. Tudo estava caminhando na mais perfeita ordem quando eu descobri que tinha que me casar com uma pessoa que fosse da realeza ou pelo menos cidadã inglesa. Tudo virou de cabeça pra baixo porque a Ana não era uma coisa nem outra, mas a Angie era duquesa, então eu tive que me casar com ela.

– Como a Ana reagiu? - perguntei e ele arregalou os olhos.

– Não muito bem, acredite! Mas enfim, a gente queria continuar namorando e no começo deu até certo. Só que aí veio a lua de mel e Paris foi inexplicável, eu me apaixonei pela Angie e a convivência foi virando amor. E agora está assim! Eu casei com a Angie e a Ana casou com o Lucas que era basicamente o melhor amigo dela!

– Que história mais maluca! É realmente incrível o amor de vocês, mas o que interessa realmente é o porquê de ter me contado isso!

– Eu queria que você entendesse algo! Quando as coisas ficam complicadas gostamos da companhia de outra pessoa, por isso que temos uma rainha.

– Aonde quer chegar?

– Invinsta na Clary, faça com que ela veja que você a ama...

– E como eu vou fazer isso?

– Acho que deveria ir comigo ao Rio de Janeiro. - falou e eu congelei no lugar.

– Explique.

– Eu tenho que fazer um acordo por lá, e acho que deveria ir comigo. Filho, já passou da hora de correr atrás da garota que ama! Não deixa isso passar!

– Eu não sei se ela merece isso, pai.

– Deixe ela escolher! Deixe que ela escolha você ou a vida que tinha planejado antes, a conquiste de novo! Se tem uma coisa que eu aprendi com aquela história toda é que se a gente ama tudo vale a pena.

– Eu não sei não pai, ela pode estar namorando ou com raiva de mim...

– Ah, Harry, coragem! Se você não consegue nem enfrentar uma garota que dirá a imprensa que cairá matando quando falhar em algo.

– Quando eu falhar?

– Ninguém é perfeito, Harry. Um dia você vai falhar, e eu espero que tenha coragem pra enfrentar os problemas.

– Eu terei, pai. Eu prometo!

– Pois bem, você irá ao Rio de Janeiro comigo?

– Sim, irei.

– Ótimo, agora vamos falar pra sua mãe que eu sou um pai incrível.


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Notas finais do capítulo

Eu quero reviews, hem..
Rum!



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