Felicity, you are the one and only escrita por Victoria Reid


Capítulo 5
The end


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Caros leitores,

Não me esqueci de vocês. Apenas atrasei (e muito) a continuação desta fic. Em The Choice, minha outra história, já expliquei porque demorei tanto para postar um novo capítulo.

Na verdade, até pensei sobre continuar ou não essa fic. Porém, como acredito que essa história é interessante e, principalmente, em respeito aos leitores, optei por continuar (mesmo que algumas coisas precisem ser alteradas em função do original). Vamos ao que interessa?



Previously on "Felicity, you are the one and only"...

Vimos que Oliver e Felicity chegaram em Moscou e foram recebidos por Anatoly Knyazev. Além de liderar a máfia Rússia, o mafioso se demonstrou um grande shipper Olicity. Agora, será que Oliver e Felicity localizará o senhor Slade Wilson?

Espero que gostem!

Boa leitura! :D



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— Desculpe-me, senhor Knyazev, mas Oliver é comprometido. Além disso, eu também sou. Quer dizer, acho que sou... — digo receosa, olhando para o Oliver. — Sabe, tem o Barry.

— Oliver, você deixou outro homem entrar na vida dessa menina? — questiona Anatoly.

Oliver não responde. Apenas solta um suspiro seguido de um sorriso tímido. Desejando disfarçar, balança a cabeça negativamente e puxa um assunto qualquer. Não consigo entender, pois a conversa se discorre em russo. Será que Oliver está comentando algo sobre Barry?

Sempre que lembro do Barry, penso em como sou “azarada”. Afinal, quando encontro alguém interessante e que realmente parece se importar comigo, um raio o atinge. Barry... Meu Deus, quando ele acordará? Desde o acidente com o acelerador de partículas, quando não posso visitá-lo, ligo para o laboratório STAR em busca de informações do estado de Barry. Até ontem a situação era a mesma: Barry estava em coma sem previsão para acordar.

— Chegamos! — diz Anatoly, despertando-me dos meus pensamentos. — Bem-vindos!

O carro aguarda um enorme portão de ferro se abrir. Em seguida, um lindo jardim precedia a mansão feita de pedras e imensas janelas decoradas com vitrais. O carro negro deslizou por uma pequena estrada coberta por pedregulhos até parar perante a entrada da mansão. Um senhor muito elegante nos aguardava na porta. Assim que o carro parrou, o senhor se aproximou e abriu a porta mais próxima a mim. Estendendo a mão, ofereceu-me apoio ao deixar o carro. Em sinal de gratidão disse algo em russo:

— спасибo*

Porém, acho que o senhor não compreendeu, pois não disse nada em retribuição. Permaneceu parado ao lado do carro até receber instruções do seu patrão. Oliver deixou o carro com a ajuda do motorista. Ajeitando o casaco, contornou o carro e parou ao meu lado.

— Vamos entrar? — Anatoly perguntou já indicando a direção.

Oliver e eu nos dirigimos à porta. Ao atravessarmos encontramos um grande hall iluminado por um enorme lustre de cristal que pairava sobre nossas cabeças. Não pude deixar de me inclinar e observar os detalhes dos cristais: pingentes em formato de gota precipitavam por candelabros esculpidos com precisão.

O senhor Knyazev nos acomoda em grandes quartos na ala norte da mansão. Durante o jantar, os homens discutem sobre o Slade. Algumas coisas são ditas em russo, obviamente o que eu não deveria saber. Após a sobremesa, fomos ao escritório, no qual Anatoly apresentou alguns vídeos que obteve cobrando antigos favores. As imagens mostravam o Slade caminhando entre containers armazenados em um deposito na periferia de Moscou. Em um dos tracks é possível observar o senhor Wilson adentrando um container de 20 pés. Após alguns minutos, ele deixa o lugar carregando um pequeno estojo preto.

Assistimos as imagens mais algumas vezes para não perdemos nenhum detalhe. Além das câmeras, não havia guardas ou qualquer outro dispositivo de segurança. A verificação do local parecia moleza: Oliver e eu iriamos até o deposito e invadiríamos o container para verificar o conteúdo. Porém, tudo precisava ser executado apenas com equipamentos básicos, nada de arco, flecha e máscara. Para não levantar suspeitas, não poderíamos levar o arqueiro até Moscou.

➸ ➸ ➸

Estou me sentindo como se tivesse 5 aninhos, pois Oliver me impediu de acompanha-lo e ordenou que eu ficasse no carro. Através do tablet e dos comunicadores, fico responsável por guiá-lo e enviá-lo ao destino correto: container nº 13454.

— Felicity? — Oliver chama através dos comunicadores. — Podemos iniciar a missão?

— Sim, claro.

Ativando a tela do meu tablet, olho para encontrar dois pontinhos piscando: um verde e um vermelho. Oliver é o ponto verde, obviamente, e nosso objetivo é o ponto vermelho.

— Bem, nosso alvo está a cerca de duzentos metros a sua direita. Siga pelo corredor que você está, mais a frente lhe ofereço novas coordenadas.

— Copiado, Felicity.

Observo o ponto verde seguir através do corredor e na direção indicada. Pela velocidade que o ponto se desloca em minha tela, Oliver parece caminhar com cautela observando o entorno. Para deixá-lo menos preocupado, aviso-o:

— Oliver, estou em contato com um satélite térmico russo.

— Em contato? — Oliver diz, interrompendo-me. — Acho que isso significa que você o invadiu, né?

— Que seja, Oliver! — Digo um pouco irritada.

— Calma! Não estou te julgando. Apenas orgulhoso das habilidades da minha parceira!

Tentado ignorar o sorriso bobo que estampo em meu rosto, concluo:

— Repetindo. Estou em contato com um satélite térmico russo. Não há nenhuma assinatura de calor em um raio de 1 km. Relaxe!

Escuto Oliver agradecer, mas o som não é claro.

— Obrig...

— Oliver? Você está me ouvindo?

— ...licity! Não con...go te ou...

➸ ➸ ➸

Caminho entre os grandes containers, ora observando o caminho, ora observando o tablet. O pontinho verde agora está bem próximo, cerca de 3 metros. Só preciso contornar esse container e...

— Felicity! — Oliver diz e, em seguida, bufa de raiva. — O que você está fazendo aqui? Não te disse para ficar no carro?

Eu gostaria de saber como Oliver consegue adivinhar que estou aproximando-me. Nunca consegui surpreendê-lo. Ele sempre se antecipa, dizendo meu nome ou algo que demonstre seu conhecimento sobre a minha presença.

— Eu estava perdendo a comunicação! — digo enquanto Oliver agarra meu cotovelo direito e me puxa para nos esconder entre os containers. — Há alguma coisa interferindo os sinais entre os comunicadores. Não sei... Talvez seja esses malditos containers!

— Certo — diz. — Qual desses malditos containers é o que estamos procurando? Você ainda consegue ver isso através do seu tablet?

— Pela numeração, aquele é o que aparece nas filmagens — digo apontando para a grande caixa de metal que está a poucos passos de nós.

— OK — Oliver parece meditar sobre os próximos passos. — Você vem comigo, mas preciso que dobre a sua cautela. Sei que você tem seus dispositivos, mas não sei... Algo me diz que isso está muito fácil, Felicity.

— Eu entendo, Oliver. Porém, só saberemos se executarmos o plano. Caso contrário, nunca saberemos o que há nesse container e muito menos estaremos perto de pegar Slade.

— Eu estou com medo! — Hesita, mas continua. — Não gostaria que você estivesse aqui. — Como um sopro, a última frase quase não sai.

— Oliver... — digo tocando seu braço, certificando-me que eu obteria sua atenção. — Somos uma equipe, certo?

Oliver apenas meneia a cabeça e concorda.

— Todos os outros membros estão contribuindo para capturar o senhor Wilson. Menos Diggle, claro, mas por força maior — limpo a garganta, evitando balbuciar. — Bem, se não estivesse aqui, onde mais estaria?

— Talvez em casa... Segura!

— Minha vida, minha escolha! — Continuo. — Além disso, o que você faria sem mim? Eu sou o seu cérebro.

Oliver ri. Timidamente, mas sorri. Esse é meu pagamento: melhor que um cheque em branco. Para mim é o suficiente.

— Vamos?

Oliver concorda. Caminhamos em direção ao container. Posicionamo-nos em frente as portas que ficava em uma das extremidades. Havia correntes envolvendo a fechadura. Oliver arrancou da parte de traz da calça um alicate pequeno, porém poderoso: rompeu o cadeado que unia os últimos elos da corrente em segundos.

Distraída com a poça de elos que se formara no chão, ao nossos pés, assustei com o barulho da fechadura sendo liberada e permitindo nossa entrada. Não pude deixar de suspirar tentando aliviar o medo do que encontraríamos na grande caixa de metal.

Oliver acendeu uma pequena lanterna e iluminou o claustrofóbico ambiente frio que se revelou: tratava-se de um container frigorifico. No centro, havia uma mesa que acomodava uma caixa metálica.

Entramos e cominhamos direto para caixa. Eu o segui. Quando estávamos perto da caixa metálica que estava fosca pelo frio, Oliver levantou a tampa e observamos curiosos para dentro. Diversos vidrinhos estavam submersos em uma fumaça branca: gelo seco. Oliver agarrou um vidrinho e o tirou do gelo. Um líquido verde brilhava. Em uníssono dissemos:

— Mirakuru!

Imediatamente Oliver devolveu o involucro na caixa, fechou-a e fez menção de que a levaria conosco. Porém, antes mesmo de sairmos, um ruído estridente preencheu o ambiente praticamente vazio: a porta havia fechado.


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Notas finais do capítulo

* Спасибо = obrigado


E agora? Oliver e Felicity estão em uma fria, literalmente! Será o Slade o culpado?


Por favor, comentem! Pode ser críticas, sugestões, correções... Qualquer coisa, OK?

Até o próximo capítulo!

Obrigada! :D